Canary Cry escrita por ladyenoire


Capítulo 15
Aves de Rapina


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que leram e comentaram a fanfic ♥
Boa Leitura!!!



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Não sei de devia ter aceitado o trato de Ra’s Al Ghul, mas lutar com ele pela vida de Sara não parecia uma boa ideia.

— Como vai explicar para o seu pai? – Oliver havia me lembrado de mais um problema.

— Não faço a mínima ideia, mas preciso fazer isso o quanto antes. – massageei as têmporas e sentei na poltrona que ele tinha no seu esconderijo. Oliver veio até mim com um kit de primeiros socorros, sentou na minha frente e começou a limpar os ferimentos do meu rosto.

— Laurel?

— Sim?

— Aquilo que a Sara disse, é verdade? – o encarei sem saber ao certo sobre o que ele se referia – Quando nós estávamos amarrados.

— Ah! – lembrei e baixei a cabeça. Não sabia ao certo o que falar.

— Você ainda me ama? – respirei fundo. Era óbvio que eu o amava, mas simplesmente não queria dizer, já que isso me faz parecer uma completa idiota.

Sara tinha razão.

— Oliver...

— Tudo bem você não me amar. Mas eu preciso te dizer uma coisa. – ele puxou a carteira da gaveta.

— Não vai tentar comprar meu silêncio, não é? – o loiro riu.

— Não é isso. – ele tirou uma foto minha lá de dentro e mostrou – Essa foto foi uma das únicas coisas que me restaram quando o Queen’s Gambit afundou. Levei ela comigo até hoje, nunca a deixei de carregar. Ela me fazia lembrar de você e isso me deu forças.  – eu segurei a foto e senti meus olhos marejarem – Eu não sei se a Sara estava certa sobre você, mas ela com certeza estava certa sobre mim. – o encarei sem acreditar no ouvia – Dinah Laurel Lance, você é e sempre foi, o amor da minha vida.

Fiquei alguns segundos parada, sem reação. Era estranho ouvir aquilo, Oliver tinha me machucado muito no passado, no entanto ele também tinha se machucado.

Acho que duas metades de um coração podem formar um inteiro.

— Oliver Queen, você também é e sempre foi, o amor da minha vida. – coloquei a foto na mesa ao lado de sua carteira, segurei o rosto dele e o beijei. Ah, como eu estava com saudades do beijo dele! Era uma sensação estranha, parecia que era a primeira vez que nossos lábios se tocavam. Não sei como tinha aguentado tanto tempo sem ele.

***

Acordei no dia seguinte e me espreguicei. Coloquei a mão no lugar ao lado, mas não senti Oliver.

— Procurando por mim, passarinho? – o loiro estava na porta do quarto com uma bandeja de café da manhã.

— Não vai dizer que fez isso para mim, não é?

— Não, porque eu não fiz. Foi a empregada mas ela disse que eu podia levar os créditos. – nós rimos e ele sentou ao meu lado, colocando a bandeja entre nós. Em seguida ele me deu um beijo rápido – Bom dia!

— Bom dia!

— Dormiu bem? – sorri.

— Claro e você?

— Na verdade dormir não foi muito o que a gente fez. – soquei o braço dele – Ei! Eu só disse a verdade. – nós dois começamos a comer e depois que terminamos voltamos a deitar abraçados.

— Não sabe o quanto eu senti falta disso.

— É, lá na ilha não tinham muitas camas. – o encarei – E é claro, você. – sorri. Mas logo bati minha mão na testa ao me lembrar de um detalhe muito importante – O que aconteceu? – levantei da cama e comecei a catar minhas roupas no chão para me vestir.

— Lembrei que tenho explicações a dar para o meu pai.

— Sobre a Sara, é verdade. – Oliver concordou lembrando.

— E sobre nós.

— Como assim “nós”? – coloquei a blusa e o encarei. – Você não pretende contar ao seu pai sobre o que aconteceu aqui, não é?

— Claro que não, mas preciso contar que agora ele não precisa te odiar. Pelo menos não ao ponto de querer arrancar sua cabeça.

— Isso é animador.  – disse irônico. – Nos vemos mais tarde?

— Tenho que fazer uma rápida viagem para Gotham.

— O que pretende fazer lá?

— Pegar uma coisa. – ele arqueou a sobrancelha – Depois eu conto.

— Tá, eu vou com você para Gotham, então. – sentei ao lado dele.

— Oliver, não é nada demais. Não precisa ir comigo, eu só vou visitar um amigo.

— Eu insisto, quero conhecer o seus amigos de Gotham, já que passou tanto tempo lá. – bufei. Sabia que não tiraria aquela ideia da cabeça dele, então como não tinha nada a esconder, decidi não discutir mais.

— Certo. Vou te mandar mensagem. – o beijei e saí, ainda não acreditando no que estava acontecendo na minha vida nesse momento.

