Blossoming Heart escrita por Alyssa


Capítulo 15
Por trás de uma máscara


Notas iniciais do capítulo

Olar :3

Olha quem apareceu de novo lol
Na verdade estava ansiosa para apresentar alguns trechos desse capítulo o3o
E também, do jeito que acabou o capítulo passado foi muito cruel e.e ~vim acalmar as coisas -q ~ou não :3~

Obrigadas pelas felicitações no capítulo passado -w-
E a vocês, leitores fantasmas, obrigada também por acompanhar essa história
Espero que todos gostem do capítulo ♥



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Capítulo 14 — Por trás de uma máscara

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— Você está realmente gostando dele? — Sumiko ficou de pé assustada.

— E-Eu amo ele… — Sango dizia com a voz embargada. — Eu amo ele!

 Sango, minha filha. — Sumiko sentia seu coração apertar. — Como você pôde, Sango?

— Por que eu não posso, mãe? — As lágrimas desciam livremente já. — Me diga, por quê?

— Sango, você não pode amar esse homem... — Sumiko respirava fundo. — Você não pode amar o filho do homem que traiu o seu pai!

— Como? Traiu? — Sango soluçou alto. — Como assim, mãe?

 Masao o traiu! — Sumiko gritou, chorando. — Se dizia o melhor amigo do seu pai, mas o traiu!

— Mãe! — Sango chamou desesperada. — Mãe...

— Masao é o responsável por seu pai estar na cadeia, Sango. — Sumiko disse fraca. — Masao é o responsável pela acusação injusta contra seu pai.

— Não pode ser… — Sango caiu de joelhos.

Assim como as grossas lágrimas que caiam, Sango sentiu que o seu mundo havia desabado de vez.

“Ela não pode estar falando sério…” — Sango sentia seu peito doer. — “Não pode…”

— Oh, minha filha. — Sumiko ainda chorava no lugar. — Não faça isso… Não faça isso com o seu pai…

— Mãe… — Sango respirava com dificuldade. — Por que escondeu isso de mim? Por que?

— Você era uma criança naquela época. — Sumiko caminhou até a filha. — Não tinha que sofrer com os problemas dos adultos.

— Eu merecia saber. — Disse Sango, fechando seus olhos. — Eu não sou mais criança há um bom tempo.

— Sango… — Sua mãe tentou falar.

— Eu preciso de um tempo para pensar. — Sango ficou de pé rapidamente. — Por favor, me deixe só. — Sem conseguir olhar para sua mãe, apenas foi para o seu quarto.

— Minha pequena… — Sumiko lamentou ao vê-la partir.

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Em seu quarto, Sango apenas se jogou na cama, sem se importar com mais nada. Fechando seus olhos com força, desejou que toda a tristeza do seu coração se fosse. Entretanto, assim como uma tempestade que cai, ela deixou marcas rapidamente. Seu peito ainda doía, enquanto tentava respirar mais calmamente. Seu rosto estava todo molhado com as lágrimas salgadas que havia deixado cair. E junto disso, Sango sentia como se a sua cabeça fosse se partir em duas. Ela tinha plena certeza que com essa revelação tudo estava acabado para si, inclusive seus sonhos para o futuro. Ao pensar nisso se lembrou de Miroku e, o destino cruel que os havia juntado.

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“Realmente é esse o destino que me aguardava?” — Mesmo em pensamentos, sua voz era embargada.

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Se virou de lado na cama, mirando seu olhar perdido para um porta retrato, este sobre a escrivaninha. Naquela foto de quase 16 anos atrás, era a última memória que ela havia com seu pai. Ao pensar nisso, poderia dizer que foi o momento mais feliz da sua vida e, em apenas 1 minuto se tornou o mais cruel de todos. Em sua festa de 8 anos, em algum outono passado, foi o dia em que a polícia invadiu a sua festa, dando então a voz de prisão ao seu pai. Suas memórias que até então a impediram de lembrar, agora trazia detalhes daquele dia a tona.

