Come Back... Be Here escrita por Bia Snow


Capítulo 3
Capítulo Três




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Quando chego em casa após o expediente já começo a pensar no que irei vestir. Mas encontro Cait e decido contar o que farei hoje à noite.

— VOCÊ O QUE? – grita Cait assim que digo a novidade pra ela

— Isso mesmo que você ouviu, o Oliver me convidou para jantar na casa dele hoje. – digo indo em direção ao meu quarto e me jogo na cama. E ela ainda fica me encarando.

— Fel, você não tem noção como é sortuda mulher, você vai ter um encontro com o cara mais quente de Star e está nessa traquilidade toda.

— Não é um encontro, é só um jantar entre amigos. – digo tentando me convencer disso, pois o que eu menos preciso é ser iludida.

Fica um silêncio e vejo que Cait está me encarando com uma cara muito engraçada, como seu eu tivesse contado uma piada muito boa e fico sem entender.

— O que? – digo apoiando meu corpo no braço e ficando meio levantada.

— Você acha mesmo que isso é um jantar entre amigos Felicity Smoack?

Eu gemo de frustração e me jogo outra vez na cama e coloco o travesseiro na cara enquanto solto um grito abafado.

— Tá, eu admito. Eu acho que é um encontro. – digo por fim e ela ri. - Agora me ajuda a escolher uma roupa. – digo me levantando e puxando Cait até meu closet.

—Ai amiga, eu não sei o que você pode usar num encontro na casa dele - diz ela remexendo no meu closet

— Algo simples Cait, nada muito formal e nem tão informal.

— Você é tão complicada. - Ela bufa e volta a caçar algo de bom no meu closet enquanto eu vou tomar um banho.

Após sair do banho, vejo que Cait ainda está em busca da roupa perfeita. Então começo a me maquiar e arrumar os cabelos. Mas a minha mente vagueia em direção à um certo cara musculoso e muito lindo que não sai da minha cabeça nesses últimos meses.

Oliver Queen meche comigo de uma maneira que nunca achei que seria possível. Ele me destabiliza, me faz balbuciar cada vez que eu o encontro. Ele me deixa sem palavras.

Só que no momento, a última coisa que eu preciso é ser iludida. Por isso nunca levei em conta os meus sentimentos.

— Achei! – Me assusto quando Cait grita e me viro e vejo que ela tira do guarda roupa um vestido vermelho maravilhoso.

— Perfeito! – digo pegando ela e colocando em frente ao meu corpo e me olhando no espelho.

— Nunca vi você usá-lo.

— É meio que me esqueci desse aqui. – digo enquanto me olho no espelho.

— Você e esse seu vício compulsivo de compras. – ela diz rindo e sei que é verdade. Eu adoro comprar vestido.

— Ah me deixa em paz Cait – digo rindo.

Ela vai à área dos meus sapatos e escolhe uma sandália preta.

— Esses aqui e com esses brincos. – diz ela me entregando os acessórios. - Agora vai se vestir Fel!

Mando uma piscadela pra ela e vou me trocar. Visto rapidamente o vestido e calço os sapatos e me olho no espelho e aprovo meu visual. O vestido era justo e ia até os joelhos, porém na perna esquerda ele tinha uma fenda que ia até o meio da minha coxa.

Volto para onde havia deixado Cait e dou uma rodadinha na frente dela.

— Arrasou Lis. Sexy sem ser vulgar. – ela diz toda animada e eu fico mais confiante com a minha roupa.

— Obrigada Cait. – digo passando um batom escuro nos lábios.

— Hoje Oliver Queen terá uma parada cardíaca. – diz Cait e eu dou risada da minha amiga.

Mas pensando bem... Oliver Queen que me aguarde!

(...)

Quando chego à casa de Oliver e ele atende a porta ele fica meio chocado e eu seguro a risada. Consegui o deixar sem fala.

— Ual , você está maravilhosa Felicity – é a primeira coisa que Oliver me diz após seu pequeno momento de mudez.

— Obrigada Oliver. – digo sem jeito e corada e ele também está lindo. – Você também não está nada mal.

—Tudo isso é pra você. – ele diz e eu como sempre fico sem jeito. – Entre, por favor. – diz ele liberando a passagem para mim.

  Entro e vejo que seu apartamento, mesmo sendo de um homem é bem organizado. Logo de cara tem várias janelas que tem uma vista linda da cidade. Do lado esquerdo tem uma lareira e um sofá de frente para ela.

Na parte central tem mais dois sofás e uma televisão enorme. E do lado esquerdo tem a cozinha, de onde está vindo um cheiro maravilhoso. Há uma escada ao lado direito da porta que provavelmente sobe para os quartos.

E na parede ao me lado tem um armário com uma coleção de arco e flecha.

