Dimensão 13, 22 horas — Castelo.
 Liam acaba de atravessar todo o salão o mesmo tinha voltado de uma busca pela Rubi e Neilan, porém, nada dos dois. Conseguiram salvar os outros anjos feridos e a única coisa que o vampiro encontrou da protegida foi a espada dela, no chão com vestígios de luta no local.
 O mesmo havia feito um feitiço de localidade, mas não funcionou porque parecia que ela estava muito longe ou alguém bloqueará o sinal, o que o deixou extremamente bravo.
 O guardião esta prestes a entrar na sala do trono quando Marcel aparece impedindo que ele siga mais em frente.
— O rei não o convocou para estar aqui - diz Marcel.
— Escuta aqui o escudeiro vou entrar e conversar com ele querendo ou não-responde Liam zangado.
— Não posso permitir - diz Marcel dando um passo para frente na direção de Liam.
 O sentinela olha bem para o homem a sua frente, quando Marcel menos percebeu Liam colocou contra a parede e os olhos dele mudaram para um vermelho assustador e sua expressão não escondia o que ele estava sentindo.
— Preste atenção é melhor não ficar no meu caminho anjo ou você vai se arrepender amargamente - o vampiro diz aquilo de maneira ameaçadora.
 O guardião se afasta dele e abre a porta da sala do trono lá dentro esta o rei Talles lendo alguns documentos, ele tira os olhos dos papeis para ver quem adentra é aí que ele vê aquele mundano.
— O que você faz aqui? - pergunta Talles olhando Liam se aproximar dele.
— Vim conversar com você - responde o vampiro olhando diretamente o rei.
— Você pensa que é assim? Que simplesmente entra aqui e pode fazer o que quiser mundano? - pergunta o rei com desdem na voz.
— Nesta situação acho - responde Liam.
— Como ousa? Sabes quem sou e ainda diz isso? Não tem amor pela própria vida? - fala Talles evidentemente sangado.
— Escute aqui vossa majestade eu não consigo achar minha protegida e o Neilan -diz Liam.
— E o que eu tenho a ver com isso? Se você não acha-los o problema e unicamente seu - responde o rei.
— Pelo contrario rei Talles, Rubi e Neilan sumiram junto com seus soldados e só para ressaltar todos eles teriam morrido se minha protegida não tivesse nos avisado a tempo - diz Liam de maneira seria - Quero que mande seus guardas me ajudarem achar os dois.
— E se eu me recusar? - pergunta Talles com os olhos semicerrados.
— Se a majestade se recusar não posso me responsabilizar com o que vai acontecer aqui dentro depois que eu sair desta sala - responde Liam.
— Devo considerar uma ameaça senhor Liam? - pergunta o rei se levantando.
— Entenda como quiser - responde ele fazendo uma pausa - Só saiba que tem três reinos terrenos que ficariam muitos chateados caso um dos dois se machuquem e vamos dizer que tem um lado meu que não vai gostar de conhecer.
— Nem pense em fazer algum mal a estas pessoas vou ajudar não pelo que ouvi nesta sala, mas sim porque vocês ajudaram a encontrar minha filha - responde o Rei.
 Alguns minutos mais tarde vários soldados estavam atrás de Rubi e Neilan, Liam sai junto com os demais homens atrás deles e o mesmo espera que os dois estejam bem porque ele não se perdoaria caso algo tenha acontecido.
 Longe dali no submundo Gael acaba de pintar a tela que ele tinha começado quando a Dama da Noite veio visita-lo. Agora analisando melhor ele havia desenhado uma moça de cabelos compridos da cor mel, olhos bem verdes, pele clara, e o mais importante ela tinha um colar de pedra vermelha no pescoço.
— A é a mulher do sonho - diz ele apreciando a própria obra.
 O anjo levanta e caminha até seu quarto não demorou para ele se arrumar olhando no relógio o mesmo não esta atrasado, da ali ele entra em uma das carruagem e segue para o castelo.
 Quando Gael está lá dentro tem inúmeras pessoas bem vestidas e elegante, de longe ele a-vista Angel de vestido preto com muitos detalhes prata e com um decote bem caprichado, de fato ela é uma das mulheres mais bela daquela festa.
 Ela se aproxima dele abrindo um pequeno sorriso.
