Nós escrita por Graciela Pettrov


Capítulo 12
Sensações


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dividido em duas partes.

Boa leitura c:



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Apesar de tudo, Sasuke acabou ajudando o irmão a preparar o tal jantar.

Também acabou descobrindo que Tobi e Deidara também foram convidados, o que o Uchiha mais novo ainda não sabia se era uma boa ou má notícia. Os companheiros de Itachi e ele não eram tão próximos, mas Sasuke sabia que: ou os dois monopolizariam todo o jantar para si mesmos, ou acabariam tornando ele o centro das atenções.

Depois de ajudar no que podia (e ser dispensado por Itachi por não estar atento e mais atrapalhar que ajudar), Sasuke deixou o irmão na cozinha e subiu para seu quarto. Havia acabado de sair do banho, depois de lavar o cabelo, e procurava uma roupa; decidira por uma camisa regata branca e uma jeans de mangas longas por cima, pois sairia para o teatro e faria frio à noite.

Escolhida a roupa, o Uchiha pegou seu celular e foi direto para o Ícone Relógio; colocaria um alarme para às 20Hr40Min, era a única forma de não perder a hora, pois ele tendia a se perder um pouco nos horários e não perceber o tempo passar.

Alarme ativado na função apenas para vibrar, Sasuke saiu do app e automaticamente, seus dedos rolaram para a página em que estava seu mais novo app de mensagens instantâneas.

Apesar de ter criado o perfil por insistência do irmão, Sasuke tivera esperanças de que Sakura o visse desse e sinal de vida. Mas considerando seu encontro no supermercado, era possível que ela não tivesse visto, o que significava que ela não tinha salvo seu número em seus contatos.

Sasuke acreditava agora que seu número não passava de uma mensagem recebida no celular da Haruno, cujo ela apenas lembrava que existia quando ele lhe enviava algum SMS.

Bloqueou o aparelho e voltou sua atenção para o mural e lá estava, mais um papel com as letras dela; que ele grudara logo que chegaram das compras.

Ponderou sobre esse convite súbito dela para irem ao teatro enquanto tentava ajudar o irmão na cozinha, mas não encontrava nenhum argumento válido que o convencesse. A ideia de que alguém — ela — queria sair com ele teimava em não entrar em sua cabeça. Sasuke já estava cansado de frustações que aquelas ideias implicavam, então continuava a crer que havia um motivo que nada tinha a ver com um encontro ou algo do tipo.

O que concluiu, enfim, era que ela estava sem tempo para a monitoria, e o único momento que tinha era aquele. Ele não sabia o porquê de ser no teatro, mas Sakura devia ter seus motivos para isso.

Bom, encontro ou não, ele estaria lá às vinte e uma horas. O teatro não ficava tão longe de sua casa e a viagem de ônibus duraria não mais que quinze minutos. Daria tempo de subir, escovar os dentes e pegar sua mochila (que deixara preparada, com o caderno etc.), antes de sair para tomar o ônibus.

Sasuke deu uma última olhada nas horas antes bloquear o aparelho e colocá-lo no bolso da frente da calça. Eram quase dezenove horas, hora que descer.

[...]

Enquanto Sasuke ajudava o irmão a pôr a mesa e aguardava pelos convidados, Sakura estava sentada em um dos camarins do teatro, paradinha, enquanto tinha o rosto remexido por Kurenai, a professora estava grudando pequenas pérolas na testa e bochechas da Haruno e passara um pouco de purpurina nos olhos, como maquiagem.

A mulher anunciou que faria parte do figurino de uma apresentação que fariam na semana que vem, e que testariam o quanto as pedrinhas suportariam aos movimentos do ensaio. O tema era "Fundo do Mar" e estavam ensaiando desde a semana anterior.

— Então, me conta, como vai os preparativos para o fim do semestre?

Sakura a observou pegar mais uma pérola e colá-la acima de sua sobrancelha.

— Bem apesar de que estou péssima em matemática. Mas o professor Hatake me agendou uma monitoria durante o resto do mês.

