A Batalha Final escrita por Paula Mello


Capítulo 18
O Sequestro de Hydra




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Durante toda semana, Hydra só falava de sua nova chefe e de como ela era incrível, isso enquanto não estava estudando árabe, o primeiro idioma dos que Akynyi pediu para ela aprender ou cuidando de Libra.

— Eu sinceramente preciso conhecer essa mulher, ela está claramente competindo pelo meu amor com você – Disse Peter brincando em uma das tardes que ele estava em casa.

— Não mesmo! É só que a Akynyi é uma das poucas pessoas lá dentro que não se curvaram ao novo regime – Disse o sr. Weasley que estava com a esposa visitando Hydra – Apesar de não falar nada abertamente para todos, é claro.

— Ela é uma boa amiga do Shacklebolt, certo? – Perguntou Hydra.

— Sim, eles cresceram juntos pelo que entendi – Disse o Sr. Weasley.

— Que bom que pelo menos o seu trabalho está sendo bom, Hydra, era essa uma das nossas maiores preocupações – Disse a sra. Weasley.

Março chegou rápido, Libra agora com cinco meses de vida já estava quase sentando sozinha e já gostava de repetir sons que ninguém entendia, além de estar com a aparência mais definida, tinha com certeza os olhos e cabelos louros de Hydra, mas o formato do rosto e a boca eram do Peter.

— Será que um dia um dos nossos bebês vai ter os meus olhos? – Perguntou Peter durante uma noite enquanto olhavam Libra no berço.

— Acho pouco provável, o gene Malfoy é forte demais, persiste por gerações, mas tudo é possível, quem sabe o próximo! – Disse ela rindo.

Os dois ouviram um barulho vindo de fora de casa e correram para ver.

A cena foi horrível, Tonks, com a barriga já enorme de gravidez chorava descontrolada, seguida de Lupin que a abraçava e Andrômeda que chorava, mas parecia não estar com a alma dentro do corpo.

— Meu Deus do céu, o que houve? – Perguntou Hydra desesperada indo ao encontro dos três.

— Meu pai... – Tonks quis continuar a falar, mas não conseguia, ela abraçou Lupin que a consolava carinhosamente.

Hydra não precisava de mais detalhes, já sabia o que aconteceu... ela também começou a chorar e abraçou sua tia Andrômeda.

— Eu sinto muito! – Disse Hydra também chorando.

— Eu não sei como eu vou... Eu não sei... – A voz de Andrômeda também falhou e ela chorou no ombro de Hydra.

— Como foi? – Perguntou Hydra para Lupin.

— Sequestradores, pegaram ele e mais... Calma Tonks, o bebê... – Disse ele quando a mulher deu grande grito.

— Peter, leva a Tonks e a tia Drômeda para ver a Libra...

Ela sabia que Libra iria acalmar a prima e Peter a carregou para dentro da casa.

— Eu pedi para que elas viessem para cá, aqui tem proteção e bem, família... nós vamos proteger melhor a casa hoje, mas você se importa se.... - Disse Lupin.

— Fiquem aqui o tempo que quiserem, tem mais dois quartos vazios, por favor, eu peço para que fiquem, eu peço por favor, eu quero ficar com vocês agora... – Disse Hydra que ainda tinha a tia nos braços.

— Obrigado, Hydra! – Disse Lupin a abraçando, em um momento triste e desesperado.

Foi uma noite horrível, Tonks e Andrômeda se acalmaram com o toque de Libra, mas não por tempo o suficiente, Hydra ouvia o choro das duas durante a noite e o coração se apertava e ela choravam de pensar no seu bondoso tio Teddy, a pessoa mais doce que conhecera, morto, ela também chorava.

— Eu poderia ter ajudado ele, se ele tivesse aceitado a minha ajuda eu teria! – Disse ela também chorando, deitada na cama com Peter.

