2009, foi nesse ano que o relógio dele parou, lá permaneceram as suas mais íntimas lembranças e as mais sinceras esperanças que ele guardava no coração, foi nessa época que ele morreu, escolheu se matar, mesmo ainda estando vivo.
A vida é como uma estrada, por mais lisa e reta que ela precise ser, há momentos que aparecem algumas pedras no caminho e nós precisamos escolher se vamos enfrentá-las ou esperar que elas saiam da estrada (tendo a perspectiva de que elas podem nunca sair), ele escolheu o caminho mais cômodo, o de esperar a pedra sair e culpá-la por estar ali, ao invés de passar por cima dela e continuar a caminhada, foi naquele exato instante que o relógio parou, quando ele avistou a pedra.
Uma década se passou, seu diagnóstico é simples, mas ao mesmo tempo muito complicado: necessidade extrema de amor, há situações que só o amor pode curar alguém, esse é o caso dele e, para sua felicidade, ele tem pessoas dispostas a amá-lo, é só ele querer.
Por mais que seu relógio esteja parado há tempos e, talvez, tenha suas engrenagens enferrujadas, há uma ferramenta, a única que pode fazer com que seu relógio volte a contar os dias, as horas, os minutos e os segundos, é o amor; amar gera vida, transforma sofrimento em felicidade, traz esperança.
Todos temos uma missão nessa Terra, a nossa é de devolver a ele esse relógio, dando-lhe novamente, um fôlego de vida, para que ele se depare, de fato, com o Verdadeiro Amor.