Blossoming Heart escrita por Alyssa


Capítulo 6
Gotas de um passado


Notas iniciais do capítulo

Olha quem chegou ♥
Era para ter postado mais cedo, desculpe u3u
O que importa é que cheguei com novidades ♥
Só trago mais mistérios para vocês, não me batam, onegai xD

Quero agradecer a todos que vem me acompanhando ♥ Aos comentários também ♥ Amo todos vocês -w-

Boa leitura a todos -w-



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734968/chapter/6

Capítulo 5 — Gotas de um passado

.

.

Rin caminhava em passos lentos por um estacionamento, acabará de sair do mercado próximo ao seu bairro. Após comprar algumas coisas necessária iria para casa direto. No entanto, logo cedo tinha alguém lá em cima contra sí. Oh claro, se já não bastasse o mico que pagou no caixa ainda teve que esbarrar naquele homem… enquanto, o mesmo tomava café puro e, ainda por cima, usando uma roupa toda branca. Absurdo!

.

— Dessa vez a culpa é toda sua! — Rin esbravejou irritada, tomando um espaço seguro do mesmo.

— Oh, com certeza — Sesshoumaru revirou os olhos — Afinal sou eu que ando por ai com a cara enfiada no celular.

— Bem eu que fico tomando café de roupa branca — Rin deu de ombros.

— Você deve tomar mais cuidado ao andar por áreas públicas — murmurou calmamente.

— Então não ande com roupas claras, enquanto se alimenta de algo que manche — Rin não ficou atrás.

— Nós realmente vamos ficar o dia todo retrucando no estacionamento? — Sesshoumaru perguntou entediado.

— Se for preciso — Rin bateu o pé — Eu garanto que sim! — E a encarada final da morena veio com um brinde final dos céus.

Chuva torrencial.

.

Sesshoumaru e Rin não ficarão perdendo tempo se encarando e, se puseram a correr para o primeiro lugar seguro de chuva que virão. Entretanto, a única que acharam no momento foi a velha fachada de um casa abandonada à metros do mercado. As gotas caiam em verdadeira cascatas, tão grossas que não parecia que pararia tão cedo. Logo a calçada em redor de ambos começou a encher também, o lugar ficava cada mais estreito para comportar dois adultos. Ainda assim, ambos permaneciam em silêncio, apenas observando a chuva cair.

.

.

xXx

.

.

Ossário Central

.

Kikyou seguiu com o olhar o homem de fios negros, que se aproximava do columbário em passos lentos, trazia em mãos um lindo buquê de rosas brancas. Por estar longe dele não conseguiu ver há quem pertencia a urna que visitava, no entanto, não poderia se aproximar naquele momento. Suspirou frustrada. Tinha plena certeza que era alguém muito especial para o mesmo, pois sua expressão estava abalada demais. Ainda assim queria se aproximar lentamente, mas seus passos num scapin tamanho 12 a denunciariam na hora. Não vendo outra alternativa Kikyou se afastou vagarosamente dali, não poderia deixar que ninguém a visse. Sem olhar para trás achou a saída, dando de cara com sua gêmea a esperando com um guarda-chuva já aberto, pronta para dividir.

.

.

xXx

.

.

Hospital Regional

.

Sango caminhava de um lado para o outro na recepção. Preocupada, não sabia mais o que poderia fazer para ajudar; sua mãe havia passado muito mal durante a madrugada. Estaria ainda mais desesperada caso não estivesse acostumada com os ataques dela, mas felizmente se alarmou apenas para chamar a ambulância rapidamente. Apesar de se fazer de forte, sabia que por dentro estava aos prantos com tudo que vinha acontecendo. Não quis compartilhar com sua mãe sobre a sua última conversa com o médico, mas segundo ele os ataques viriam mais vezes e mais fortes. A doença vinha avançando mais rápido do que previam.

.

Sango ao se cansar de ficar de pé, optou por sentar numa poltrona que havia ali; essa que servia para os demais. Sentada refletiu sobre tudo que vinha passando, se culpava profundamente por não poder dar mais assistência a sua mãe. Afinal, a faculdade e o trabalho tiravam muito do seu tempo, mas era necessário para conseguir sobreviverem e, comprar os remédios dela, que estavam cada vez mais caros. Suspirou baixando a cabeça, sua mãe era seu tudo, não se perdoaria se algo acontecesse com ela.