— Não sei como Kakashi consegue tempo para lecionar duas matérias e ainda dar monitoria. Eu mal consigo me desdobrar entre as aulas e o teatro.

Sakura riu.

— Ah, não é ele o monitor, ele me indicou um aluno.

— E você está conseguindo aprender algo com ele?

A Haruno ponderou sobre aquilo. Sim, ela estava aprendendo, e não era só matemática.

— Claro, ele é ótimo!

Kurenai se afastou e a virou para o espelho, estava sorrindo para ela no reflexo.

— Prontinho, só não passe a mão, a purpurina ainda está secando. E sobre a sua monitoria, você vai se sair bem, querida, eu tenho certeza. — A mulher apertou-lhe os ombros.

Sakura sorriu para ela também, as duas se olhando pelo reflexo do espelho. Kurenai era a melhor professora que já tivera e duvidava que encontraria outra melhor. No fim das contas, a mulher era o mais próximo de uma mãe que a Haruno tinha, desde que se mudara para aquela cidade e deixou sua verdadeira e rigorosa mãe para trás.

— Vamos ver o quanto essas pedrinhas aguentam! — Ela exclamou se levantando e ambas seguiram para o palco.

[...]

Hinata parecia interessante ao seu modo.

Ela não esboçou nenhuma reação adversa quando Sasuke percebeu Itachi informando a ele que ele era surdo. A Hyuuga também não tentou puxar assunto, não que ela tenha o ignorado, claro que não; vez ou outra ela lhe cutucava no braço e apontava para o sal ou qualquer coisa que estivesse longe de seu alcance (pois Itachi havia os colocado sentados lado a lado), e Sasuke passava para ela que lhe oferecia um sorriso de agradecimento.

Afora isso, a moça lhe deixou à vontade e o jantar não estava sendo tão ruim quanto Sasuke imaginava. Tirando os momentos em que Itachi ficava fazendo comentários e insinuações que, se Hinata soubesse Língua de Sinais, teriam feito Sasuke sair dali praticamente correndo e com as bochechas vermelhinhas.

Itachi sinalizava de cinco em cinco minutos:

— Já sabe um sinal para ela?

Ou:

— Olhando daqui vocês parecem um casal.

E:

— Eu aprovo, caso pergunte.

Também:

— Já disse que ela gosta de números, igual você?

E por último:

— Você achou ela bonita?

Mesmo que Tobi insistisse em saber do que se tratava sempre que Itachi gesticulava, nenhum dos três convidados tinham ciência do que o Uchiha mais velho estava falando e isso deixou Sasuke um pouco mais tranquilo. Ainda mais quando Itachi pareceu desistir dele e deu a devida atenção aos demais.

"Faculdade — Penúltimo ano — Inteligente — Orgulho — Irmãozinho"

Era o que Sasuke lia dos lábios do irmão enquanto ele falava com os outros, principalmente para Hinata. Apesar de estar se sentindo agradecido pelos elogios, o Uchiha mais novo fingiu não estar prestando atenção e esperava fervorosamente que Tobi ou Deidara começassem a monopolizar a conversa.

E foi justamente o que aconteceu. Quando o celular de Sasuke vibrou em seu bolso, Deidara contava um acontecimento no escritório, que envolvia muita mimica de socos.

Quando se retirou da mesa gesticulando um "com licença" para o irmão repassar a todos, e subiu para o quarto, Sasuke ainda pôde ver Deidara fingindo um 'mata-leão' em Tobi.

[...]

A hora passou mais rápido do que Sakura imaginava, mas era sempre assim quando estava naquele palco. Mesmo tendo passado o dia andando pela cidade colocando currículos, o cansaço não era nada comparado ao alívio que sentia enquanto contracenava.

Já haviam ensaiado tudo pelo menos três vezes, estavam todos fazendo um pouco de alongamento pós-cena e Sakura perdera totalmente noção do tempo. Só se deu conta do horário quando olhou para os bancos da plateia e lá estava Sasuke.

