Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 42
Capítulo 73


Notas iniciais do capítulo

~~ é gente, meu notebook parou de vez, não tem mais concerto. O jeito agora vai ser postar daqui do computador do meu irmão. Mas neste eu só posso entrar de vez em quando e não quando eu quero; então eu vou continuar postando, mas com menos frequência. Eu escrevo num caderno para não esquecer e depois digito e publico. Vai ficar mais espaçado, talvez uma vez por semana, mas eu não vou abandonar a historia, ainda tem muito para fazer e eu vou levar até o fim, quer dizer até o forever.



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Bella continua:

— Mais tarde naquele dia Jacob veio me ver como eu havia pedido para Seth avisá-lo, mas eu não acreditei que Jacob viesse. É claro que Edward também disse que ele viria, mas eu não acreditei em nenhum deles dois. Rosalie me ajudou a me sentar no sofá e depois ele veio ficar perto de mim.

'Jacob me perguntou para quando era o nascimento do bebê e eu respondi que não sabia. A gestação de Renesmee foi muito rápida. Dos nove meses ou quarenta semanas que dura geralmente uma gravidez humana normal eu tive tudo em apenas um mês desde que casei com Edward até o nascimento de nossa filha.

‘Foi muito difícil, eu sei que eu poderia não estar aqui contando isso para você agora, mas eu não achava que eu fosse morrer. Acreditava que eu poderia conseguir. Ao menos eu iria até onde eu aguentasse e ou o bebê pudesse viver sem mim.

‘Carlisle media o tamanho da minha barriga todos os dias, duas vezes ao dia. Era um progresso assombroso, tenho certeza de que mesmo sem a medição ele podia ver quanto tinha crescido de um dia para o outro. A cada instante era maior, era perceptível até para mim, dois centímetros por dia, às vez mais... Praticamente duas semanas em um dia. Carlisle estimava pelo tamanho do meu ventre que demonstrava o tamanho da criança.  As pessoas geralmente têm aproximadamente cinquenta centímetros quando nascem, o que na contagem de Jacob daria mais quatro dias se o ritmo permanecesse o mesmo.

— Certamente houve um crescimento mais acelerado no começo. Você estava apenas com duas semanas e já sentiu Renesmee se mexer, querida. Isso com certeza demonstra que no princípio ela se desenvolveu mais depressa – diz meu irmão.

— Interessante, realmente muito interessante. É possível que isso tenha acontecido mesmo – diz papai, especulando.

— Porém não estávamos conseguindo me alimentar e nutrir o bebê antes. A comida não parava no meu estômago. Eu estava cada vez mais fraca e sentia ânsia, porém não havia o que vomitar. Mas esse problema foi resolvido pela ideia de Jacob, e eu tomei sangue, o que deu certo. Claro que seria o que o bebê queria. Ele era meio humano e meio vampiro.

‘Conforme a gravidez progredia a criança ficava cada vez mais forte e alguns de seus movimentos faziam com que alguns ossos meus se quebrassem. Carlisle me disse que nem o veneno de vampiro poderia me curar se meu coração parasse de bater. E no ritmo em que estava era provável que isso acontecesse antes que eu desse à luz. Não havia o que ele pudesse fazer para parar o processo. Ele pediu desculpas, mas não havia o que ele pudesse fazer mesmo recorrendo à transformação de emergência. Se o coração parar, o veneno não o faz voltar a bater. Eu tentaria manter meu coração batendo nem que fosse tão baixo e devagar como Esme. Ela conseguiu, eu também podia.

— Eu não queria fazer isso, querida – explica Esme – Não foi planejado, não é algo que se possa controlar. Também houve o fator sorte que fez com que Carlisle estivesse lá e me encontrasse. Eu não sabia que ele estava trabalhando naquele hospital. Minha intenção primária não era reencontrá-lo, mas apenas morrer, porque eu não poderia viver mais sem meu filhinho. Eu tinha planejado viver apenas para ele, só nós dois. Mas o destino o levou e então eu não queria mais viver.

‘É claro que depois que eu acordei e revi Carlisle tudo mudou. Eu não havia esquecido dele desde que no vimos dez anos antes. Eu não esperava que ele me amasse também, mas foi uma feliz coincidência. Então nós dois nos casamos poucos dias depois que eu despertei para essa nova vida, numa cerimônia simples com apenas eu, Carlisle, Edward e o pastor que era também juiz de paz do cartório e assim foi nosso casamento tanto no civil, quanto no religioso.’

