Baby Nations escrita por Lili Rosen


Capítulo 8
Solução Problemática




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Capítulo 8: Solução Problemática

 

No decorrer do mês em que várias nações haviam virado repentinamente papás, Norway tinha-se dedicado a estudar o evento que levara àquele extraordinário e inusual desfecho. Intrigado pelo feitiço que England lançara e ainda mais pelas inesperadas consequências que este tivera, Lukas Bondevik passou semanas trancado na biblioteca da sua mansão a tentar averiguar o máximo de informação possível, incluindo o contrafeitiço para neutralizar a maldição que caíra sobre as nações afetadas.

 

― Hm… Encontrei ― murmurou a nação para si mesma, fechando o livro e saindo da biblioteca para comunicar as suas descobertas aos restantes países.

 

oOo

 

As nações em pleno observavam o norueguês como se este possuísse três cabeças.

 

― Are, are… Então essa era a solução, aru?

 

China observou os bebés com preocupação, sentindo a necessidade de arrancá-los dos braços dos seus cuidadores, afastando-os de quaisquer potenciais criminosos e escondê-los na sua casa.

 

“Hmm… Posso criá-los do zero!”, pensou Wang Yao, já idealizando uma estratégia para sustentar cinco bebés necessitados de amor e carinho. “Que saudades dos bons velhos tempos em que os meus irmãozinhos se abraçavam a mim em busca de proteção. Oh! Japan era tão fofo… Não! Não permitirei que aqueles desnaturados manchem a inocência imaculada destas virginais crianças. Bom… Francis nem tanto, mas ainda assim… agora ele é um bebé e como tal, vou protegê-lo!”

 

― Já se era de esperar vindo de um feitiço de England! ― exclamou um sorridente America, recordando os velhos contos de fadas, que este lhe contara na sua terna infância, sobre rainhas malvadas, castelos guardados por dragões e princesas amaldiçoadas.

 

Talvez o seu complexo de herói se devesse ao facto de que desde o instante em que escutara as histórias de Arthur, sempre desejara ser ele a salvar a bela princesa adormecida com o beijo do verdadeiro amor… ser… o Herói…

 

Antes de que China pudesse fazer algo para proteger a castidade do pobre infante Beilschmidt, Russia já se havia apropriado dos rosados lábios do bebé. Uma nuvem rosa envolveu o par, dando lugar a um muito corado e desnudo Prussia sobre as pernas de Ivan.

 

― Funcionou! ― exclamou o russo com um sorriso lascivo no rosto, manuseando livremente um embaraçado Gilbert que tentava a todo custo separar-se dele afim de cobrir a sua nudez.

 

Gilbird ao avistar o seu dono depois de um longo período de acidental dissociação, voou na sua direção, posicionando-se estrategicamente frente às joias da família Beilschmidt, que tilintavam com os movimentos resultantes do forcejo de Prussia e Russia, escondendo-as dos olhares curiosos das restantes nações que observavam o evento com espanto.

 

― Só admite de uma vez que me amas. E sê um com a Mãe Russia. Da!?

 

― Nunca! ― gritou o homem de cabelo prateado, sendo silenciado por um novo beijo, sendo este muito diferente do casto toque de bocas compartilhado anteriormente.

 

Ivan lambeu os finos lábios, mordendo-os levemente, causando que Prussia baixasse a guarda e abrisse a boca, dando-lhe a oportunidade de aprofundar o beijo, invadindo a cavidade alheia com a sua língua travessa e brincalhona, resultando num apaixonado ósculo que lhes roubou o oxigénio dos pulmões.

 

Russia levantou-se com o homem de olhos rubis ao colo e rumou para a porta, querendo chegar a casa rapidamente para demonstrar o seu amor desmedido a Gilbert.

 

― Senão me amasses, o beijo não teria funcionado, Gil! E ainda serias um bebé, admite que me amas a menos que não te importes de ficar desnudo até chegarmos ao aeroporto.

 

Germany fechou a boca e abanou a cabeça para espantar a incredulidade.

 

“Como é que Gilbert pode estar apaixonado pelo psicopata sorridente?!”, pensou o alemão, embalando o pequeno Italy que havia despertado com a barulheira que o casal fizera há pouco. “Mas fico feliz de saber que és correspondido, bro! Já eu…”, Ludwig olhou para o infante que já começava a cair no sono, ignorante das preocupações que causava no seu cuidador.

 

Com dois membros em falta, China decidiu pedir um intervalo para tentar salvar as restantes crianças, visto que já perdera um dos seus potenciais novos irmãozinhos, mas ainda havia tempo para salvar os outros quatro…

 

Germany viu aí a possibilidade de comprovar se era correspondido, longe dos olhares alheios, obviamente. Como tal, desculpou-se com as nações e dirigiu-se ao quarto de banho com a desculpa que precisava trocar a fralda de Feliciano.