— Gael a quanto tempo - fala Angel.
— É estávamos sumidos das festas do rei - diz ele.
— Sim, teve alguma novidade? - pergunta ela.
— Algumas visões, mas todas confusas como sempre, e como está lá em Gorvia?
— Bem acho - responde ela fazendo uma pausa - Agora já não sei se ficou tão bem com sua namorada colocando explosivos em tudo que é lugar - responde ela sussurrando, o anjo arregala os olhos.
— Explosivos? - repete ele, a moça balança a cabeça positivamente - Ó! céus que tenham piedade da Um porque quando ela coloca algo na cabeça ninguém tirá.
 Angel sorri, ela sempre gostou muito de Gael e da Dama da Noite porque os dois eram independentes não eram fanáticos pelos planos do rei e são muito esperto a mesma imagina que talvez em um futuro próximo os dois seriam muito uteis para ela.
 Gilles acaba de entrar na festa o mesmo esta extremamente elegante, todas as pessoas importantes do Submundo estavam ali e era obvio que o rei tinha feito aquela festa com pretexto de falar de seu plano e exigir resultados deles.
 Não longe da ali ele avista Angel e Gael conversando como se fossem amigos de infância o que é bem estranho já que ela vivia em Gorvia e o mesmo é um corrompido de lá.
 Gilles nunca gostou de Angel pelo simples fato dela estar em todos os lugares sempre muito responsável e próxima do rei e ser uma mulher extremamente manipuladora e que não media esforços para conseguir o que queria.
 O mesmo é tirado dos pensamentos quando Diana esta na sua frente com um lindo vestido vermelho bem grudado no corpo e exibia muito ouro e uma beleza invejada por qual um.
— Então Gilles conseguiu algo com a nossa estrelinha? - pergunta Diana de maneira sarcástica.
 Ele suspira e abre um sorriso.
— Ainda não, mas não se preocupe logo ela estará aqui comemorando com todos nós - responde ele.
— Não sei não - diz Diana - Acredito que esteja muito paciente com ela.
— Pelo contrario minha cara, ela ainda vira para nós sem esforço algum, a humana só precisa conhecer melhor o nossos inimigos e não vai demorar com aquele rei no poder - fala Gilles convencido de suas palavras.
— Se acha isso não irei descordar, mas assim que o rei passar sua tarefa para mim aquela mulher estará na frente do nosso mestre jurando devoção - diz Diana de maneira superior - Agora já vou irei cumprimentar Angel não a vemos todos os dias não é?
 Ela se afasta dele a única coisa que ele conseguia pensar era “Maldita mulher!”, com certeza Diana conseguia tira-lo do sério com muita facilidade. Alguns minutos depois o rei é anunciado para os convidados.
 Gilles apenas observa a majestade descer as escadas o mesmo é um homem de cabelos pretos, pele pálida, e olhos de um azul claríssimo, e trajava roupas muito elegantes só a presença dele já era marcante.
 Com forme a festa foi avançando o duque esta sentado em uma das mesas acompanhado de um bom vinho apenas a observar todas as pessoas da festa mesmo com as janelas abertas o céu escuro lá fora é notável. Foi quando ele percebe que o rei se retira junto de Angel e aquilo pareceu suspeito provavelmente ela iria passar alguma informação muito importante para ter saindo de casa vir pessoalmente dar o recado. Depois de um tempo eles saem daquela sala e voltam para a festa normalmente, a moça caminha na direção dele que agora esta olhando ela.
—Olá Angel - diz ele.
— Oi Gilles, eu só vim te dar o recado da Dama da Noite - fala ela fazendo uma pausa Gilles assente as palavras dela - Ela me disse que logo estaria de volta assim que resolver um problema em Gorvia.
— Espero que ela não esteja atrás de mais confusões - responde Gilles franzindo a testa começando a pensar o por quê a rebelde teria ido lá.
— Ela sabe o que faz - responde Angel abrindo um sorriso - Bom já vou - diz se afastando.
 Algumas horas mais tarde Gilles se encontra no escritório do rei a festa tinha acabado a minutos atrás ele aguarda a vossa majestade chegar, olhando em volta a decoração é muito chique ou simplesmente a cara do dono.