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“Eu jurei que quando crescesse iria protegê-lo, mas e agora... “ — Sango sentiu um novo soluço subir. — “O que devo fazer, papai?”

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Mesmo que quisesse conter suas lágrimas, já era tarde demais. Novamente, Sango se via em prantos, enquanto soluçava alto. De fato, essa era a verdade que ela sabia que viria, mas que não queria ouvir. Apesar de seu coração estar totalmente confuso, era orou para a decisão correta vir ao seu encontro.

Mesmo que isso lhe custasse o seu destino.

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~*~

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3 dias depois

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Faculdade Shikon

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Pátio central

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No fim do horário de intervalo, Kagome continuava sentada próxima a Rin e Kanna, em um dos bancos. As duas amigas conversam animadamente sobre raças de cães, enquanto, devoravam mais uma barra de chocolate. Kagome ouvia a conversa entediada, mas sem muita escolha do que fazer. Era início do último semestre delas e, todos estavam enlouquecendo com os preparativos do TCC. Kagome já tinha o seu do jeito que planejou, desde que não queria surtar em cima da hora. Embora, esteja de cara com a prima, pois se lembrava claramente da mesma fazer tempestade em copo d’água com assuntos do tipo.

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— Ei, Rin. — Kagome não se aguentou. — Você está fazendo seu TCC?

— Hm? — Rin parou sua mordida no meio do caminho. — Já é pra fazer?

— Como?! — Kagome pulou no banco. — Espera aí, você ainda não começou o seu?

— Oh, eu só comecei a ideia principal, mas ainda não mexi nele. — Rin comentou calmamente.

— Você deveria começar a mexer nele logo. — Kanna aconselhou. — Ou ficará ansiosa demais com pouco tempo.

— Sim, eu deveria mesmo. — Rin suspirou.

 Você só pode estar de brincadeira. — Kagome respirou fundo novamente. — Rin, por favor, vamos olhar ele a partir de hoje, certo?

— Ok. — Rin sorriu. — Devo estar com a cabeça nas nuvens. — Voltou a morder o seu chocolate.

— Saia um pouco do celular então. — Kagome revirou os olhos. — E pare de rir feito uma hiena no seu quarto.

— Ora, ora. — Kanna sorriu maliciosa. — Com quem você anda conversando tanto assim?

— Não é nada disso. — Rin tossiu um pouco. — Preciso de água…

— Não tente fugir da minha pergunta, Rin fofinha! — Kanna cutucou a amiga. — Fale tudo.

— Eu vou pegar água. — Rin desconversou, saindo sem dar mais respostas.

— Ei, Rin. — Kanna pegou suas coisas no banco. — Até mais, Kagome.

 Cuide dela para mim! — Kagome gritou. — Essa menina. — Resmungou.

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Kagome se espreguiçou após a saída das duas. Olhou para o caderno em seu colo. Lembrar as anotações que tinha para revisar naquela noite só lhe dava preguiça. Por um lado dava graças por estar se formando muito em breve. Logo poderia encher os seus pensamentos apenas dele novamente.

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— Kagome! — Ouviu alguém lhe chamar de cima.

 Hã? — Kagome voltou sua atenção. — Bom dia, Miroku.

— Finalmente te achei. — O mesmo sentou-se também. — Você por acaso está se escondendo?

— Me escondendo do que, homem? — Kagome respondeu entediada. — Estou a dias tentando entender o que quero apresentar.

— Ah, eu imagino. — Miroku suspirou. — Ainda tenho um tempo pela frente até me esquentar com isso.

— Não sei se considero sorte ou azar o seu. — A morena sorriu maldosa. — TCC de Direito deve ser bem mais entediante.

— Na verdade, estou ansioso por tudo isso. — Declarou calmo. — Desde o início já estamos com esse pique.

— Graças a Deus que eu desisti de fazer Direito. — Kagome se arrepiou toda. — Piadas a parte. — Ela encarou o amigo. — O que houve com você?

— Teria se dado bem, pode ter certeza. — Deu de ombros. — É sobre isso que eu queria conversar com você.

 Desembucha! — Kagome cruzou os braços séria. — O que te incomoda?