***

— Pelo menos ela vai ficar bem? – meu pai perguntou enquanto esfregava as têmporas.

— Sim, mas era o único jeito. Aquela não era a Sara que conhecíamos. – segurei sua mão – Prometo que farei de tudo para que ela volte, ok? – ele assentiu e nos abraçamos. – Tem mais uma coisa que eu preciso te contar.

— O que é? – respirei fundo e tomei coragem. Talvez ele tivesse uma reação bem pior de quando eu contei que era a Canário Negro, afinal, estávamos falando de contar para ele sobre mim e Oliver.

— Eu e Oliver estamos mais próximos, e eu acho que devemos deixar o passado no passado.

— O que quer dizer com isso? – o encarei – Vocês estão... Namorando de novo?

— Quase isso.

— Dinah! – meu pai ficou de pé, demonstrando indignação.

— O que foi?

— Como... Como pode fazer algo do tipo quando... – e lá vamos nós de novo. Fiquei alguns minutos escutando tudo que ele tinha para dizer e quando finalmente acabou, apenas me levantei e dei um beijo em sua bochecha.

— Sei que essas broncas são apenas para demonstrar o quanto você me ama. Obrigada por cuidar de mim, pai. – ele fez uma careta, sei que foi quase um sorriso. – Mas alguma hora o passarinho precisa sair do ninho.

***

— Oliver, você é um babaca!

— Entra nesse carro de uma vez, Laurel! – ele revirou os olhos como se minha indignação fosse desnecessária.

— Eu disse que iriamos com a minha moto, mas já que quer ir de carro, eu dirijo.

— Nem pensar! Entra nesse carro logo! – obviamente eu venceria a discussão, no entanto não queria sair afastando Oliver logo no começo, ou melhor, no recomeço da nossa relação.

***

Depois que peguei os papéis com Dick e entrei no carro, Oliver ficou me fazendo mil e uma perguntas.

— Já disse que conversamos quando estivermos em casa. – falei encerrando a discussão.

— Certo, então Star City agora?

— Não. Ainda preciso visitar um amigo.

— Outro?

— Oliver, eu não vou nem te responder. – nós seguimos pelo caminho que eu indiquei e quando eu disse que ia descer, o loiro invocou que queria ir junto. – Tá bom, só não seja um idiota.

Bati na porta e não muito tempo depois, Ted abriu.

— Dinah?

— Surpresa! – disse o abraçando.

— Quem é esse? – Oliver perguntou desconfiado e Ted me encarou com reprovação. Ele sabia de toda a história que tinha entre mim e Oliver.

— Dinah...

— Ela prefere ser chamada de “Laurel”.

— Em Gotham ela é conhecida como “Dinah”.

— Isso é verdade? – revirei os olhos.

— Oliver, esse é o Ted. Foi ele quem me treinou e com quem eu morei durante minha estadia em Gotham. E Ted... Bem eu te falei dele.

— Falou sim. – respondeu meio irritado.

— Mas eu já me resolvi com ele, está tudo certo. – o acalmei.

Conversei um tempo com Ted e Oliver ficou calado. O problema é que Oliver nunca ficava calado, ou seja, ele está irritado.

Depois de nos despedirmos, entramos no carro e Oliver permaneceu em silêncio. Decidi ignorar a atitude infantil dele e comecei a conferir os arquivos enquanto ele dirigia de volta para Star City.

— Você tinha um caso com aquele cara, Laurel? Ou será que devo dizer, “Dinah”?

— Oliver, ele é meu melhor amigo e mentor.

— Está fugindo da pergunta, já teve um caso com ele?

— É claro que não. Eu sempre amei você, idiota. – bufei irritada e pude ver ele sorrir – Não ouse sorrir, ou eu quebro esses dentes lindos e perfeitos!

— Amo sua delicadeza! – ironizou. - O que tem de tão importante nesse arquivo que você precisou vir até Gotham pessoalmente?

— Informações sobre algumas pessoas que eu gostaria de encontrar.

— E quem seriam elas? – abri a pasta e mostrei.

— Caçadora, Starling, Batgirl e Katana.

— Porque quer encontrar elas?

— Coisas de garota. – respondi com um sorriso e ele ficou sem entender.

Olhei pela janela enquanto via a paisagem passar rápido. Pensei em como cheguei até aqui e fiquei muito satisfeita comigo mesma. Era esse caminho que eu queria seguir e eu consegui; já estou nele.

A hora de Dinah Laurel Lance salvar o mundo já passou, agora é a vez da Canário Negro.


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Notas finais do capítulo

Bem, como deu a entender no final da fanfic, eu decidi encerrar pois tenhos planos futuros cof cof Aves de Rapina cof cof! Não sei quando vai sair, pois tenho que planejar e tudo mais, então eu espero que tenham se divertido e gostado ♥ xx



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