Gosto tanto de ouvir a historia da mamãe, sempre me emociono. Lágrimas escorrem pela minha face. Mas tudo terminou bem, graças a Deus.

— Oh querida, não chore – Esme afaga meu rosto enquanto enxuga minhas lágrimas com os dedos.

— Mãe, você sabe que sua história é tão comovente, espero que eu sempre me sinta assim. Até mesmo quando eu não puder mai chorar.

— Oh sweetie, eu sei que você vai sentir. Não temos um coração de pedra gelado; eu vou te ensinar a chorar quando você for uma vampira. Você será uma vampirinha linda! Minha vampirinha.

Nem todo mundo tem um coração de pedra de gelo, mas Rosalie parecia ter. Ela foi embrutecida pelo tempo e pelo trauma que sofreu. De todos nós, ela é a que mais resiste e tem dificuldade em aceitar o que somos.

Eu sorrio para Esme. Ela será minha mãe-vampira e eu serei sua vampirinha.

Bella retoma a palavra ao ver que terminou o momento entre eu e Esme:

— É claro que eu aceitei suas desculpas e entendi o que Carlisle me disse. Eu sabia que não iria sobreviver a isso como humana, eu iria até onde eu aguentasse. Seria corajosa e forte o suficiente para fazer isso. Eu tinha que ser. Eu sabia que meu filho, minha filha, valia a pena, mesmo que meu marido não concordasse tanto comigo.

— Edward brigou com você, Bella?

— Sim, mas ele estava triste que eu tivesse escolhido morrer mesmo depois de tanto cuidado que ele teve para não me machucar – diz Bella.

— Também acho que podiam ter feito uma cesariana e antecipado o parto, não podiam?

— Não era tão fácil como você possa imaginar, Carol. Eles teriam que cortar minha barriga com algo muito afiado para poderem rasgar a placenta que envolvia Renesmee – Bella me explica.

— Que fosse, Edward não poderia fazer isso?

— E foi isso mesmo que eu fiz quando nossa filha se manifestou para sair. Eu esperaria primeiro o bebê dizer que estava pronto. Não queria arriscar.

Mas não foi mais perigoso deixar o bebê controlar a hora de nascer?

— E Carlisle?

E se papai tivesse mordido Bella isso não iria provocar o nascimento de Renesmee, já que ela estava quase pronta? Porquê ele não fez isso então?

— Nós não sabíamos como o bebê estava – eu reviro os olhos discretamente, eles sabiam sim. A medição do tamanho da barriga de Bella servia para que então? – e não podíamos arriscar tirá-lo antes. A criança sairia quando estivesse pronta – explica papai.

— Mas você não estava vendo que estava grande pai? – Bella não iria suportar mais, então porque esperar. A não ser que Bella também não quisesse antecipar o parto para não prejudicar o bebê.

Tento fazer com que minha voz não pareça de repreensão, afinal quem sou eu para falar assim com ele. Talvez no fundo eu tivesse medo que ele me desse uma bofetada como meu pai me dava quando eu tentava falar enquanto ele estava gritando comigo. O que deixava ele ainda mais irritado e ele me batia ainda mais por isso, eu acho.

 Eu nem deveria ter pensado nisso, pois Carlisle jamais seria capaz de me bater. Mas eu não posso evitar devido ao meu passado, foi esse o exemplo, um péssimo exemplo, mas o único antes dele com o qual eu cresci, de pai. Não amoroso e bondoso como ele, mas eu tinha um pai violento e imprevisível. Primeiro, porque ele sabe que eu não aguentaria e morreria (como eu quis diversas vezes com meu pai humano, para acabar o sofrimento, mas não aconteceu. Parecia que ele queria me bater até eu morrer, que eu não tivesse nascido. Ele queria uma coisa, minha mãe outra, mas ela nem por isso o impedia de me espancar, nem denunciou à polícia os maus-tratos. Isso não posso perdoá-la.

Posso esquecer, tentar superar, mas nada vai mudar o que passou. O que ela fez... poderia ter sido diferente, mas não. Ela nem reagiu. Ela poderia ter feito e não fez. Ela estava atordoada e não sabia o que fazer, mas eu estava sofrendo e nem isso a comovia ou a impelia a fazer alguma coisa. A fugir. Por isso admiro Esme por ter escapado por seu filho antes dele nascer. Provavelmente ele teria passado por algo parecido com o que eu vivi se ela tivesse ficado em Columbus.), porque ele é um vampiro e eu sou apenas humana. Segundo, porque não é de sua índole, e; terceiro, porque ele sabe que seria uma covardia. Mesmo se ele fosse apenas um homem humano, ainda assim me agredir seria desproposital e injusto porque ele é mais velho do que eu, tanto humanamente – ele tem 23 anos e eu 16 anos – e se contar a existência, ele tem 367 anos e eu ainda 16 e alguns meses contanto do início.