— Sango! — Miroku declarou de uma vez. — Faz dias que eu não consigo falar com ela.

— Como?! — Kagome murmurou confusa. — Até esses dias ainda estávamos todos juntos… O que houve com ela?!

— Eu tentei ligar várias vezes, mas ninguém respondeu. — Continuou. — Apesar de ir até a sua casa, não havia ninguém.

— Estou preocupada agora. — Kagome pegou seu celular. — Esses dias ela me enviou uma mensagem ainda. — Procurava no meio de várias outras. — Segundo ela, sua mãe estava passando mal.

— Quando foi isso? — Miroku pegou o celular das mãos de Kagome. — Dois dias atrás?!

 Ei, não toque no meu bebê assim! — Voltou a pegar o celular das mãos deles. — Sim. Ela me enviou na madrugada. — Afirmou. — Perguntei com a mãe dela estava, mas até agora não obtive respostas.

— Isso está muito estranho. — Miroku respirou fundo. — Ela não iria sumir sem dar notícias assim.

— Ei, Miroku. — Kagome tocou de leve no ombro do amigo. — Fique calmo, ok?

— Calmo!? Como vou ficar, Kagome? — Ele disse frustrado. — Ela não me dá notícias e some assim.

— São apenas três dias, ok? — Kagome pensou por alguns segundos. — Se a mãe dela passou mal, é claro que ela vai ficar todo o momento com ela... Isso quer dizer até sem celular. — Se ajeitou no banco. — Notícia ruim chega rápido.

 Kagome… — Miroku sentia seu coração pesado.

— Ela vai aparecer, ok? — Kagome deu um meio sorriso. — Se ela me responder, eu te aviso, pode deixar.

— Você deve fazer isso na hora. — Miroku se virou para Kagome. — Eu não consigo pensar em mais nada.

— Vai dar tudo certo. — Kagome o abraçou. — Não pense demais nisso e relaxe.

— Só você mesmo, Kagome. — Miroku suspirou. — Não me abandone, irmãzinha.

— É claro que não. — Kagome riu baixinho. — O que seria de você sem mim, certo?

— Na verdade, acho que não mudaria mui… Ai! — Miroku sentiu um tapa forte nas costas. — Nada, nada mesmo! — Corrigiu rapidamente sua resposta.

— Exatamente. — Kagome concordou.

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~*~

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Corredor leste — Inativo

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Há quase uma semana, Kikyou passava seus intervalos por ali. Na verdade, a mesma tinha esperança de se encontrar com Naraku. Porém, ele parecia saber exatamente o momento em que não deveria vir ali. Frustrada, Kikyou pensou seriamente em desistir de vez com esse plano, entretanto, largou a ideia assim que viu o mesmo cruzar o corredor.

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 Naraku! — Kikyou o chamou, dando tchauzinho.

— … — Naraku parou no mesmo lugar ao vê-la.

— Estava lhe procurando. — Mentiu. — Você sabe mesmo se esconder.

— Receio que perdi o jeito, pelo visto. — Resmungou, voltando a caminhar.

— Ei, Naraku. — Kikyou caminhou alguns passos em sua direção. — Desde o dia no templo não consegui falar com você.

— Dentro da faculdade espero ser chamado corretamente. — Suspirou. — Estive muito ocupado, assim como as pessoas normais são.

— Muito bem, Professor Takeuchi! — Kikyou revirou os olhos. — Que horror, pessoas normais vivem ao menos.

— Senhorita Higurashi, o que deseja? — Naraku se deu por vencido, afinal, ele sabia que ela não desistiria fácil.

— Oh, assim… — Kikyou ficou surpresa por ele não tentar fugir. — Bem, quero dizer que não vou desistir de você facilmente. — Murmurou firme. — Por isso, me aguarde, Professor Takeuchi.

— Faça como quiser. — Naraku deu de ombros. — “Não é como se ela fosse me ouvir mesmo.”

— Que bom que entendeu. — Kikyou sorriu. — O que você veio fazer para o lado de cá? — Caminhou até o seu lado, enlaçando seu braço no dele.

