Guto & Benê - Two worlds collide escrita por Kayle


Capítulo 6
Aquele em que vai do paraíso ao inferno em menos de um segundo.


Notas iniciais do capítulo

OLAAAA DESCULPEM A DEMORA. TIVE DIFICULDADE PARA ESCREVER ESTE CAPITULO NÃO ESTAVA MUITO INSPIRADA. ALEM DISSO GOSTAVA QUE ME FIZESSEM UM FAVOR, O MEU CANAL DO YOUTUBE ANTIGO FOI CANCELADO, GOSTAVA QUE DESSEM UMA OLHAVA NO NOVO, E SE INSCREVESSEM SE GOSTAREM, E PARTILHEM SE PUDEREM, TEM VIDEO DO GUTO E DA BENE - LINK DO CANAL - https://www.youtube.com/channel/UCB98SUOcA6dqJYXyJw9-X-A



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A menina estava atordoada, não conseguia se mexer. E o mesmo acontecia com o Guto, tinha ido ali decidido, mas como sempre ficava perdido sempre que estava perto dela. Ficaram assim por uns momentos mas então a Benê quebrou o silêncio, afastou-se ligeiramente do menino.

— O que é que estas a fazer aqui? – Perguntou a menina meio incerta.

— Eu vim falar contigo – falou o menino avançando um passo em relação a menina que recuou outro passo – Fiquei preocupado, foste embora sem dizer nada.

— Estava tarde, tive que ir embora. Pronto se era só isso, vou agora treinar piano – disse a menina bastante nervosa.

A menina já estava a tentar ir embora, mas o menino segurou-a pelo braço. O menino precisava de esclarecer tudo o que lhe ia na cabeça.

— Não foi por causa disso pois não, foi por causa de nós…. – Começou o menino, mas não acabou a afirmação olhando para o rosto da menina via a confusão que ela estava a sentir.

— Guto, não quero mais falar sobre isso. Vou embora.

A menina já não sabia lidar mais com a situação, não conseguia olhar para a cara do menino sem se lembrar da noite que tinham passado juntos, bem no mesmo espaço mais propriamente, tecnicamente juntos não tiveram. Ai estava confusa. Foi tirada dos seus pensamentos pelo menino que lhe segurou firmemente mas com delicadeza no rosto, com ambas as mãos, fazendo a menina olhar diretamente nos seus olhos.

— Benê, ouve, nos temos que falar. Olha-me nos olhos e diz-me sinceramente, o que sentes por mim – o menino estava firme na sua decisão, sabia que não podia estar sozinho naquilo, que não podia ser o único a se sentir daquela maneira.       
— Nos somos amigos….

A menina tentou dar um passo para trás, o que fez o Guto dar um passo para a frente, ficaram neste jogo uns segundos até que a menina sentiu a parede fria nas suas costas. Não havia como fugir. O menino aproveitou-se da situação e aproximou-se mais dela, pondo um braço por cima da cabeça dela, ficando ela encurralada entre a parede e o corpo do seu professor.   

— Ainda não respondeste a minha pergunta – disse o menino com aquele sorriso torto que a deixava sem ar- O que é que sentes por mim?

A menina engoliu em seco, não gostava de confrontos, e muito menos gostava de sentir o seu espaço ser assim invadido, ainda mais por ele, que a fazia tremer dos pés a cabeça. Não entendia o que ele pretendia com aquela conversa, já lhe tinham respondido, eles eram amigos, não era?

— Não sei, a gente é amigo ne?

A postura da menina, o jeito que ela olhava para ele não enganava, ela também tinha sentimentos por ele. E ele já não sabia de mais nada, a não ser que por uma vez, ia deixar de ser orgulhoso e fazer o que sentia. Precisava que ela soubesse o que ele sentia.

— Amigos não se beijam, como nos já nos beijamos, e amigos não se sentem da maneira que eu me sinto quando estou contigo – dito isto pegou na mão da menina entre a sua e levou-a ao seu peito para ela sentir o batimento acelerado do seu coração.

