À noite, reiterava um clima obscuro. Um véu de lamúrias e ternuras; uma estranha mistura... Mas, sobretudo, observava atentamente. Não falo da lua; tampouco das estrelas. Falo das chamas; àquelas belas, incongruentes e perturbadoras...

Seja por seu entoar rítmico sobrelado à hinos dançantes;

Seja  pela química enredada em graciosos moveres;

Seja pelo brilho verdejante...

Sim. Jazia, pé ante pé, uma chama verdejante; à elevar-se, como ilhas flutuantes. Nunca compreendi o por quê de seu fascínio. Delimitava o mundo. Parava-o, unicamente para, como plateia, assistirem​ seu riso ofuscante. Uma melodia distante...

As pálpebras pesavam. O olhar divagava. Olhos sonhadores; desejosos de uma existência feliz. Olhos que viam o amor em toda esquina: leda ironia! Fitares de pura alegria.

Então, tudo divergia. Entrava na porta; diga portal ou túnel se preferir. Só sei que por lá passei, com a chave em minhas mãos. Mesmo avisado.

Foi um sonho? Magia? Fenômeno? Não sei. Só sei que por lá entrei: Uma Terra Nova. O que, à princípio, era um sonho, colidia com os membros da realidade. 

Se saí de lá? De um mundo vivo e em paz? De um mundo belo, colorido e amigo? Não, digo-vos. Minha genuína afeição por cada unicórnio, cada pônei e cada pégaso ultrapassava os dizeres da compreensão. Não queria romance, tristeza ou volúpia. 

Pois meu relacionar, amigos, era pura apreciação.