Kidnapped - Sequestrada escrita por Amanda Katherine


Capítulo 37
Estou grávida!




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No dia seguinte, minha mãe estava no trabalho e eu em casa, como sempre, evitando sair. A campainha tocou e a empregada foi atender. - Visita para a senhora. - anunciou entrando na sala, onde eu me encontrava deitada no sofá, assistindo Netflix.

— Jonas? - o encarei surpresa, me sentando.

— Oi. - sorriu. Ele carregava consigo um ramo de flores de campo. - Desculpe aparecer assim sem avisar, pensei em fazer algo não programado. - coçou a nuca e eu sorri.

— E o que pensa em fazer a exatas - consultei meu relógio de pulso, o mesmo que Justin havia me dado quando fomos para a festa em que tentei fujir. -, três e meia da tarde?

— Bom, pensei em irmos a um lugar agradável e comer, é claro. Se você se sentir mais à vontade, podemos chamar suas amiga.

— Não. Não será necessário. Eu só vou me trocar. Escolhi uma calça jeans e um moletom de frio para disfarçar a barriguinha saliente. O tempo frio ajudava muito.

Entramos em meu carro, já que eu era proibida de sair de casa sem eles e partimos fazer algo normal, pelo menos pra mim, depois de tanto tempo. Caminhamos pelo parque, tomamos sorvete, ele me comprou um girassol lindo e fomos comer hamburguer.

O dia com Jonas estava sendo muito agradável, apesar de vez ou outra, eu ver flashes em nossa direção. Com certeza ainda hoje teria matéria sobre me date. Jonas e eu conversamos sobre tudo, ele era, definitivamente, uma companhia agradável. Respeitava meus limites e era sorridente e brincalhão. Consegui esquecer os problemas por um curto período de tempo até termos que ir embora quando a noite começava a cair. Cheguei em casa e minha mãe já se encontrava lá.

— Onde você foi? - perguntou.

— Sai com Jonas.

— Sério? - sorriu. - Sério mesmo?

— Sim, mãe. - dei risada.

— Não acredito. Que bom, filha. Ele é um rapaz ótimo, o conheço a anos. De boa família e índole.

— É, deu para notar. - indaguei subindo as escadas. - Vou tomar banho.

— Vão sair de novo?

— Não sei, mãe.

— Ele não disse nada sobre sair de novo? - gritou do pé da escada.

— Talvez. - pude ouvir ela rir. Tomei meu banho e me joguei na cama, deixando uma lágrima escapar.

Alisei minha barriga e fique me lembrando do que eu e Justin vivemos. Havia tanta saudades. E agora havia uma sementinha de tudo aquilo. Queria tanto poder conta-lo sobre o bebê. Onde você está, Justin?

.........

Na manhã seguinte, Jonas também apareceu. E depois e depois. Estávamos nos tornando íntimos. Ele era minha válvula de escape diante tudo aquilo. Havia dias em que ele jantava ou almoçava em casa, ou me levava para lanchar. E em nenhum dia dessas três semanas ele disse algo sobre nós dois. Porém eu pensava nisso todos os dias. Ele estava se tornando muito importante para mim, e por mais que ele não dissesse nada, deixava seus sentimentos por mim aparentes.

E eu já estava de quatro meses. Eu não conseguiria esconder minha gravidez por mais tempo, eu tinha que contar a ele. Não poderia engana-lo daquela forma.

No domingo, decidi que contaria para ele, já que ele me levaria para jantar. Não era nada como um encontro, pelo menos para mim ainda não. Era mais uma saída de amigos, assim como todas as outras vezes que saímos.

Eu já estava arrumada, esperando pelo mesmo. balançava minha perna freneticamente enquanto o esperava. Estava nervosa, tentando adivinhar qual seria sua reação. a campainha tocou e não tive forças para levantar. Minha mente gritava para eu correr para o quarto e dizer que não me sentia bem para ir. Gritava para me enrolar debaixo das cobertas e não deixar que mais ninguém soubesse disso antes de Justin e eu quase fui, se não fosse a voz de Jonas já na sala com a empregada me tirando de meu devaneio.

Como sempre ele me trazia alguma flor, dessa vez foi uma rosa branca. Eu guardava uma pétala de cada flor que ele me dava dentro de algum livro que eu gostava.

— Vejo que já está pronta. - sorri amarelo.

— Sim, estou morta de fome. - tentei disfarçar minha cara de tragédia.

— Está linda. - me entregou a rosa. A cheirei e dei para empregada, que logo tratou de enfia-la num vaso com agua.

Partimos em direção ao restaurante e minha cabeça continuava a martelar, sentia calafrios subindo à minha espinha, devido ao medo. Era um restaurante muito chique, sentamos na mesa reservada e ele pediu vinho para ambos. Porém o meu eu apenas beberiquei, por conta da gravidez.

— Não gostou do vinho? - perguntou sugestivo - Devo pedir de outra safra?

— Não, o vinho está ótimo. É que eu apenas estou apreensiva.

— Com o que?

— Eu quero que saiba de algo. - engoli o seco.

— Ok, agora eu também estou apreen...

— Estou grávida. - soltei antes de ele terminar sua frase. O mesmo me encarou atônito.

— O que? - riu. - Como assim.

— Estou grávida... - reafirmei. - Queria ter te contado antes, mas não tive coragem, tinha medo de desapontar você, mas isto é um fato, então iria saber mais cedo ou mais tarde.

— Nossa, eu... Eu não sei nem o que dizer. Estou assustado. Como...?

— Não quero entrar em detalhes.

— Eles machucaram você? - pegou em minha mão em cima da mesa. - Te forçaram a...

— Não! - recolhi minha mão - Ninguém me forçou a nada. Essa é só a consequência de meus atos.

— Alessa, eu assumo que estou realmente assustado com isso. Mas quero que você conte comigo para tudo.

Ele estava sério, parecia falar sério.

— Qualquer coisa que precisar, quero que entre em contato comigo, ok?

Assenti com a cabeça.

— Obrigada. - sorri sincera.

Em nenhuma vez imaginei ele reagindo tão bem a isso. Estava realmente aliviada com suas palavras.

Depois de jantarmos, ele me levou para casa e o clima estava muito mais leve. O agradeci imensamente e entrei. Já em meu quarto, retirei toda a roupa e tomei um banho. Me sentia tão cansada ultimamente. Me joguei na cama e meu primeiro pensamento foi Justin, logo depois Jonas e logo após, me peguei imaginando os nomes para meu bebê caso fosse menina ou menino.

Estava quase pegando no sono quando ouvi barulho vindo de minha sacada. Me levantei rapidamente e fiquei em pé ao lado da cama, atônita, com medo, até que uma sombra no meio do escuro, de um homem de preto e encapuzado, adentrou meu quarto por meio das cortinas balançando com o vento.

Minhas pernas bambearam e consegui dizer apenas uma palavra...

— Justin?


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