Ela pode nos ajudar apenas com esses olhos? escrita por Chaos


Capítulo 1
Prólogo - Kouryuu? Luyten?




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O céu e a terra foram divididos em quatro quadrantes, cada um representando um ponto cardeal, um elemento, uma cor, uma estação, entre outros... Com o objetivo de preservar essa ordem, uma criatura celestial foi designada pra tomar conta de cada um desses quadrantes.

No Norte, Genbu, a Tartaruga Negra, com o elemento Água. No Oeste, Byakko, o Tigre Branco, com o elemento Metal. No Sul, Suzaku, o Pássaro Vermelho, com o elemento Fogo. E no Leste, Seiryuu, o Dragão Azul, com o elemento Madeira.

Criaturas que ficaram conhecidas como Deuses Celestiais, com a missão de manter o equilíbrio natural, mas ao contrário do que se conta em suas histórias, não se davam bem um com o outro. Suzaku e Genbu eram gananciosos, queriam sempre mais, colocando suas ambições como prioridade.

Kouryuu então surgiu, um dragão de aparência semelhante à de Seiryuu, com sua cor amarelada, era a criatura mais forte de Luyten, sendo capaz de se opor aos Deuses. Em pouco tempo se apossou do centro, com o objetivo de evitar que os Deuses entrassem em conflito. Kouryuu não esperava que fosse solucionar o problema, e por ter tomado um pouco do quadrante de cada um dos Deuses despertou a fúria dos mesmos. Lutou bravamente pra defender a ordem e o equilíbrio, porém foi derrotado, e como último recurso usou toda sua energia pra que conseguisse selar os Deuses em pequenos cristais, que caíram sobre a terra, exatamente no centro de cada um dos quadrantes e logo depois caiu, no centro de tudo, e desapareceu.

Com os Deuses Celestiais fora de ação, pequenas criaturas e Deuses com menos energia começaram a disputar os quadrantes entre si, fazendo aquele mundo se tornar um lugar caótico e cheio de disputas sangrentas...

Charlotte, uma garota com longos fios de cabelo loiros e encaracolados que aparentava ter por volta de seus dezessete anos, estava em seu quarto naquele dia, como sempre esteve todos os dias daquele ano. Vinha de uma família nobre, portanto quase não saia de seu castelo, estava entediada e odiava aquele lugar. Levantou-se de sua cama e dirigiu-se até a estante, de onde retirou um livro velho que estava em sua família fazem anos e ninguém nunca conseguira ler, uma linguagem totalmente desconhecida.

Ao abrir o livro novamente, curiosa pois já tentara lê-lo em outras oportunidades, ouviu um rugido ensurdecedor sair de uma de suas páginas. Assustada, atirou o livro no chão ainda aberto e ficou a observá-lo.

— Você... A escolhida...

Uma voz grave ecoava dentro da cabeça da garota, e suas palavras que não conseguia entender começavam a fazer sentido.

Todo o quarto escureceu, era como se ela estivesse flutuando no espaço. Não conseguia sentir seus pés tocarem o chão e seus móveis pareciam ter desaparecido. Em sua frente um pequeno dragão amarelo apareceu, ficando menor a medida que usava sua energia pra se comunicar e se aproximar.

— Você precisa salvar Luyten...

Com o resto de suas energias o pequeno dragão tocou a testa da garota, desaparecendo. Naquele momento os olhos da mesma começaram a perder seu tom azulado e rapidamente foi amarelecendo, até se tornarem completamente amarelos. Então, do mesmo modo que seu quarto tinha desaparecido, reapareceu, conseguindo sentir novamente seus pés tocarem o chão, dando-lhe aquela sensação de segurança que lhe faltou alguns segundos atrás. Recolheu o livro do chão e sentou-se sobre sua cama.

— Acho que não dormi muito bem hoje... - Murmurou.

Ao folear o livro, novamente se espantou. Aquela linguagem que antes era desconhecida havia passado a fazer sentido, as palavras se desembaralhavam e a mesma conseguia ler. Nesse livro continha toda a história de Kouryuu, escrito em linguagem draconica. Sua penúltima obra em vida, sendo a última o sacrifício pela escolhida. O livro terminava com um pedido de ajuda, Luyten, o mundo do qual pertencia aquela história estava em um estado totalmente caótico.

— O escolhido poderá ser levado até Luyten através desse mesmo livro, basta... Bater com o livro aberto na própria cabeça!? Eu não posso perder uma chance dessas de escapar da minha vida monótona... Mas se for uma pegadinha alguém vai pagar por isso. - Riu baixo enquanto conversava com si mesma.

Sem demora, a mesma abriu o livro sobre a própria cabeça e segurando cada lado com uma das mãos, puxou o mesmo pra baixo com bastante força e desapareceu de seu quarto, não deixando nem mesmo um vestígio de sua existência naquele mundo.


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