Baby Nations escrita por Lili Rosen


Capítulo 9
Bebés? Outra Vez!?




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Capítulo 9: Bebés? Outra Vez!?

 

Vários meses haviam passado e algumas nações já começavam a sentir falta daquelas ternurinhas de bebés, ainda quando amassem os seus respetivos companheiros, sentiam que as suas vidas poderiam ser muito mais plenas e felizes.

 

oOo

 

America encontrava-se, nesse preciso momento, a desperdiçar o precioso tempo que as nações haviam conseguido encaixar nas suas atarefadas agendas a fim de realizar uma nova reunião mundial, ao pegar no álbum de fotos que tirara no decorrer daquelas quatro semanas.

 

England tentava a todo o custo sair de cima do adicto a hambúrgueres, mas este impedia-o sistematicamente, apertando o abraço possessivo na cintura do cavalheiro inglês. Com cada página que se virava, uma nova cena embaraçosa discorria perante a cansada multidão. Sinceramente… estavam naquilo há horas!

 

― Ah! Recordo esta como se tivesse sido ontem… Choraste como senão houvesse amanhã… Armaste uma birra de todo o tamanho…

 

― Cala-te! ― gritou Arthur envergonhado, interrompendo-o e impedindo-o de revelar uma nova e embaraçosa história sobre a sua recente (re)infância ― Eu também lá estava! Recordas? Ou acaso o teu cérebro de hambúrguer não serve para nada ou é apenas uma estúpida decoração? Sei perfeitamente o que se passou a seguir, ainda quando desejasse profundamente esquecer esse catastrófico incidente, que nunca mais deverá ser mencionado por toda a eternidade, ou vais acabar a viver numa casota e a fazer companhia ao cão do vizinho. Entendido?

 

A tão ansiada resposta do americano foi interrompida pela chegada de Ivan, que com um sorriso bobo, mas não por isso menos assustador, embalava o pequeno infante que dormitava tranquilamente nos seus braços.

 

England encolheu-se instintivamente ao ver-se alvo das miradas inquisitivas dos presentes.

 

― Ei! Porque é que estão a olhar assim para mim? Eu não tive nada a ver com isso! ― exclamou o loiro de orbes verdes, apontando para a miniatura de Prussia.

 

Logo os olhares acusadores das nações foram atraídos pela chegada de um cansado Gilbert, cujas olheiras carregadas faziam parecer que fora vítima de um murro em cada olho, e de volta para o bebé. Tendo a ação sido repetida umas quantas vezes sem que estas parecessem compreender o que se apresentava perante os seus incrédulos olhos.

 

Germany levantou-se, avançando rapidamente ao encontro do irmão e dando-lhe um abraço de urso, que foi interrompido por uma aura asfixiante. O militar afastou-se um pouco para tentar tranquilizar o seu cunhado, constatando para sua surpresa que de facto a ameaça não provinha de Russia e sim do bebé que o encarava com uma mirada atenta e vigilante, quase fulminante.

 

― Bom trabalho, Niko, vê-se mesmo que és parte da Mãe Russia!

 

― Pensei que já tínhamos decidido que não ias expor o Nikolai às tuas políticas de estado.

 

― Ve! Tão fofo! ― exclamou Italy, aparecendo por detrás de Germany ― Quem é o pequeno?

 

― Acaso não é óbvio o parentesco? ― interrogou Ivan.

 

― É parecido contigo, bro! 一 exclamou Ludwig, retornando ao seu sítio ao lado de Prussia, colocando uma mão em cima do seu ombro, ignorando o semblante sombrio de pai e filho.

 

― Ainda bem, imagina criar uma criança igualzinha a ele… ― murmurou Gilbert secretamente na direção do irmão.

 

Ao longe, China ainda ponderava se estaria a ter alucinações.

 

一 Lud, podemos ter um, por favor!? 一 perguntou o jovem italiano, fazendo caretas e tentando animar a criança que não deixava de lançar miradas gélidas na direção do intruso que ameaçava roubar a atenção do seu papi.

 

Germany afastou-se rapidamente de Gilbert para separar a carraça que havia corrido a abraçar o seu inocente Italy, oferecendo-se para ajudá-lo a fazer um bebé, resultando num deprimido Canada e um furioso alemão.

 

Mathew levanta-se e caminha rumo à saída, chamando a atenção de France que corre a implorar que o perdoe.

 

一 Estava a brincar, Matt, não me dês com a lei de gelo, por favor. Sabes perfeitamente que só quero fazer bebés contigo 一 murmurou o País do Amor, fazendo a sua melhor pose de sedução, oferecendo-lhe uma rosa vermelha enquanto se apoiava sobre a parede mais próxima, sendo totalmente ignorado e acelerando o passo para não perder o rasto do seu namorado.

 

Switerzland sente um arrepio subir-lhe pela espinha, rastejando por entre as suas vértebras, pelo que virou a cabeça roboticamente na direção do seu amante, deparando-se com a mirada expectante do mesmo.

 

一 Não! 一 exclamou o loiro, quase fraquejando por um momento, mas reforçando a sua decisão ao recordar quão difícil fora lidar com um bebé durante um mês 一 Já tive a oportunidade de passar por uma curta experiência de paternidade e não tenho meios de voltar a fazê-lo. Muito menos a longo prazo. Bebés são caros! 一 explicou, dando o assunto por encerrado, evitando cruzar miradas com o austríaco, temendo que a sua vontade se debilitasse.

