A Batalha Final escrita por Paula Mello


Capítulo 8
A Viagem de Gregor




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O trabalho continuava beirando o insuportável com Letizia presente, ela era extremamente incompetente para a função e não fazia questão de aprender, culpava todos os seus erros na pobre Julie e seu pai não fazia nada para pará-la.

— Eu não sei se vou aguentar ficar aqui, Hydra – Disse Julie enquanto as duas caminhavam para o escritório depois do almoço.

— Calma, precisamos de você aqui, mais dois dias e bem, nosso amigo vai viajar – Disse Hydra olhando sempre para os lados para ver se alguém estava escutando.

— Mas eu queria ir com ele... – Disse Julie triste.

— Não dá, Julie, isso ia levantar muita suspeita, você sabe que já começaram a cadastrar os nascidos trouxas? Já ouvi falar que vão começar a chamar eles para audiências em breve e eu nem imagino o que vão fazer com os que não se cadastrarem, pensa que você vai estar fazendo um bem para ele.

Julie e Hydra chegaram na sala, aonde Letizia agora reclamava com um bruxo que ele deveria aprender a falar inglês se planejava morar aqui, Hydra tentou intervir, mas o bruxo saiu xingando (em polonês) dizendo que iria falar com o supervisor dela.

— Grandes coisas! – Disse Letizia balançando os ombros.

— Aquele era Amadeus Adamczak, ele é um comerciante bruxo Polonês muito importante e você acabou de mandar ele ir embora dizendo que deveria aprender inglês? Você pelo menos leu a ficha dele? Ele não quer morar aqui, ele só veio pegar a renovação de visto semipermanente dele! – Gritou Hydra com fúria para Letizia.

— Quem você acha que é? Minha chefe? – Disse Letizia levantando para encará-la.

— Não, mas eu sou! – Hydra se virou e viu Conrado parado na porta do escritório – E você acabou de quase comprometer um acordo de comércio Bruxo de muitos galeões! – Conrado parecia ainda mais furioso que Hydra – A Senhora Macmillan aqui tem razão.

— Mas papai, ela não tem direito...

— Venha comigo agora Letizia, AGORA! – Gritou Conrado.

Letizia parecia mais contrariada e raivosa do que nunca, Hydra e Julie não aguentaram conter os sorrisos, mesmo disfarçados.

Hydra eventualmente recebeu uma pequena advertência por gritar com uma colega de trabalho, mas não ligava, aquele grito foi um alívio que veio do fundo de sua alma, não aguentava mais as trapalhadas propositais de Letizia e a falta de humildade dela de pedir ajuda ou admitir erro, ela podia pelo menos tentar, Hydra provavelmente ia tentar ajudar se ela tentasse querer aprender ou trabalhar. Esse era um dos primeiros erros de Letizia que ela de fato não pode culpar Julie (que já tinha mais de 10 advertências nesse ponto, todas por causa de Letizia).

No dia anterior ao do grande plano, todos se reuniram na casa de Julie.

— Eu estou indo hoje, 10 da noite em um desses aviões trouxas para a Dinamarca – Disse Ian – Eu vou usar confundus nos trouxas do aeroporto se precisar e eu encantei uma identidade trouxa também – Disse ele mostrando um documento de identidade que dizia Brandon Maccoy ao invés de Ian Kozlov – E eu trouxa uma veste minha para você usar amanhã, Gregor, também uma ficha e minhas identificações – Ele entregou tudo para Gregor que agradeceu tremendo.

— Você lembra do plano, Gregor? – Perguntou Hydra.

— Sim, eu vou chegar amanhã às 10 e vou direto para a sala de chave de portal que sai às 10:15, chegando no Ministério da Dinamarca, eu digo que preciso sair antes do evento, eles não costumam questionar saídas, então eu encontro às 10:35 com Ian no hotel e trocamos de lugar, eu trouxe minha mala para você levar – Disse Gregor entregando uma maleta para Ian.

— Isso, e o congresso dura 2 dias, mas eu descobri que só precisarei ficar algumas horas, eu volto de tarde para o Ministério normalmente – Completou Ian.