Minha curiosidade fala mais alta e não resisto em perguntar.

— Você sabe usar isso? – pergunto olhando para o enorme arco que tem pendurado na parede e ele para ao meu lado.

— Sei sim, e posso dizer que sou muito bom. Quando novo ganhei vários torneios. Qualquer dia posso te ensinar.

— Ah isso seria tão legal. – digo animada com a possibilidade de tocar em um arco. Sempre quis fazer isso. Esse cara além de tudo que ele faz ainda pratica esse esporte que eu acho incrível. – Realmente Oliver, você é incrível— penso comigo mesma.

— Obrigado – ele agradece, foi quando notei que pensei alto outra vez, eu e minha boca grande.

— Eu realmente tenho que parar de pensar alto. – digo sem graça e ele ri.

— Adoro isso em você. – ele diz olhando para mim e sinto meu coração pulsar rapidamente em meu peito e resolvo mudar o assunto.

— Mas porque você escolheu arco e flecha? – pergunto tentando fazer com que meu coração volte ao normal.

— Porque praticar me ajuda a relaxar. Faz-me ficar concentrado e isso me ajudou muito quando era mais novo.

— Eu sou assim, mas escrevendo. Adoro escrever. Principalmente músicas. Mas também decodificar me relaxa bastante.

— Então você compõe? Disso eu não sabia. – ele pergunta e me puxa para cozinha, onde eu sento em um daquelas cadeiras altas perto do balcão enquanto ele vai em direção ao fogão.

— Vamos dizer que sim, nunca mostrei ninguém minhas músicas, é algo só meu, entende?

— Entendo, mas um dia você me mostra uma de suas composições? – ele pergunta enquanto vai para o armário.

— Posso pensar em seu caso. – digo rindo e ele pega uma colher para mexer um molho que está em uma panela

— Vou cobrar.

— Mas então, o que o senhor está preparando para nós? – pergunto chegando perto dele e ele se vira para mim.

— Camarão ao molho branco, gosta?

— Adoro camarão. – digo com os olhos brilhando e ele abre aquele sorriso maravilhoso que até me faz perder a compostura.

— Então eu acertei na escolha.

— Com certeza. Cait odeia camarão, ela diz que são os bichos mais nojentos que existem, já eu, como até demais. – digo rindo e faz com que ele ria também.

— Quer ajuda? – pergunto já me preparando para fazer algo.

— Não, já tudo pronto. – diz ele desligando o molho – Só experimenta pra ver se está bom. – diz ele pegando um pouco do molho na colher e esfriando um pouco antes de levar até a minha boca.

Experimento e me derreto

— Ual Oliver, está uma delicia. – digo ainda saboreando esse molho. Um molho diferente de todo que já provei.

— Obrigado, fiz com amor. – diz sorrindo e colocando o molho por cima dos camarões que estavam em uma travessa. –Vem, vamos jantar.

Sigo-o até a sacada. Um ambiente maravilhoso, já que tinha vista para a cidade. Onde a mesa já estava arrumada com velas e tudo. Só a luz da lua e das estrelas iluminando. Isso está tão romântico. Ele volta e deixa o som ligando em um volume ambiente.

Ele me serve uma taça de vinho e senta em minha frente.

Jantamos e eu só o elogiando de como essa comida estava uma delicia e ele dizendo que sabe fazer muitas coisas, já que ele teve que aprender quando foi morar sozinho. Ficamos rindo de besteiras e ele me contando de suas viagens e eu contando um pouco mais de mim.

Depois de jantarmos, ele me ofereceu a sobremesa, mas eu estava muito cheia e deixei pra mais tarde. Agora estávamos na sala e ele tinha ligado a lareira, já que o clima lá fora tinha esfriado.

Então enquanto tomo o vinho reúno a coragem para fazer uma pergunta muito importante.

— Então Oliver, vamos para a pergunta de um milhão de dólares. Porque um cara que sabe cozinhar, é simpático e lindo ainda está solteiro? – pergunto, pois isso ainda não se encaixa em minha cabeça.

— Vamos dizer que eu desejo encontrar a garota certa para mim. Por isso nunca namorei. – diz ele

O encaro desconfiada

— Você nunca namorou? – pergunto chocada e ele ri.

— Namorei muito na época da escola, até a garota que achei seria a garota me deixou pelo meu melhor amigo. Desde aquele dia, fiz uma promessa pra mim mesmo, que se eu olhasse para uma garota e não visse ela como a mãe dos meus filhos, ou a garota que sonhei em acordar ao lado dela todos os dias até o fim da minha vida, aquela garota não era pra mim, venho feito isso até hoje – diz ele me encarando e eu engulo em seco.

