Canary Cry escrita por ladyenoire


Capítulo 13
Canário e a Liga dos Assassinos


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734971/chapter/13

Porque raios Oliver foi resolver um assunto perigoso sozinho?

— Bem, você disse à ele que não trabalhavam mais juntos. – suspirei.

— Em minha defesa, ele não me queria por perto depois do incidente com o Arqueiro Negro.

— Ele não queria que você se machucasse. – revirei os olhos – Eu não devia te contar isso, mas antes de saber que você era a Canário Negro, Oliver ficava toda hora treinando o que falar quando te encontrasse. – não pude evitar de rir. Típico dele.

— Certo, vou fingir que não me contou nada. Cheguei no local. – parei a moto e desci da mesma – Esse comunicador vai funcionar mesmo? – falei mexendo no pequeno dispositivo no meu ouvido.

— Claro que sim. Mas desligue por ora, assim eu consigo captar os sinais diferenciados mais facilmente. Só liga quando precisar.

— Ligar só quando precisar, entendi.

— Boa sorte Canário Negro.

— Obrigada. Desligando. – apertei no pequeno botão que tinha no aparelho e andei mais alguns metros, pois não podia deixar a moto perto sem que me vissem chegando. E o fator surpresa no momento era meu melhor aliado.

O local era um depósito abandonado, típico de vilões fictícios.

Antes que eu conseguisse chegar até a porta, dois arqueiros vestidos com roupas pretas pularam da plataforma de cima e pararam na minha frente. Na hora pensei em Tommy, mas porque teria outra pessoa com ele?

Os dois arqueiros atiraram uma flecha em mim, então dei um impulso e girei meu corpo no ar, desviando das flechas. Logo eles avançaram e eu deslizei de joelhos entre os dois, passando para o outro lado. Em seguida acertei um chute no da direita e um soco no da esquerda. Levantei a perna com o corpo de lado e chutei um de cada vez sem coloca-la no chão.

Enquanto eu segurava a cabeça de um e acertava uma joelhada na mesma, o outro se afastou e voltou me segurando pelo pescoço e batendo minhas costas na parede, me prendendo ali. Então segurei seu braço, acertei uma cotovelada na dobra do braço e depois no seu rosto, fazendo ele me largar. Por último o segurei pela gola e o joguei com tudo no chão, onde ele permaneceu.

Olhei para o outro arqueiro que estava com uma flecha apontada para mim. Quando a flecha veio na minha direção eu usei o grito da Canário para destruí-la e o atordoar. Em seguida corri na direção do arqueiro que rapidamente iria preparar outra flecha, no entanto usei meu grito novamente e o joguei com tudo contra a porta do depósito, abrindo a mesma.

— CANÁRIO NEGRO! – ouvi a voz de Oliver vindo lá de dentro e corri até a porta.

— Fico feliz que tenha se juntado à nós, Canário Negro. – o Arqueiro Verde estava amarrado em uma cadeira no centro do local e vários arqueiros encapuzados estavam na volta dele.

— Droga Oliver! – murmurei. Já Foi complicado derrubar dois, imagina dez.

Eles vieram para cima de mim e confesso que tentei lutar, mas eram muitos. A única coisa que aconteceu foi que me amarraram e colocaram em uma cadeira ao lado de Oliver.

— Confesso que fiquei impressionado com suas habilidades de luta. Derrubou dois dos nossos guerreiros em poucos minutos. – o também encapuzado de preto falou parando na minha frente.

— E quem são vocês?

— Eu adoraria responder à essa pergunta. Mas eu não posso.

— E porque não pode?

— Porque não sou eu quem manda aqui. E antes eu pergunte, você logo saberá. – o homem soltou uma risada e saiu pela porta do depósito, porém os outros arqueiros continuavam lá.

— Será que é o Tommy? – eu cochichei.

— Acho que não. Não é o mesmo estilo de luta, e outra, o Tommy não se envolveria com uma organização como essa.

— Também não achávamos que ele ia tentar nos matar, mas adivinha só? Foi exatamente o que ele fez! – falei com uma dose de ironia e o loiro bufou. – Bom, agora é só esperar para ver, pois não tem muito o que fazer amarrada em uma cadeira.

