Quando a Porta Fecha, Rikudou abre duas janelas escrita por Pata Louca Sol


Capítulo 2
Algumas verdades malditas


Notas iniciais do capítulo

Fiquei muito feliz com os comentários que recebi aqui.
Por isso trouxe o cap o mais rápido que pude ♥
Espero que gostem.
Beijos
Pata Patosa



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— O que faz aqui, Sasuke? - Perguntou com uma certa voz falha. Definitivamente não esperava que ele estivesse diante dos seus olhos. 

— Você está grávida? Quem é essa criança? 

 

A rosada não respondeu, ficou encarando o moreno com os olhos marejando, nem mesmo ela sabia se seus olhos queriam chorar de felicidade por ele estar lá ou se era pelas escolhas que fez. O moreno também se encontrava alterado, não estava a ponto de chorar, mas seus olhos denunciavam uma raiva e desapontamento brotando do fundo de seu ser. 

— Anda, Sakura - Ele alterou seu tom de voz, estava extremamente irritado - De quem é essa criança que está na minha frente? Para quem você se entregou? 

Automaticamente, a mulher segurou a mão do pequenino o colocando por trás de si, como forma de o proteger. Engoliu seco, olhou para cima antes pensando em como formularia tal frase. 

— Sasuke - Suspirou - Antes que eu responda, abaixe esse tom de voz, você não tem o direito de falar de maneira grossa comigo... 

— E você tem o direito de me trair? - A interrompeu, quase gritando - Eu acho que você deveria abaixar essa bola ai e começar a me explicar

A mulher suspirou mais uma vez, estava quase perdendo as estribeiras, estava quase perdendo a compostura na frente do seu filho mais novo. Votou a encarar o homem nos seus olhos, não estava intimidada com o olhar amedrontador que ele fazia para ela. 

— Vamos conversar lá dentro - Não esperou quaisquer respostas do garoto, apenas entrou com o seu menino deixando a passagem aberta para o homem. 

Sasuke nada disse, concordava com a mulher, eles precisavam conversar dentro de casa, afinal, uma discussão no jardim não é algo agradável para ninguém. 

Entrou batendo a porta atrás de si com uma cavalice tão grande que os filhos da rosada se assustaram, o que fez com que ambos corressem para perto da mãe em busca de proteção contra o "tio assustador". Caminhou observando cada canto da casa com cuidado. Seus olhos eram presos a fotos da menina com os filhos, era sempre ela e os garotos, não havia quaisquer fotos a rosada com outro homem, ou qualquer pista para saber quem era o pai do Jun.

Acompanhou a rosada até o quarto em que, aparentemente, ela repousava só. Resolveu que permaneceria em pé, já a menina sentou-se na cama, ultimamente, com as crianças, não recusava passar o tempo sentada. O silêncio pairou no local, Sasuke era orgulhoso demais para pedir explicações mais do que já pediu, Sakura, tentava formular toda a história de sete anos sendo o mais objetiva possível.

— Quando você partiu sete anos atrás...

Tentou começar, o moreno não estava se importando com o contexto nem nada, ele queria respostas, não um texto de Machado de Assis que a menina poderia fazer, por isso, não demorou para que, em menos de uma frase terminada, o moreno já a interrompeu:

— Não quero saber da história. Caralho, Sakura, quem é a porra do pai dessa coisa ruiva que você chama de filho? - Soltou em uma mistura de amargura com grosseira.

— Olha como fala do meu filho! - A calma, que antes ela tentava manter, estava indo por água abaixo - Ele é do Gaara, estar feliz com a resposta? 

— Lógico que não estou feliz em saber que a minha esposa andou transando com o Kazekage da vila da Areia e ainda teve um filho com ele! Anda, você está grávida não está? - Em nenhum momento ele abandonou aquele tom de antes, pelo contrário, a cada palavra ele era ainda mais grosso, aumentando cada vez mais a voz. - De quem é que você está grávida? Do Gaara também? 

— É, estou grávida dele de novo... - Contrario do moreno, ela não falava alto, seu tom era triste

— E cadê ele? Por que ele não estar aqui com você cuidando das crias que ele fez? 

Ela não respondeu. Ficou encarando o chão, sua respiração estava mais aparente, se controlando para não chorar. 

— Anda, Sakura - Gritou - Cadê o pai do menino? 

Nada. 

— CADÊ A PORRA DO KAZEKAGE? 

Continuava calada. 

O moreno, claramente irritado, não controlando sua raiva, socou a parede com força, deixando-a rachada. 

— Eu vou embora - Falou - Acho que você vai querer se divorciar de mim... 

— Claro que eu vou querer acabar com o casamento, quando eu me casei não esperei que você iria sair dando para qualquer um quando eu viajasse. 

— Quando eu me casei não sabia que você iria passar sete anos sem nem mandar um "oi " ou um " estou vivo, Sakura, não se preocupe" 

— Eu não tinha tempo! 

— Não tinha tempo para sua esposa e sua filha? 

Ele engoliu seco. 

— Não precisa me responder, Sasuke - Ela se levantou - Estou indo embora, vou pegar minhas crianças e vou sumir da sua frente.

Na mesma hora que escultou isso, o moreno segurou seu pulso, a impedindo de dar quaisquer passos para fora do cômodo. 

— Você pode sumir com aquele ruivo mirim, mas a minha filha vai ficar, pelo menos eu ainda tenho uma chance de evitar que ela se torne uma pessoa igual a você - Apertou o pulso da garota com um pouco mais de força, seu tom de voz ao mesmo tempo que a assustava, debochava de sua cara. 

— Está enganado, Sasuke - Desta vez, ela não segurava as lágrimas - Você poderia até tentar brincar de pai agora, mas sete anos é muito tempo. Duvido que ela vai querer ficar com o homem que a deixou sozinha com a mãe 

Soltando o seu pulso da mão do moreno, a rosada, não disse mais nada, bateu a porta do quarto com força. Pegou os seus dois nenéns pela mão e abandonou a casa que morou por sete anos. 

O moreno não correu atrás da sua quase ex esposa, deitou-se na cama e ficou fitando o teto, não estava no clima para mais nada. 

O anoitecer daquele dia nunca havia sido tão escuro em anos. 

 


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Notas finais do capítulo



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