P.O.V. Cléo.

Agora que o mundo sabe que somos sereias, somos famosas. Algumas das bruxas se revelaram, mas outras continuam nas sombras.

Vamos dar uma entrevista na televisão. No programa da Oprah.

—Vamos receber as representantes das primeiras famílias. As nossas sereias preferidas! Cléo Sertori, Fernanda Gilbert e Adriana Chadwick.

Nós entramos no palco. Acenamos para a multidão e fomos aplaudidas pela platéia.

—Então, meninas como foi que vocês ganharam esses poderes?

—Estávamos no lugar certo na hora certa. Os nossos poderes estão conectados com a lua. Eles vem da lua.

—Podem dar uma demonstração de seus poderes?

—Claro. Podemos pegar a sua caneca emprestada?

—Tudo bem.

—Pode colocá-la na mesa, por favor?

—Claro.

—Vai primeiro Cléo.

Eu fiz o café da caneca começar a subir. 

—Incrível!

—Vai Nanda.

Ela congelou o café.

—E?

—Vira a xícara de ponta cabeça.

Oprah obedeceu e ficou chocada.

—O café está congelado!

—Deixa eu esquentar ele pra você.

Então o café estava soltando fumaça outra vez.

—Impressionante. Mas, e a cauda?

—Só com água.

A Drica, sendo a Drica me molhou com um borrifador de água.

—Drica!

Depois de dez segundos eu estava no chão. E a multidão aplaudia.

—Sua chata!

Ela me secou e eu tinha pernas de novo.

—E quanto ás lendas de afogar os marinheiros?

—É verdade. Mas, não acontece mais, pelo menos não que a gente saiba.

—E vocês conseguem usar a voz para enfeitiçar alguém?

—Sim. É possível.

—Lembra quando você destrancou esse poder Cléo? Foi um pandemônio.

—Foi mesmo. Todos os meninos piraram em mim e depois pra reverter levou um mês.

—Pode demonstrar?

—É melhor não.

Após o intervalo ela chamou a Jean. A filha do Elijah.

—Jean Cullen Mikaelson. Muito prazer.

—Igualmente.

—Então, feitiços, poções, mágica. É tudo verdadeiro?

—É. Não servimos ao diabo se é o que quer saber. Ou comemos criancinhas, ou vendemos a alma. Isso foi tudo inventado. Bruxas não voam, mas fazemos feitiços, talismãs, amuletos.

—Você foi Miss Nova Orleans não foi?

—Fui.

—Soube que as moças disputam a coroa com unhas e dentes.

—Ainda bem que eu tenho presas então.

—Presas?

—Eu sou metade vampira.

Ela mostrou as presas.

—Uau! Uma híbrida. Eu posso... tocar nelas?

Jean retraiu as presas e disse:

—Não. Elas são muito afiadas. E eu não costumo me dar bem com sangue.

—Uma vampira que não se dá com sangue?

—Uma gota do seu sangue na minha boca e você seria um cadáver drenado. Você estaria estirada aqui agora, nesse chão morta.

—Bem, isso é...

—Verdade.

—Então mortos vivos existem?

—É claro. Vampiros, zumbis comedores de cérebros pode escolher.

—Zumbis?

—Existem o que gostam de sangue e cérebro frescos, mas os que eu conheço, comem bolsas de sangue e os cérebros dos recém mortos.

—Você já...

—Se eu já matei alguém? Não. Nem a minha mãe, mas o meu pai... ás vezes ele mata porque o cara pisou no calo dele. Tio Klaus costumava matar porque achava graça ou porque tava entediado. Ele fez um nome pra si mesmo. Klaus Mikaelson, assassino de homens, mulheres e filhotinhos.

Ela deu aquela cruzada de perna tipo, a daquele filme. E bebeu da garrafa vermelha.

—Isso é...

—Sangue. Sangue do Ethan.

—A vítima tem nome?

—Vítima? Oh, não olhem com esses olhinhos julgadores pra mim, o Ethan tem um tipo sanguíneo super raro, eu paguei pelo sangue dele. É como ir ao supermercado. Ele se voluntaria. Faz uma bela duma grana.

—Ethan sabe sobre os vampiros?

—É claro. Ele faz parte do nosso mundo. Ele é sobrenatural e a namorada dele também. Você nunca vai saber quem é sobrenatural ou não. Podemos ser qualquer um, seu vizinho, seu melhor amigo, até a sua mulher.

—E as estacas?

—É, mas ai depende da raça. Alguns explodem como bolsas de sangue ambulante, outros queimam e outros ainda vão rir da sua cara e provavelmente te matar.