What Lies Within escrita por Nightshade


Capítulo 1
Livros




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Desde que podia se lembrar, a vida de Aurora se resumia a livros.

A família Cromwell tinha uma grande biblioteca em sua casa e Aurora simplesmente amava desperdiçar suas tardes dentro dela, até mesmo antes de aprender a ler. Adorava o cheiro dos livros e pergaminhos antigos, adorava estudar os mapas e feitiços antigos. Seu avô, Liam, estudara em Durmstrang, mas conhecia muito bem Hogwarts, então sempre corria os dedos pelos cabelos dourados da neta e dizia: "Você com certeza irá para a Corvinal, meu raio de sol, exatamente como sua avó e sua mãe."

Bem, ele estava certo; Aurora realmente fora selecionada para a Corvinal, e se dera muito bem. Apesar de quieta, era boa e gentil, e conseguira fazer bons amigos, embora fosse vítima de certos comentários maldosos por parte de alguns alunos. Primeiro por ser, como já dito, muito quieta e observadora; preferia ouvir ao falar. E segundo - e talvez o principal motivo - por sua melhor amiga ser ninguém mais ninguém menos que Anastácia Van Der Waals, uma aluna ruiva da Sonserina que segundo más línguas não se comportava como uma garota puro sangue dos anos 40 deveria se comportar. Anastácia jogava Quadribol e não pensava duas vezes antes de praguejar.

Mas Aurora não se importava com o que as pessoas diziam dela pelas costas; se contentava em ajudar quem precisasse e se manter distante de pessoas e situações que pudessem acarretar algum problema em sua vida.

Observando um certo aluno em especial, ela percebeu algo que ninguém - talvez com exceção de Anastácia e, desconfiava, Professor Dumbledore - havia percebido antes. Thomas Marvolo Riddle, não era de forma alguma uma pessoa gentil e muito menos sincero e verdadeiro. Havia uma frieza inexplicável em seus olhos azuis, tão claros, e da primeira vez em que Aurora o encarou, sentiu medo do garoto inexpressível.

Porém, ela notou outra coisa em seus olhos. Não havia apenas a frieza de olhos mortos... havia tristeza e confusão. Tom Riddle era uma alma perturbada, ela podia sentir; e isso a fez se sentir triste por ele. Não era justo uma pessoa tão jovem carregar tamanha tristeza. Ela culpou ao seu próprio coração mole por ter feito o que fez.

Na sexta-feira a noite, no fim da tarde, Aurora estava na biblioteca fazendo seus deveres, e na mesa em frente a dela, estava o Monitor da Sonserina. Riddle parecia tenso enquanto lia algum livro que ela não pode identificar, mas sua expressão parecia ser a mais honesta que ela já vira. Talvez ele apenas mostrasse sua verdadeira face quando estava sozinho.

Ela juntou suas coisas e se ergueu, caminhando de forma leve até parar em frente a Riddle. Ele ergueu os olhos um pouco aborrecido, mas logo sua expressão mudou para uma de curiosidade; não era para menos, os dois nunca haviam trocado mais do que três palavras durante 6 anos estudando juntos. Ele abriu a boca, pronto para falar algo, mas ela foi mais rápida.

— Você não precisa estar sozinho e sem ninguém. - falou, deixando as palavras fluírem - Eu consigo sentir o quanto você está atormentado, mas você não precisa se fechar. - os olhos dele pareceram raivosos por um instante, mas logo voltaram a ficar inexpressíveis. Ela respirou fundo rapidamente - Se precisar de algum amigo ou simplesmente conversar, me procure. Eu sou uma pessoa discreta.

E então se retirou, não querendo ouvir o que ele viesse a falar.

Só mais tarde - após sentir o olhar de Riddle nela durante todo o jantar - no seu Salão Comunal, que Aurora Cromwell parou e pensou no que havia feito.

Poderia uma Corvinal ser tão estúpida?


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