— Apenas verificando se certos alunos, como você, estão desrespeitando as regras. — Forçou seu braço. — Solte-me, Senhorita Higurashi.

— Entendo. — Kikyou deu de ombros. — De jeito nenhum! — Apertou o enlace. — Vamos, vou te acompanhar nessa inspeção.

 Eu mereço… — Pela segunda vez, se deu por vencido.

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Kikyou tagarelava animadamente sobre seu dia, enquanto ressaltar alguns detalhes em específicos. Apesar de não perceber, Naraku aos poucos estava se deixando aproximar cada vez mais de Kikyou. Antigamente ele simplesmente iria largar ela de qualquer jeito e seguiria o seu caminho. Entretanto, hoje estava apenas se deixando acostumar com seu jeito animado.

Porém, talvez se tivesse estado mais alerta, teria percebido um par de olhos observar a cena um tanto interessado.

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~*~

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Algumas horas depois

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Sala dos professores

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Apesar de suas turmas terem encerrado por aquele dia, Naraku, ainda se encontrava pelo Campus. Organizava alguns papeis com calma, quando pensou ouvir algo da sala ao lado. Ficou quieto por alguns segundos, mas o silêncio predominava naquele momento. Deixando de lado a ideia, apenas voltou a fazer as suas coisas calmamente.

A sala ao lado pertencia ao Reitor da faculdade e, também aquele a quem ainda chamava de cunhado. A poucos dia ambos havia se esbarrado após semanas, porém, era como se nunca tivesse o visto. Dentro de si sempre guardou a opinião sincera sobre ele, até mesmo de sua irmã. Onigumo, de fato, era um homem que nunca apresentaria a sua irmã. Sem saber explicar, Naraku apenas sentia que algo nele nunca havia sido sincero.

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— Naraku, ainda por aqui? — A voz de Onigumo rapidamente preencheu a sala vazia. — Achei que já tivesse ido.

— Estava organizando algumas aulas. — Naraku murmurou calmamente. — Você parece ocupado hoje.

— Um pouco. — Onigumo caminhou até uma mesa, próximo a porta. — Vim apenas pegar um pouco d’água.

— Sua sala não tem um filtro desse? — Perguntou curioso. — Achei que a sala do Reitor fosse completa.

— Ah… Tinha um sim. — Onigumo soltou uma risadinha baixa. — Justo hoje vieram buscar ele… Troca de filtro.

— Entendo. — Respondeu sem emoção alguma. — “Uma criança mente melhor.”

— Ei, Naraku. — Onigumo bebericava a água com classe. — Diga-me, por quê voltou?

— Do que você está falando? — Naraku parou de mexer com as cópias, se virando para Onigumo. — Onde quer chegar com essa pergunta?

— Oh, nada. — Voltou a sorrir. — Apenas estou curioso sobre a sua volta do nada assim.

— Não foi do nada. — Naraku disse sério. — Eu disse que estava concluindo alguns cursos extras antes de voltar.

— Entendo. — Onigumo suspirou. — É que achei estranho sua volta assim, quando nem no enterro da irmã veio direito.

— O que quer de mim, Onigumo? — Naraku vestiu sua expressão gélida. — Nunca achei que tivesse tanto interesse na minha vida privada.

— Naraku, que expressão assustadora. — Onigumo fingiu estar em choque. — Não fale assim, somos cunhados… Membros da mesma família até o fim. — Voltou a exibir um sorriso calmo. — É claro que eu ia me preocupar com você.

“Curioso demais…” — Naraku respirou fundo. — Voltei exatamente por me sentir culpado pela minha irmã. — Confessou. — Eu deveria ter estado mais presente na vida dela. — Voltou a pegar alguns papeis.

— Sua irmã sabia o quanto você gostava da velha Londres. — Onigumo voltou a encher o copo d’água. — Ela nunca lhe culparia por sumir tantos anos assim... — Onigumo olhou com cuidado as costas do cunhado.

 Você… — Naraku se virou para a porta, mas ficou em silêncio ao ver que estava sozinho novamente.

