Kidnapped - Sequestrada escrita por Amanda Katherine


Capítulo 23
Capítulo 23 – Me ajuda a sair daqui.




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     Depois do episódio com Justin, ele se distanciou de mim, o que me fez perguntar se acabou. Porém Justin era controlador demais para me deixar ir sem algum drama acontecer.

                Depois da noite passada, não sei o que acontecera com nós. Não sei nem se o nós existiu alguma vez. Depois de tomar um banho quente, entrei em meu quarto e me joguei na cama, a única coisa que eu poderia fazer é esperar o resultado.

                Justin entra no quarto e diz que eu vou embora daquela casa. Mesmo com tudo o que houve não pude evitar um pequeno sorriso.

— Arrume suas coisas. – Saiu batendo a porta.

Dessa vez eu realmente estava livre.

Nem em meus melhores sonhos poderia imaginar ele entrando aqui e apenas dizendo isso e tudo estaria resolvido.

Depois de ter arrumado toda a mala, entramos em seu carro e depois de um bom tempo dirigindo, ele estaciona em frente a uma boate. Ele pede para que eu entre com ele e eu entro. Ele dá um sinal para o segurança e o mesmo balança a cabeça e sai apressado.

                Ele me direciona para o andar de cima. Encontro no corredor com Alana, a mesma de sempre. A mesma que esteve lá com ele. Ela me encara e dá um sorriso.

— Vejo que nossa convidada especial chegou.

— O que? – perguntei perdida.

— Alana, mostre a ela o quarto. – diz Justin.

— Justin... o que? O que está fazendo?

— Alessa, não deixe isso mais difícil.

— Seu filho da puta, o que você fez? – digo quase chorando de ódio e medo de ficar naquele lugar.

— Seguranças... – exclama ele e logo sinto mãos fortes me agarrando e me arrastando por todo aquele corredor extenso.

                Enquanto era arrastada por todo aquele inferno, eu gritava e amaldiçoava a todos pulmões aquele maldito Justin que me colocou aqui.

                Os seguranças me jogaram no chão do velho quarto e saíram batendo a porta. Corri até a mesma tentando abri-la e socando-a. Eu não acredito que aquele filho da puta fez isso comigo.

...

Justin Pov’s.

                Não foi uma decisão fácil coloca-la naquele lugar. Mas estavam certos. Se ela continuar comigo, vai acabar me matando. Ela não está segura comigo e eu muito menos com ela. Mas simplesmente não consigo deixar ela ir e correr o risco de nunca mais ver aquele rosto. De nunca mais ver aquele sorriso ou aquela carinha de ódio que ela me lança de dois em dois minutos. Ou de nunca mais poder tocar aquela pele. Simplesmente não posso.

— Alana, ela é apenas a dançarina!

— Você sabe que ela é carne nova aqui e eles ficam loucos. Ela te trará um bom dinheiro Bizzle.

— Eu disse apenas dançarina. Quer que eu desenhe na sua testa?

— Não, eu já entendi. – respondeu enciumada.

...

Alessa Pov’s.

Três dias nesse inferno e eu já quero morrer. É tudo muito corrido e estou tendo que aprender a manusear o pole dance e a dança de striper as pressas. É nojento o jeito como te olham quando está em cima daquele palco nojento fazendo aquela dança para satisfaze-los.

                Só quero que esse capitulo da minha vida passe depressa. Eu não aguento mais. Se eu ficar mais uma semana aqui, me mato!

....

                Sim, passou-se uma semana e eu não sei o que fazer. Aquele filho da puta não deu as cara aqui até agora. Estou prestes a cometer uma imprudência. Esse lugar cheira a sexo, bebidas e dinheiro. Tenho ânsia de vomito a todo momento. Só de lembrar que estou aqui é uma azia pior ainda.

                Enquanto estou no quarto colocando aquela roupa ridícula de vadia, me olho no espelho e não me reconheço mais. Meu cabelo cresceu demais, eu emagreci demais, eu estou diferente demais. Eu me sinto outra pessoa. E o pior de tudo é que eu sou a nova queridinha aqui. Quando a casa enche, não querem outra a não ser eu a começar o maldito show. Me chamam de BabyDoll. Nojento, eu sei.

