Capítulo 18 – Ataques e Mistério

Durante a aula de poções, e outras aulas que eles tinham em comum, Draco e Hermione não paravam de trocar olhares. As fofocas ainda rolavam soltas pelos corredores durante as trocas de aulas. Todos agora olhavam para Harry e Hermione, até mesmo para Neville, Luna e Gina, toda vez que eles passavam. Era como se eles estivem contraído sarapintose. Os olhares maliciosos e cochichos em sua direção foram o suficiente para irritar Hermione.

–Será mesmo que eles acreditam que foi a gente que atacou aquele garoto? –perguntou ela irritada.

–Deve ser mentira do Rony. –disse Harry. –Ultimamente ele anda querendo saber mais do que realmente sabe.

–Como assim? –perguntou à castanha.

–No dormitório dos garotos, ele falou há alguns dias atrás que ainda tem Comensais da Morte vivos e que querem se vingar e nós! –disse Harry desdenhando.

–Ele anda meio esquisito, vocês não acham? –perguntou Luna.

–Sabe o que eu acho? –perguntou Gina que acabara de se juntar a eles juntamente com Luna.

–O que? –perguntou Hermione.

–A fama subiu a cabeça dele. –disse ela. –Só porque ele ajudou a derrotar Você-sabe-quem ele acha que é grande ‘fodão’ agora! –disse ela fazendo uma careta ao falar. - E só por que o papai é Ministro da Magia, ele acha que pode desfilar por aí como se Merlin estivesse dentro de sua barriga! Nenhum de nós está se ‘achando’ por isso. Claro que todos estamos felizes pelo papai, e por ter ajudado a derrotar Você-sabe-quem. A maioria dos estudantes de Hogwarts ajudou! E ninguém se acha mais do que os outros por isso! –ela riu. –Ele tem uma mente bem fraca!

–Não fala assim do Rony, Gina ele ainda é meu amigo e... –e então a compreensão abateu Harry. –Mione lembra quando ele usava o medalhão Horcrux? –perguntou o garoto.

–Lembro!

–O medalhão afetava a ele mais do que nós. –disse Harry. –E teve uma coisa que nós não te contamos na época. –ele disse se lembrando de quando Rony o salvara e conquistara o direito de destruir a Horcrux empunhando a espada de Griffindor, por ser um legítimo grifinório.

–E o que é? –perguntou a garota.

–Quando nós abrimos o medalhão para destruí-lo... A coisa tentou persuadi-lo a desistir. De dentro do medalhão saiu uma replica de nós dois, e elas falaram coisas horríveis para ele... E depois... Depois nossas replicas se beijaram, foi quando o Rony enfrentou a coisa! –disse Harry. –Mas depois ele confessou para mim que tudo o que a Horcrux lhe disse e fez, era tudo o que ele pensava coisas que ele imaginava! Ele havia permitido que ela descobrisse tudo o que se passava em sua mente e coração! –Hermione olhava para o garoto espantada, e igualmente os outros.

–Será que ele acha que estamos tendo um caso? –perguntou Hermione incrédula. –E por isso ele anda agindo assim? Ridículo! –riu ela. –Todo mundo sabe que você e Gina namoram e que a Gina é minha melhor amiga, e que eu o considero como um irmão! Ele não pode estar pensando esse tipo de besteira!

–Mas já pensou! –disse Gina, todos olharam para ela. –Houve uma época que ele tentou fazer com que eu desistisse do Harry, no quarto ano quando o Harry entrou para o torneio Tribuxo lembra? E que eles pararam de conversar naquela época? Ele vivia me dizendo que vocês namoravam escondidos e que eu tinha que desistir... Foi quando eu comecei a sair com outros garotos. –revelou ela. –Mas depois de um tempo eu vi que não tinha nada a ver... Naquela época a Mione ainda era apaixonada por ele!

Todos ficaram calados e não tocaram mais no assunto.

O mês havia se passado com uma terrível novidade. Mais três alunos da Sonserina foram atacados, dois deles ainda estavam na ala hospitalar de Hogwarts e o outro havia ido para St. Mungos.

Os ataques variavam, sendo que um deles foi dentro do dormitório da sonserina. Outro foi no intervalo entre as aulas e outro foi no banheiro da Murta que Geme. Ninguém sabia dizer o que provocava esses ataques, alguns pais cogitavam a idéia de retirar seus filhos da escola e todos exigiam que o Ministério agisse. Todas as vítimas foram interrogadas, mas nenhuma delas sabia dizer quem ou o que, as havia atacado, uma delas diz que o feitiço que a acertou veio da nada, como se atacante pudesse ficar invisível. Outras duas disseram que um vulto preto e com brilho metálico no lugar do rosto havia sido quem as atacaram.

