Red Angel - Sonho de um anjo escrita por Malina Endou


Capítulo 23
Capítulo 23- O Deus


Notas iniciais do capítulo

Yo!

Sim, estou a atualizar novamente a fic! :3 Estou muito ansiosa para que ela termine para poder passar par a saga alien! >w



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Malina

Antes do treino começar, o Mamoru contou-me que a minha tia lhe disse algo sobre o que o nosso costumavam dizer sobre os goleiros; que se concentrassem todas as suas forças no umbigo, não havia remate que fosse imparável. Honestamente eu tinha as minhas dúvidas. Não via como algo assim era possível, mas quer pensasse assim, quer não, isso não mudaria a ideia do meu primo. Como tal, pediu aos avançados, assim como ao Ichinose e o Kidou, para que o ajudássemos a treinar. Não parecia estar a funcionar lá muito bem, também eram duas bolas ao mesmo tempo que ele tinha de apanhar. Só esperava que no final desse em algo.

—Preparado? - vi-o respirar bem fundo antes de se posicionar.

Todos nós começamos a correr para realizar as nossas técnicas. Eu, o Goenji e o Someoka fazíamos a Dragon Tornado God, enquanto os outros dois faziam a Twin Boost, após o Kidou ter ensinado ao Ichinose como se fazia. As bolas foram na direção do Mamoru a toda a velocidade, quando de repente, vi alguém meter-se na frente delas e parar ambas só com as mãos como se não fossem nada. Parecia ser um rapaz, ainda que tivesse um cabelo tão comprido como o meu, só que loiro. A roupa dele também parecia ser uma espécie de túnica dos deuses gregos… Seria um equipamento de futebol?

—Uau! Conseguiste defender as duas técnicas! - claro que o nosso capitão tinha de ficar impressionado – És um goleiro incrível.

—Não, eu não sou goleiro. - Pôs uma das bolas no dedo indicador, fazendo-a rodar – O goleiro da minha equipa teria defendido apenas com o dedo mindinho. - Ok. Não gostei.

—E essa equipa não será a Zeus, por acaso, Aphrodi? - Aphrodi? Como aquela deusa grega? Mas ele não é um rapaz? Mas o pior é que ele era da equipa rival. O que estava ali a fazer? Nem se dignou a responder ao Kidou, voltando-se para o meu primo.

—És o Endou Mamoru, certo? - nós cinco aproximamo-nos. Olhou por cima do ombro e sorriu-me – E tu deves ser a Endou Malina, a primeira rapariga a participar no Football Frontier. - Assenti, vendo-o voltar-me as costas - Deixem que me apresente. Sou Afuro Terumi e sou do Instituto Zeus. O treinador Kageyama falou-me muito de vocês.

—Eu sabia. O Kageyama é o treinador da Zeus. - Pobre Kidou. Ele com certeza não acha graça nenhuma à situação.

—Vieste desafiar-nos enquanto treinamos, foi?

—Desafiar-vos? - ele parecia ter achado piada ao que disse o Someoka. Não via onde ela estava.

—Do que te estás a rir?

—Os desafios acontecem quando se quer enfrentar uma equipa. - encarou-nos com um olhar trocista – E na verdade, eu não pretendo enfrentar-vos.

—Como? - do que estava ele a falar?

—E vocês também não deveriam querer fazê-lo, pelo vosso próprio bem.

—E porque não? - ao menos merecíamos uma explicação. O que ele dizia não fazia qualquer sentido.

—Porquê? Porque perderiam. - Mas quem ele pensava que era? - Quando deuses e humanos se defrontam, é evidente de quem será a vitória.

—Estás a dizer que acreditas ser um deus?

—Bem… Quem sabe? - riu-se.

—Até nos enfrentarmos, não podes saber o resultado.

—Acreditas mesmo nisso? As maças não caem das árvores? Pois, que eu saiba, nunca se viu um fruto que vá do chão para a árvore. E vosso amigo, Kidou Yuuto, é aquele que melhor o sabe. - O Kidou ia avançar sobre o Aphrodi, mas o Goenji pôs-lhe a mão sobre o ombro, parando-o. Não valia a pena tentar falar com aquela pessoa, ainda que entendesse a dor do Kidou – Por isso é melhor deixarem de treinar. Os humanos não poderão vencer os deuses apenas com um pouco de treino. Isso é absurdo.

