Eles não sabem sobre nós escrita por Fernanda


Capítulo 8
Capítulo 8




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733848/chapter/8

Katherine levou a amiga assolada para a sua casa. Ao chegarem, a primeira coisa que Montserrat fez foi deitar na cama e chorar. Katherine estava muito triste pela sua amiga e muito angustiada por causa do segredo que guardava. Estava indecisa, não sabia se contava ou continuava sentindo aquela agonia.

— Montse, eu sinto muito. – Disse Katherine e em seguida pôs-se a chorar.

— O que aconteceu Kate? – Questionou ela preocupada e enxugando suas lágrimas.

— A culpa é minha. Tudo isso que está acontecendo com você, foi por minha causa. – Continuou com a voz embargada pelo choro.

— Mas do que é que você está falando? – Perguntou outra vez, confusa.

— Fui eu quem enviou o e-mail para Álvaro. – Confessou. Montserrat ficou boquiaberta com a revelação da amiga. – M.D ameaçou a minha mãe. Eu não podia deixar que a machucassem. Perdoe-me Montse. – Implorava a amiga.

— Como? – Ela estava assustada com toda aquela confusão.

— Foi por isso que não recebi uma boneca naquele dia. Caso você não cumprisse, eu teria que fazer isso no seu lugar. Eu não tinha outra opção, Montserrat. M.D ameaçou machucar a minha mãe. – Explicou enquanto tentava controlar o choro.

Montserrat encheu-se de ódio, não por Katherine, mas por M.D. Estava cansada de deixar que essa pessoa anônima controlasse sua vida.

— Vou denunciar M.D! Não me importa mais o que ela ou ele possa fazer. Já destruiu a minha vida, não me resta mais nada. Estou cansada de ser passiva! – Esbravejou ela.

— Montserrat, você sabe que não podemos fazer isso. Já tentamos uma vez e você sabe como terminou. – Alertou Katherine tensa.

— Eu não aguento mais, Katherine! – Disse Montserrat desesperada.

— Precisamos de um plano para descobrir quem é M.D, depois denunciamos à polícia. – Disse Katherine. -Vou ligar para Keena e Débora. -Espere ai. – Levantou-se e saiu do quarto.

Montserrat deitou na cama e ficou pensando em um plano para desmascarar M.D., que lhe enviou uma mensagem:

“Eu te avisei, minha querida. Não tente me tapear, sou invencível! Xoxo, M.D”

Essa mensagem serviu para deixá-la mais irritada e disposta a armar para seu ameaçador. Após alguns minutos, Katherine chegou com Keena e Débora, que abraçaram a amiga.

— Montse, Katherine nos contou o que aconteceu. – Disse Débora demonstrando estar preocupada. – Você está melhor?

— Quero matar M.D! – Montserrat disse zangada.

— Somos duas! – Disse Keena.

— Três! – Disse Débora.

— E quatro! – Completou Katherine. – Precisamos bolar um plano para desmascarar M.D!

— Antes, precisamos verificar se alguém está nos espiando. – Disse Keena fechando as cortinas.

Elas sentaram-se juntas na cama enquanto pensavam em uma boa estratégia contra M.D, quando um barulho vindo lá da sala as tira do foco.

— Diga-me que é sua mãe, Katherine. – Disse Keena assustada.

— Não é minha mãe! – Disse Katherine apavorada, após verificar pela janela que o carro de sua mãe não estava do lado de fora.

— Quietas! Vamos descer em silêncio. – Sussurrou Keena.

Em fila indiana, as meninas desceram as escadas lentamente. Katherine ia à frente, observando. As luzes estavam apagadas e o silêncio predominava. Mais tranquila, Katherine acendeu as luzes, porém teve uma surpresa: viu alguém todo coberto por roupas pretas, era M.D. Porém, não foi possível ver seu rosto por causa do capuz. Em um impulso, Keena gritou:

— Corram!

As garotas se separaram e correram pela casa. Katherine e Montserrat subiram as escadas e trancaram-se em quartos diferentes. Já Keena e Débora foram para o porão.

M.D. seguiu as meninas pela escada. Quando chegou ao segundo andar da casa, chutou a porta do quarto onde Montserrat estava até arrombá-la. Ela pegou um taco de beisebol para se defender e escondeu-se dentro do armário. A pessoa de capuz entrou no quarto e procurou por Montserrat, dirigindo-se até o armário lentamente. Quando o abriu, Montserrat, em um movimento ágil, acertou M.D com o taco e saiu correndo. Esse alguém se levantou e, sem perceber, deixou seu celular cair no chão e saiu atrás da moça.