— Mas ele não quis Hydra e por bons motivos, ele quis te proteger, proteger todos vocês, ele era um bom homem, não pensa nisso agora – Disse Peter.

— O que será delas agora?

— Elas vão seguir em frente, provavelmente vai doer no começo, mas vão, infelizmente é asim mesmo em tempos de guerra, nunca sabemos quem vamos perder – Peter disse trazendo Hydra para junto de seu peito e ela sabia que esse era seu medo, perder ela e perder ele era tamém o dela.

Tonks, Lupin e Andrômeda ficaram na casa de Hydra durante toda a semana, depois de Hydra insistir muito.

— É melhor assim, não quero estar em casa agora... – Disse Andrômeda.

— Além disso, nós podemos cuidar da Libra – Disse Lupin – É um bom treino.

O carinho de Lupin que Tonks era lindo de se ver, depois de tudo que a prima e ele mesmo passaram para ficar juntos, ele também era muito carinhoso com Andrômeda e mostrava grandes preocupações do bebê nascer com a maldição dele.

A casa cheia, trouxe uma certa alegria, o máximo possível pelo menos para sua tia e prima, Hydra também gostou de ter eles por perto.

Eles continuaram lá durante o mês de março que ia passando.

— O Representante Francês pediu para eu te elogiar, Hydra – Disse Akynyi durante uma reunião em seu escritório – Ele disse que nunca viu uma Inglesa com a pronuncia em Francês tão boa.

— A – Disse Hydra corada e envergonhada – Eu morei lá por anos, fiz parte da Beauxbatons, a escola de magia deles.

— Sim, sim, eu li no seu registro, de qualquer maneira, bom trabalho, ele não é o representante mais fácil de se agradar – Disse Akynyi sorrindo.

— Obrigada... – Respondeu Hydra ainda muito corada.

— Espero que a Nott não tenha te dado muito trabalho.

Sua colega de trabalho era de fato muito incopetente (por preguiça pelo que Hydra podia ver e falta de interesse de aprender, parecia Letizia) e agora tinha mania de despejar em Hydra, que já trabalhava tempo integral, tudo que não sabia fazer direito, a deixando um pouco sobrecarregada às vezes.

— Eu sei lidar com ela, mas realmente é complicado às vezes! – Respondeu Hydra.

— Bom eu vou pedir só para deixar esses pergaminhos na sua sala e pode ir, está liberada, vá brincar com a sua bebezinha.

— Obrigada, Akynyi.

Hydra foi até a sua sala, agora, porta-retratos adornavam a sua mesa, tinham a foto de Libra ela e Peter, dela com Fred e Jorge, dos Weasleys, os Macmillans, os Shafiqs e os Tonks no dia do casamento de Hydra e mais algumas, incluindo uma dela ela e Peter no dia do seu casamento e Peter e Libra com Tonks, Lupin e Andrômeda que tinham tirado alguns dias antes.

— Foi liberada mais cedo pela chefona? – Perguntou uma das mulheres de um quadro na sua sala.

— Sim, vou poder brincar com a minha bebê – Respondeu Hydra animada.

— Muito bem, faça boa viagem! – Respondeu um homem do outro quadro.

— Obrigada Maurice, Gisela, boa noite para todos!

Hydra saiu alegre, tinha sido um bom dia e agora mal podia esperar para ver Peter e Libra e também sua nova família adicional, Lupin, Tonks e Andrômeda.

Tinha acabado de sair do Ministério e estava pronta para aparatar em uma rua próxima, quando ouviu um barulho estranho. Sua primeira reação foi puxar a varinha do bolso e a deixar apontada.

— Expelliarmus – Disse uma voz feminina e mais rápido do que Hydra podia imaginar, sua varinha saiu da sua mão em direção a de Bellatrix Lestrange.

— Ora, ora, ora, se não é a minha sobrinha preferida – Disse sua voz em tom elouquecido, o coração de Hydra batia forte, ela pensou em gritar, mas sabia que mesmo se alguém ouvisse, Bellatrix provavelmente mataria a pessoa no mesmo momento e não tinha ninguém por perto.

