Entre Tapas e Beijos escrita por miah 33


Capítulo 1
RESPIRE PARA AMAR AMANHA




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Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar. William Shakespeare.

 

POV. Edward

 

Há quase 50 anos eu a tinha deixado. É como se tivesse um grande buraco em meu peito, que nunca se curava. Bella, foi meu único amor. Por diversas vezes, quis acabar com minha existência, mas Alice, sempre via e nunca me deixava concretizar isso.

 

Eu não saia do quarto, por nada, a não ser caçar, mesmo já tendo ficado mais de dois anos em abstinência de sangue. Não sei como consegui essa proeza. Não tocava mais piano, não conversava mais com ninguém de minha família, a não ser quando alguém vinha até meu quarto.

 

Os pensamentos dos outros não me interessavam, e não saciavam meu tédio. Eu queria ficar só, mas sempre era impedido. A dor de não tê-la por perto me matava por dentro, de todas as maneiras possíveis e impossíveis.

 

Olhar para o teto, me lembrando de seu rosto e seu... cheiro, eu me sentia um fraco, um nada, por não ser bom o bastante pra ela. Como eu a amo!

 

Da sala, pude ouvir – ou ver os pensamentos de Alice. Todos nós estávamos em uma escola, que nunca tínhamos ido antes, e de repente uma moça, que aparentava ter seus 16 anos, chega até nós com seu rosto de anjo e murmura: ‘ Eu sei quem vocês são! ‘.

 

Isso foi realmente estranho, então pela primeira vez, desci as escadas, disposto a perguntar o que aquilo significava. Se ela sabia quem éramos, talvez ela soubesse que éramos vampiros. Ela era uma ameaça.

 

Esme: Filho! Como é bom vê-lo aqui... – Esme me abraçou. Eu ainda não tinha forças para falar.

 

Alice: Está sabendo que vamos começar a ir na nova escola amanha, não é? Bom, eu vi uma garota, acho que ela sabe sobre nós.

 

Jasper: Como assim, amor?

 

Alice: Não sei... por isso, acho que temos que ir verificar.

 

Rosalie: Pode ser perigoso. Se ela sabe sobre nós, não devíamos ir confrontá-la.

 

Edward: Não vamos confrontá-la. – falei, por fim. Todos olharam para mim, enquanto eu bloqueava seus pensamentos. – Eu... sinto que... é importante... irmos.

 

Carlisle: Então está decidido, vocês vão a esta escola amanha. Me liguem se precisarem, vou para o hospital. – ele passou por mim e pos uma mão em meu ombro. – É bom tê-lo de volta, filho. – respire para amar amanha, ele pensou.

 

Eu não precisava dizer que não estava de volta, que queria morrer, nem nada parecido. Não queria desapontar mais a minha família. Agora estava mais que ansioso para o dia clarear e irmos ver a tal garota. Algo em seu rosto, me lembrava alguém, não sei explicar nem pra mim mesmo.

 

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No dia seguinte, todos já estavam prontos para o primeiro dia de aula. Eu fiquei tão ansioso por isso, que me arrumei quando ainda era de noite. No espelho, vi um cara totalmente diferente do que fui a quase 50 anos atrás. Eu estava mais doentio do que o normal.

 

Não tinha condições de dirigir, então fui no carro de Alice. Para variar um pouco, pensei em Bella, durante todo o trajeto. Não era um caminho tão longo, então logo já estávamos nos corredores, indo a secretaria, pegar nossos horários.

 

EU ME ARREPENDI DE TER VINDO! Não tínhamos visto a garota até agora e estava sendo a maior perca de tempo, ver uma coisa que eu já tinha visto muitas outras vezes.  Mas de repente, no refeitório, enquanto estávamos sentados, sem comer, eu a vi.

 

Assim que seus profundos olhos azuis se encontraram com os meus, eu senti o mundo girar. Ela parecia um anjo. Sua pele era lisinha, como seda. Seus cabelos eram castanho avermelhados, como os de Bella. Ela tinha lábios carnudos e não aparentava ter mais de 16 anos mesmo. Sua pele era muito clara. Não como a de um vampiro, mas como a de Bella. Ela era linda!

 

Ela ainda estava confusa, quando tirou os olhos de mim e olhou para cada um de meus irmãos, que agora a observavam também.

 

Angel: Impossível. – ouvi ela sussurrar.

 

Com passos rápidos e um tanto graciosos, ela veio até nós. Não sabíamos bem o que esperar, e confesso que fiquei assustado.

 

Angel: Vocês são... os Cullens? – perguntou olhando para nós.