 

À medida que os países iam abandonando a Sala de Reuniões sem que nada tivesse sido realmente resolvido, America tentava convencer o seu cavalheiro inglês a dar-lhe um ajudante heróico.

 

一 Até o Batman tem o Robin! 一 gritou o loiro portador de óculos, sentindo-se defraudado pela resposta negativa do seu amante.

 

一 Uma criança não é um brinquedo, Alfred! 一 ralhou England, querendo colocar algum juízo naquela cabeça oca 一 É um ser vivo… um ser vivo que dependerá de ti… que necessitará atenção constante e carinho. Lamento, mas pela experiência prévia e como infeliz cobaia da tua primeira tentativa no mundo da paternidade, recuso-me a deixar um bebé a menos de cinco metros de ti e ponto final.

 

oOo

 

Certo loiro saudou um novo dia tal qual havia estado a fazer no decorrer da última semana, abraçado à sanita e despejando todo o seu conteúdo estomacal na mesma.

 

Ao sentir-se um pouco melhor, levantou-se do chão e rumou ao quarto que compartilhava com o seu namorado. Abriu a gaveta da sua mesa de cabeceira e retirou as suas pílulas anticoncecionais e suspirou.

 

“Não pode ser. Ele não seria capaz de fazer algo assim.”

 

Querendo assegurar-se que as suas suspeitas não passavam só disso… suspeitas. Guardou a caixa e entrou em contacto com o seu Chefe de Estado, que logo lhe agendou uma consulta com um médico de confiança.

 

oOo

 

O doutor cedeu um envelope à personificação da sua pátria.

 

一 Parabéns, Senhor Zwingli, era tal como você suspeitava 一 disse o homem, já nos seus sessenta anos, com um sorriso amável a saltar nos seus lábios.

 

一 Roderich Edelstein! 一 gritou Switerzland fora de si, apertando as mãos e triturando as suas análises médicas à base de pura força bruta 一 Espera até que te metas as mãos em cima… 一 exclamou a nação com um brilho psicopata no olhar, assustando o pobre médico que dava graças a Deus de não ser ele o desgraçado que sofreria a fúria do maníaco das armas.

 

oOo

 

Vários meses passaram e eis que sucedeu o impensável…

 

Um novo baby boom!

 

Switerzland chorava interiormente ao saber que as suas despesas seriam duplicadas, tivera a fortuna de dar à luz um par de saudáveis gémeas. As meninas, Alina e Selina Edelstein, eram uns autênticos amores. Pequeninas de cabelos loiros como o seu papi e olhos violeta como seu pai.

 

Italy teve uma menina. No mesmíssimo momento em que Germany a segurara ao colo pela primeira vez, prometera a si mesmo nunca tirar os olhos de cima da princesa. Os amigos da família temiam que a pequena Mia Vargas, nunca na vida se iria conseguir casar… Pobrezinha!!

 

Após um longo período de cortejo e uma demonstração de amor eterno digna de um filme, France casou-se com Canada, com o qual teve um menino. As nações só oravam para que o bebé Louis herdasse a sensibilidade de Matthew e nunca viesse a desenvolver a estranha personalidade do seu pai nudista.

 

England deu à luz gémeos. Tal como Arthur dissera antes, não confiou em America para preencher o papel paterno, principalmente quando este foi resultado de uma técnica baixa, também conhecida como álcool e afrodisíacos. Alfred ainda lutava por provar ao seu namorado que estava preparado para a responsabilidade. No entanto, este nunca o deixou ficar sozinho com as crianças até que estas cumpriram os cinco anos e passaram a ser capazes de se reportar ao seu papi para relatar como tinha corrido o dia na companhia da criança grande, como lhe chamavam Chloe e Kristian.

 

oOo

 

Os pais decidiram que estava na altura de que as crianças se conhecessem melhor, pelo que foi estipulado que passariam um dia por mês juntos e que tomariam turnos entre as suas respetivas residências, sendo nesta ocasião a vez de Ivan.

 

Nikolai, como bom filho de Russia que era, seguia o exemplo do pai, dando ordens às restantes crianças.

 

一 Mia, casa-te comigo e seremos um com Mãe Russia 一 exigiu o garotinho, beijando a mão da prima como vira o seu tio Francis fazer tantas outras vezes.

 

一 Irmão! 一 rugiu Germany ao ver o sobrinho cortejar a sua doce princesa.

 

一 Quem diria que com uma família tão grande, Niko iria apresentar as mesmas tendências incestuosas que Belarus 一 brincou Prussia, desconsiderando a raiva nascente no coração e alma do seu bro.

 

一 Por muito meu sobrinho que sejas, não vou permitir que me roubes a minha menina 一 sentenciou o alemão, apontando o dedo indicador direito na direção do menino de oito anos que ainda segurava a mãozinha da sua prima de seis.


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Notas finais do capítulo

Prontinho... Yay! Finalmente acabei!
Espero que tenham gostado desta pequena história.
Espero vê-los a todos em breve numa nova aventura.



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