Quando a Porta Fecha, Rikudou abre duas janelas escrita por Pata Louca Sol
Notas iniciais do capítulo
Fiquei muito feliz com os comentários que recebi aqui.
Por isso trouxe o cap o mais rápido que pude ♥
Espero que gostem.
Beijos
Pata Patosa
— O que faz aqui, Sasuke? - Perguntou com uma certa voz falha. Definitivamente não esperava que ele estivesse diante dos seus olhos.
— Você está grávida? Quem é essa criança?
A rosada não respondeu, ficou encarando o moreno com os olhos marejando, nem mesmo ela sabia se seus olhos queriam chorar de felicidade por ele estar lá ou se era pelas escolhas que fez. O moreno também se encontrava alterado, não estava a ponto de chorar, mas seus olhos denunciavam uma raiva e desapontamento brotando do fundo de seu ser.
— Anda, Sakura - Ele alterou seu tom de voz, estava extremamente irritado - De quem é essa criança que está na minha frente? Para quem você se entregou?
Automaticamente, a mulher segurou a mão do pequenino o colocando por trás de si, como forma de o proteger. Engoliu seco, olhou para cima antes pensando em como formularia tal frase.
— Sasuke - Suspirou - Antes que eu responda, abaixe esse tom de voz, você não tem o direito de falar de maneira grossa comigo...
— E você tem o direito de me trair? - A interrompeu, quase gritando - Eu acho que você deveria abaixar essa bola ai e começar a me explicar
A mulher suspirou mais uma vez, estava quase perdendo as estribeiras, estava quase perdendo a compostura na frente do seu filho mais novo. Votou a encarar o homem nos seus olhos, não estava intimidada com o olhar amedrontador que ele fazia para ela.
— Vamos conversar lá dentro - Não esperou quaisquer respostas do garoto, apenas entrou com o seu menino deixando a passagem aberta para o homem.
Sasuke nada disse, concordava com a mulher, eles precisavam conversar dentro de casa, afinal, uma discussão no jardim não é algo agradável para ninguém.
Entrou batendo a porta atrás de si com uma cavalice tão grande que os filhos da rosada se assustaram, o que fez com que ambos corressem para perto da mãe em busca de proteção contra o "tio assustador". Caminhou observando cada canto da casa com cuidado. Seus olhos eram presos a fotos da menina com os filhos, era sempre ela e os garotos, não havia quaisquer fotos a rosada com outro homem, ou qualquer pista para saber quem era o pai do Jun.
Acompanhou a rosada até o quarto em que, aparentemente, ela repousava só. Resolveu que permaneceria em pé, já a menina sentou-se na cama, ultimamente, com as crianças, não recusava passar o tempo sentada. O silêncio pairou no local, Sasuke era orgulhoso demais para pedir explicações mais do que já pediu, Sakura, tentava formular toda a história de sete anos sendo o mais objetiva possível.
— Quando você partiu sete anos atrás...
Tentou começar, o moreno não estava se importando com o contexto nem nada, ele queria respostas, não um texto de Machado de Assis que a menina poderia fazer, por isso, não demorou para que, em menos de uma frase terminada, o moreno já a interrompeu:
— Não quero saber da história. Caralho, Sakura, quem é a porra do pai dessa coisa ruiva que você chama de filho? - Soltou em uma mistura de amargura com grosseira.
— Olha como fala do meu filho! - A calma, que antes ela tentava manter, estava indo por água abaixo - Ele é do Gaara, estar feliz com a resposta?
— Lógico que não estou feliz em saber que a minha esposa andou transando com o Kazekage da vila da Areia e ainda teve um filho com ele! Anda, você está grávida não está? - Em nenhum momento ele abandonou aquele tom de antes, pelo contrário, a cada palavra ele era ainda mais grosso, aumentando cada vez mais a voz. - De quem é que você está grávida? Do Gaara também?
— É, estou grávida dele de novo... - Contrario do moreno, ela não falava alto, seu tom era triste
— E cadê ele? Por que ele não estar aqui com você cuidando das crias que ele fez?
Ela não respondeu. Ficou encarando o chão, sua respiração estava mais aparente, se controlando para não chorar.
— Anda, Sakura - Gritou - Cadê o pai do menino?
Nada.
— CADÊ A PORRA DO KAZEKAGE?
Continuava calada.
O moreno, claramente irritado, não controlando sua raiva, socou a parede com força, deixando-a rachada.
— Eu vou embora - Falou - Acho que você vai querer se divorciar de mim...
— Claro que eu vou querer acabar com o casamento, quando eu me casei não esperei que você iria sair dando para qualquer um quando eu viajasse.
— Quando eu me casei não sabia que você iria passar sete anos sem nem mandar um "oi " ou um " estou vivo, Sakura, não se preocupe"
— Eu não tinha tempo!
— Não tinha tempo para sua esposa e sua filha?
Ele engoliu seco.
— Não precisa me responder, Sasuke - Ela se levantou - Estou indo embora, vou pegar minhas crianças e vou sumir da sua frente.
Na mesma hora que escultou isso, o moreno segurou seu pulso, a impedindo de dar quaisquer passos para fora do cômodo.
— Você pode sumir com aquele ruivo mirim, mas a minha filha vai ficar, pelo menos eu ainda tenho uma chance de evitar que ela se torne uma pessoa igual a você - Apertou o pulso da garota com um pouco mais de força, seu tom de voz ao mesmo tempo que a assustava, debochava de sua cara.
— Está enganado, Sasuke - Desta vez, ela não segurava as lágrimas - Você poderia até tentar brincar de pai agora, mas sete anos é muito tempo. Duvido que ela vai querer ficar com o homem que a deixou sozinha com a mãe
Soltando o seu pulso da mão do moreno, a rosada, não disse mais nada, bateu a porta do quarto com força. Pegou os seus dois nenéns pela mão e abandonou a casa que morou por sete anos.
O moreno não correu atrás da sua quase ex esposa, deitou-se na cama e ficou fitando o teto, não estava no clima para mais nada.
O anoitecer daquele dia nunca havia sido tão escuro em anos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
♥