Só então ele percebeu que era dessa maneira que ele esteve nos últimos anos… Sozinho.

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~*~

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Corredor próximo aos armários

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Kikyou deveria ser a última estudante pelo Campus. Isto porque ficou as últimas aulas pesquisando sobre acontecimentos antigos. Seu celular estava quase sem bateria de tanto usá-lo. Se alguém lhe perguntasse o que raios tantos pesquisava, nem mesmo ela poderia explicar. Na verdade, Kikyou tivera alguns sonhos estranhos dias antes. E, por não achar que fossem apenas típicos pesadelos, se pôs a olhar alguns acontecimentos semelhantes de anos atrás.

Ainda encostada em seu armário, olhava com cuidado cada nova página aberta. Apesar de pesquisar com palavras chaves em sites de jornais online, nada interessante aparecia. Entretanto, nem mesmo Kikyou sabia direito o que estava procurando. Talvez, mas só talvez, pudesse ser apenas mais um pesadelo. Porém, dentro de si sentia que nada daquilo era um mero sonho.

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— Desisto! — Kikyou guardou seu celular, frustrada. — Kagome é melhor em achar essas coisas do que eu.

— Ou talvez não esteja procurando adequadamente. — Uma voz sussurrou próximo ao seu ouvido.

— Você estava me observando? — Kikyou se virou rapidamente. — O que quer, Hayato?

— Nada demais. — Ele deu de ombros. — Apenas passando por aqui… Por alguns corredores.

— Você não me engana. — Disse Kikyou, ficando séria. — E fique longe da minha irmã.

— Não seja tão desconfiada, Kikyou. — Hayato zombou. — Eu já desisti dela. — Riu baixo. — Não quero nada que já tenha sido usado pelo InuYasha…

— Você não se atreva a falar dela assim! — Kikyou o segurou pelo colarinho, extremamente irritada. — Fale o quanto quiser de mim, mas experimente falar dela assim.

— As gêmeas Higurashi são mesmo interessante. — Hayato exibiu um sorriso debochado. — Deveria estar se preocupando mais consigo, Senhorita Higurashi.

— O que você… — Kikyou o soltou, ainda confusa pelo tom da frase. — Você realmente está me espionando?

— Já disse, apenas passeando por corredores. — Voltou sua expressão de tédio. — Vamos apenas…

— Eu não tenho mais nada para falar com você. — Disse Kikyou, se recompondo. —Fique longe da minha família!

— Não sei se consigo. — Hayato murmurou para si. — Oh… Naraku!

— … — Kikyou parou na mesma hora ao ouvir tal nome.

— Você sabe algo sobre o passado dele, Kikyou? — Hayato caminhou em passos calmos até a morena. — Sabe o que ele desesperadamente tentava esconder?

— Não tenho interesse na vida íntima dos professores. — Kikyou murmurou firme. — “O que ele está tentando fazer agora?”

— Não é o que parece, jovem apaixonada. — Hayato riu. — Eu vi vocês dois juntinhos mais cedo.

 Eu sabia… — Suspirou pesado. — Ele é um professor legal, estávamos apenas conversando.

— Naraku não se dá com nenhum aluno. — Hayato esclareceu. — Na verdade, ele não se dá com as pessoas.

— Por que está me falando sobre ele tão abertamente? — Kikyou o interrogou desconfiada.

— Vai saber. — Hayato voltou a dar e ombros. — Entretanto, eu sei um grande segredo dele. — Voltou a puxar o assunto.

— Não quero saber! — Kikyou pisou firme. — A vida dele não interessa a nós, os alunos. — Mentiu. — “Ok, eu gostaria de saber… Não pense nisso, Kikyou!”

— Você me faz rir. — Hayato revirou os olhos. — O Naraku não pode se apaixonar mais… — Um sorriso debochado nascia em seus lábios. — Na verdade, ele tem apenas uma mulher em seu coração.

 Hayato! — Kikyou o repreendeu. — “Uma mulher… Seria alguma ex? …Kikyou! Foco!”