—Cala-te! - o Mamoru falara de uma forma tão fria que até me arrepiou – Treinarmos não é absurdo. Não permito que ninguém diga isso! Treinar é o segredo do sucesso. Damos forma aos nossos sonhos com suor e luta.

—Oh! - de seguida, riu-se – Claro que sim. Então treinar é o segredo do sucesso. - Caminhei até ao Mamoru. Tinha medo que a conversa não acabasse bem. Mais tarde tinha de pedir a ela para falar com ele e ver se o acalmava em casa.

—Não tem graça nenhuma. - Pousei-lhe a mão sobre o ombro.

—Vá lá, Mamoru, não diz importância ao que ele diz. - O outro fez uma cara triste.

—Não me deixam outra opção. - Largou uma das bolas – Está bem. Vou demonstrar-vos porque é tão absurdo!

Custou a bola para o ar e sem nos dar tempo para perceber, desapareceu da nossa frente, estando já junto à bola, rematando-a. O Mamoru pediu-me que me afastasse. Hesitei um pouco em fazê-lo. Aquele remate não parecia normal… Não parecia simples.

Novamente aquela sensação… Não ia acabar bem.

O capitão pôs-se de frente para bola, esticou as duas mãos e parou-a, sendo empurrado para trás. A bola não chegou a entrar, voou por cima do baliza, mas o nosso capitão foi contra as redes e caiu no chão, sem se mexer.

—Mamoru! - corri até ele tal como todos os nossos companheiros. Levantei-lhe a cabeça, agarrando-a – Diz alguma coisa, Mamoru! - ele começou a mexer-se com dificuldade, até que abriu os olhos. Senti-me tão aliviada.

—Desviem-se! - Afastou os rapazes com as mãos, tentando levantar-se, mas acabou por cair novamente. Antes que chegasse ao chão, agarrei-o. Mas ele livrou-se dos meus braços de imediato – Outra vez! - ele estaria louco? - Porque este não foi a sério! Agora quero que remates a sério! - o Aphrodi não reagiu, limitando-se a olhar. O meu primo, com as pernas a tremer, caiu ao chão. Corri até ele.

—Para, Mamoru! - baixei ao seu nível, pondo-lhe as mãos nos ombros- Já chega. - Nesse momento, ouvimos rir.

—Muito interessante. Foste o primeiro a conseguir intercetar o remate de um deus. Acho que na final nos poderemos divertir um pouco. - E sem dizer nada mais, desapareceu.

—Mas que coisa… - suspirei ao ouvir as palavras do Ichinose. Não sabia bem se era por concordar ou apenas por tudo ter terminado.

—O Zeus tem muitos jogadores como este. - Não dava para não acreditar no Kidou.

—Digo-vos uma coisa; o jogo final vai impressionante.

Sem que me desse tempo para perceber, o Mamoru deixou-se cair para trás, encostando as duas costas em mim. Sorri. Pelo menos ele tinha se acalmado.

—Vamos, Endou. - Olhei para o Goenji e o Kidou, vendo-os esticar-me a mão para o nosso capitão.

—Segura a minha mão.

—Sim. - Agarrou-as – Obrigado. - E levantou-se antes de olhar para mim, sorrindo – Agora falta a menina. - Ambos os rapazes me esticaram uma mão.

—Tens toda a razão.

—Claro. - Corei com a atitude daqueles três. Que tontos. Mas não consegui não agarrar as suas mãos e levantar-me.

—Obrigada. - Encarei o Mamoru e sorrimos - Bom, creio que acabamos de ver uma nova técnica com este remate.

—Sim, por isso, podemos fazê-lo! - assenti.

—Não. - A voz do treinador fez-se ouvir por todo o campo – Tal como estás agora é impossível que conseguiam.

Talvez o treinador tivesse razão, mas dizê-lo num momento assim… Esta cada vez mais preocupada.


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Notas finais do capítulo

Reviews?!
Kissus!



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