— O que você quer, Bellatrix? – Perguntou Hydra tentando manter a calma na voz.

— Eu quero a criança – Respondeu ela.

— Eu não vou te dar, você pode me matar aqui, agora, eu não me importo, mas eu não vou te dar a minha filha – Respondeu Hydra com a voz firme e ameaçadora.

— E que graça teria isso? – Disse Bellatrix dando uma risada maligna – Não, eu prefiro te fazer querer me dar a criança...

— Bellatrix, ela é minha filha, você é minha tia, pelo amor de Deus, será que não tem nenhuma humanidade restante em você? - Perguntou Hydra que pensava desesperadamente em Libra e Peter.

— Ela merece ser criada de forma correta, como você também deveria, uma filha vinda de uma linhagem de sangue puro como ela, alias, uma não, duas, porque os Macmillans podem não ser nós, mas são sangue puro também, não merece andar com traídores do sangue como você! –Disse ela com desprezo na voz.

— Me deixe ir, Bellatrix, eu prefiro morrer, mas não vou te entregar a minha filha, não adianta!

— Ora, minha querida sobrinha, como assim você já quer me deixar? Justamente quando a titia quer tato conversar com você...

Bellatrix correu e pegou no braço de Hydra, logo as duas aparataram e Hydra se viu de frente a sua antiga casa, a mansão dos Malfoy.

— Não! Me deixa! Me larga! – Gritava Hydra.

Mas Bellatrix a arrastou até dentro da casa e então até o lugar de lá que ela mais odiava, as masmorras.

— Fique aí pensando bonitinha, titia já vai voltar para te ver – Disse Bellatrix dando uma risada de louca.

— NÃO, MINHA FILHA, ME TIRA DAQUI EU QUERO VER A MINHA FILHA! – Gritava Hydra desesperada enquanto tentava abrir as grades com toda força que tinha.

— É inútil – Disse uma doce voz feminina vinda de dentro da masmorra.

— Quem está aí? – Gritou ela.

— Sou eu, Hydra, lembra de mim? – Ao se aproximar, Hydra conseguiu ver o rosto de Luna Lovegood.

— Luna? É você? Você esteve aqui esse tempo todo? – Perguntou Hydra que ainda tinha muitas lágrimas nos olhos.

— Sim e por quê você está aqui?

— Porque minha tia quer minha filha, ela quer tirar ela de mim, ela diz que é o Você-sabe-quem quer, mas eu sei que é mentira.

— Isso é uma coisa horrível – Disse Luna.

— Você não é um deles? – Perguntou um duende que agora se aproximava deles.

— Deles quem? Malfoy?

— Sim!

— Eu sou – Respondeu Hydra secamente, sem ter muita vontade de conversar.

— E está aqui? – Perguntou o duende com a voz surpresa.

Hydra ouviu mais um barulho vindo do fundo das masmorras.

— Quem mais está ali?

— Eu, Hydra, lemra de mim? – Perguntou um jovem que Hydra reconheceu (apesar de o local não dar para ver muita coisa) como Dino Thomas.

— Dino, você, você estava com meu tio quando ele... – Hydra abaixou os olhos em tristeza.

— Teddy Tonks? – Perguntou ele.

— Sim, ele mesmo.

— Eu sinto muito, ele era um grande homem, me ajudou muito e morreu lutando – Respondeu Dino solidário.

— Eu sinto muito por vocês, eu realmente, como ele? ... – Hydra ia começar a chorar, mas se controlou e preferiu não saber da resposta, – Quem mais está aqui?

— Olivaras – Respondeu Luna.

Hydra foi até o senhor que parecia ferido.

— Eu lembro de você – Disse ele – Eu não acredito que eles trancariam um dos membros de sua família aqui dentro.

— Não é a minha primeira vez aqui... - Disse Hydra com tristeza.

