Ela pode nos ajudar apenas com esses olhos? escrita por Chaos


Capítulo 2
Capítulo I - Princesa




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Charlotte havia perdido sua consciência enquanto era transportada entre os mundos, e ao abrir seus olhos notou uma semelhança enorme entre Luyten e seu mundo de origem, exceto pela paisagem completamente devastada e destruída. Estava presa entre os galhos de uma árvore seca, seu tronco estava bastante danificado, indicando que a árvore não possuía vida alguma, exatamente como muitas outras que estavam no alcance de sua visão.

—Oh... Você finalmente acordou - Saudou uma voz suave, confortando os ouvidos da garota.

—Q-Quem é você!? - Retrucou, surpresa, porém sem se sentir ameaçada em nem se quer um instante. Ao virar-se para olhar na direção daquela voz, identificou uma figura com a aparência bem semelhante a dela, seu corpo era de um humano comum, um pouco mais alto que Charlotte e cabelos dourados que batiam na altura de seus ombros. Aquilo despertou uma curiosidade enorme, uma outra garota aqui?

—Permita-me apresentar-me, meu nome é Kouta e sou encarregado de sua guarda, senhorita Kouryuu.

—Você é um garoto!? - Retrucou espantada.

—Você prestou atenção no que eu disse!? E sou sim um garoto! - Respondeu um tanto irritado com a situação - E você é o que? Uma criança com essas roupas infantis!? Vamos, desça logo daí e vamos dar um jeito nas suas roupas.

A garota se ruborizou, um tanto quanto envergonhada por ter sido transportada ainda com suas roupas de dormir, tendo uma enorme estampa de urso na parte da frente de sua vestimenta. Sua vergonha a fez ficar inquieta, se remexendo para traz e quebrando os galhos da árvore, resultando em uma queda diretamente contra o solo. Felizmente a árvore estava tombada bem próxima ao chão, evitando assim qualquer tipo de ferimento. Kouta se aproximou e ofereceu uma de suas mãos para que a garota se apoiasse, sorrindo com a intenção de confortá-la enquanto ajudava-a.

—Esses olhos... É você mesma. Venha comigo.

—E-Espere! - Disse em um tom um tanto alto.

Kouta não parecia se importar com aquelas palavras e segurou firme o punho da garota com sua mão, puxando-a por alguns minutos até conseguir a vista de uma mansão abandonada entre as árvores secas e quase mortas naquele ambiente. As paredes estavam rachadas e o solo daquele local era bastante seco. Charlotte manteve-se atenta a todos estes detalhes, o que será que aconteceu aqui? A curiosidade poderia ser um de seus defeitos.

—Vamos, entre, lá dentro conversamos - Era possível notar a voz gentil se tornar cada vez mais séria.

A garota ainda perdida, resolveu entrar como dizia seu suposto guardião. Após sua entrada a porta foi trancada e ficaram a sós em uma grande e velha sala de estar.

—Agora que estamos sozinhos, daremos um jeito em suas roupas - Disse em meio a um riso sarcástico. Sacou de sua manga o cabo de uma katana e o aponto para baixo, sussurrando algumas palavras e após isso uma lâmina curta cresceu daquele cabo - Está preparada, prin-ce-sa?

Era possível notar um tom sarcástico em sua voz, ao mesmo tempo um olhar ameaçador. Charlotte foi recuando aos poucos, trêmula, enquanto observava o que dizia ser seu guardião se tornando o seu assassino.

—E-Esp - Foi interrompida antes que pudesse terminar suas palavras.

—Aqui vou eu! - Gritou o garoto e avançou em um piscar de olhos contra Charlotte, sua velocidade era imprecionante.

Charlotte, como em um instinto de sobrevivência se abaixou, protegendo a cabeça com as mãos. Mas não era bem isso que havia acontecido, aqueles olhos amarelados brilhavam ao acompanhar o movimento da lâmina, revelando que o ataque viria apenas na direção de sua cabeça. Assustada ainda, olhou para cima novamente e viu o garoto a sorrir com a katana presa naquela parede que estava caindo aos pedaços. Lançou um olhar ameaçador mas logo gargalhou naquela situação.

—Desculpe princesa, eu precisava de mais uma prova de que você era quem estávamos esperando - Voltou a dizer com aquela voz gentil do inicio e mais uma vez ofereceu a mão para levantá-la. Apontou para a estante onde tinha guardado algumas roupas. - Vá se trocar enquanto eu termino minha apresentação, e não se preocupe, basta ordenar que eu não a observe que se tornará impossível que eu contrarie sua ordem.

—Tudo bem... Então me olhe, tá bem? - Não confiou muito nas palavras de Kouta, ainda estava um pouco trêmula, mas que escolha teria naquela situação? Ceder facilmente pode ser outro de seus defeitos.

—Vou resumir pois estamos ficando sem tempo. Sou Kouta, designado a proteger a escolhida de Kouryuu. Pode me chamar de Cão, sou um dos seus generais, o General de Cão, há outros generais mas não vieram lhe saudar pois estão um pouco... Ocupados. Diferente deles, minha força vem da lealdade, então dependo muito de você pra ficar mais forte. Agora você deve estar pensando sobre onde estamos e o que aconteceu aqui. Bem... Estamos exatamente no centro de Luyten, ou pelo menos o que restou dele após a guerra que definiu a posse dos quadrantes. Nossa principal missão é restaurar o equilíbrio entre os quadrantes novamente, porém não podemos fazer nada com seu estado atual. Não se preocupe, irei lhe proteger, Princesa.

—Princesa..?

—Sim, você é agora a princesa Kouryuu, que irá unificar e governar Luyten.


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Notas finais do capítulo

Caro leitor, se você estiver lendo até aqui gostaria de agradecê-lo, e adoraria receber um feedback sobre a história. Está sendo uma terapia excelente pra mim escrevê-la. Espero que tenham curtido a até o próximo capítulo. ~



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