— É mais simples do que pensamos então –Disse Peter.

— Sim, depois que descobrimos que o Ministério da Dinamarca deixa os visitantes de outros Ministério saírem sem fazerem muitas perguntas, ficou mais fácil – Disse Hydra.

— Eu estou nervosa, não é nada tão simples assim e se descobrirem a gente? E se descobrirem o Gregor? – Perguntou Julie quase chorando.

— Julie, não, o plano é bom e eu prometo, assim que eu puder mandar notícias de alguma forma, eu prometo que mando – Disse Gregor segurando em seu queixo.

— E o que vai acontecer quando te marcarem no registro de nascidos trouxas? – Perguntou Julie.

— Ele provavelmente vai ser perseguido, marcado como desaparecido, provavelmente vão caçá-lo, mas ducido que fora do país façam, dificilmente algum outro Ministério vai apoiar essa loucura – Disse Peter.

— Não mesmo, acho que você estará seguro na Suécia, meu caro, meu amigo irá lhe encontrar depois de amanhã no hotel na Dinamarca e vocês dois irão juntos para a Suécia, ele já arrumou tudo – Disse Gustav.

— Como? – Perguntou Hydra.

— Transporte trouxa, também encantamos alguns documentos para o Gregor – Disse Gustav entregando os documentos para Gregor – Lá eles não estarão vigiando as saídas do país como aqui.

— Ok, está tudo combinado então, amanhã é o grande dia – Disse Hydra nervosamente, andando de um lado para o outro da sala – Aqui está a poção, tome um pouco antes de chegar no Ministério, ela não dura tanto tempo assim, tem um refil aqui caso você precise de mais tempo – Disse Hydra entregando dois frascos para Gregor e o abraçando - É melhor irmos, Peter, eles estão me vigiando, não é bom que eu fique por aqui muito tempo.

— Vamos então? – Disse Peter.

Hydra se despediu de Gregor com um grande abraço e desejou sucesso e calma para ele e para Julie.

— Você acha mesmo que vai dar certo? – Perguntou Hydra para Peter quando chegaram em casa.

— Acho, eu acho que tem tudo para dar certo, claro que tem suas complicações, mas temos que pensar o melhor, Hydra, não temos? – Perguntou Peter.

— Sim, nesses tempos, acho que é só isso que nos sustenta mesmo - A Ordem, nós não vamos contar para eles o que estamos fazendo? – Perguntou Hydra.

— Acho melhor não, Hydra, eles achariam muito arriscado, não sei se todos gostariam, melhor ser algo só nosso – Disse Peter a abraçando antes de dormir.

A noite foi difícil de ser dormida, Hydra ficava tendo sonhos de Gregor e eles sendo pegos e mandados para Azkaban, por mais que odiasse, na verdade, jamais fosse admitir por completo, Hydra sentia medo disso.

No dia seguinte, Julie e Hydra sentavam duras na cadeira durante o dia inteiro, mal conseguiam trabalhar.

— Qual é o problema com vocês duas? – Perguntou Letizia vendo a expressão que as duas tinham no rosto.

— Nada – Respondeu Julie, voltando a escrever no pergaminho, ela agora só fazia trabalhos burocráticos.

— Coisas minhas de grávida... – Respondeu Hydra.

— Ok... – Disse Letizia não parecendo acreditar muito, mas parecendo concentrada demais em seu mundinho para se importar.

A manhã passou arrastada, Hydra e Julie esperavam Ian voltar de tarde com mais nervosismo do que nunca.

— Me desculpe, não entendi a pergunta – Disse uma mulher da Romênia que pedia visto de entrada permanente no país que Hydra entrevistava.

— Desculpe, é qual seu status sanguíneo e as provas dele? Eu peço desculpas por essa pergunta, mas é a política do novo Ministro – Disse Hydra respirando fundo.

— Sem problemas, sou meio-sangue, minha mãe e pai são bruxos, mas minha avó não, trouxe aqui os documentos – Disse a Senhora loura de olhos muito castanhos.

— Ok, obrigada... IAN – Disse Hydra vendo o amigo entrando na sala, a senhora olhou espantada.