 Se o duque estava nervoso com o que iam conversar naquela sala um pouco, mas ele sabia muito bem o que estava fazendo, seus pensamentos são interrompidos quando a porta se abre e o rei entra fechando a porta atrás de si.
— Espero que não ter demorado tanto - diz ele se sentando.
— Não demorou - responde Gilles segurando uma taça de vinho nas mãos - Mas o que era tão importante que precisava conversar em particular?
— Bom foi pelo que Angel me contou - diz o rei fazendo uma pausa - Ela me disse que tem um espião entre nós.
— Um espião? - repete Gilles arqueando a sobrancelha - Mas como? e por quê?
— Você sabe bem que ela esta em todos os lugares Angel sempre vem me avisar das coisas que acontecem, mas em especial desta vez me incomodou - fala ele serio.
— E como posso ajudar? - pergunta o duque calmamente.
— Descobrindo quem é e estou te contando isto porque este traidor trabalha com você - diz ele.
— Comigo? Bom todos sempre me pareceram bem fieis, mas neste caso vou dar meu jeito de descobrir - fala Gilles dando um gole na bebida.
— E como vai com o plano de trazer minha estrelinha para cá? - pergunta o rei.
— Estamos indo bem, ela no momento esta em Gorvia - responde Gilles.
— Fico imaginando que aqueles vermes andam dizendo a ela porque aposto se tivessem dito a verdade ela estaria aqui - diz o rei se colocando de pé para pegar um livro na estante.
— Tenho certezas disto - fala Gilles fazendo uma pausa - Mas a majestade sabe que com o Liam para cima e para baixo com ela dificulta muitas coisas.
 O rei se vira para olha-lo.
— Liam nunca foi um problema Gilles, na realidade para mim ele parece uma possível solução aqui um tempo - responde o rei - Mas confesso que foi muito inteligente da parte de Cecília ter feito isso para me provocar.
 O duque apenas escutas as palavras dele com cuidado, por mais que ele fosse muito fiel ao rei devia se manter alerta a todo momento, principalmente porque ele estava enroscado até o pescoço com todos os negócios do submundo.
— Você quer que eu mande alguém dar um jeito nele? - pergunta Gilles.
— Não - responde o rei - Só me traga a garota logo antes que aconteça alguma coisa ruim Gael me disse sobre algumas coisas que prefiro evitar até o momento certo.
— Como quiser - fala Gilles se colocando de pé - Eu já vou tenho que resolver uns problemas e fazer o que você pediu.
— Sim, vá espero boas notícias em pouco tempo - diz o rei.
 O duque balança a cabeça positivamente se retirando dali. Lá fora esta chovendo então a viagem foi demorada para voltar para casa e ele teve passou todo o tempo pensando sobre muitas coisas e quem seria o traidor e o que ele faria quando o achasse.
 A carruagem para e logo o mordomo vai busca-lo com o guarda-chuva evitando que qualquer gota caia nele, logo na entrada Quinze esta esperando ele o duque apenas olha para o rebelde já fazia um tempo que eles não se viam.
— Imagino que tenha alguma coisa bem importante para me disser - fala Gilles.
 Do outro lado em Allea Neilan e Rubi estão se arrumando para partir a humana esta no banheiro terminando de enfaixar alguns dos machucados, ela sai de lá e olha para Neilan o mesmo esta sentado em uma cadeira encarando o anel em sua mão.
— Estou pronta vamos? - pergunta a humana.
 O anjo ergue o olhar para ela e esboça um sorriso e se levanta.
— Bom vamos indo - responde Neilan.
 Os dois descem as escadas e vão embora já que ele já havia pagado a conta ontem anoite, andando pelas ruas de Allea a sensação de nostalgia surge em Rubi é como se ela alguma vez já estivesse ali embora ela saiba que seria impossível.
— É tão estranho estar aqui - diz Rubi.
— Por quê?
— Sinto como se eu já estivesse visitado este lugar - responde ela olhando ao redor.
— Talvez tenha visto ao nos livros sobre Allea que a faça achar isso - fala Neilan pensativo.
— Pode ser - responde a protegida - Qual é nosso plano?
— Bom como temos que voltar para Tartan para poder ir para Gorvia, mas - ele faz uma pausa - Tarta é muito longe da aqui.
— Qual é o reino mais próximo? - pergunta Rubi olhando ele.
