Naruto - Final Alternativo escrita por João Renato


Capítulo 40
O Velho Homem


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma reinvenção minha da conversa original, modifiquei a história e a tornei mais completa.



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A voz vinha de um homem de pele cinza, olhos também cinzas, pequenos chifres nos cantos de sua testa e um olho vermelho no meio dela. Estava sentado no ar, sua barba era pontiaguda e se estendia até o meio de seu peito. Vestia uma túnica branca com símbolos semelhantes a um número nove em preto rodeando a gola.

Sasuke o indagou:
— Quem é você? Com que direito interrompe nossa luta?
— Eu sei como isso vai acabar. Ele iria refletir seu fogo com uma técnica de vento.
— Como sabe?
— Apenas sei.
Sasuke soltou os fios que prendiam Naruto, ambos se viraram e Naruto reforçou:
— Quem é você? Onde estamos?
— A questão verdadeiramente pertinente não é “quem” ou “onde”, mas sim “por quê”.
Sasuke irritou-se:
— Certo, certo. Por que estamos aqui?
— Para responder a essa pergunta terei de lhes contar uma história, pode acabar sendo longo. Este lugar é o plano espiritual, o mundo onírico. Aqui apenas a sua essência vêm, por esta razão Kurama não veio com Naruto.
Naruto, sem entender, falou:
— Como sabe meu nome? Quem é Kurama?
— Logo chegarei nessa parte. Já vi tantas vezes, sempre acabam numa luta, nunca se ajudam ao chegar aqui...

Vendo o semblante de dúvida nos ninjas, o velho homem, cujo rosto enrugado chamava tanta atenção quanto seu cajado preto na mão esquerda, começou a contar:
— No início do mundo, as pessoas não possuíam o que vocês chamam de chakra. Havia pessoas com maior aptidão física, e aqueles que após anos de meditação alcançavam misteriosas habilidades, nunca um humano conseguiu dominar ambos. Eram praticamente opostos. Este mundo dispunha de armas de disparo de projéteis, haviam abolido o uso de armamentos de corte, como os que os ninjas que vocês conhecem usam. Aquelas pessoas eram terrivelmente egoístas e entravam em guerra por quaisquer motivos. Num reino de paz, a filha do Rei Otsutsuki, Kaguya Otsutsuki amava a paz, assim como seu pai. Ela era jovem, tinha menos de vinte anos e todos no reino a amavam. Após muito tempo sentindo interesse, ela decidiu sair em busca de monges, para aprender a ser uma dominadora de seu interior, como eles. No mundo havia um grupo especial de monges, eles se denominavam “Os Guardiões da Árvore Divina”. Possuíam habilidades especiais e protegiam uma árvore gigantesca e milenar de toda e qualquer forma de vida que quisesse se aproximar. O líder dos monges se afeiçoou por aquela jovem pacífica e a adotou como membro honorário do grupo, ensinando a ela tudo sobre o uso da energia interior.

Naruto o interrompeu:
— O que isso tem a ver com a gente?
— Acalme-se, eu disse que seria longo.
Naruto então se sentou na água, permitindo ao homem prosseguir:
— Após décadas, a Princesa já conseguia entender os fundamentos da energia interior. Num certo dia, o líder dos monges, que já estava velho, avisou que seria seu último dia de vida, então convocou todos os monges para lhes dar uma última tarefa. Ele lhes contou que logo surgiria na Árvore Divina, um fruto e que esse fruto jamais poderia ser comido, pois se o fosse, aquele que o comece obteria poder para destruir o mundo. Como última tarefa, ele os ordenou a proteger a árvore, mesmo que lhes custasse a vida e como presente pelo tempo em que passaram juntos, lhes ensinou uma técnica de família: a habilidade de conjurar batalhas meramente mentais, sem danos ao corpo físico. Antes de morrer, ele lhes ensinou que deveriam usar tal habilidade para resolver desavenças mais severas. Com a morte do líder, os Treze Monges viveram por muitos anos sem grandes inimigos, todos em paz, exceto Kaguya. Kaguya observava uma guerra mundial, a terceira daquele mundo, que se aproximava de seu reino. Após muito ponderar, Kaguya tentou convencer os demais a comer do fruto e acabar com as guerras, mas eles negaram veementemente. Desesperada, Kaguya tentou tomar o fruto a força, mas foi detida e presa numa cela vigiada constantemente pelos monges.

O velho parou para pigarrear enquanto Sasuke se sentava ao lado de Naruto, rapidamente o assunto foi retomado:
— Com aquela atitude, Kaguya dividiu os monges em dois lados, um lado queria executá-la para evitar qualquer perigo e o outro lado acreditava que a manter presa já era o suficiente. Percebendo que quanto mais tempo passassem discutindo, mais tempo dariam a Kaguya para fugir, o lado executor propôs uma batalha mental entre eles, assim o lado com mais vitórias decidiria o que fazer democraticamente.
Sasuke murmurou:
— O que aconteceu depois é bem óbvio...
— Enquanto eles se enfrentavam, Kaguya fugiu da cela e comeu o fruto. O fruto lhe deu...

Sasuke o cortou:
— Uma imensa reserva de chakra, extremamente óbvio...
O velho enfureceu-se:
— Cale a boca moleque! Quem pensa que é para me interromper? Perdeu o respeito? Engula a sua prepotência e me ouça calado até o final! Quando for a hora de falarem eu permitirei! Entenderam?
Amedrontado por aquela voz cheia de poder, Sasuke calou-se, deixando a narração prosseguir:
— Retomando, o fruto deu a ela uma vitalidade ímpar e a capacidade de juntar a energia espiritual com a energia física, sendo assim, o fruto a permitiu gerar chakra. Nunca houve relato escrito de algo assim, uma após a outra ela criava técnicas geradoras de matéria, conseguia conjurar elementos, usar seus próprios ossos para atacar, se metamorfosear em cobra, dezenas e dezenas de possibilidades. Com aquele poder, Kaguya subjugou os monges, os prendendo. Retornou para a sua terra natal, destruindo no caminho todos os exércitos com os quais topou. Temendo-a, o mundo parou de guerrear e tempos de paz se instalaram. Kaguya, porém, adquiriu junto do fruto, uma fome insaciável por novas habilidades, fome essa que seu pai conseguia controlar. Como todo ser vivo, o pai dela padeceu e, após sua morte, Kaguya se descontrolou e começou a usar humanos como cobaia para a criação de técnicas, os ferindo e até os matando no processo. Ela passou a ser odiada pela humanidade, que a apelidou de Coelho Demoníaco. Após algum tempo nesse reinado de terror, um homem venceu Kaguya sem lutar, o homem era Buda.


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Notas finais do capítulo

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