Quando lhe entregou aquele recado no supermercado ainda estava duvidando se ele apareceria. A verdade é que vê-lo com o irmão a fez perceber o quão pouco se conheciam, o que ia totalmente contra o que havia decidido lá no Free's, dias atrás: ele aceitara ensiná-la sua língua, ele abrira uma brecha para uma possível amizade e ela faria o possível para manter aquela brecha aberta. Ela faria o possível para serem amigos.

Estava até bastante animada para mostrar a ele o que havia aprendido.

A princípio, a Haruno apenas decidira que entregaria os currículos, iria para o teatro e depois para casa, descansar. Mas quando encontrou Sasuke no supermercado, a excitação daquele dia na praça voltara com toda força e ela pensara "por que não?", além de poder finalmente mostrar a ele seu desenvolvimento, também seria uma forma de aproximação.

E nada melhor para começar essa interação do que mostrando a ele o que ela mais amava, por isso o convidara para ir até ali.

E agora lá estava ele, olhando diretamente para ela.

Sakura parou seu alongamento e o encarou de volta, então fez um pequeno aceno, Sasuke acenou de volta, rapidamente.

A garota que estava se alongando ao lado da Haruno observou a cena, então a empurrou com o ombro, sorrindo.

— Humm, quem é o bonitinho?

Sakura sorriu de volta e deu de ombros.

— Um amigo. Ou quase isso.

A garota, Tayuya, deu mais uma espiada em Sasuke, o mesmo agora estava distraído com seu celular, concentrado na tela enquanto digitava algo.

— Ele parece tão sério. Você por acaso não quer apresentar ele, hein, Sakurinha? — Tayuya falou em tom de brincadeira, erguendo as sobrancelhas repetidamente.

Em vez de responde-la, Sakura também observou o Uchiha.

De longe, Sasuke realmente parecia tão intimidante quanto seu irmão mais velho. Tão impessoal e inatingível. Talvez fosse aquilo que a fazia sentir uma espécie de expectativa em abordá-lo, aproximar-se.

Por Deus, Sasuke e Tayuya? Eram tão incompatíveis que Sakura sequer conseguia imaginá-los juntos.

Saber que ninguém mais ali seria capaz de se comunicar com ele por não saberem Língua de Sinais o tornava uma espécie de incógnita.

Ali, no teatro, onde somente ela o conhecia, Sakura de repente sentiu-se possesiva em relação a Sasuke. Como se ele pertencesse somente a ela.

A Haruno não sabia de onde vinha aquele sentimento. Talvez a empolgação do palco estivesse a fazendo pensar demais nessas coisas.

Ela sorriu novamente para Tayuya e ficou de pé, mas antes de se afastar disse:

— Ele é gay.

...

Sasuke ficara surpreso ao se dar conta de que não havia espetáculo algum e que, na verdade, Sakura atuava. Ele ainda conseguiu pegar um pouco do ensaio antes todos acabarem e começarem a se alongar.

Logo que Sakura o avistou e acenou para ele, seu celular vibrou com uma notificação. Ele já sabia de quem era.

Ao desbloquear a tela, foi direto para o app de mensagens, onde apenas uma conversa havia sido iniciada:

"Onde você está?" Itachi enviara e estava online naquele mesmo instante.

"No cinema."

"Com quem?"

Sasuke ponderou se deveria mencionar uma garota, mas logo descartou a hipótese, pois isso implicaria em seu irmão enchendo o saco para saber quem era, então apenas mandou:

"Sozinho."

Itachi estava digitando e ele aproveitou para dar uma olhada em Sakura. Ela agora estava na beira do palco falando com uma mulher mais velha.

Nova mensagem:

"Que horas você chega?"

Sasuke não sabia o que Sakura queria, nem quanto tempo iria demorar.

"Na hora que o filme acabar vou direto para casa."

"Ok. Se quiser carona é só avisar."

Aquilo foi mais fácil do que pensara, Itachi devia estar muito cansado para não insistir mais no assunto. Ele não iria abusar da sorte, respondeu o irmão com um emoji de 'joinha' e tratou logo de ficar off-line.