Nesse meio tempo Draco e Hermione curtiam o pouco de paz que lhes restava nas noites na sala comunal dos monitores, aproveitando juntos antes do toque de recolher, hora que eles teriam que se separar para poderem fazer a ronda pela escola.

–Eu estou preocupada. –revelou Hermione enquanto eles curtiam juntos em frente à lareira.

–Com o que exatamente? –perguntou Draco beijando seu pescoço.

–Com esses ataques... O que ou quem está provocando isso tudo? –perguntou ela.

–Eu não sei, mas eu sei que não vou deixar que nada te aconteça Mione. –disse ele fazendo com que ela ficasse em frente a ele. –Eu vou te proteger do que quer que seja. –disse ele beijando-a.

Eles ainda se beijavam quando ouviram o estrondo de uma explosão e correram para fora em direção ao barulho.

(...)

–Você ainda não conseguiu o que eu te pedi? –perguntou a voz medonha. –Foi um pedido tão simples querido... E você nem ao menos fez por mim, a sua senhora? –disse ela andando em volta do garoto, estudando-o. - Você me prometeu a sua obediência não prometeu?

–Sim. –disse ele.

–É tão simples conseguir o que eu te pedi não é? –perguntou ela e ele acenou. –Consiga a pedra para mim e você terá tudo o que sempre quis e todos aqueles que você gostaria que estivessem ao seu lado... Reúna quem você puder, digamos que você possa construir seu próprio exército, você já ajudou a fazer isso uma vez, você sabe como fazer com que as pessoas façam o que você quer não é? Eu te ensinei não ensinei? –ele afirmou. –Eu que durante todo esse tempo veio lhe ensinando coisas que Hogwarts e nem ninguém foi capaz não é? –perguntou ela.

–Sim minha senhora. –ele disse com uma voz apática.

–É fácil conseguir... Você pode persuadi-lo a te contar o que quiser e você sabe disso. –disse a voz assombrosa. –Aliás, você já tem feito isso não é? Alguém sob o seu poder para despistar todas as pistas e implantar falsas no lugar não é? Eu sei que você já fez isso, eu sempre sei de tudo...

–Sim minha senhora. –disse ele. –Eu já tenho alguém sobre os nossos domínios... Ele fará tudo o que eu mandar.

–E então por que você esta com medo de fazer essa simples coisa que lhe pedi?

–Ele é capaz de resistir... –disse ele. –E depois ele pode sair correndo e contar para todo mundo que eu...

–Não tenha medo! –disse a voz rouca de mulher. –Eu te ensinei a apagar a memória das pessoas não ensinei? –ele afirmou mais uma vez. –Então faça... Você não pode negar isso a mim! Que te dei o meu próprio sangue e através dele você aprendeu tudo o que sabe... Eu preciso da pedra traga-a para mim, não importa quantos tenham que cair pelo caminho, mas traga!

A figura de mulher sumia nas sombras da câmara. Sua pele pálida, com voz sibilante. Olho sem pálpebras... Ela lembrava a uma cobra.

Ele subiu o longo túnel que levava ao banheiro com a entrada pela câmara quando ouviu um arrastar de pés.

–Quem está ai? –ele empunhou a varinha e correu para fora ordenando para que a câmara se fechasse usando ofidioglossia.

Então ele se jogou no chão a procura. Um par de pés se escondia em uma das cabines do banheiro. Ele não podia deixar que o vissem ali, jogou então a capa sobre si. Sua identidade não podia ser revelada, pois se isso acontecesse sua senhora ficaria muito zangada. Ele tinha que conseguir a pedra mais do que tudo, sua senhora tinha que reinar. Ele ouviu um ofegar. Sem se importar com quem quer que seja que estava se escondendo ele explodiu as cabines do banheiro e correu.

Pessoas corriam pelos corredores em direção ao banheiro, mas ninguém podia vê-lo. A porta da sala comunal estava aberta e ele entrou ali imperceptivelmente, correndo para o seu quarto, retirando os travesseiros do lugar onde ele deveria estar e se jogou embaixo das cobertas retirando a capa e com um feitiço simples fez com que ela voltasse para o seu lugar. Quando todos começaram a correr ele também se levantou, misturando-se a multidão de pessoas assustadas.

(...)

Mais um grave ataque. Desta vez Emiliana Clivam. Era uma garota do último ano da sonserina, que saiu em grave estado direto para o St. Mungus.