A Batalha Final escrita por Paula Mello


Capítulo 17
De volta ao ministério




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Hydra foi visitar Fleur nos dias seguintes, com esperança de ver Rony e saber mais sobre seus planos com Harry, mas o rapaz tinha ido embora, Fleur disse que ele tinha achado um jeito de voltar para os dois. Hydra só torcia que estivessem em segurança

Os programas de rádio de Lino eram a fonte mais confiável de notícias do mundo bruxo agora, mas por várias semanas ele teve que evitar transmissão devido ao excesso de Comensais na área, estava tudo ficando cada vez mais difícil.

— Quando acaba a sua licença? – Perguntou a sra. Weasley para Hydra, em um dos dias que a estava ajudando com Libra, agora já com 4 meses.

— Em março, mas eu recebi uma carta me pedindo para voltar agora em Fevereiro– Disse Hydra.

— Mas você vai voltar? – Perguntou sra. Weasley.

— Não sei, eu não sei se aguento ficar com a Umbridge, mas também não sei se aguento não ficar e ter todos vocês perseguidos – Disse Hydra sentando na poltrona ao lado da sra.Weasley que embalava Libra.

— Eu acho que você não deveria ir, filha, já estamos sendo perseguidos de qualquer maneira... com o sequestro da filha do Lovegood e a prisão dele, acho que tudo está pior.

De fato, saber que Luna tinha sido sequestrada nas férias do Natal e que Lovegood tinha sido preso por Comensais da morte em sua casa logo depois, tinha sido um grande choque e até hoje Hydra não sabia o que Harry estava fazendo lá, ainda mais sozinho, o pobre Xenophilius agora estava sozinho em Azkaban, sem casa, que explodiu e sem notícias sobre a filha.

— Eu sei, mas eu não quero piorar mais ainda, entende? Bem, amanhã eu vou no Ministério conversar com eles e ver o que pode ser feito, se voltar, será só meio período, Libra ainda é muito novinha.

— Você sabe que eu e Andrômeda...

— Eu sei, mas a tia Andrômeda vai ser avó em poucos meses e a senhora tem uma família, eu preciso achar uma babá, mas é tão difícil alguém em quem eu confie...

— Bobagem Hydra, eu, Andrômeda, sua cunhada e sua sogra nos revezamos aqui nos primeiros meses e vamos continuar agora se você voltar a trabalhar, é um prazer cuidar da Libra, acredite... E além disso, depois que o bebê da Tonks nascer, vocês podem deixar os bebês juntos.

— É, pode ser, mas vamos ver, não quero dar trabalho... A filha é minha e do Peter, nós temos que nos virar... – Disse Hydra.

— Não é trabalho nenhum, olha para ela, é uma bonequinha! – Afirmou a sra. Weasley olhando para o rostinho de Libra que sorria para ela, a sra. Weasley era mais uma do time das apaixonadas por Libra.

No dia seguinte, Hydra colocou uma bela veste amarelo escuro com chapéu combinando e seguiu nervosamente para o Ministério.

— Por favor, não aceite o que você não é obrigada – Disse Peter antes dela sair.

Hydra sentia falta de fazer o caminho que estava fazendo agora, de entrar no Ministério, de ser uma funcionária novamente, mas definitivamente não sentiu falta de ir até a sala de Umbridge.

— Senhorita Malfoy, que prazer! – Disse a voz de Umbridge quando ela entrou.

— Madame Umbridge, eu...

Hydra parou ao ver a cena que ali tinha, Umbridge não estava sozinha no escritório, não, não, ela estava com Lúcio Malfoy, pai de Hydra na frente dela, sentado na cadeira na frente de sua escrivaninha.

— Sente-se – Disse ela apontando para a cadeira ao lado de Lúcio.

— O que ele está fazendo aqui? – Perguntou ela, sem olhar nos olhos do pai a quem não via tinha muito tempo.

— O Senhor Malfoy, seu querido pai, está aqui como meu convidado, estávamos conversando.

— E ele vai ficar aqui? – Disse Hydra nervosamente olhando diretamente para frente, sentindo os olhos de seu pai ao seu lado.

— Hydra, por favor... – Disse ele.