Montserrat desceu as escadas velozmente, e seguiu em direção ao porão, que estava trancado. Ela bateu desesperadamente na porta e gritou:

— Abram, por favor! Sou eu, Montserrat! Rápido!

As amigas abriram rapidamente a porta e Montserrat entrou respirando aliviada. Elas estavam apavoradas. E só depois de algum tempo notaram a ausência de Katherine.

— Meu Deus! Onde está a Katherine? – Perguntou Débora assustada.

— A última vez que eu a vi, estava na escada fugindo de M.D. – Disse Montserrat assombrada.

— Vamos procurá-la! – Disse Keena, que em seguida tentou abrir a porta, mas estava trancada por fora. – Está trancada!

— Deve ter sido M.D! – Concluiu Débora.

— Será que há outra saída? – Questionou Keena.

De repente, alguém estava abrindo a porta. As garotas, temendo ser M.D, prepararam-se para atacar. Quando finalmente a porta se abriu, quem apareceu foi Katherine, tranquilizando-as.

— Acho que encontrei o celular de M.D. – Disse Katherine sorrindo, apresentando o celular às garotas.

— M.D já foi embora? – Perguntou Débora com medo.

— Eu ouvi quando ele ou sei lá o que seja, foi embora. – Disse Katherine. – Mas o importante é que estamos em vantagem contra M.D! – Ela continuou com um sorriso pretensioso nos lábios.

Elas subiram para o quarto de Katherine. Ao chegarem, sentaram-se na cama e combinaram o que iriam fazer.

— Estamos com o celular de M.D, ou seja, não tem como ela nos mandar mensagens por algum tempo. – Disse Keena.

— Com certeza, ela vai querê-lo de volta. – Afirmou Débora.

— Ok. Mas por que estamos nos referindo à M.D como “ela”? – Perguntou Montserrat. – Pode ser um homem também. Essa pessoa arrombou a porta do quarto.

— Bom, não sei ao certo. Algumas vezes M.D parece ser mulher outras vezes demonstra ser um homem. – Disse Keena confusa.

— Vamos chamar de “ela”. Ok? – Sugeriu Katherine.

— Certo! – Concordou Montserrat.

— Precisamos de um plano. – Disse Katherine.

— Bom, sabemos que uma hora ela sentirá falta do celular e vai procurá-lo. Talvez ela saiba que perdeu aqui. – Disse Keena.

— Ou talvez ela tenha deixado aqui de propósito. – Sugeriu Montserrat.

— M.D sabe como nos enlouquecer! – Afirmou Débora cansada.

— O que faremos? – Perguntou Katherine.

— Eu vou hackear o celular de M.D e descobrir o que tem nele, depois decidiremos o que... – Keena foi interrompida por um barulho vindo da sala.

— Será que M.D voltou para buscar o celular?- Perguntou Katherine assustada.

De repente, ouviram uma voz:

— Montserrat?

— Não é M.D. É só o chato do meu irmão. – Afirmou Débora saindo do quarto e indo até a sala, seguida pelas garotas.

— Oi Montserrat. Fui à casa de Álvaro, e Amélia me disse que você estava aqui. – Disse Caleb quando a viu.

— Oi Caleb. É uma longa história! – Disse Montserrat com desânimo.

— Podem namorar lá na outra sala, por favor. – Brincou Katherine.

Os dois seguiram para a sala de estar da casa de Katherine e sentaram-se no sofá. Caleb acariciando a pele de Montserrat perguntou:

— Você está bem?

— Não. Mas vou ficar. – Ela deu um pequeno sorriso. – Não estou mais morando na casa de Álvaro, Caleb.

— Por quê? O que aconteceu? – Ele perguntou espantado.

— Não quero falar sobre isso agora. – Ela disse com a cabeça abaixada.

— Tudo bem. – Disse compreensivo. - Que tal iniciarmos a operação esquecimento? – Ele sugeriu enquanto sorria.

— Operação o que? – Perguntou Montserrat enquanto ria.

Keena apareceu interrompendo a conversa. Ela estava pálida e disse:

— Ele veio te buscar, Montse.

Em seguida, Álvaro entra na sala furioso.

— Você vai voltar para casa comigo agora! – Ele gritou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eles não sabem sobre nós" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.