— Sim, oi Hydra! – Respondeu ele se sentando normalmente, Julie não conseguia tirar os olhos dele, mas não falou nada.

— Desculpe, eu não estou muito bem hoje – Disse Hydra para a Senhora.

— Tudo bem filha, tive sete filhos, sei bem como esses últimos meses de gravidez são... – Disse ela olhando para sua barriga.

Depois de responder todas as perguntas e ir embora, Hydra finalmente ficou sozinha na sala com Julie, Ian e Letizia.

— Então, Ian, como foi o evento da Dinamarca? – Perguntou Hydra tentando parecer o mais casual possível.

— Bom, deu tudo certo – Disse Ian dando leve sorriso que Letizia nem reparou, até Julie começar a chorar de emoção.

— Qual é o problema com você hoje? – Perguntou Letizia para Julie.

— Nada, eu só estou sensível – Respondeu Julie tentando conter o choro.

— Aquela época do mês – Acrescentou Hydra e Letizia fez uma cara de quem compreendia.

Hydra sabia que as duas não estavam disfarçando muito bem o que estavam fazendo, mas para sorte das duas, Letizia era desinteressada demais com as coisas ao seu redor para perceber, se fosse uma pessoa mais esperta aos detalhes, poderia ser que notas se que algo seriamente errado estava acontecendo.

Ian, Julie e Hydra conversaram em um bar trouxa (depois de trocar em de roupa) em uma rua perto do Ministério depois do trabalho.

— Deu tudo certo, Gregor me encontrou no hotel no horário marcado, apesar de ser estranho me encontrar na porta – Disse Ian rindo – Depois trocamos de lugar e participei de tudo – Julie tentava conter as lágrimas de emoção.

— E não pediram para ele fala dinamarquês quando ele chegou lá no Ministério?

— Sim, mas eu andei treinando ele em algumas frases que ele precisaria falar, foi fácil, Gregor já sabia falar alemão, não teve muito problema com o Dinamarquês – Disse Ian.

— Então ele está seguro agora? – Perguntou Julie.

— Está e mandou essa carta para você – Disse Ian entregando uma carta para Julie – É mágica, só você consegue ler o que está escrito e depois que acabar ela vai queimar sozinha, então leia quando chegar em casa.

Julie chorava emocionada e agradecia a Ian pela carta.

— Cuidado com ela, Julie, precisamos ser muito cuidadosos agora – Sugeriu Hydra.

Em casa, ela contou para Peter tudo sobre o sucesso de seu plano.

— Isso é maravilhoso, amor!

— Eu sei e eu fiquei pensando, nós podemos fazer mais disso – Disse Hydra, andando de um lado para o outro da cozinha.

— Como? – Perguntou Peter que preparava o jantar.

— Fazendo mais viagens dessas eu vi que o Ian tem algumas marcadas, podemos ajudar, não dá para ser muita gente de uma vez só, ou mesmo em um período curto, mas se ajudarmos alguém, por que não? – Perguntou Hydra animada.

— Meu amigo Ully, ele já recebeu a intimição para se registrar e está apavorado, será que? – Peter fez uma pausa para pensar...

— Não tem problema Peter, você não entende, é a primeira vez que eu me sinto útil em meses, nós podemos fazer isso!

— Tem que conversar com os outros...

— Eu vou, amanhã, vou convocar uma reunião para amanhã, na casa do Gustav ou do Ian talvez, não aqui porque é um lugar vigiado, mas.

Hydra se sentiu tão animada, que até cantara com o rádio enquanto ajudava Peter no jantar.

— Eu tinha esquecido como sua voz é linda, que nem todo seu resto... – Disse Peter sorrindo – Tanto tempo que você não canta,..

— É esperança na guerra, quanto tempo que eu não tenho uma?

Inspirada na ideia do galeão falso da Armada Dumbledore, Hydra tinha dado um galã falso para cada membro da anti-comissão na semana anterior e agora escrevia um recado nela, pedindo uma reunião no dia seguinte, a diferença dessa moeda para as da armada, é que Hydra achou um jeito de todos poderem responder os recados, então Ian respondeu dizendo que poderia ser na casa dele, depois do trabalho.