Hydra ouviu um outro barulho, agora vindo das escadas e saiu correndo até ela, era Peter Pettigrew, o bruxo que traíra Tiago e Lilian Potter.

— Para trás, todos vocês, para trás – Dizia ele apontado a varinha.

— Eu quero sair daqui! – Disse Hydra com firmeza.

— E você vai – Disse ele abrindo a porta das masmorras e puxando Hydra pelo braço.

Ele a levou até a parte de cima da casa, até a sala de estar, aonde passou tantos momentos com sua família, mas somente Bellatrix estava lá.

— Aonde estão meus pais?

— Saíram – Respondeu Bellatrix com um sorriso cruel no rosto – Mas não devem demorar muito.

— E Draco? – Perguntou Hydra.

— Com eles.

— Eles não vão deixar você me manter aqui.

— A mas vão... eles já sabem que é a vontade do Lorde das trevas, eles já aceitaram que você teria que ficar aqui para não ser pior.

— Mas eu sei que isso é mentira, não é ele que quer minha bebê, é você! – Disse Hydra com nojo.

Bellatrix apenas riu levemente.

— Pode se retirar agora – Disse ela para o Peter, ex amigo de Lupin.

Bellatrix pegou a varinha de Hydra do bolso das vestes.

— Bonita varinha, a capa é da Senhora Malfoy, não?

Hydra não respondeu, Bellatrix deixou a varinha em cima da mesa.

— Não quer conversar... Ok, vamos direto aos trabalhos.

Bellatrix se aproximou de Hydra com um olhar sanguinário e alucinado.

— Cruccio! – Disse ela apontando a varinha para Hydra que caiu imediatamente no chão.

A dor era a pior que já tinha sentido, doia tanto o corpo, seus olhos reviravam, parece que estava em chamas por dentro, durou um tempo e depois parou.

— Está disposta a falar agora? A colaborar? – Disse Bellatrix rindo.

— Não, nunca! – Gritou Hydra.

— Então vamos brincar novamente...

Hydra foi torturada pela maldição por um tempo, Bellatrix também deixou feridas em seu corpo com diversas outras maldições antes de chamar Pettigrew.

— Leva essa menina para as masmorrar de novo, ela não quer falar agora, mas aposto que vai uma hora... minha irmã está chegando daqui a pouco e não pode ver e nem saber de nada o que aconteceu aqui, compreende? – Disse ela lançando um olhar ameaçador para Pettigrew.

— Sim, sim madame Lestrange – Disse ele.

Hydra foi empurrada, mesmo sem conseguir andar direito até as masmorras, aonde Pettigrew a trancou.

— Você está bem? – Perguntou Luna quando ela chegou – Nós ouvimos os seus gritos, foi horrível...

Hydra não conseguia falar nada, só pensava na filha, em Peter, como ambos deviam estar desesperados naquele momento, achando que ela estava morta talvez.

Se passaram horas até que alguma comida fosse levada para os prisioneiros, mas era muito pouco e Hydra ainda estava muito fraca.

— Você precisa de cuidados –Disse Dino, que estava ajudando Hydra a se alimentar.

— Eu preciso sair daqui eu preciso ver minha filha, marido... – Disse Hydra chorando.

— Eu sinto muito, de verdade, eu acho uma crueldade sem tamanho o que estão fazendo com você, ainda mais você sendo filha deles!

— É minha tia, Bellatrix, ela é cruel, ela é maluca! MALUCA, DESGRAÇADA! – Gritava Hydra que comia a sopa que Dino dava na sua boca.

— Bellatrix, eu quero ver minha filha –Disse uma voz de cima da escada.

Hydra levantou com a pouca força que tinha e foi correndo até a porta.

— Ai meu Deus! – Disse Narcisa, levando a mão até a boca em choque – Eles te machucaram tanto assim?

— Eles? Eles quem, mãe? Foi a sua irmã maluca! – Disse Hydra com ódio na voz.