— Ahist, mas mesma assim é distante - responde Neilan.
— Não podemos conversar com alguém para nos ajudar?
—Talvez, podemos ir ao castelo e pedir apoio para irmos para Ahist - diz ele.
— Perfeito vamos então - fala ela sorrindo.
 Os dois seguem para o castelo que não é longe dali, chegando lá são recebidos pelos guardas que recepcionaram até uma sala onde eles esperam algum dos responsareis vir atende-los.
 Olhando a decoração tem muito vermelho, branco e dourado dando um ar de realeza e nobreza em toda a estrutura, uma mulher de longos cabelos castanhos vestindo um vestido azul-claro dando destaque ao bronzeamento suave de sua pele se aproxima. Ela olha para os dois e sorri.
— Por favor entrem - diz ela abrindo a sala para dois que fazem o que ela pede.
 A mesma se senta e pede para que os dois façam os mesmo agora olhando os ambos cara, cara Violeta acha Rubi extremamente bonita fora que ela lembra tando alguém, mas o nome desta pessoa foge sua mente.
— Pois, bem como posso ajuda-los? - pergunta Violeta.
— Precisamos usar o teletransporte da aqui para ir para Ahist - responde o anjo.
— Hum... e da onde são vocês? - pergunta.
— A claro quase esqueci de nos apresentar meu nome é Neilan venho de Gorvia, mas atualmente resido e trabalho na guarda de Quena, e esta é a Rubi que é de Allea, mas também reside e trabalha em Quena como eu - responde ele calmamente.
— Ual não é todos os dias que conversamos com um anjo ainda mais com um que mora nos reinos terrenos - diz Violeta fazendo uma pausa - Mas por que você trabalha nas guardas de Quena e não aqui Rubi?
— Bom nasci em Allea, porém cresci em Quena praticamente sou lá - responde a humana de maneira rápida, mas convincente.
— Entendo - diz Violeta pensativa é aí que ela repara no colar no pescoço de Rubi o que a deixou surpresa - Você deve ser uma das fãs da princesa.
 Rubi arqueia a sobrancelha sem entender.
— Pelo colar digo - diz Violeta sorrindo - É muito parecido.
— A claro - responde Rubi sorrindo Neilan faz o mesmo.
— Sim, sim não tem como não gostar da princesa Esmeralda ela é muito encantadora certamente o príncipe James tem muita sorte - fala Neilan.
— Também acho vocês não sabem a falta que ela faz neste castelo - diz Violeta lembrando a princesa - Bom vamos eu vou levar vocês até o teletransportador se virem a princesa quando estiverem em Quena diga que eu e todos do castelo estamos com saudade.
— Claro iremos avisar - diz Rubi ficando de pé junto com eles.
 Violeta começa guiar eles para sala do teletransporte, em uma das salas perto da ali a rainha esta lendo alguns documentos a respeito do casamento de sua filha quando o anel do dedo dela brilha ela olha para o objeto.
— Esmeralda? - chama a Alice olhando ao redor.
 A pedra do anel da rainha faz parte do cristal de poder de Allea, a mesma caminha até a porta e olha ao redor, mas a única coisa que ela vê é Violeta junto com uma moça e um rapaz usando uniformes de Quena, mas ela não conseguiu ver os rostos dos visitantes.
 Mas por algum motivo ela sentiu como se velhos medos voltassem a assombrar como naquela terrível noite, Alice fica olhando nesta mesma direção de maneira nostálgica se lembrando de coisas que ela mesmo queria esquecer..., mas não conseguia.
 Rubi acaba de subir na plataforma junto com Neilan, e Violeta começa colocar a trajetória ela olha para os dois que parecem calmos.
— Para capital de Ahist certo? - pergunta ela, Neilan balança a cabeça positivamente - Voltem sempre - diz Violeta pressionando um botão de acionar o teletransporte.
 Quando os dois deram por si, estavam em Ahist para ser mais precioso em uma das salas de teletransporte das bases reais de lá para a sorte dos dois quem esta ali era Mabel que nem acreditou que os dois estavam ali.
—Rubi! Neilan! - ela corre na direção deles os abraçando - Eu não sabia que vinham para cá.
— Na verdade não estava programado para isso Mabel ainda estamos em missão - responde a humana.