— Eu vou estar no trabalho, Hydra, últimos dias de plantão de estagiário – Disse Peter sorrindo com seu doce sorriso que Hydra sempre achara hipnotizante.

— Tudo bem, eu te conto tudo, só me passa todas as informações sobre o Ully que puder.

No dia seguinte, Hydra conheceu o charmoso apartamento de Ian, ficava no centro de Londres, era todo em cores pastéis e tinha uma espaçosa sala com sofás e poltronas e muitos porta-retratos, principalmente em cima da lareira. Alex, o marido de Ian, era a pessoa mais doce que Hydra conhecera, era um bruxo louro de olhos castanhos, alto, simpático, bem arrumado e com um forte sotaque irlandês, agora oferecia biscoitos para o grupo e um especial para Hydra.

— Minhas irmãs todas já ficaram grávidas e eu cuidei de todas, esses biscoitinhos faziam elas se sentirem melhor dos desconforos do último trimestre, acredite – Disse Alex sorridente.

— Obrigada, são uma delícia – Disse Hydra experimentando um e realmente parecia que uma sensação de alívio desceu pelo seu corpo, até sua barriga parecia não tão mais pesada.

— Eu te passo a receita e te dou alguns para a viagem, é magia de família, mas Ian disse que você é maravilhosa em poções, então acho que vai tirar de letra.

Logo depois, Juliane e Gustav chegaram (Juliane trazia em um carrinho de bebê sua filha), Alex se ofereceu para cuidar dela enquanto o grupo conversava.

— Queria poder ajudar mais – Disse ele- Mas infelizmente eu gerencio uma loja de caldeirões no Beco Diagonal, não tem muito o que eu possa fazer – Disse ele desanimado balançando a bebezinha no seu colo.

— Como está a loja? Sobrevivendo aos novos tempos do beco diagonal? – Perguntou Juliane.

— Sim, mas não muito bem, infelizmente, somos nós e mais meia dúzia de lojas agora, está bem difícil – Disse ele olhando para Ian que concordou coma cabeça – Cheguei a fechar por um tempo, mas decidi que bem, não ia adiantar nada ficar correndo em casa, mal de alunos da Grifinória, eles dizem, sempre correndo para a batalha – Ele disse rindo.

— Grifinória? É uma das casas de vocês, certo? – Perguntou Juliane que estava sentada ao lado de Hydra comendo biscoitos – Eu sou da serpente-chifruda da Ilvermorny.

— Sim, é a minha casa, do Alex e da Hydra tamém – Explicou Ian.

— Eu sou da Lufa-lufa – Disse Julie, que estava com um humor maravilhoso, seja o que tivesse naquela carta que ela recebeu, a deixou muito feliz – E o Gregor também.

— Peter é da Corvinal e minha família da Sonserina – Completou Hydra.

— Sonserina, ouvi falar dessa casa – Disse Juliane.

— Não muito bem, aposto – Disse Ian.

— Mas nem todos são maus lá, meu cunhado é da Sonserina e ele é uma das melhores e mais corajosas pessoas que eu conheço – Completou rapidamente Hydra.

— Sim, mas a maioria, se não todos os comensais são de lá – Disse Ian.

— A maioria, meus amigos conhecem um que é da Grifinória e sinceramente é um dos piores... E mais medrosos também! – Disse Hydra se referindo as histórias que ouviu sobre Peter Pettigrew, amigo de escola de Sirius, Lupin e o pai de Harry, Tiago que os traiu e ajudou Voldemort a voltar para forma humana durante o torneio Tribuxo, além de ter matado o pobre Cedrico Diggory.

— Bem, Hydra, está na hora de nos contar porque convocou essa reunião – Disse Ian.

— Bem, eu acho que o nosso plano deu certo, tão certo que eu quero continuar, eu quero enviar outros nascidos trouxas para fora do país e já tenho um candidato – Disse ela animada.

— Hydra, não sei se vai funcionar de novo...