— Uma boa regra. – digo – Eu também tenho uma.

— E qual seria?

— Nunca se apegue eles sempre vão embora. – digo sorrindo sem graça

— É só por causa de seu ex essa sua regra Fel?

— Não. – digo sentindo meus olhos pinicarem – Meu pai me abandonou quando eu tinha cinco anos.

— Não precisa falar nada Fel – diz Oliver colocando a sua mão por cima da minha e entrelaça nossas mãos.

— Não, eu falo – respiro fundo – Um dia fui para escola e quando eu voltei minha mãe estava chorando e me disse que meu pai tinha ido embora. Eu não quis acreditar e ficava esperando ele sempre. Em cada aniversário eu pedia para ele voltar, mas ele nunca voltou. Nunca mais soube dele. Por isso esse lema, porque sempre que me apego, a pessoa vai embora, e isso acaba comigo. – digo baixinho e sinto as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— Eu sinto tanto Felicity. –ele diz baixinho.

Oliver então me puxa pra mais perto dele e me abraça fortemente. Nunca me senti tão bem em um abraço como estou me sentindo agora. Meu coração simplesmente dispara e sinto que ele iria sair pela boca.

Ele afrouxa seus braços de mim e ele me olha nos olhos. Vejo o azul de seu olho ficar escuro. Suas mãos sobem até meu rosto e o acaricia. Fecho os olhos ao contato de seus dedos em minha pele e tombo a cabeça em sua mão.

Abro novamente os olhos e o vejo sorrindo.

— Você e a garota mais linda que já vi Felicity. – diz ele acariciando meu rosto.

— Olha que eu acredito em. – digo baixinho, apenas curtindo o toque dele.

Ele se aproxima mais de mim e fecho minhas mãos com força de tanto nervoso.

— Eu quero tanto te beijar. – diz ele de olhos fechado e perto de meus lábios. Sua testa encosta na minha e então eu respiro fundo e digo as palavras mais certas que eu poderia dizer.

— Então me beije.

E não foi preciso dizer mais nada, pois no mesmo segundo seus lábios capturaram os meus. Sua mão que estava outrora em meu rosto, está agora em minha cintura me puxando para mais perto dele. E por vez, as minhas mãos estavam ao redor de seu pescoço, onde eu afundava meus dedos em seus cabelos.

Oliver Queen com toda certeza tem o melhor beijo de todos.

Quando o ar se fez necessário nos separamos, ambos com um sorriso bobo no rosto.

— Queria ter feito isso há muito tempo. – diz sorrindo.

— Antes tarde do que nunca. – digo o puxando para mais um beijo, só que esse mais ficou um pouco mais urgente.

Ele começou a passear com as mãos pelo meu corpo. Ele apertava minha coxa e eu sentia um prazer descomunal.

Em resposta eu acariciava seu peito e distribuía beijos pelo pescoço. Quando me dei conta, já estava desabotoando sua camisa, o deixando com seu peito para fora e com aquele tanquinho maravilhoso ao meu alcance, deslizei minhas mãos por ali, o que o fez gemer e eu sorrio com isso.

— Você é lindo. - digo beijando seu nariz.

— Você que é. Você é maravilhosa Felicity. – diz beijando meu pescoço

Entrelaço minhas pernas em seu corpo, quando ele levanta. Ele sobe comigo as escadas, continuamos nos beijando até que sinto entrar em um lugar diferente. Abro os olhos e vejo que estamos no quarto dele.

Ele sorri quando vê minha cara de assustada, mas ele me beija logo em seguida e faz com que eu esqueça tudo ao redor.

Sinto minhas costas baterem em algo fofo e macio.

Sua cama

Ele começa a abrir o zíper de meu vestido e eu me sinto tímida. Ele percebe e para no meio.

— Desculpa Felicity, eu, eu não sou assim, eu, me desculpa, você vai achar que eu sou um tarado, mais é que você me deixa maluco, me desculpa – ele se apressa em dizer e se levanta da cama, mas eu o impeço segurando-o pela mão.

— Não é isso, é que só fiquei um pouco nervosa. – digo acariciando seu rosto. – O que acha de continuarmos de onde paramos? – sussurro em seu ouvido e ele me aperta contra ele e consigo senti-lo.

— Com muito prazer, anjo. – ele diz e eu estremeço com o apelo.

Ele então termina de abrir o zíper e com sua ajuda deslizo o vestido pelo meu corpo, ficando apenas de lingerie na frente dele.

E continuamos de onde paramos, só sei que quando estou deitada em seu peito e saciada depois dessa noite maravilhosa, a ultima coisa que penso quando fecho os olhos é que Sara tinha razão! A sobremesa sempre é a melhor parte.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostando.
O próximo sai sexta!
Bjs...



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