Time for Us escrita por The Deserters
Notas iniciais do capítulo
Olá, pessoal.
Sobre aquele ditado de a vingança ser um prato que se come frio...
Semanas se passaram desde a promessa de vingança e Margaery admitia envergonhada que, nos primeiros dias, o simples toque do telefone acompanhado de um sorriso malicioso de Sansa eram suficientes para fazer seu sangue gelar. Apenas o pensamento de como enfrentar as provocações da ruiva travessa, enquanto escutava os disparates infames da grande matriarca da família Tyrell, eram o suficiente para deixar a morena em um estado constante de ansiedade.
Margaery não costumava sentir medo ou embaraço, nem se preocupar com as consequências de suas investidas, mas a motivação nos olhos da nortenha a fizera repensar suas ações e pedir piedade aos deuses. Sua avó nunca a deixaria em paz novamente se percebesse algo.
No entanto, com o decurso da primeira semana, as indiretas e os avisos implícitos de Sansa amenizavam e a tensão da morena se dissipava aos poucos. Depois de um mês, jurava que a ruiva esquecera da promessa, ou, ainda melhor, perdoara suas transgressões e tudo voltara à normalidade. Foi, então, que Margaery percebera o erro que havia cometido.
Era tarde. Já havia escurecido há algumas horas e a herdeira das rosas se dirigia apressada ao apartamento que partilhava com sua amada - haviam recentemente acordado em morar juntas, como se isto não estivesse acontecendo por meses. Guiara o carro à vaga correspondente e coletara as embalagens comportando o jantar das duas – e sobremesas, as doces tortas de limão que Sansa tanto amava -, seguira para o elevador e apertara o 12.
Com o zumbido e o vibrar em sua bolsa, Margaery recuperara o celular com certa destreza e saíra do elevador com o aparelho em mãos. Aceitara a ligação e fora recebida com a acusação severa de Olenna:
“Porque diabos seu irmão pensa que você precisaria urgentemente dos meus conselhos a uma hora dessas está além da minha compressão. Margaery, por favor me diga que Loras não anda usando os Prozacs da mãe de vocês...eu juro que este menino já é o suficientemente avoado...”
“Olá, querida avó”. Margaery respondera confusa, interrompendo a fala da mulher. Olenna tinha o costume de fazer observações impertinentes com um humor ácido – Margaery adorava os comentários quando não eram direcionados aos seus irmãos e à sua mãe. Procurava as chaves do apartamento na bolsa e retomara à conversa quando finalmente abrira a porta, regressando ao conforto de lar.
“Avó, não entendo o porquê de Loras a ter contatado, as coisas estão correndo perfeitamente bem no momento. Acho que ele teve um pequeno lapso, ele se preocupa demais comigo. Sinto muito que ele a tenha incomodado”, suspirara, retirando os saltos e largando a bolsa no sofá.
Sua avó respondera com um resmungo e seguiu dizendo: “Bobagens. Já que estamos aqui, que não seja uma conversa inócua...conte-me sobre seus planos e como a Universidade do palerma do meu filho vem tratando sua genialidade”
Margaery sorrira ao reconhecer o afeto nas palavras da mulher. De fato, Olenna era uma pessoa peculiar e ninguém poderia negar que destinava boa parte de sua atenção e cuidado à sua neta, sua favorita. Por alguns minutos, se perdera relatando os recentes acontecimentos para a sua avó. Riam dos absurdos dos alunos e das caretices de Tywin Lannister como chefe do departamento de ciências políticas.
No entanto, a sensação de que havia esquecido a perturbava por toda a conversa e, enquanto procurava por sinais de Sansa pelo apartamento - acompanhada das alfinetadas de sua avó sobre a arrogância e idiotice dos Lannisters -, Margaery se deparara com a visão que a fizera engasgar em seco ao telefone. A voz de Olenna entusiasmada ao crer que a neta se chocara com o humor negro da vez.
Os ouvidos da morena pareciam pulsar e o som da ligação se tornara incompreensível para ela.
À sua frente estava a visão mais magnífica de toda a sua vida e seu corpo parecia incapaz de registrar a reação apropriada.
Sansa Stark em toda a sua glória, usando um conjunto de lingerie rendada tão rubra quanto a cor de seus cabelos. O corpete era tortura e a morena não conseguira engolir o gemido ao percorrer os olhos pelo corpete que a ruiva usava, os fartos seios desta saltavam à visão da Tyrell e o ato de respirar se tornara absurdo.
“Margaery Tyrell, poderia jurar que minha neta não seria tão retraída a ponto de não ter palavras a uma pequena insinuação infame sobre a debilidade mental daqueles miseráveis...”
“Desculpa, avó. Prossiga”, respondera e sentira a conversa se perder no limbo.
Margaery acompanhava boquiaberta os movimentos da nortenha que caminhava elegantemente e vagarosamente em sua direção. O rebolado exagerado capturara a total atenção da morena, que devorava a ruiva com seus olhos e pensamentos impuros.
Sansa tocara-lhe o rosto e levara os lábios ao seu ouvido direito, sussurrando rouca: “Desligue e eu paro”. Então, as mãos dela percorreram a pele da morena, cravando as unhas no seu pescoço. O gemido ficara preso e amaldiçoado na garganta de Margaery que, agora, respondia incoerentemente à sua avó, enquanto Sansa atribuíra a função de suas mãos à boca e cobria o corpo da morena de leves marcas.
Os punhos da Tyrell se cerraram fortemente e os arrepios corriam por todo o corpo. Xingava e orava mentalmente a todos os deuses para que ouvissem sua prece desesperada e levassem sua avó a desligar primeiro.
Quando a boca de Sansa chegara no ponto dentre suas pernas por cima do tecido de sua calça de seda, a resistência da morena se despedaçara e o gemido escapara alto, os dedos enrolados no cabelo avermelhado de sua torturadora.
O silêncio do outro lado da linha era ensurdecedor e de repente viera uma gargalha estrondosa. Olenna Tyrell nunca deixaria a neta viver com dignidade novamente. Todavia, o embaraço parecia menor em contraste às sensações que Sansa invocara no momento.
“Enfim, entendemos o porquê das ações de Loras. Seria a primeira vez...Curta seus...apetites, devem ser infinitamente mais satisfatórios do que os desdéns de uma velha...”
A ligação morrera e Margaery gritara em frustração. O celular fora jogado com força na cama e a morena intensificara o aperto nos cabelos da ruiva.
“Eu te odeio, mas eu te amo tanto”
“Devo parar, então?”, rira Sansa, deslizando o tecido para fora das pernas da morena.
“Nem pense nisso”
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Espero que tenham gostado.
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