Coitado do Edward tendo que ler minha mente! Acho que minha mente não é um bom lugar, mesmo depois que Esme e Carlisle me adotaram. Porque o passado sempre vai ser o mesmo, nada pode mudar. Claro que meus pais são maravilhosos comigo, tudo que eu sempre quis e eu não queria que o passado influenciasse tanto, eu sinto muito, mas não posso deixar para trás. Eu sou quem sou por causa também do que aconteceu comigo antes de conhecê-los.

Mas eu estou indignada, como ele não viu isso? Estava esperando o quê? Bella quase morreu e certamente ele não queria que isso acontecesse. Queria que as duas sobrevivessem, mãe e filha. Então porque não antecipou o parto? Se fosse necessário Renesmee poderia ter ficado na incubadora como eu! Ele teria recursos médicos suficientes para cuidar dela caso ela precisasse ao nascer.

— Eu também tentei convencê-lo a fazer o parto antes, mas ele não quis arriscar – diz Edward.

— Você sabe como é difícil ser um bebê prematuro Carol – diz Carlisle e quase todos os olhares da sala se voltam para mim. Exceto mamãe, Alice e Edward que já sabiam que eu nasci antes do tempo.

No entanto, apesar de ter nascido antes da hora eu não tenho nenhum problema grave. Mas meus pais não parecem ser gratos ou terem ficado felizes por eu ter sobrevivido. Apenas um pequena falta de equilíbrio que me faz andar trombando nos móveis e tropeçando até na sombra, não sei se é relacionado ou não tem nada a ver. Meus dentes que são mais frágeis por causa dos remédios que eu tive que tomar na UTI neonatal ou em casa mesmo, porque os cuidados com os bebês prematuros continuam depois que eles saem do hospital no primeiro ano. Minha visão que também está um pouco comprometida... Tomara que Edward não fale nada disso para nossos pais, deixa que eu fale quando tiver coragem.

Meu irmão assente e eu confio que ele não vai dizer nada para Esme e Carlisle. - Talvez Alice já tenha visto eu contar para eles quando voltarmos ao Brasil.

— Mas papai, Renesmee não é um bebê humano como eu era e poderia ter sobrevivido mesmo se fosse tirada da barriga da mãe. Poderiam ter salvado Bella!

— Preferi não arriscar, não queria que minha neta passasse por esse trauma desnecessariamente.

—Não! – protesta Bella. – preferia ter morrido se não fosse transformada em vampira.

— Bella, meu amor! – exclama Edward indignado.

— Bella, você poderia ter escolhido outro jeito para se tornar vampira, não podia? Assim você fez Edward sofrer demais.

Antes que minha irmã pudesse responder, meu irmão se interpôs:

— Obrigada irmã, mas eu que deveria ter atendido ao pedido da minha esposa e a transformado logo depois do casamento, quando ela cumpriu sua parte em nosso acordo.

Bella fica satisfeita com a resposta do marido. Ela havia pedido para ele transformá-la muitas vezes e ele relutava. Não deveria reclamar que agora ela estivesse morrendo porque ele não quis acatar seu pedido. Ela iria morrer de qualquer maneira como humana se ele se recusava a transformá-la. Seria inevitável. Ele teria que optar se queria ela para sempre ao seu lado precisava torná-la uma vampira também. É o que ela queria, pois o amava. Queria ficar para sempre com Edward. Mas parecia que meu irmão não sentia o mesmo.

Só soube mesmo quando correu o risco de perdê-la.

Na verdade ele temia tirar sua alma e condená-la como ele pensava que somos condenados automaticamente por sermos vampiros. Mas eu não acho.

— Eu não queria passar a lua de mel me contorcendo de dor.

Renesmee se levanta de repente e sai correndo e chorando.

— Renesmee – chama Edward e pergunta como para si mesmo. – Como eu não vi o que ela iria fazer? Filha, eu não quis dizer isso. Não me entenda mal, não vou negar que eu não a queria no começo tanto quanto a sua mãe, mas agora eu amo você tanto quanto ela. Volte!

— Papai... – ela para abruptamente e vira com os olhos castanhos brilhantes e  banhados em lágrimas. – Me desculpe.

— Renesmee, eu é que sinto muito pelo que disse. Eu ouvi seu pensamento antes de você nascer e você não queria machucar a sua mãe. Você estava se contendo para causar o mínimo de sofrimento a Bella.