 

Alice: Sim, sou Alice. – sorriu.

 

Angel: Eu sei quem vocês são. E me deixe adivinhar, você é Rosalie – ela apontou Rosalie -, você é Emmett – apontou para Emmett -, você é Jasper – apontou para ele – e você é... EDWARD! – ela praticamente gritou.

 

Jasper: Como sabe sobre nós?

 

Angel: Seu cretino, foi você quem enganou a minha vó! – ela começou a esmurrar meu peito.

 

Edward: Sua avó? – minha voz finalmente saiu.

 

Angel: O nome Isabella Swan, não te lembra nada?

 

Senti meu corpo estremecer. O que essa louca estava dizendo? Que era NETA da minha Bella? Sim, ela já tem idade para ser avó, mas como esta garota ia nos reconhecer? Ela percebeu nosso choque e nosso silencio.

 

Angel: Eu sabia. Seu vampiro idiota, sabe como ela sofreu por sua causa? – ela cuspiu as palavras.

 

Edward: Sabe como EU sofri?

 

Angel: Não, e não me interessa saber.

 

Alice: Quem é você e como sabe sobre nós?

 

Angel: Meu nome é Angelina Swan Masen, mas todos me chamam de Angel. Sou neta da Bella e sei sobre vocês porque quando eu era pequena, ela me contava histórias sobre vocês para dormir. Os reconheci facilmente. – a metida disse orgulhosa – Puxa vida, vocês são... reais.

 

Uma rajada de vento entrou onde estávamos, e fez os cabelos dela subirem. Só neste momento, pude sentir o quanto o seu cheiro era bom. Era de uma forma inexplicável, mais forte até que o de Bella. Levei minhas mãos a boca e ao nariz, tapando a respiração, na intenção de não matá-la.

 

Angel: Eu não to fedendo! – me disse carrancuda.

 

E então percebi que, eu também não conseguia ler sua mente. Era uma incógnita. Isso só podia ser genético mesmo, de família. Ela era neta de meu amor, que estava vivo! Devagar, deixei minha mão escorregar e voltei a respirar calmo.

 

 

POV. Angel

 

Mano, minha avó ia ter um enfarto se soubesse que conheci os Cullens e se os visse outra vez. Assim que vi o tal do Edward, eu soube que era ele o besta que lhe deu momentos de felicidade e depois a abandonou. Minha avó não é normal. No bom sentido, é claro.

 

É que ela não é como essas senhoras de idade, que são super chatas. Minha vó era maneira! Desde pequena, sempre foi ela quem cuidou de mim. Se tenho uma mãe, é ela, sempre a considerei assim.

 

Edward: Ótimo. Não posso ler a mente dela também... – bufou

 

Angel: Sério? Que máximo! – não custava fazer um teste... idiota, idiota, idiota!

 

É, acho que ele não podia mesmo ler minha mente, e isso era realmente bom! A pedido de Alice, me sentei com eles à mesa. O idiota cabelo cor de bronze, estava rígido. Acho que não estava nem feliz em saber sobre minha avó... e ela sempre se lembrava dele. As vezes ainda derramava suas lagrimas de saudade.

 

Alice: Seria muito bom se pudéssemos vê-la.

 

Angel: Também acho. Posso te levar.

 

Emmett: Hei gata, todos nós queremos ir!

 

Angel: Não vou levar ele... – apontei para o Edward.

 

Edward: O que? Sou a pessoa que mais precisa ir vê-la! Não pode me impedir de ir...

 

Angel: Posso sim.

 

Emmett: É, ela pode! – assentiu.

 

Rosalie: Emmett, cale a boca. Por favor, leve-nos então.

 

O tenso era que, eu não lembro de minha avó falar em ‘como Rosalie era uma pessoa doce’, mas tudo bem. Eu ia primeiro pra casa depois da aula, e depois iam os Cullens. Juro que, se aquele cara mexesse com minha vózinha, eu matava ele!

 

Tenho que confessar. Eles eram lindos, principalmente Edward. Não, ele era mais que lindo, ele é perfeito. Tudo o que uma garota pode sonhar. Dane-se, é um babaca como qualquer outro cara!

 

Quando abri a porta de case, vi Bella, sentada no sofá, assistindo um filme.

 

Angel: Vó! Tenho uma surpresa pra você...

 

 

 

 

                         (Continua. . .)


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Notas finais do capítulo

Como não estou escrevendo para os anônimos, espero reviews, porque eles são o incentivo para continuar escrevendo!

Se tudo der certo, no próximo capitulo:
◘ Reencontro
◘ Brigas entre Edward e Angel