— Mas é claro que sim, ele é seu pai, não é? Vocês tem algum problema? – Perguntou ela com seu tom mais doce e falso.

— Não, problema nenhum Madame Umbridge – Disse Hydra.

— Muito bem, seu pai aqui estava dizendo o quanto achava que você está sendo menosprezada aqui no Ministério – Disse Umbridge.

— Eu o que? – Perguntou Hydra assustada.

— Ele acha e eu concordo, que você merecia um bom cargo, de acordo com a pureza do seu status sanguíneo.

— E que cargo? – Perguntou Hydra.

Umbridge sorriu.

— Assistente Júnior para o Diretor do Departamento de Cooperação internacional em Magia, que tal?

— O que? Mas esse é um cargo altíssimo.

— Exatamente, Senhorita Malfoy, altíssimo, como seu status merece, é claro que você começaria com meio período até março, é um cargo novo, você será segunda assistente júnior, não envolve viagens desacompanhada, isso eu garanto – Disse ela dando uma boa encarada em Hydra – O que acha?

— O que acontece se eu disser que não quero voltar? – Perguntou Hydra.

— Hydra, você não faria isso, por quê faria isso? – Perguntou Lúcio, mas Hydra continuou não olhando para ele.

— Você sabe o que aconteceria, senhorita Malfoy, o mesmo que conversamos antes – Disse Umbridge séria, porém com a voz doce.

— Ok, Umbridge, eu aceito o emprego, apenas meio período, eu tenho uma filha pequena ainda.

— É Madame Umbridge e sim, apenas meio período até o final de março, espero você na segunda?

— Na segunda... – Afirmou Hydra – Eu posso ir embora agora?

— Mas é claro, os dois por sinal, eu estou tão ocupada... você entende, não é Lúcio, querido?

— Mas é claro, Umbridge, muito obrigada por tudo.

Hydra saiu e foi acompanhada por seu pai que a seguiu até o corredor do elevador em silêncio.

— Hydra, por que você está fazendo isso? – Perguntou ele, segurando em seu braço e a virando.

— Isso o que? – Disse ela, evitando olhar nos olhos do pai, doia saber que eram os mesmos olhos dela e de Libra.

— Escondendo a menina de mim e da sua mãe! Você sabe o quanto está fazendo ela sofrer? O quanto está me fazendo sofrer?

— Papai, é sério? E quanto você já me fez sofrer? Heim? Além disso, é escolha de vocês, vocês querem roubar a minha filha e isso eu não vou admitir!

— Quem foi que te disse esse absurdo? – Perguntou Lúcio se fazendo de extremamente ofendido.

— Eu sei papai, eu só sei e não me faça de estúpida, eu tenho certeza disso que estou te falando, eu sei também que não foi ideia sua ou da mamãe e que vocês não querem de fato fazer isso, mas vão se tiverem a oportunidade... Querem roubar a minha filha, a minha filha! Vocês desceram o mais baixo que eu já imaginei que poderiam! Eu entendo que queiram se proteger, mas ainda assim... - Disse Hydra com lágrimas nos olhos, enquanto Lúcio parecia petrificado com as informações.

— Hydra, eu...

— Eu não quero saber papai, de coração, não quero, só me deixe em paz, por favor me deixe em paz, se depender de mim vocês não vão ter a minha filha, nunca, ouviu? NUNCA! – Hydra saiu correndo em direção ao elevador.

— Ela tem meus olhos! – Gritou Lúcio para Hydra, ainda parado no mesmo lugar.

— Vamos torcer para que isso e o cabelo sejam as únicas coisas suas que ela tenha.

Peter não recebeu tão bem a notícia de que Hydra voltaria para o Ministério, mas ao menos ficou satisfeito em saber que estaria em um cargo melhor do que o anterior.

— E além disso é meio período, de tarde eu estarei aqui com a Libra – Disse Hydra.

— Hydra, isso tudo bem, eu não acho que a responsabilidade de cuidar da Libra seja só sua, é minha também, nós vamos nos revezar nos horários para que isso não seja um problema, o meu único medo é de você estar de volta naquele lugar agora... - Disse Peter, deitado ao seu lado. Hydra se sentiu feliz com a sinceridade do marido e o beijou.

— Eu vou tentar me cuidar, ok? Eu prometo.

