Pensão Ukai escrita por Arisusagi


Capítulo 3
Altas confusões no primeiro dia de aula


Notas iniciais do capítulo

Olha só eu aqui de novo, kkk.
Segundo o que tá aparecendo aqui, tem 4 pessoas acompanhando essa história então eu sei que pelo menos uma delas vai ler isso aqui né.
Enfim, eu queria deixar essa história bem slow burn, do jeitinho que eu gosto, então vai demorar um pouquinho pra aparecer saliências entre os dois meninos aqui.
Agradeço desde já a paciência de quem for acompanhar isso aqui.



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O primeiro dia de aula foi memorável.

Kageyama acordou com o despertador ridiculamente escandaloso de Hinata, pelo menos dez minutos antes de o seu próprio tocar. Ele se levantou imediatamente, pegou sua toalha e seus apetrechos e foi ao banheiro.

Depois de escovar os dentes, pentear o cabelo, lavar o rosto e trocar de roupa, Kageyama voltou para o quarto e encontrou Hinata ainda deitado e, ainda por cima, roncando.

“Ei, Hinata.” Ele se mexeu um pouco quando ouviu seu nome. “Levanta, seu despertador já tocou.”

“Sim, eu já acordei.” Hinata respondeu, cobrindo a cabeça com as cobertas.

Kageyama começou a arrumar a mochila para a aula. Seu plano era sair dali em, pelo menos, dez minutos, para dar tempo de comprar algo para comer antes da aula, que começava dali a meia hora.

“Hinata.” Kageyama o chamou assim que ficou pronto para ir. “Já estou indo para a faculda-”

Hinata se levantou em um pulo, jogando todas as suas cobertas no chão e dando um susto da porra em Kageyama.

“Que horas são?!” Ele perguntou exaltado.

“Sete e trinta e quatro.”

“Espera que eu vou com você!” Ele abriu seu armário e escolheu sua roupa, jogando várias e várias peças pelo chão no processo. “Fico pronto num segundo!”

Kageyama ficou onde estava, confuso e um pouco assustado, quando Hinata saiu do quarto. Ele se arrumou até que bem rápido, e os dois saíram mais ou menos no horário em que Kageyama pretendia sair.

Ele informou seu plano de parar para comprar comida no caminho para Hinata, que fez questão de ir na mesma lojinha onde ele havia comprado os nikumans. Segundo ele, “era a melhor da região”. Kageyama queria entender como ele sabia disso se morava na região há menos de dois dias.

De fato, a loja tinha uma variedade bem grande de produtos, mas a fila do caixa estava absurdamente gigante, já que havia apenas um funcionário para atender os clientes.

“Olha essa fila, cara, não vai dar.” Kageyama disse assim que botou os pés na loja. “Melhor a gente comprar alguma coisa lá na faculdade.”

“Não, vamos comprar aqui mesmo! Vai ser rapidinho, vem.”

Kageyama achou melhor não discutir com seu colega de quarto. Seria bom manter um clima legal entre os dois, pelo menos durante essa primeira semana.

Eles pegaram seus respectivos lanchinhos e entraram o mais rápido possível na fila, que devia ter umas quinze pessoas. Os dois ficaram em um silêncio meio estranho, cada um olhando para o relógio do próprio celular de tempos em tempos.

Quando chegou na vez do homem que estava na frente deles, faltava menos de dez minutos para o início da aula. Kageyama já estava bem puto da vida, e quando o homem começou a conversar com a atendente, perguntando-lhe sobre algum conhecido, ele ficou mais puto ainda. Sua vontade era de largar os produtos ali e ir embora, mas aí todo aquele tempo perdido na fila seria em vão.  

Kageyama estava tão distraído com seu dilema que nem se deu conta do que Hinata estava fazendo.

“Ei, moço!” Ele cutucou o ombro do homem, que continuava a conversar alegremente com a atendente. “Eu e meu amigo estamos com pressa aqui, pode passar sua compra logo, por favor?”

O senhor olhou para ele com o cenho franzido, em um certo ar de desdém.

“Ora, não posso nem conversar com minha sobrinha em paz?”

“Claro que pode, mas não quando tiver uma fila desse tamanho bem atrás de você.”

“Mas parece vocês são os únicos incomodados, não é?” Kageyama não sabia se estava com mais raiva de Hinata ou daquele homem.

“Hinata, deixa-”

“Se quiserem, posso passar a compra de vocês primeiro.” A atendente disse, visivelmente incomodada com toda aquela situação. “Né, tio?”

“Se estão com tanta pressa assim…”

Os dois colocaram seus lanchinhos em cima do balcão junto com o dinheiro, e assim que a moça passou os produtos, eles saíram dali voando, sem nem pegar o troco.

“Hinata, seu imbecil!” Kageyama berrou. “Por que você foi bater boca com o cara?”

“É meu direito! Quem aquele cara acha que é pra ficar empacando a fila?!”

“Tá bom, não temos tempo pra isso agora! Vamos chegar atrasados.”

 

Os dois chegaram ao campus esbaforidos e desesperados, sem nem saber onde ficavam as salas de aula, e foram informados de que as primeiras quatro aulas haviam sido canceladas para dar lugar a uma palestra de boas-vindas aos novos alunos. Kageyama ficou um pouco frustrado em saber que não haveria aula, mas pelo menos eles não tinham se apressado a toa. Eles seguiram um grupo de alunos até o auditório principal do campus, e entraram minutos antes de as portas se fecharem.

“Tá vendo, Kageyama? A gente chegou bem na hora!” Hinata disse enquanto eles procuravam algum lugar para sentar.

“Shh, fala mais baixo, já vai começar.”

O auditório era enorme, mas os únicos assentos vagos eram na segunda fileira, bem em frente ao palco. Apesar de ser um lugar péssimo, eles não tiveram escolha a não ser sentar.

“Bom dia a todos.” A pessoa que iria ministrar a palestra disse, e Kageyama achou sua voz vagamente familiar. “Sou o vice-reitor Kanegawa, é prazer estar aqui com vocês hoje.”
Os dois olharam para cima e Hinata só não soltou um berro porque Kageyama cobriu sua boca com a mão.

O vice-reitor era ninguém mais ninguém menos do que o homem com quem Hinata havia discutido na loja.


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Notas finais do capítulo

Os acontecimentos desse capítulo não foram inspirados em nada que tenha acontecido comigo :V



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