                Conheci uma garota aqui, minha “professora” do Pole Dance. Disse até que estou melhor que ela em tão pouco tempo. E na verdade, me doei por inteiro a aprender a dançar naquilo, pois quando ocupava minha mente, esquecia que estava aqui. E foi para essa mesma garota, Kristal, que eu prometi tira-la daqui quando eu conseguir escapar. Ela está aqui do mesmo modo que eu. Sequestrada.

                Minha rotina aqui não é as das mais empolgantes. Passo a maior parte do tempo treinando no Pole Dance, onde fica somente eu na sala. Depois, desço e faço o show e volto para o quarto descansar e dormir.

                Muitas meninas aqui queriam me machucar, pois segundo elas, depois que eu entrei, todos só perguntam por mim e querem ter uma noite comigo, e elas precisam do dinheiro então, não podem deixar que eu tire isso delas. Mas deram uma sossegada quando todos fomos avisados de que eu seria apenas a dançarina.

                Hoje era sábado e por incrível que pareça, tínhamos folga domingo e segunda feira. Domingo para limpar toda a boate e segunda para descansarmos. Alana não deixava de pegar em meu pé e me fazer de escrava naquele lugar.

                Hoje seria meu ultimo show, depois seria apenas na terça feira e eu agradecia por isso. Me arrumei e coloquei a fantasia de um coelho. Justin deu ordens para que eu sempre usasse fantasias, o que deixava os velhos magnatas ainda mais loucos, mas não era por isso, mas sim para ninguém me reconhecer.

                E mesmo que ninguém me reconhecesse, eu sempre varria todo aquele salão com os olhos em busca de alguém que eu reconhecesse. Mas nunca vi ninguém.

                Quando começou a tocar a música, as cortinas se abriram e eu comecei meu show e como sempre, meu olhar percorria a todo o salão, por todos aqueles rostos. E apenas um me chamou atenção. Um cara de camisa social azul e uma calça jeans. Seu copo de conhaque nas mãos... Era ele. Tinha que ser ele.

                Quando a música parou, Kristal teve de me despertar do transe e eu saio dali e vou direto falar com Alana.

— Já disse que não. Ordens são ordens. Agora vá para seu quarto e não saia de lá. – dizia ela andando apressada.

— Por favor Alana, eu sei que é isso o que você quer também. Se eu fizer isso, Justin nunca mais irá me querer de volta. E tudo o que estou te pedindo é para que me ajude a me livrar dele. Me dê apenas esta noite com aquele cara.

Então ela parou no corredor e ficou pensando.

— E como vamos fazer para que Justin fique sabendo? – perguntou.

— Eu mesma contarei. – me prontifiquei.

— E espera que eu acredite? É mais fácil ele acreditar nas suas mentiras do que nas minhas verdades. – cruzou os braços. – Deixe que eu mesma cuido disso. E você, se apresse para o quarto 7.

                Mesmo não tendo um bom pressentimento disso, quando Justin vier a saber, talvez nem aqui eu esteja. Ele tem que me ajudar. Blake era o contador de meu pai. Conhece bem a família e com certeza se lembra de mim.

                Corri para o quarto e me sentei na cama. Minhas pernas tremiam freneticamente em sinal de ansiedade. Se ele demorasse mais um minuto, teria um infarto.

                Alguém bate à porta e eu recoloco a máscara e abro a mesma.

— Dou a vocês 1 hora. – diz Alana e sai nos deixando a sós.

Sabe – começou ele -, desde que entrou naquele palco, meus pensamentos estão somente em você. Não imaginei que iria se interessar por mim. Ouvi dizer que você apenas dançava.

                Vou para o meio do quarto e tento regular minha respiração. Quando tomo coragem de me virar para ele, o vejo se despindo.

— Ah, por favor não. – ele me olha surpreso e então eu retiro a máscara.

— A... Alessa? – deixou cair o seu copo de conhaque no chão carpetado daquele quarto escuro.

— Me ajuda Blake, por favor. – me aproximei dele. – Me ajuda a sair daqui.


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