— E por que não iria, Ian? Nós vamos ter cuidado, vamos usar dias separados, outros Ministérios além da Dinamarca se for preciso, qualquer coisa, mas podemos ajudar mais gente, salvar mais gente!

Todos ficaram calados ouvindo o que Hydra falava.

— Eu tenho uma viagem para Romênia marcada... eles falam em Inglês e eu acho que poderia dar certo... – Disse Ian meio incerto.

— Quando? – Perguntou Hydra.

— Em uma semana, é uma das únicas que eu tenho marcada para de manhã, se fosse Gregor ele conseguiria trabalhar como eu durante a manhã, mas uma pessoa estranha não daria certo, você sabe o que esse candidato faz? – Perguntou Hydra.

— Não, quer dizer, eu acho que ele era Obliviador até bem... até tudo acontecer – Disse Hydra.

— Então ele já conhece o Ministério, isso é bom! – Disse Ian.

— Eu também tenho uma pessoa – Disse Julie timidamente.

— Quem? – Perguntaram todos.

— Dany Danzel, ela é baterista, é de uma banda bruxa pouco conhecida, é minha melhor amiga... – Disse Julie.

— Bem, podemos trabalhar um de cada vez, o que acham? – Perguntou Ian.

— Eu posso enviar esse próximo para os Estados Unidos com a família da Elizabeth – Disse Gustav.

— Sim, envie os dois se precisar – Disse Juliane sorridente – Um deles pode ir para o Canadá, ou os dois se preferirem, minha tia mora lá.

— Ótimo! Isso seria maravilhoso, eles poderiam ficar livres por lá provavelmente - Disse Hydra.

— Ok, mas por enquanto vamos combinar só com esse, conforme for dando certo, vamos levando mais gente, ok? – Disse Ian.

— Sim, claro! – Hydra se sentia tão feliz que não conseguia nem se controlar, até Libra parecia feliz dentro dela.

— Ok, então eu vou precisar me encontrar com esse Ully, preparar ele para semana que vem, depois com a sua amiga, ok Julie? – Disse Ian.

— Você está sendo muito corajoso, Ian! – Disse Juliane.

— Obrigada, mas se eu puder ajudar alguém a ser salvo desses malditos, eu i quero fazer o que for necessário – Disse ele olhando para Alex.

Peter entrou em contato com Ully, que aceitou ser treinado por Ian, Hydra tentou convencer seu tio Teddy de fazer a mesma viagem, mas infelizmente ele continuava não aceitando, então eles trabalharam durante toda a semana para a viagem de Ully.

— Tem poção o suficiente? – Perguntou Peter em uma noite enquanto Hydra trabalhava em seu laboratório.

— Sim, mais do que o suficiente, como está Ully?

— Bem, ele diz que vai encontrar Ian na Polônia amanhã e de lá deve partir direto para o Canadá, está bem agradecido, eu também estou, Hydra – Disse Peter a abraçando.

— Eu só queria que o tio Teddy aceitasse ir também, mas ele é teimoso.

— Se ele fosse seu tio de sangue, diria que é de família – Brincou Peter.

No dia seguinte, Hydra e Julie aguardaram ansiosamente pela chegada de Ian, mas não estavam mais tão nervosas quanto no dia da viagem de Gregor.

— Boa-tarde, meninas – Disse Ian, chegando sorridente na sala, Hydra e Julie retribuiram o sorriso com alivio, Letizia como sempre, estava desligada de tudo que acontecia.

A próxima viagem aconteceria em mais duas semanas, a primeira de setembro, a bruxa chamada Emilia Jane já estava sendo treinada por Ian, de novo, iriam para Dinamarca.

— Os parentes da Juliane mandaram uma coruja para ela dizendo que o primo Jones estava em casa – Disse Hydra para Peter.

— Isso significa?

— Que Ully está bem, está no Canadá!

Peter abraçou e agradeceu Hydra.

— A próxima viagem está marcada para daqui duas semanas, um dia depois da sua formatura – Disse Hydra sorrindo.

— Nem me lembra disso, eu não acredito que vou ser um curandeiro formado, finalmente! – Disse Peter, sentando no sofá.