Depois disso, eles ficaram mudos, perdidos no olhar um do outro, a mão da menina ainda repousada no seu peito, com a dele por cima da dela, como se estivessem conectados. Pouco a pouco, o menino inclinou-se mais para ela, os seus lábios começaram por tocar a sua testa, um toque leve quase inexistente. A menina não conseguia reagir, as suas pernas pareciam gelatina e só não caia no chão porque o menino a esta a segurar. Não sabia como se sentir em relação ao que estava acontecer, só sabia que o toque dele era agradável, apesar de nunca ter gostado muito que a abraçassem, nem tocassem.       

O menino foi distribuindo beijos por todo o rosto da menina, pelos olhos, pelo nariz, e pela sua face. Naquela altura já não estava aguentar mais precisava de a beijar. Lentamente aproximou ainda o rosto mais do dela, ambos sentiam a respiração um do outro de tão próximos que estavam. Lentamente a mão que estava na parede foi para a cara da menina, e roçou levemente os seus lábios nos dela. Roçou os seus lábios nos dela, o que pareceu uma eternidade, até que não aguentou mais e os seus lábios finalmente se encontraram.  

O beijo foi inesquecível, começou lento, o menino beijava a devagar moldando os seus lábios aos delas, sentindo o seu sabor e a suavidade da sua boca. Ficaram assim, algum tempo, apenas aproveitando o momento. Até que o menino aprofundou o beijo, lentamente não só os seus lábios se tocaram, como todo o seu corpo. A língua do Guto explorava a boca da menina que lentamente se deixou levar pelo momento e repetiu o movimento do garoto, as suas línguas finalmente se encontraram, e deliciavam-se com o sabor um do outro. Os braços da menina deixaram a parede e pouco a pouco envolveu-os no pescoço do menino, enquanto acariciava o seu cabelo, já o Guto envolvia a menina pela cintura puxando-a cada vez mais para si, como se qualquer espaço que houvesse entre eles fosse insuportável.

Foram ficando sem ar, e o menino lentamente acabou o beijo depositando vários selinhos, nos lábios da menina. Acabaram os beijos mas não se separaram, continuavam colados um outro, com as testas coladas, e com sorrisos nos rostos. Um beijo valia mais do que mil palavras que pudessem dizer, naquele momento não haviam palavras que pudessem descrever tudo o que sentiam.

Os dois estavam tão perdidos numa bolha que não perceberam uma menina do outro lado do bar, a caminhar em direção a eles, com um sorriso maldoso e de puro deboche na cara. Aproximou-se deles devagar, com uma lentidão quase premeditada.

— Parabéns Guto, ganhaste a aposta – disse pegando numa nota de 50 e pondo uma nota no seu bolso

— Garota que é isso, endoidaste de vez, foi? – disse o Guto estranhando a atitude da miúda, vindo dela boa coisa não podia ser.

— Que aposta? Eu também já ganhei uma….

O Guto sorriu lembrando-se da aposta que fizeram, no prebolim, foi ali que tudo começou, desde ali algo mudou dentro dele.

— Ah querida, o Gutinho apostou que conseguia beijar te , e que queria 50 reais pelo sacrifício.

O Garoto ficou em choque, aquela maluca estava doida. Os olhos da Benê encheram-se de lagrimas.

— Foi tudo uma aposta? – disse com a voz em tom baixo, era isso, só uma aposta para alguém gostar dela – Nunca mais fales comigo.

— Benê espera…

O garoto não teve sequer tempo de se explicar, a menina correu porta fora a uma velocidade alucinante, seguida do Guto que não conseguia acreditar no que tinha acontecido. Tinha ido do paraíso, ao inferno em um segundo, e tudo por causa da recalcada da Madalena. Mas aquilo não ia ficar assim.


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Notas finais do capítulo

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