— Não... eles já me contaram lá em cima que você resistiu para vir e eles tiveram que te machucar...

— Mãe, pelo amor de Deus, acredita em mim, não é o Você-sabe-quem que quer minha bebê, é ela, ela me machucou, me torturou por mais de uma hora! – Disse Hydra chorando.

— É tão feio contar mentiras, Hydra – Disse Bellatrix que agora se aproximava.

— Bellatrix, isso é verdade?

— Eu já disse que não, eu estava lá sim, mas foram os outros que a machucaram...

— É mentira, ela chegou aqui normal, você que a levou lá para cima e a machucou! – Disse Dino.

— Silêncio, seu sangue-ruim mentiroso! – Disse Bellatrix apontando a varinha para ele, Hydra se colocou na frente de Dino antes que ela pudesse fazer alguma coisa.

— Deixa ele em paz, seu monstro! Ele está somente falando a verdade.

— Bella, o que está acontecendo aqui? – Perguntou Narcisa.

— O Lorde das trevas disse que se eu não a trouxesse por força, ele iria matá-la e toda sua família, eu já te disse isso – Respondeu Bellatrix.

— Não podemos pelo menos levar ela para o quarto dela? Ela precisa de cuidados.

— Não, ele deu ordens para que ela ficasse aqui embaixo, para refletir no que fez e entregar a criança de boa vontade – Bellatrix tinha um brilho sinistro no olhar.

— Mãe, pelo amor de Deus, isso é mentira, por favor, por favor me ajuda, me tira daqui eu preciso ver a minha filha... Meu marido... – Disse Hydra chorando.

— Minha pequena, eu não posso... Ele pode te matar Hydra, se eu fizer isso, ele vai matar toda a sua família, incluindo ela e o seu marido... E a família dele também e talvez até nós! Foi o que me disseram... Ele não está satisfeito com você... - Disse Narcisa parecendo desesperada.

— Vamos embora, venha! – Disse Bellatrix segurando Narcisa que relutava em subir, chorando.

— Mãe, por favor, pelo amor de Deus, por favor, não me deixa aqui, MÃE, MÃEEEEEE!!! PELO AMOR DE DEUS MÃE, MAMÃE, ME AJUDA MAMÃE! – Gritava Hydra em vão.

— Ela realmente não acredita em você, não é? – Perguntou Luna, agora se aproximando.

— Não, ela e meu pai preferem ignorar a realidade... Draco... eu preciso do Draco, ele vai me ajudar, DRACO, DRACOOOOOO, ME AJUDA, DRACOOOOOOOOO!!! – Hydra gritou por mais de meia hora pelo irmão, mas nada aconteceu, teve que parar quando a dor em seu corpo voltou a ficar grande e suas feridas abriram e sangraram.

Foram dois dias iguais, ninguém mais veio visitá-la, ela gritava e chorava o dia inteiro, o duende reclamava que não aguentava mais ouvir seus lamentos, enquanto Dino e Luna eram solidários, o pobre senhor Olivaras estava em pior estado que ela, então não tinha muito o que podia fazer. No terceiro dia, Hydra sangrava muito, um bruxo desceu até o local e lhe deu uma poção que iria ajudar a amenizar suas feridas, realmente ajudaram bastante, depois do quinto dia, já se sentia melhor.

— Eu não vou sair daqui nunca, vou? – Perguntou Hydra para Luna e Dino, que estavam do lado dela.

— Acho que todos nós vamos sim...

— Meus pais nem tiveram a decência de vir até aqui novamente.

— Eles vieram quando você estava dormindo, seu pai veio e depois sua mãe, eu ouvi eles dizendo que o Draco estava proibido de descer, sua mãe chorava sem parar – Disse Luna.

— Eu nunca fui capaz de odiar eles, sabe? Não completamente, mas eu não sei... A partir de agora... eu não sei se um dia vou perdoar meus pais.