— Eu amanhã vou até a loja dos meninos, estou com saudades deles – Disse Hydra se juntando a eles.

— Ok, não esqueça que sua tia Andrômeda vai vir aqui com Tonks e Lupin amanhã de noite.

— Pode deixar – Disse Hydra sorrindo.

A loja dos gêmeos estava mais prospera do que nunca, com o fim das férias escolares chegando, alunos de Hogwarts, mesmo com tudo que acontecia, se aglomeravam nos corredores, assim como no ano anterior.

— Posso ajudá-la, madame? – Disse uma funcionária com o uniforme da loja.

— Sim, eu...

— Ela é nossa irmã, Mayra, pode deixar ela com a gente – Disse Jorge vindo em direção a ela e a abraçando.

— A sim, me desculpe, eu não sabia... – Disse a bruxa sem graça.

— Não se preocupe! – AfIrmou Hydra.

— Eu vou ajudar os clientes então, um prazer em conhecê-la – Disse a jovem bruxa sumindo na direção.

— Ela é bonita – Disse Hydra para Jorge.

— Sim, mas não, não mexemos com as funcionárias, somos profissionais – Disse ele sorrindo.

— Ei Palerma – Disse Fred também a abraçando – Ei Palerminha – Ele disse para barriga de Hydra – Quando ela deve nascer afinal?

— Mês que vem, se Deus quiser, porque eu não aguento mais andar por aí grávida.

Hydra ficou um tempo olhando para os jovens que enchiam a loja, Fred e Jorge tiveram que sair por alguns momentos para ajudar as funcionárias, tinham alunos de várias idades, alguns reconheceram Hydra, uma aluna da Grifinória do ano de Harry.

— Uau, você é a grávida mais bonita que eu já vi na vida! – Disse a menina de cabelos castanhos.

— Obrigada.

— É sério, você continua tão magra, só a barriga mesmo, para quando é?

— Mês que vem – Disse Hydra.

— Bem, parabéns – A menina se afastou para continuar as compras com os amigos.

Não tinha como mentir, Hydra se sentiu extremamente bem com o elogio, sua vaidade ainda continuava ali, talvez fosse um defeito, pensava ela às vezes, mas é um defeito que ela não conseguia não ter.

— Muito bem Palerma, desculpe a confusão, está uma loucura hoje – Disse Fred, se aproximando dela, que estava sentada em um dos bancos perto da sessão de fogos de artifício.

— Eu não me importo, é bom estar em volta dessa alegria toda ao invés daquela tristeza do Ministério.

— Venha para cá, trabalhe com a gente, a loja é sua também.

— Não dá, eu as vezes bem que queria...

— A oferta vai estar sempre de pé.

— Que casal bonito! – Disse uma Senhora bruxa que passava por eles – E vão ter um bebê, que encantador!

— Sim, 100% meu – Disse Fred piscando para a mulher enquanto Hydra segurava a risada.

— 100% seu? Peter vai amar saber disso – Disse ela rindo mais alto agora.

— O que é 100% dele? – Disse Jorge sentando ao lado dos dois.

Enquanto Hydra explicava a brincadeira, a bruxa passou de novo, agora olhando para os três.

— Ta bom, talvez 50% meu – Disse Fred para ela, a bruxa fez uma cara de escandalizada e saiu. Os três riram tanto que as costelas de Hydra doiam.

— Obrigada por vocês existirem, é sério! – Disse ela ainda rindo.

Ela passou o resto do dia ajudando os gêmeos na loja, era um trabalho muito mais divertido do que qualquer um que Hydra tivesse no Ministério, realmente a fez considerar por alguns momentos largar tudo para ficar com eles na loja, certamente seria ótimo estar com eles todos os dias.

— Fica para jantar com a gente? – Perguntou Jorge enquanto fechavam a loja – Fred fez uma comida meio que decente hoje.

— Não dá, preciso ir para casa, minha tia Andrômeda e a Tonks devem estar me esperando.

— Uma pena, ficou decente mesmo... – Disse Fred rindo.


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