 Mabel balança a cabeça confirmando.
— Aposto que o rei pode ajudar os dois - diz ela.
— Com certeza - fala Rubi sorrindo.
 Os três vão para o castelo durante o tempo de viagem na carruagem Neilan ficou pensado a respeito de Rubi por mais que ela se disse-se que era humana ninguém poderia confirmar afinal ela fala como eles, usa as mesmas roupas, partilha de um colar magico e é a escolhida dele todos os fatos o levam a pensar ao contrário do que estava acontecendo.
 E o mesmo imaginava como estava a protegida realmente quando ele tivesse a chance esclarecerias todas suas perguntas a sós com ela, Rubi olha para o rosto dele e esboça um pequeno sorriso Neilan retribuí.
 Quando os três desceram na frente do castelo de Ahist já esta anoitecendo novamente, David estava lá na frente foi o mesmo que ordenou para que abrisse o portão para eles entrarem.
 Ele repara na companhia da irmã gêmea na realidade Rubi e Neilan mais pareciam de casa do que outra coisa, pois, sempre estavam lá e juntos só que faltava Liam. O mesmo se aproxima.
— Parece que trouce visitas - fala ele.
— Sim, nos encontramos em uma das bases - responde Mabel.
— Bom vamos entrando - David fala caminhando rumo a entrada do castelo.
 Não demorou muito para Nero atender eles assim que o mesmo soube que Rubi estava ali ele parou imediatamente o que estava fazendo pedindo para que os dois entrassem.
 A porta é fechada atrás dos dois lá dentro, o reizinho esta ali sorrindo pela presença deles.
— Que bom que resolver vir para Ahist - fala Nero.
— Na realidade a gente tem que voltar para Gorvia - responde Rubi.
— Mas por quê? - pergunta ele.
— Porque nós dois quase fomos mortos por um anjo corrompido e por uma assassina do submundo, e depois disto paramos em Allea quase três nações de distância da cidade da capital de Gorvia - responde Neilan calmamente.
 Nero olha surpreso para os dois sinceramente aquilo o assustou um pouco.
—Corrompido? - repede ele ainda incrédulo, Rubi balança a cabeça positivamente como se aquilo fosse a coisa, mas normal do mundo - Pelos céus o que vocês fizeram para tudo isso acontecer?
— Bom a Dama da Noite fica por minha conta já que ela sempre quis me matar, mas o corrompido foi por causa do Neilan, em fim são só pessoas que não gostam muito de nós- responde a humana - Mas precisamos da sua ajuda Nero.
— Claro - diz o reizinho ainda absorvendo as informações - No que posso ajudar?
— Nós mandando para Tartan - fala Rubi.
— Certo, mas agora já esta anoite é melhor se os dois ficarem aqui e amanha irem afinal Tartan e cheio daqueles lobos e tem aqueles assassinos e àquela duquesa do Submundo por lá - ressalta Nero preocupado.
— Tudo bem então acho que precisamos mesmo descansar - responde o anjo.
 Mas tarde neste mesmo dia Neilan já havia tomado banho e jantado e ele esperava conseguir falar com Rubi antes de ir dormir afinal os dois teriam um dia cheio amanha. Ele bate na porta do quarto dela, mas ninguém responde é aí que ele vê a humana vindo do corredor ela se aproxima.
— Estava me procurando? - pergunta ela abrindo a porta para os dois entrarem.
— Sim - responde ele adentrando o quarto dela depois da mesma.
 Rubi acende a luz e fecha a porta logo em seguida se senta na cama dela e ele se acomoda na poltrona perto da mesma.
— Como você veio parar aqui? - pergunta Neilan de maneira direta, ela olha para ele como se pensassem em como responder.
— Acho que foi porque eu pedi não para vir para cá, mas pedi, na verdade quase implorei por ir para um lugar seguro e o colar me trouce para cá - fala ela.
— Isso explica aquele vestido dentro da caixa no seu guarda-roupa - diz o anjo.
— Você andou mexendo nas minhas coisas? - pergunta Rubi arqueando a sobrancelha.
— Bom não foi assim como você pensa - diz ele fazendo uma pausa e explicar em detalhes o que havia acontecido daquela vez.
— Menos mal - responde Rubi - Mas quando você vai me contar o que tem com a princesa lá de Gorvia?