Provavelmente morreria junto.

.

— Sango?

 Hm — Sango levantou a cabeça ao ouvir uma voz conhecida — Doutor Murata!?

— Tudo bem com você? — perguntou, se conheciam de longa data já — Você parece abatida.

— Oh, estou sim — Sango sorriu timidamente — Apenas cansada, não dormi nada.

— Entendo.

— Como ela está? — Sango ficou de pé rapidamente — Eu não aguento mais esperar.

— Calma, pequena — Murata suavizou, sobrepondo a mão delicadamente no ombro da morena — Ela estava sedada até agora. Já acordou e, espera a alta no quarto.

— Que alívio!

— No entanto, o caso dela é grave, Sango — Ele olhou sério.

— Não me esconda nada, eu imploro.

— Serei mais objetivo na minha frase — baixou ainda mais o tom — Ela terá que operar e, rápido.

— Operar?! — repetiu perdida — Já está tão avançado assim?

— Eu sinto muito, mas essa é a única maneira de salvá-la agora — ele sorriu tristemente — Você precisará ser forte agora.

— Você sabe da nossa história — Sango abafou um choro — Não temos condições para isso.

— Eu entendo — Murata falou calmo — Por isso já a pus na lista de espera e, se tivermos sorte algum doador pode aparecer em breve.

— Em breve quando?! — Sango sentiu uma fúria dentro de si — Quando ela estiver morta dentro de um caixão?

— Sango — Murata, voltou a tocar de leve no ombro da morena — Tudo dará certo, confie.

— Sango? — uma voz lhe chamou atrás do médico.

 Hm — a morena procurou a voz confusa — Miroku?

— Os deixarei a sós agora — Murata saiu rapidamente.

— O que faz aqui, Miroku? — Sango tentou não soar ríspida, mas é que ainda estava a pleno ódio.

— Vim trazer o meu pai para exames de rotina — explicou simplesmente — O que houve? Estava chorando?

— Hã!? Não! — Sango limpou rapidamente algumas lágrimas nos olhos — Eu não dormir essa noite — Eu estou no mesmo barco que o seu pelo jeito — mentiu.

— Oh… — Miroku resolveu deixar de lado por ora — Mas então, seu pai? — perguntou curioso.

— Não — suspirou — Minha mãe.

— Entendo — murmurou calmo — Espero que esteja tudo bem com ela.

 Eu também…

— Minha filha! — chamou perdida — Oh, você está ai — acenou de longe — Venha, já ganhei alta — sorriu, segurando uma tosse.

— Mamãe — Sango correu para o encontro dela — Não se esforce, por favor.

— Eu estou bem, minha pequena — sorriu fraco — Apenas fraca por causa de tanto remédio.

— Eu irei cuidar melhor de você — abraçou com certo cuidado.

— Tenho certeza que vai.

— Vamos indo — Sango, enlaçou de leve no braço da mãe — Farei aquela sopa de legumes que ama… — a morena parou de repente — Oh, tchau… Miroku… — abanou de longe.

— Se cuidem! — Miroku sorriu.

.

A mãe da morena tinha problema no coração, mas não nos olhos. Aquele jovem próximo a ambas não lhe escapava no olhar. Aqueles fios castanhos e olhos azuis feito duas safiras brilhantes era mais do despercebido. Sentiu seu ar faltar por alguns segundos ao lembrar de algo no seu passado. Respirou fundo, virou o rosto e se pôs a caminhar do lado de sua filha.

.

.

xXx

.

.

Casa abandonada

.

Ainda chovia forte o bastante, deixando claro que a mesma não cessaria tão cedo. Rin que teve a grande sorte de ficar perto de uma goteira, logo sentiu suas roupas encharcar também. Os calafrios habituais chegavam rapidamente, enquanto tentava se aquecer com o pouco do seco que lhe restou. Curiosa com a companhia ao seu lado, observou-o com o rabo dos olhos. Suspirou frustrada ao perceber que o mesmo permanecia sereno com a situação toda. Rin se irritou rapidamente com a calma de Sesshoumaru, afinal como uma pessoa tão encharcada quanto ela, não estaria tremendo de frio?! Totalmente inacreditável.