Como sempre acontecia, Sasuke se distraíra na troca de mensagens e não notou quando Sakura se despediu de Kurenai e foi até ele. O Uchiha só a viu bem na sua frente quando guardou o celular e olhou para cima.

Sakura sentou em uma poltrona ao seu lado, estava sorrindo, suada, com os fios do cabelo soltos, e mais linda que nunca.

A primeira coisa que chamou sua atenção foi as pedrinhas grudadas no rosto dela e a purpurina em seus olhos. Depois notou que ela estava de mãos vazias e o olhando com as sobrancelhas erguidas. Sasuke rapidamente pegou sua mochila e pescou o caderno e caneta que levara especialmente para aquilo.

Mas, em vez de escrever algo imediatamente, ele gesticulou:

— Oi, Sakura. — Tentou fazer os sinais o mais lentamente possível para que ela entendesse.

Sakura o encarava, a expressão tão infantil e curiosa com todo o brilho e aquelas pedrinhas grudadas em seu rosto que Sasuke sentiu vontade de apertar suas bochechas. Ela pareceu ponderar se realmente entendera o que ele quis dizer, e também para lembrar-se do sinal que simbolizava o nome dele, então, para o deleite do Uchiha, ela gesticulou de volta.

— Oi, Sasuke!

Ela ainda não sabia, mas sua expressão triunfante dera um sinal de exclamação, exaltação, à frase. A expressão facial na hora de gesticular era muito importante e Sasuke pretendia ensinar isso a ela em algum momento.

O Uchiha sorriu de lado, assentindo em aprovação, ao que tudo indicava, Sakura não teria dificuldade em aprender Língua de Sinais, ela pegava a coisa toda bem rápido.

Dado por satisfeito, ele finalmente voltou sua atenção para o caderno e escreveu:

"Você aprender rápido."

Ele lhe entregou o caderno e a caneta, ela leu a frase e escreveu abaixo:

"Obrigada, andei treinando em casa o que você me ensinou outro dia na praça."

Era verdade, Sakura treinava os sinais em frente ao espelho. Uma vez Gaara a pegou tentando sinalizar as letras do alfabeto e ficou a olhando com o cenho franzido, mas não perguntou o que ela estava fazendo.

Sasuke sentiu-se aquecer por dentro ao ler aquilo. Sakura estava mesmointeressada em aprender a se comunicar com ele. Ela estava tentando ser sua amiga.

Já fazia um bom tempo que algo do tipo não acontecia. Não que o fato de ele ser surdo fosse totalmente uma barreira, o problema era que Sasuke não conseguia se socializar nem com outros surdos. Sua personalidade era assim, sendo surdo ou não. Itachi constantemente o chamava de antissocial.

Sasuke muitas vezes afastava as pessoas por vontade própria.

E ali estava aquela garota, se esforçando por uma aproximação. Ele não poderia, nem queria afastá-la.

Ele pegou o caderno e a caneta:

"Mostre."

Escreveu; encarando-a fixamente, daquele jeito dele.

De repente, Sakura sentiu o nervosismo voltar, coisa que ela não sentira logo de primeiro momento, talvez pela excitação de ter acabado de sair do palco. E com Sasuke a olhando daquele modo novamente, como se a avaliasse. Ela se sentiu novamente como no Free's e se encontraram pela primeira vez sozinhos.

Ela olhou para o palco, onde restavam apenas Kurenai e mais três colegas conversando, os demais ou já haviam ido embora ou estavam no camarim. Eles tinham permissão de ficarem ali até o tempo que precisassem, pois Kurenai tinha as chaves daquela ala e também já haviam feito amizade com os dois homens que ficavam vigiando o teatro à noite.

Nenhumas das pessoas no palco prestavam atenção neles. Sasuke havia escolhido a terceira fileira de trás, logo na entrada para os expectadores em dias de espetáculo.

Sakura voltou a olhar para ele e encontrou-o ainda a encarando.

Sasuke tinha ideia do quanto tinha o olhar penetrante? Como ele conseguia ser tão acanhado e tão... tão cheio de si ao mesmo tempo?