— Porque veio sozinha? Achei que traria a Canário Branco com você. – ri usando a ironia novamente.

— Óbvio que não!

— Mas por... – Oliver parou de falar quando os arqueiros se ajeitaram em fila na nossa frente. Em seguida aquele arqueiro que tinha falado com a gente passou no meio deles e parou na nossa frente com as mãos nas costas, porém um pouco afastado.

— O que está acontecendo? – ninguém me respondeu, mas eu entendi assim que vi a figura de branco entrando e passando no meio dos arqueiros. A medida que ela se aproximava os arqueiros viraram de frente para nós. – Espero que não seja que eu estou pensando.

— E em quem você está pensando? – a figura parou de frente e tirou o pano do rosto, revelando ser quem eu temia.

— Na Sara.

— Olá irmã.

— Hein?  – foi só o que Oliver disse. Naquele momento não sabia como reagir. Pensei que a pior das hipóteses seria se Sara fosse a líder deles, mas ao mesmo tempo não acreditava. Porém agora que ela está parada na minha frente, fica difícil de negar.

— Não vai dizer nada, Laurel? – ela sorriu.

— Na verdade dizer alguma coisa não é o que eu mais quero fazer nesse momento.

— E o que você gostaria de fazer?

— Te bater até você ficar inconsciente. – Sara riu – Sabia que tinha algo errado com você.

— Algo de errado comigo? Não tem nada de errado comigo, Laurel.

— Não parece. – rebati visivelmente irritada – Não acredito que mentiu para mim! Não acredito que caí na sua!

— Confesso que foi difícil te convencer. Até cheguei a pensar que não cairia naquela de “Sara boazinha”.

— Então você é mesmo minha irmã. Eu devia saber que uma vez traidora, sempre traidora.

— Sabia que é feio guardar rancor no coração?

— Sua...

— Ei! Eu só queria entender o motivo de eu estar aqui. – Oliver comentou e eu respirei fundo com os olhos fechados.

— Pelo simples fato que se não fosse por você, eu teria uma vida normal e feliz! – Sara encarou Oliver com ódio.

— Odeio admitir isso, mas a culpa da sua vida ter sido uma droga foi exclusivamente sua. Assim como Oliver foi o único culpado pelo que aconteceu com ele. – comentei.

— Você ainda ama ele, não é? – aquilo tinha me pegado de surpresa. Comecei a balbuciar mas não consegui dizer nada com nada – Eu sabia! Dinah Laurel Lance, sempre tentando salvar o mundo! – ela soltou uma risada – Mas você é idiota ao ponto de ainda amar aquele que pisou com os dois pés no seu coração! – olhei para Oliver que me encarava surpreso.

Sara estava certa. Eu não queria admitir isso para mim mesma, mas eu ainda amava Oliver. Eu sempre amei na verdade. Por mais que quisesse do fundo do meu coração odiá-lo.

— Afinal, porque estou aqui? – Oliver falou – Vai me torturar? Ou pretende me matar?

— Nem um nem outro. Na verdade, eu só queria ter uma conversinha com você e pedir para que se unisse à mim e a Liga dos Assassinos num pequeno projeto. – foi a vez de Oliver rir.

— Porque acha que eu faria isso? – num movimento rápido, ela puxou uma espada do cinto do arqueiro parado ao lado dela, segurou meus cabelos e colocou a espada na minha garganta.

— Porque se não fizer, pode dizer adeus à pequena Canário. – eu respirava fundo, não acreditando naquilo. Sara não me mataria não é mesmo?

Também pensei o mesmo de Tommy.

Também pensei o mesmo sobre ela me trair com Oliver.

Mas me enganei nas duas situações.

Só queria gritar, mas não tinha forças.

— Solta ela, vou fazer o que você manda. – Sara riu e tirou a espada da minha garganta, guardando no cinto do arqueiro novamente.

— Eu sabia, você também ainda ama ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes que pensem "como assim a Canário Negro deixou ser amarrada?" Lembrem que os arqueiros treinaram por anos e ela não. Não é como Arrow que até a Felicity deve conseguir derrubar um membro da Liga.
Espero que tenham gostado ♥ xx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Canary Cry" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.