.

“Se continuar a chover assim, terei que ir desse jeito mesmo” — suspirou congelada.

.

Rin que até então estaria entretida com as pétalas das flores, sendo arrancada pelas grossas gotas de chuva, resolveu baixar o olhar para seus pés. Ok, péssima ideia, totalmente péssimo. No chão, bem ao ladinho do seu pé se aproximava algo que preferia não entrar em detalhes, mas sim, um sapo. Não, um sapo enorme de cor verde musgo se aproximava. Rin naquele momento perdeu o pouco fôlego que lhe restava.

Aquilo havia sido a gota d’água.

.

— Sai! — gritou desesperada — Sai daqui! — a garota pulou e, se agarrou a coisa mais próxima de si.

— Ei... — Sesshoumaru resmungou, ao sentir algo ainda mais gelado lhe agarrar — Me larga!

 Não solto! — Rin apertou o enlace mais — Ele vai me pegar — o sapo lhe encarava.

— É só um sapo — Sesshoumaru revirou os olhos — Você é muito maior que ele.

— Como é?! — Rin respirou fundo — Você está me chamando de gorda, é?

— Entenda como quiser — suspirou.

— Escuta aqui, querido… — começou irritada.

— Sai daqui, droga de sapo — deu um passo em direção ao anfíbio e, em seguida o chutou para longe.

— … — Rin olhou a cena petrificada.

— Pronto, está resolvido — Sesshoumaru respirou aliviado.

— Você… — a morena ficou perplexa — Por que você o chutou assim? Ele não te faz nada!

— Mulheres realmente são complicadas — resmungou — Pode me soltar agora?

— Como você pode… — Rin estava incrédula — Não solto!

— Ok — murmurou de qualquer jeito — Se não me soltar agora, irei lhe agarrar aqui mesmo.

 Que?! — a garota voou para longe do mesmo — Tarado!

— Claro, bem eu — ironizou.

.

A chuva finalmente começava a dar um pouco de trégua e, Sesshoumaru que não era nenhum pouco bobo correu dali. Rin de primeiro nem percebeu, mas quando notou a ausência do mesmo, sentiu um frio lhe percorrer.

.

“O que acontece comigo?” — Rin encarou o nada — Com certeza é doença, afinal peguei uma chuvada dessa.

.

.

xXx

.

.

Mansão Takahashi

.

InuYasha estava sentado no parapeito da janela, do seu quarto, pensativo. Lembrava de uma época distante na sua infância. O por que disse ter vindo do nada não entendia, mas sentia-se nostalgico ao lembrar de algo, afinal havia mudado muito desde aquele verão. Entretanto, por alguma razão os acontecimentos ainda estavam bagunçados em sua mente, porém, era difícil esquecer aquele perfume amargo e sutil de incenso… Incenso?!

.

Ao menos algo que ainda estava bem na sua memória é de ter conhecido alguém. Aquela menina corajosa e gentil que conheceu certa vez no parque perto do lago. Não lembrava do seu rosto, mas muito bem de suas atitudes heroicas; como o dia em que empurrou o valentão da turma vizinha e, lhe estendeu a mão tão sorridente. Ah e, o calor que sentiu em suas bochechas junto do coração que batia depressa. Ela de fato foi seu primeiro amor, não tinha vergonha de admitir. Porém, depois disso sua memória é uma bagunça, falhando totalmente a ponto de lhe dar fisgadas fortes.

.

— … — suspirou fundo, observando as nuvens negras se dissipando.

— InuYasha!

— Hm, por que está todo molhado? — olhou o irmão dos pés à cabeça.

— Peguei chuva — deu de ombros.

— Oh, sério!

— Sério — murmurou — E você, por que está com essa cara de quem quer se jogar dai?

— Me jogar do segundo andar? — InuYasha olhou para o jardim — O máximo que consigo é um torcicolo, né? Desistindo do plano então!

— Idiota — Sesshoumaru riu baixo.

— Apenas pensando — InuYasha voltou a ficar sério — Ei, você por acaso se lembra do que aconteceu com aquela menina que brincávamos?