— Não vou contar mais que isso ou perde a graça. — Hayato piscou. — Porém, vou lhe dar uma pista. — Continuou. — Um amor proibido!

— … — Kikyou ficou em choque ao ouvir isso. — “Como assim proibido?! Ele...”

— Interessante, não?! — Hayato murmurou, voltando a rir. — Até mais ver, Senhorita Higurashi. — Saiu em passos largos em direção ao pátio.

 Um amor proibido… — Kikyou ficou para trás, no rosto, um olhar confuso.

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~*~

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Alguns dias depois

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Corredor próximo aos armários

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O ar em todo o Campus era de desânimo, desde que as notas vermelhas para alguns já apareciam, deixando-os novamente em recuperação. Rin suspirava ao ver sua nota raspando para a média. Apesar de ter estudado feito louca, não foi capaz de se concentrar totalmente. Seus pensamentos estavam em um lugar mais distante que esse. Bateu a cabeça contra o armário deprimida.

Kagome, que olhava suas anotações finais para o TCC, levou um susto ao ouvir o estrondo. Espiou curiosa para o armário ao lado e viu o estado de Rin. Queria revirar os olhos e dar uns tapas nela, mas entendia perfeitamente pelo que ela estava passando. Em vez disso, apenas lhe tocou no ombro, chamando a sua atenção. Rin apenas sorriu calma em resposta.

Porém, nenhuma nota vermelha conseguia superar a tensão por qual Miroku passava nos últimos dias. O homem andava de um lado para o outro no corredor, enquanto era observado por um InuYasha impaciente. Ele sabia o quanto isso poderia ser irritante, mas não conseguia se segurar mais.

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— Kagome, tem certeza que ela volta hoje? — Miroku perguntava pelo oitava vez já. — Ok, eu sei que você já me respondeu. — Volta a suspirar.

— Sim, Miroku. — Kagome respondia pela oitava vez também. — Ela me mandou uma mensagem esses dias… Viu, não foi nada tão cruel assim.

— Não foi tão cruel? — Miroku repetiu rindo, mas parou ao ver que a vontade era de chorar. — Muito bem, eu acho que meu coração amável é um ponto fraco.

— Você falando assim me dá vontade de te bater. — InuYasha arregaçou as mangas.

— Você realmente vai fazer isso? — Miroku se ajeitou no lugar. — Eu não vou perder.

— Parem! — Kagome se intrometeu no meio. — Parece uma rinha de galos isso!

— Qual dos dois ganharia… — Rin murmurava perdida.

— Ei, Rin! — Kagome chamou ela. — Me ajude aqui com eles, por favor.

— Oh, desculpe. — Rin sorriu sem graça. — Eu não quis pensar nisso, foi mal.

— Muito barulhento. — Kagome ouviu uma voz atrás de si.

— Concordo. — Kagome suspirou. — Espera… — Se virou no susto. — Sango?

 Você realmente voltou… — Miroku respirou aliviado.

— Eu vou dar um volta. — InuYasha saiu entediado. — Eu com certeza seria o vencedor. — Sussurrou ao passar por Rin.

— Ele é faixa preta em Taekwondo. — Respondeu simplesmente.

— Acho que ele ficou chocado. — Kagome observava InuYasha quase tropeça em outro aluno.

— Dá tempo dele fazer umas aulas também. — Rin deu de ombros.

— Você ainda gosta de assistir programas de lutas? — Kagome suspirou.

— Estou trocando por programas de cachorro ultimamente. — Rin confessou.

 Melhorou um pouco…

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Kagome e Rin se afastaram, deixando Miroku e Sango mais à vontade. Sango pegava um livro de leis em seu armário, enquanto sentia os olhos de Miroku em si. Suspirou baixo, afinal entendia o que ele estava sentindo. Tudo bem, qualquer pessoa que sumisse do nada assim, seria motivo de preocupação para os demais. Guardou o livro novamente no armário e se virou para ele.

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— Desculpe por sumir assim. — Murmurou incomodada. — Eu fiquei com a minha mãe durante esses dias no hospital.