— Não sabemos se é o filho ou o corpo da mãe quem induz o trabalho de parto. Se o tamanho da criança desencadeia o processo ou há um tempo em que o corpo da mãe pode carregar o bebê antes que seja grande e não passe mais pelo canal de parto e só possa nascer por meio de uma cesariana – explica Carlisle. – como foi o caso de Renesmee. Renesmee querida, você não precisa se sentir culpada.

Ah! Papai é tão carinhoso, como eu jamais conheci um homem assim. Demonstrar afeto não deixa o homem menos homem, ao contrário fortalece ainda mais a sua imagem de respeito perante os demais membros da família. Vou ter que me segurar para não chorar, meu pai humano não era assim, jamais foi e nunca seria. Ele era o primeiro que me agredia. Conseguia assim respeito, mas não através de admiração, mas pelo medo que despertava.

Me lembro um segundo mais tarde de que Edward leu esse pensamento. Ah! não importa. Ele já deveria ter visto algo assim na minha mente antes. Carlisle é um exemplo de pai de verdade para mim (ele também teve um pai severo e aprendeu como não ser, ao menos o Pastor Cullen - ainda não posso chamá-lo de vovô, embora tecnicamente ele seja- serviu de exemplo a não ser seguido pelo filho). Tenho orgulho em chamá-lo de papai – carinhosamente como nunca pude dizer para meu pai humano. Ele não merecia ser chamado de papai. Eu apenas dizia pai, mas uma palavra vazia, sem sentimento. Ele era meu pai apenas biologicamente, fisicamente. Ele nunca se importou comigo.- E eu me sinto honrada que Carlisle permita que eu o chame dessa forma. Ele sabe o quanto significa para mim. E eu acho que significo para ele também.

— Fui eu sim vovô, eu sei que fui – retruca Renesmee voltando e sentando ao lado da mãe.

— Você não sabe se foi a natureza que forçou sua saída, Renesmee – digo com cautela o nome dela, mas acho que de tanto ouvir posso falar. – Eu não sei se o que aconteceu comigo pode ser exemplo para o seu caso, mas também nasci antes do tempo previsto. -‘Então fique quieta – ouvi Rosalie sussurrar’ mas prossegui mesmo assim. – acho que nenhum bebê iria querer nascer sem estar pronto, então acho que não fui eu quem escolheu sair. Eu fui expulsa. Ou minha mãe se esforçou de mais ou foi a natureza que me empurrou para fora por causa disso. Eu sei que eu não estava pronta porque fiquei ainda aproximadamente quarenta dias na incubadora depois que eu nasci.

Eu tive que me controlar muito para não derramar nenhuma lágrima ao contar meu nascimento. Onde minha infelicidade começou. Eu comecei a viver de verdade há apenas um ano aproximadamente quando Esme me encontrou.

Mamãe me olha perplexa.

— Oh minha filha! – ela me envolve com os braços e me estreita contra seu peito.

— Mesmo assim tia – Renesmee já me chama de tia. Oh! Ela já me aceitou tão depressa estou tão emocionada! – eu nasci porque quis. Eu sei disso. Tenho certeza absoluta. Eu não queria ficar ainda mais e talvez mamãe não sobreviveria.

— O que você está dizendo Renesmee? – pergunta Bella.

— É provável que ela tenha saído antes para não machucá-la ainda mais Bella – diz papai. – ela iria nascer apenas dali dois ou três dias, conforme eu estimava pelo tamanho do seu ventre.

— Eu iria nascer no dia do seu aniversário mamãe – diz Renesmee.

— Ainda bem que não nasceu; e ainda pude ver a cara da Bella quando disse que era seu aniversário de dezenove anos. Nunca vou esquecer aquela imagem – diz Alice. – Ainda bem que vampiros têm memória fotográfica. Deveria ter tirado uma foto da sua expressão.

— Ainda bem que não tem nenhuma prova física disso – diz Bella rebatendo. – Já basta para seu deleite pessoal. Ao menos isso não mudou quando me tornei vampira, eu ainda não gosto muito de presentes.

‘Quer dizer que... – minha irmã olha para a filha. – devo ter sobrevivido porque ela nasceu antes da hora? Renesmee, meu amor, devo a minha vida a você. Obrigada.

— Não precisa agradecer mamãe, eu devo a minha a você – diz minha sobrinha alegremente.

— Minha pequena cutucadora – Bella abraça Renesmee.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

fotos do capítulo 73:
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