Dez Dias de Ouija escrita por NanaTheLazy


Capítulo 3
Terceiro Dia


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei!



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Segundo ano do ensino médio, novas pessoas, novas ideias, mesmo tema; Espíritos.

Parece meio mórbido quando eu coloco desse jeito, como se eu fosse uma pessoa que só fala disso, vinte e quatro horas por dia, e que bebe vinho no cemitério a meia noite, mas na verdade, não. Eu sou o tipo de pessoa que conversa sobre qualquer coisa, mas de um jeito ou de outro, o assunto sempre acaba chegando em espíritos.

E nós começamos a compartilhar entre o grupinho nossas histórias com o sobrenatural;

Laysa contou uma história de quando a maçaneta da casa dela chacoalhou sem ter ninguém por fora, Tomás contou sobre vultos, Sabrina foi a que ficou mais calada e eu, contei sobre minhas experiências de ouija e mais algumas coisas sobrenaturais que aconteceram comigo.

Foi nesse assunto que eles pegaram curiosidade e decidiram jogar. Eu, sendo a irresponsável que sou, concordei.

Nós fomos para o terceiro andar, que estava sem ninguém graças a apresentações nos andares inferiores,  nós sentamos em algumas mesas jogadas lá, e estávamos a poucos metros do quadro de força do andar.

Tomás segurou a corda e começou as perguntas.

“Tem alguém aqui?”

Demorou uns cinco minutos para nós recebermos uma resposta, mas ela chegou positiva.

“Há quantos de vocês aqui?”

O lápis começou a agitar estranhamente, como se não conseguisse se decidir entre um ou dois.

“Você são espíritos bons?”

Ele mal acabou de pronunciar a frase e o lápis se moveu para NÃO e ficou voltando para essa palavra, como se para deixar bem claro o ponto dele.

“Qual espirito respondeu isso?”

Só isso e nada mais.

“C? Então posso te chamar de O Cara?”

Todo mundo na mesa riu quando Tomás disse isso e quando o espírito autorizou, todos começaram a chamá-lo assim.

“O Cara, você é poderoso?”

Laysa começou a perguntar e ele, obviamente, respondeu SIM.

“Então você pode fazer alguma coisa, tipo, mexer uma mesa ou apagar uma luz?”

SIM. Mas nada aconteceu.

“Você vai fazer?”

Tomás perguntou. A resposta foi NÃO. Daí em diante, as pessoas na mesa começaram a ridicularizar O Cara, “aposto ele é fraco, não consegue fazer nada” e por causa disso eles pediram para falar com o outro espírito, que se eu bem me lembro era um espírito da Umbanda ou do Espiritismo, que a mãe do Tomás já havia falado para ele. Ela estava ali para protegê-lo e falou que o outro espírito era muito mau e que nós já deveríamos ter dado ADEUS a muito tempo.

Tomás perdeu todo o riso e brincadeira que ele estava tendo até o momento, a mãe dele falava muito dessa entidade, que não devia de jeito nenhum contrariar ela, que apesar dela ser uma entidade do bem, ela era muito séria.

Nós pedimos para sair do jogo já que ele já estava bem alterado, e o lápis foi para 1 e ADEUS seguidamente. Um rosto confuso se instalou em cada um de nós.

“Isso quer dizer que só um dos espíritos deu ADEUS?”

Eu perguntei, e a resposta foi SIM. E quando ele disse isso, meu sangue gelou, não por ele não ter deixado que nós saíssemos, mas porque nesse exato momento todas as luzes do terceiro andar apagaram. Laysa gritou de medo. Tentando buscar uma explicação eu pedi a Sabrina, que desde o começo tinha se recusado a jogar e ficou apenas como espectadora, que fosse ver se tinha acabado a luz em todo o prédio, ela foi no primeiro e segundo andar e as luzes estavam normais.

Nós olhamos para o quadro de força atrás de nós, o quadro que só o zelador e as tias da limpeza estavam autorizados a mexer, o quadro que controla a luz do andar, o quadro que ninguém passou perto porque senão nós teríamos visto.

Apesar do claro estado alterado de todos nós, eu tentei manter a calma para que nós conseguíssemos sair do jogo com segurança, e após muita insistência O Cara finalmente permitiu isso.

Mas eu consegui sentir sua presença sobre nós por um bom tempo após isso.


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Notas finais do capítulo

Eu percebi que todos meus capítulos até agora estão com 600 e poucas palavras, que coincidência mds.