— Poderia ter me avisado diretamente. — Miroku baixou o olhar. — Eu te fiz algo?

— N-Não… — Sango gaguejou. — Minha cabeça estava muito cheia nesses dias. — Explicou. — Eu só consegui avisar a Kagome… Realmente sinto por isso. — Falava rápido.

— Tudo bem. — Miroku acalmou ela. — Você está aqui agora, é o que importa pra mim. — Puxou ela para um abraço.

— ...Eu senti sua falta. — Sango sussurrou. — Nesses dias que passamos longe… Eu senti sua falta.

 Eu também senti a sua. — Miroku sentia uma calma tomar conta de si. — Sua mãe está melhor?

— S-Sim… Ela está melhor. — Respondeu simplesmente. — Só precisar continuar a se medicar.

— Fique de olho para que ela faça isso nos horários certo. — Aconselhou. — Meu pai se trata com antibióticos também. — Explicou. — Respeitar os horários são muito importante para o tratamento.

— Entendi. — Disse Sango, se separando do abraço aos poucos. — Agora que você falou do seu  pai. — Puxou o assunto. — Eu não tive oportunidade de conversar com ele ainda.

— Verdade. — Miroku coçou a nuca pensativo. — Vamos marcar um jantar então.

— Um jantar… Ótimo! — Sango sorriu. — Esperarei ansiosa por isso.

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~*~

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Naraku saiu da sala dos professores, fechando a porta atrás de si. Caminhou em passos calmos até alcançar a secretaria. Olhando em redor apenas notou um aluno ali, este conversava com a secretária chefe sobre alguma coisa séria. Não se importou muito com os detalhes, desde que essas informações sempre chegavam em primeiro mão à sala dos professores.

Continuou a caminhar, passando ao lado de Sesshoumaru, acontecendo uma rápida troca de olhares entre os dois. Naraku, entretanto desviou o olhar entediado, enquanto, Sesshoumaru sustentou o seu desconfiado. Sesshoumaru sentia que o conhecia de algum lugar, apesar de sua memória falhar agora. Após isso voltou sua atenção à secretária.

Cruzando o corredor mais a frente, Naraku parou por alguns segundos. Olhou em direção à secretaria sério. Novamente ouviu aquele barulho estranho tocar, isto é, se realmente fosse alguma melodia. Deixou novamente a ideia de lado ao perceber que havia parado. Voltou a caminhar em silêncio, até chegar na sala mais afastada do corredor inativo.

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— Não há ninguém aqui… — Murmurou. — “Ele está mesmo me ligando a essa hora?” — Pensou ao sentir seu bolso vibrar.

Pegou o celular com cuidado, olhando novamente ao redor na sala. Observou o número na tela por alguns segundos. Apesar de ser perigoso o local, era preciso que ele atendesse logo.

— Estou de olho. — Em palavras curtas, apenas deu seu parecer ao homem do outro lado da linha. — Entendido. — Naraku ouvia com calma as ordens do outro lado. — Seguirei com o plano e cumprirei o ordenado!

Dizendo isso, ouviu a chamada ser desligada do outro lado da linha. Ainda com cautela, mexeu no histórico de chamadas, apagando o número recente.

— Ele não vai escapar de mim! — Naraku tinha um olhar em chamas.

Calmamente saiu da sala, voltando a sua ronda matinal diária, pelos corredores da faculdade.

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Continua


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Notas finais do capítulo

E cabou :B ~por hoje~

Olha, eu tentei trazer algo calmo, mas acho que ficou um pouco tenso ainda x:
Bem, é aquele papo, acabou os capítulos 100% amorzinho. Agora a coisa está realmente mais séria.
Mas não se preocupem que um pouco de comédia e romance sempre tem espaço ♥

Agora fica as dúvidas, né. Durma mais tarde e pensem nisso hue
O que Naraku esconde?! Com quem ele falava?! O que aconteceu com a Sango nesses últimos dias?! Todos estão realmente sendo sinceros ai..?!

Espero que tenham gostado -w-
Até o próximo capítulo ♥



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