 O rosto dele cora.
— Bom namoramos um tempo acho - diz Neilan - Porem depois deu tudo errado porque quase morri ela pensa que sumi porque quis, e ai despenquei do céu que nem da última vez, mas para minha sorte eu cai no lago das lamentações e a Cecília me ajudou.
— Também quase me afoguei lá, mas o Magno me salvou - fala ela sorrindo.
— Parece que somos mesmo parecidos - ri Neilan.
— Neilan por caso sua mãe chama Laura? - pergunta Rubi, o anjo parece surpreso pela pergunta dela.
— Sim, como sabe disto?
— As visões me levaram até ela, o que aconteceu depois que você nasceu? - pergunta Rubi.
— Bom na realidade não posso dizer muita coisa sobre ela porque bem - ele faz uma pausa para suspirar - Nem eu sei muitas coisas minha mãe passou a vida dela toda em uma cama depois que vim para mundo, fui criado pelos meus avós, graças ao meu talento entrei nas guardas de Gorvia, mas minha mãe nunca pode… -os olhos dele começam a marejar - Nunca pode me ver crescer.
 Rubi alcança as mãos dele e esboça um sorriso solidário para ele que assente o gesto dela.
— Se quiser eu conto o que sei sobre ela e seu pai - fala Rubi calmamente, Neilan balança a cabeça positivamente.
 Após a protegida ter contado tudo e ele ter ouvido aquilo com atenção lágrimas escorriam pelo rosto dele, nunca ninguém se quer mencionava sobre a história que veio antes dele, ou falava de sua mãe e muito menos da existência de seu pai.
— Eles se amavam muito Neilan - termina Rubi de falar a visão.
 O anjo passa a mãos no rosto limpado suas próprias lágrimas e esboça um sorriso de lado para ela.
— Você sabe o que aconteceu com meu pai? - pergunta ele esperançoso.
— Perguntei para o rei antes de irmos atrás da Scarlet, e ele me disse que depois que houve uma guerra em Quena o mesmo nunca mais soube de nada a respeito dele, mas isso não importa porque vou te ajudar - responde Rubi.
— Talvez seja errado, mas sempre alimentei esperanças de conhecer meu pai para saber mais sobre minha mãe já que não gostam de falar sobre ela - diz Neilan - Obrigado, na verdade te devo tanto que nem se eu quis-se poderia retribuir.
— Não diga isso, só o fato de você estar bem aqui já é muito bom - fala Rubi sorrindo - Eu gostaria de poder ajudar mais além de ter as visões, no entanto, não sei se sou capaz.
— Não se preocupe com isso agora, você é muito importante tenho certeza que quando chegar a hora certa vai saber o que fazer - diz o meio anjo.
— É Neilan você não me disse o motivo do por quê os anjos tentaram te matar pela primeira vez - fala Rubi.
— Foi porque eu era o guardião da Scarlet, neste tipo de relação não pode ter envolvimento amoroso - diz ele calmo - Seria como vamos ver… - Neilan faz uma pausa - Você e o Liam, por exemplo não podem e nem devem gostar um do outro amorosamente.
— Não? - repete ela.
— Isso não podem é uma lei - responde o anjo - Você não sabia?
 A protegida balança a cabeça negativamente.
— Mas caso isso ocorra o que acontece?
— Bom na maioria das vezes o guardião é morto porque a culpa é dele mesmo o relacionamento for dos dois, e o protegido bom recebe outro guardião e segue sua vida afinal quem tem este tipo de proteção são pessoas "especiais" - responde ele fazendo uma pausa - E com especiais quero dizer dinheiro-ressalta.
— Entendo - confirma Rubi.
 O anjo se levanta para voltar ao seu quarto e caminha até a porta, mas para quando Rubi se põem de pé ele olha na direção dela.
— Neilan me promete guardar segredo sobre todas as coisas que te contei a meu respeito - fala a protegida de maneira calma.
— Com certeza Rubi, eu nunca faria nada para te prejudicar - responde o meio anjo.
— Obrigada - fala ela sorrindo.
— Agora durma amanhã vamos voltar para Gorvia - diz ele abrindo a porta o mesmo da, uma última olhada nela antes de fechar a entrada e seguir para o seu quarto…