— Eles realmente são pessoas horríveis Hydra, eu sinto muito por isso – Disse Dino.

— Minha filha... ela deve estar sentindo a minha falta e o Peter, pobrezinho, deve estar achando que eu morri – Uma lágrima caia dos olhos de Hydra.

— Eu não consigo acreditar – Disse uma voz no portão. Todos se assustaram, era Draco, ele estava parado do lado de fora da porta.

— Draco –Disse Hydra levantando correndo de onde estava e indo em direção a ele – Me tira daqui, por favor meu irmão, eu te imploro, me tira daqui.

— Eu não posso Hydra, não assim, eles estão vigiando, eles me deixaram descer aqui, mas estão na porta lá em cima me esperando – Disse Draco, que parecia mais miserável do que antes.

— Draco, por favor! – A voz falhou, Hydra chorava um choro que parecia sem fim.

— Eu, eu vou te ajudar no que eu puder, nem que seja para te tirar daqui e colocar no quarto por favor, espera, ok? – Disse ele baixinho – Eu vou tentar, eu prometo que eu vou tentar.

Hydra não conseguia parar de chorar, mais olhou com esperança para o irmão.

— Eu preciso ir agora..., mas eu volto, eu vou tentar Hydra, eu avisei pelo menos avisar ao seu marido que você está bem, que você está viva!

— Draco – Disse Hydra que conseguiu fazer uma pausa de seu pranto, Draco parou no meio da escada e olhou para ela – Você sabe que se vocês não me tirarem daqui eu provavelmente nunca mais vou perdoar nenhum de vocês, não sabe? Vocês vão estar mortos para mim.

Draco não falou nada, fez um olhar extremamente triste e continuou subindo a escada.

— Draco! – Chamou Hydra uma segunda vez - Diz ao Peter por favor que eu o amo e amo a nossa filha...

Draco fez um sinal afirmativo com a cabeça

— Eu acredito em você Hydra, por sinal, eu sei que você está falando a verdade, eu vou fazer de tudo pra te ajudar, eu vou informar ao Peter ele e seus amigos estão te procurando, eu estou tentando comprar os outros para que não machuquem ele.

Disse ele e sumiu de vista. Hydra queria mandar recado aos gêmeos também, para a sua tia, Tonks, pensou muito neles, mas sabia que era menos provavel do Draco poder atender assim.

Mais um dia se passou sem nenhuma novidade, o duende agora parecia mais doente do que nunca, ele estava amarrado ao Dino e ao sr. Olivaras, todos pareciam muito doentes, apesar de na escuridão, Hydra não conseguir ver nada direito.

— Que barulho é esse? – Perguntou Dino e Hydra parou para ouvir, havia uma agitação nos andares de cima.

O barulho começou a chegar mais perto deles, alguém descia, a porta abriu e fechou, estava escuro, mas parecia que duas pessoas foram jogadas ali dentro com eles.

— HERMIONE! – Urrou uma voz maculina conhecida. – HERMIONE!

— Fica quieto! – Disse outra voz masculina conhecida. – Cala a boca, Rony, precisamos descobrir um jeito...

— HERMIONE! HERMIONE!

— São eles – Disse Luna, se afastando do grupo e indo em direção aos rapazes.

— Precisamos de um plano, pare de berrar... precisamos soltar essas cordas....

— Harry? – Ouviu-se um sussurro na escuridão. – Rony? São vocês?

Rony parou de gritar

— Harry? Rony?

— Luna?

— É, sou eu! Ah, não, eu não queria que vocês fossem apanhados!

— Luna, você pode nos ajudar a soltar essas cordas? – Perguntou Harry. – Ah, sim, espero que sim... tem um prego velho que usamos quando precisamos partir alguma coisa... espere um instante...

— Rony? Harry? – Como vocês foram apanhados? – Perguntou Hydra chegando perto deles.