Era um pensamento estranho, pois Sakura nunca havia se sentindo tão constrangida com um rapaz como se sentia com relação à Sasuke. Ao que parecia, ele era o único que conseguia a deixar sem graça em muito tempo, ao mesmo tempo em que era o único com quem ela se sentia tão à vontade.

A Haruno desviou os olhos dos dele, pois não conseguiria se concentrar daquela forma. Ela então fechou os olhos, imaginando-se em frente ao espelho e relembrando todos os sinais que aprendera. Começou a sinalizar com os olhos ainda fechados, dando uma pequena pausa entre uma letra e outra.

Esperava que estivesse fazendo certo e não se passando de idiota na frente dele, mas quando estava na letra M, sentiu as mãos de Sasuke segurar as suas, como se a pedisse para parar. Ela parou e abriu os olhos.

Ele havia escrito algo:

"Por que está com os olhos fechados?"

Sakura resolveu falar logo a verdade.

"Porque você fica me olhando."

Ele leu e escreveu de volta rapidamente:

"Desculpe." Devolveu o caderno para ela, os ombros encolhidos.

A Haruno imediatamente percebeu que ele havia entendido errado. Ela sabia, entendia, que ele tinha que olhar; sem a audição e a fala, a visão era o sentido mais necessário para tudo o que ele fazia.

Começou a escrever uma explicação rapidamente:

"Eu entendo que você tem que ficar me olhando... É que, eu me desconcentro, entende?" Enquanto escrevia, percebeu que ele ia lendo junto, pois estavam lado a lado.

Sasuke concordou, mas agora desviava os olhos.

Sakura tocou seu braço por cima da camisa de mangas longas para que ele a olhasse novamente, e mostrou o resto do que escrevera:

"Seus olhos são bonitos."

Foi quase automático, bastou ler aquilo para o Uchiha ruborizar, não algo exagerado, mas com a pele tão clara era muito difícil esconder aquilo. Ele a olhou daquele mesmo jeito no ônibus, quando ela tocara sua tatuagem. Sasuke definitivamente não sabia receber elogios.

Ele rapidamente pegou o caderno e escreveu:

"Bonito."

Então apontou para o que havia escrito e logo depois gesticulou. Uma. Duas. Três vezes. Até Sakura entender que ele estava a ensinando um sinal novo.

Ela percebeu que ele estava tentando mudar de assunto sobre o elogio — pois não sabia o que fazer diante daquilo — e decidiu seguir o mesmo rumo. Apesar de achar realmente adorável a expressão dele toda tímida.

O sinal era bem simples, e foi preciso só mais uma repetição dele, para ela imitá-lo perfeitamente.

Sasuke assentiu e observo-a abrir um sorriso enorme. Que ficara ainda mais interessante com aquelas pérolas e purpurina no rosto.

"Você é uma fada?"

"Uma sereia. Farei uma apresentação semana que vem. Eu amo atuar. Amo teatro. Venho aqui três vezes na semana depois da faculdade."

Ele queria falara a ela que, lá em cima, no palco, ela parecia outra Sakura. Lá em cima ela não tinha aquele cenho sempre franzido, os ombros rijos que apresentava no dia a dia. Mas em vez disso, escreveu:

"Você parece feliz."

Sakura suspirou, então sorriu, mostrando que sim, ela estava feliz.

"Desculpa por ter te chamado tão tarde, andei bastante ocupada esses dias."

Sasuke leu e deu de ombros.

Sakura continuou:

"O que vai me ensinar hoje?"

O Uchiha olhou ao redor, não tinha nada em mente quando fora ali. Entretanto, teve uma ao observar o grande salão do teatro.

Achou que seria mais fácil, ensiná-la sinais que eram iguais, mas configuravam palavras diferentes. E também os que eram muito parecidos, mas não iguais nem em representação, nem em significado.

"Coisas de teatro?"

Ela leu e assentiu, bastante animada e ganhou um sorriso de Sasuke de volta.


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