— Desculpe, não posso falar nada sobre isso — cortou.

— E por que não? — perguntou já alterado — Tem a ver com o meu acidente, não é?

— O passado deve ficar no lugar dele — Sesshoumaru disse embargado.

— Argh! — InuYasha sentiu subir — Então não preciso de nenhum de vocês aqui.

— InuYasha…

 Sai! — cortou irado — Sai do meu quarto agora — empurrou o irmão com vontade.

— É para o seu próprio bem — Sesshoumaru forçou a porta.

— Não, não é — voltou a empurrar — Vocês não sabem o que é o melhor pra mim, não mais.

— InuYasha, me ouça... — tentou.

 Não! — bateu a porta.

— Um dia entenderá que certas coisas é melhor permanecer enterradas — sussurrou — Assim como os mortos.

.

.

xXx

.

.

Lanchonete

.

A apenas quatro quarteirões do metrô principal da cidade, fica um bairro calmo, mas muito vazio a noite. Isto porque o mesmo é mais usado para comércios, ficando mais ativo durante o dia. Por aqueles horários apenas algumas casas de lanches e lojas de conveniências era possível encontrar movimento ainda. E este também era um dos meios de trabalhos de Sango, afinal dinheiro não cairia do céu.

.

— Boa noite, o que deseja? — Sango correu para atender a mesa do novo cliente.

— Você neném — sorriu malicioso — De preferência nua no meu colo.

— Desculpe, mas não existe tal produto no menu — Sango respirou fundo, era normal assédio, porém precisava aguentar pelo bem de sua mãe doente.

.

Suspirou entediada ao notar o olhar do homem para cima de si, de fato, todo homem parecia ser igual nesse aspecto. Revirou os olhos ao vê-lo tentar passar a mão em si, afastou-se rapidamente rumo à cozinha. Sabia que ali estaria ao menos segura de tantos idiotas que apareciam por ali e, ainda por cima faltavam algumas horas para fechar seu turno, suas pernas não aguentavam mais.

.

— Como você aguenta isso? — perguntou Yuka, sua colega de trabalho.

— Eu preciso aguentar de qualquer maneira — Sango disse, firme — Faço qualquer coisa pela minha mãe.

— Eu admiro essa sua força — Yuka sorriu, divertida.

— N-Não é pra tanto — murmurou envergonhada.

— Vamos, você é uma ótima filha — apertou as bochechas da amiga — Quem é a melhor filhota? Quem é?

— Sango! Yuka!  — a voz era do dono do lugar — Clientes!

— Olha lá, temos novos clientes para atender — segurou a mão da amiga — Temos algumas horas pela frente ainda.

— Você tem — Yuka corrigiu — Aquele velho não para de beber.

— Ainda essa — suspirou.

— Boa sorte!

— Precisarei mesmo.

.

.

xXx

.

.

A noite no trabalho realmente foi longa, mas ao menos terminou. Sango sentiu que suas pernas doíam mais que o normal naquela noite. Poderia adicionar aquele dia como o pior que teve desde que começou a trabalhar ali há dois anos. Se despediu de todos e, foi caminhando do jeito que podia, afinal até nisso estava difícil de fazer. No entanto, estava feliz por não ser tão longe do metrô, apenas algumas quadras e estaria lá.

.

Andava devagar e, nisso pode ouvir um barulho atrás de si, mas ignorou ao ver um rato saindo do esgoto. Suspirou e, continuou a andar, mas um segundo barulho a fez parar, esse era mais alto e perto de si. De repente conseguia ouvir passos se aproximando, tentou ignorar e voltar a caminhar, mas um par de mãos lhe pegou de surpresa. A morena se debateu ao sentir o cheiro podre de álcool no ar.

.

— Agora vamos brincar, minha boneca! — ouviu aquele sotaque puxado do bêbado de mais cedo.

“Não! Socorro!” — o susto era tanto que sua voz não saia.

.

.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ler ♥

Pelo que vejo algo pode estar bem na cara, ou não. Ai vai depender de cada um agora xD Eu dou pistas, mas não aponto tanto assim.

Até o próximo capitulo ♥ ~que já está em andamento -w-



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Blossoming Heart" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.