— Se eu te perder Hydra, eu sinceramente não sei o que eu faço... eu não sei... - Peter parecia prestes a chorar.

— Não pense nisso então... – Disse ela o abraçando.

No jantar de domingo, Hydra foi até a casa de Gui e Fleur, aonde também estavam o Sr e a Sra Weasley, Andrômeda ficou com Libra na casa e Peter estava no hospital.

— Eles te ofereceram um cargo desses Hydra? – Perguntou o sr. Weasley, incrédulo quando ela contou a história.

— Sim, mas eu não sou como o... – Hydra ia dizer Percy, mas parou e mudou a frase – Eu não sou iludida, eu sei que provavelmente eles só estão fazendo isso para ver se conseguem informações de vocês e do Harry e me manter por perto.

A sra. Weasley parecia entender o que ela disse, fez um olhar triste antes de responder.

— Eu ainda acho que você deveria se preservar mais, Hydra.

— Isso provavelmente ela não vai fazer nunca... – Disse Peter.

— Eu te entendo, Hydra, entendo seus motivos, eu também tenho medo de você se machucar, mas eu não acho que você esteja errada, eu acho você muito corajosa, só toma cuidado, ok? – Disse Fleur em Francês, de forma que só elas duas entenderam (e Gui, pelo visto, já que ele sorria também).

— Obrigada! – Respondeu Hydra também em Francês sorrindo para a amiga.

O primeiro dia de trabalho, parecia tão excitante quanto a dois anos atrás, ela subiu o elevador até o seu antigo andar, mas ao invés de virar a direita no seu antigo setor, foi direto até o escritório do chefe do setor. Ela viu uma plaquinha em sua porta.

Akynyi Guialo

Diretora do Departamento de Cooperação internacional em Magia – Sede Britânica

— Entre – Disse uma voz feminina quando ela bateu na porta.

— Com licença, me disseram que eu deveria me apresentar aqui hoje – Disse Hydra olhando timidamente a sala ricamente decorada com várias fotos que se mexiam de bruxos de várias nacionalidades, também mapas bandeiras, livros e uma linda escrivaninha em madeira pesada e marrom escura.

— Senhora Macmillan, certo? Hydra Macmillan? – Perguntou a bruxa que se levantou virou com sua cadeira e se levantou.

Era uma bruxa linda, devia ter seus quase 45 anos, sua pele era marrom escura e parecia emitir um brilho bonito, era elegante, usava uma veste de tecido bem fino branca com pequenas flores pretas, usava na cabeça um turbante preto e prateado que deixava um pouco do seu cabelo castanho sair, seus olhos eram pequenos e lindamente castanhos, com uma maquiagem negra embaixo dele e um denileado de "gatinho" que os deixava ainda mais bonitos, também tinha os lábios grandes e grossos.

— Umbridge me falou de você, é um prazer, eu sou Akynyi Guialo, eu estou substituindo desde o meio do ano passado aquele idiota do Bulstrode que decidiu se aposentar, graças a Deus - Disse a bruxa indo ao encontro de Hydra, que estava meio chocada com aquelas palavras e estendendo a mão para ela apertar.

— O prazer é meu – Disse Hydra apertando a mão dela, ainda admirada com o porte e beleza da bruxa.

— Por favor – Disse a Bruxa fazendo sinal para Hydra sentar na cadeira em frente de sua escrivaninha enquanto a bruxa sentava na sua frente.

— Obrigada, Senhora Guialo.

— Por favor, me chame de Akynyi, então, Hydra, certo?

Hydra concordou com a cabeça.

— Umbridge diz aqui que você foi transferida desse setor para o dela, você sabe me dizer a razão disso?

Hydra ficou sem graça, o que iria responder sem se comprometer?

— Não precisa responder, Macmillan, eu só queria mesmo era ver a sua reação, então é verdade tudo que me disseram sobre você.

Hydra abriu a boca, como se fosse falar algo, mas não sabia o que poderia dizer naquele momento.

— O que é verdade? – Perguntou Hydra se sentindo cada vez mais nervosa e de coração acelerado.

A bruxa não respondeu, ela apenas sorriu, um belo sorriso branco e disse:

— Mande minhas lembranças para Kingsley, ok?