— Hydra? Eu ouvi no rádio que você tinha sido sequestrada, eles disseram no Observatório Potter, mas eu nunca imaginei que estaria no porão dos seus próprios pais! – Disse Rony com o rosto de pura incredulidade.

— Nem eu, acredite –Disse Hydra com tristeza.

Hermione tornou a gritar lá de cima, e eles ouviram Bellatrix gritando também, mas suas palavras foram inaudíveis, porque Rony tornou a berrar

— HERMIONE! HERMIONE!

— Sr. Olivaras? – Disse Luna. – Sr. Olivaras, o prego está com o senhor? Se o senhor se afastar um pouquinho, acho que estava ao lado do jarro de água...

A garota voltou segundos depois.

— Vocês precisam ficar parados – recomendou ela.

Hydra ouvia a voz de Bellatrix e imaginou que Hermione deveria estar sofrendo muito mais do que ela própria sofreu.

— Vou lhe perguntar mais uma vez! Onde conseguiram esta espada? Onde? – Hydra conseguiu ouvir Bellatrix falar

— Achamos... achamos... POR FAVOR! – Berrou Hermione.

— Rony, por favor, fique parado! – Sussurrou Luna. – Não consigo ver o que estou fazendo...

— Meu bolso! – Disse Rony. – No meu bolso tem um desiluminador, e cheio de luz!

Segundos depois, ouviu-se um clique e as esferas luminosas que o desiluminador absorvera das luzes na barraca voaram pelo porão: impossibilitadas de se reunir à fonte luminosa, elas ficaram suspensas no ar, como minúsculos sóis, inundando de claridade a sala subterrânea.

Harry viu Luna, apenas olhos no rosto pálido, e o vulto imóvel de Olivaras, o fabricante de varinhas, enroscado no chão a um canto.

— Ah, assim é muito mais fácil, obrigada, Rony – disse Luna, e recomeçou a puir as cordas que os prendiam.

— Olá, Dino!

Do alto, a voz de Bellatrix:

— Você está mentindo, sua sangue-ruim imunda, sei que está! Você esteve no meu cofre em Gringotes! Diga a verdade, diga a verdade! Outro grito lancinante... –

— HERMIONE!

— O que mais você tirou? O que mais tem com você? Me diga a verdade ou, juro, vou furar você com esta faca!

— Pronto!

Rony tentava, agora, desaparatar sem varinha.

— Não temos saída, Rony – comentou Luna, observando seus esforços infrutíferos. – O porão é completamente à prova de fugas. A princípio, eu tentei, o sr. Olivaras está aqui há muito tempo, ele tentou tudo.

Hermione recomeçava a gritar: o som atravessava Harry como uma dor física. Sem tomar consciência do forte formigamento de sua cicatriz, ele também começou a correr à volta do porão, apalpando as paredes sem saber para quê, convencido, em seu íntimo, de que era inútil.

— Que mais você tirou? Que mais? RESPONDA! CRUCIO!

Hydra sentiu um arrepio na espinha, tinha sofrido a mesma maldição poucos dias antes.

— Você também foi torturada? – Perguntou Harry agora a observando na luz.

— Sim e as feridas ainda não cicatrizaram direito.

Hydra se observou, sua roupa estava rasgada, suja e manchada de sangue.

Os berros de Hermione ecoavam pela sala de visitas. Rony quase soluçava socando as paredes com os punhos, foi completamente horrível.

— Como foi que você entrou no meu cofre? – Ouviram Bellatrix berrar.

— Aquele duende nojento, no porão, a ajudou?

— Só o conhecemos esta noite! – Soluçou Hermione. – Nunca estivemos em seu cofre... essa não é a espada verdadeira! É uma cópia, é só uma cópia!

— Uma cópia? – Guinchou Belatriz. – Ah, com certeza! – Mas é muito fácil descobrir! – Ouviu-se a voz de Lúcio. – Draco, vá buscar o duende, ele poderá nos dizer se a espada é ou não verdadeira!

Harry correu para falar com o duende.


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