 

oOo

 

Ludwig encarou o pequeno que dormitava tranquilamente e inspirou profundamente.

 

“É só um beijo… Não é nada demais… Eu consigo!”

 

Com toda a coragem que lhe foi possível reunir, Germany beijou castamente a têmpora de Italy, com o rosto vermelho que nem o mais maduro dos tomates de Spain.

 

oOo

 

O tempo foi passando gradualmente e a pausa chegou ao fim, devendo por isso a reunião retomar o seu curso natural.

 

As nações sentaram-se ordenadamente, temendo acordar os bebés com o ruído e que estes regressassem à sinfonia de prantos que haviam entoado durante o intervalo.

 

Enquanto America se vangloriava do seu título de herói, Italy entrou no salão, portando um robe que o staff da reunião conseguira após observar atonitamente como Russia se dirigira à rua momentos antes com um muito desnudo Gilbert entre o seus possessivos braços.

 

Não demorou muito para que as nações começassem a questionar quem havia sido a pessoa que o beijara.

 

― Italy, sê sincero, aru… Quem foi o pervertido sem vergonha que te beijou? ― perguntou China, agarrando Feliciano pelos ombros e abanando-o bruscamente ― Oh! Meu pobre Italy, deve ter sido muito traumatizante para ti, aru! Vem aqui ― Abriu os braços, aguardando que o mais jovem se jogasse no seu peito. ―, eu vou proteger-te da besta sedenta que se atreveu a colocar as garras em cima de um recém-nascido. ― Feliciano abraçou-se a China sem perceber o que se estava a passar, mas feliz de ser mimado pelo maior. ― Pobre Italy, aru! ― exclamou, enquanto acariciava maternalmente a cabeça do italiano.

 

Aproveitando que Wang Yao estava demasiado ocupado a chorar pela perda da inocência de Italy, Alfred fez gala do seu heroísmo para salvar a sua donzela em apuros.

 

― Não te preocupes, Iggy, esta missão é trabalho para um herói…

 

America aproximou-se lentamente ao bebé Arthur, cujos os olhinhos observavam curiosamente o rosto do maior.

 

― Chu! ― O americano uniu os lábios de ambos num beijo casto e inocente.

 

O nevoeiro rosado envolveu os dois países, revelando um corado, embaraçado e desnudo England, que não poupou tempo a dar uma valente chapada ao mais jovem.

 

― Dá-me o teu casaco! ― exigiu o britânico.

 

― Mas é necessário fazer parte da Força Aérea Americana para poder usar…

 

― Dá-me esse casaco agora mesmo, imbecil! ― rugiu Arthur, tapando a sua intimidade com as mãos e desviando olhar envergonhadamente.

 

A atenção dos restantes presentes foi afastada do “meloso” par, atraída pela entrada triunfal de France que exibia sem vergonha alguma o seu corpo despido em todo o seu esplendor.

 

― Já sabia eu que o Iggy gostava d… ― picou Francis, sendo interrompido por um America muito ciumento.

 

― Não te metas com o meu Arthur, France, só eu é que me posso meter com ele e fazê-lo corar e chorar…

 

― Entendo-te perfeitamente, America ― respondeu o País do Amor, limpando a hemorragia nasal com a mão ao ter ele imaginado imediatamente o tipo de situação na qual Alfred faria Arthur chorar de prazer e ruborizar-se de vergonha.

 

― E pode-se saber quem é que te beijou? ― perguntou England com fingido desinteresse, deslizando os braços no interior das mangas do casaco de aviador que Alfred por fim lhe cedera, ao aperceber-se do olhar de absoluta depravação com que Francis encarara o britânico.

 

― Isso é um segredo entre mim e mon cherry ― respondeu o playboy, piscando o olho na direção de Canada, que pareceu tornar-se momentaneamente ainda mais invisível do que por norma já era.

 

Vendo que só faltava Austria, que cantarolava feliz da vida entre os braços de Basch, as nações questionavam quem seria o verdadeiro amor do pianista, quando Italy com a sua habitual torpeza, dá um passo em falso e cai em cima de Switerzland, causando que os lábios deste chocassem com o topo da cabeça do infante.

 

O fumo rosado voltou a dar sinais, envolvendo o par e retornando o jovem lorde à normalidade.

 

China lamentou profundamente a sua inaptidão e incapacidade para proteger a inocência daqueles pobres infantes que seriam agora adultos luxuriosos e lascivos.


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Notas finais do capítulo

Himaruya listou Lukas Bondevik como um dos potenciais nomes para Norway e de todos foi o que mais agradou, além de ser o mais comum entre o fandom inglês.



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