Time for Us escrita por The Deserters
Era um dia de domingo. Um caloroso e lento domingo, cujas horas se estendiam como se fossem infinitas. Poderia ter sido um domingo como qualquer outro, regado de uma preguiça descomunal e aquele tédio familiar e tão conhecido que antecipava a correria da semana. No entanto, aquele dia de calor que marcava o fim do precioso descanso dos pobres trabalhadores não teria nada de tedioso, talvez preguiçoso, mas, desta vez, se negava ao tédio habitual.
O motivo para tanto começava com o toque suave de dedos, percorrendo o corpo da mulher deitada no tapete da sala de um apartamento que geralmente não recebia visitas. A mulher descansava no peito de outra, os cabelos de ambas bagunçados em uma mistura de tons avermelhados e castanhos. As duas se perdiam no conjunto de suas respirações, cansadas das atividades anteriores.
O silêncio era, até certo ponto, confortável, mas o peso das emoções escondidas nos dois corpos se alastrava pelo cômodo. Os raios de sol entravam pela janela e instalaram-se no rosto da morena, que se contraíra em protesto, se aconchegando no espaço junto ao pescoço de sua companhia. O suspiro de alívio fora seguido de um sorriso ao perceber os arrepios que causara na outra mulher.
“Seria muito cedo para falar aquelas três palavras?”, perguntara a morena, beijando o pescoço de sua parceira sonolenta.
“Muito cedo neste dia ou em relação ao status do nosso relacionamento?”, retrucara a ruiva, com a voz embargada.
“Um pouco dos dois”, dissera a morena zombeteiramente, enquanto substituía o salpicar de beijos por leves mordidas. Os gemidos baixinhos de seu objeto de afeição inflavam seu ego e o sorriso se alargava. Soltara uma risadinha carinhosa em resposta.
“Então, minha resposta terá que ser não...”, a ruiva arfara ao sentir as mãos de sua parceira envolvendo sua cintura e viajando por seu torso. “...para ambas as hipóteses”, conseguira responder ofegante.
Não demorara muito e as mulheres se encontraram envoltas em um abraço sensual, seus corpos cada vez mais colados e a respiração entrecortada das duas fundida numa alternância de beijos sôfregos e ternos.
Era um domingo de calor, cujas horas pareciam intermináveis, mas Sansa e Margaery não pareciam se importar, pois passariam o resto do dia, revelando o quanto se amavam entre gritos desesperados e sussurros cansados.
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