Foram alguns minutos para assimilar, o que ELA queria dizer agora? Ela conhecia Shacklebolt? Ela conhecia a ordem? Ela o apoiava?

— Relaxa, minha criança, aquela maldita da Umbridge não irá poder lhe prejudicar aqui comigo se eu tiver algum dizer nisso... mas preciso fazer parecer que só te aceitei com muita reluntância porque me forçaram a aceitar uma bruxa de sobrenome sangue-puro famoso, ok?

— Mas... O que? Como?

— Kingsley Shacklebolt, ele é um velho amigo, conhecido de família, somos primos distantes, talvez? Não, isso não, mas minha família veio da mesma cidade na Angola que a dele, só que a dele muitos anos antes que a minha, eu sei quase tudo sobre você, Hydra Macmillan, nome de solteira Malfoy, certo? – Perguntou a bruxa e Hydra só concordou com a cabeça, ainda se sentindo incapaz de falar algo ou se mover direito – Da Ordem da Fênix, do seu clube secreto aqui no Ministério para mandar nascidos trouxas para fora do país, não se preocupe, eu fingi que não tinha percebido nada de errado com as viagens do Ian Kozlov, certo? Bem, eu achei um bom plano, só um pouco arriscado porque quase nada passa despercebido por aqui, se não fosse eu aqui nessa posição, bem... quem sabe...

— A senhora sabia de tudo? – Perguntou Hydra ainda muito chocada.

— Sim, claro minha querida, Kingsley me contou muita coisa, nós fomos criados juntos, mas não se preocupe, não quero que me confirme nada, prefiro, aliás, preciso que pensem que não sei de nada e que sou completamente contra tudo isso, afinal minha posição aqui pode ser afetada e alguém bem pior colocado no meu lugar, não acha?

— Eu não estou acreditando! – Disse Hydra ainda com a boca aberta.

— Eu sei – Disse Akynyi rindo e voltando a se sentar na sua escrivaninha.

— Por que o Shacklebolt nunca falou de você antes comigo? – Perguntou Hydra.

— Porque eu pedi, queria me manter completamente anônima, te observar de longe, você não podia saber que tinha uma aliada nesse setor, era melhor assim, eles eu acho que não sabem – Disse ela de forma muito segura.

— Eu não acredito que finalmente encontrei alguém assim que ainda trabalhe de forma discreta no Ministério – Disse Hydra.

— Sim, eu aprendi a escolher minhas batalhas, minha querida – Disse ela pegando alguns pergaminhos da mesa – Vamos falar de você, eu fico feliz de ter uma assistente aparentemente competente, me colocaram uma filha de não sei lá quem que sinceramente... – Ela fez uma pausa e revirou os olhos – O sr. Adams, que Deus o tenha, falava muito bem do seu trabalho, você será minha segunda assistente, por enquanto meio período, certo? Mas vou dar para você os trabalhos que exigem mais inteligência, porque sinceramente seu colega não consegue fazer eles muito bem, ou não quer, não tem vontade, sei lá, parece que o pai está obrigando ela a trabalhar aqui, não sei, bem, e eu estou atolada de trabalho.

— Tudo bem e o que seria exatamente isso? – Perguntou Hydra.

— Nada muito diferente do que você já fazia, mas agora pegando todos os setores e não só um pequeno pedacinho da Europa, eu preciso que você tenha contato direto com os representantes de todos os países, de todas as divisões, resolva alguns problemas relacionados a isso, nada de entrevistas mais, só liga grande agora, ok? Reuniões com Ministros, diretores, algumas em meu nome, algumas comigo, está acompanhando? – Disse ela para Hydra que tinha uma expressão de confusão no rosto.

— Sim, sim, claro – Mentiu ela.

— Eu vou ensinar tudo, não se preocupe, você vai ser a minha sombra por essas semanas, especialmente essa primeira durante o tempo que estiver trabalhando pelo menos... Línguas não mágicas, Inglês, Francês, Búlgaro e Português?

Hydra confirmou

— Ótimo, mas não o suficiente, aprenda mais, essa é a minha dica.

— Eu também sei Russo e Alemão, aprendi nos últimos dois anos, mas ainda não está completamente fluente, eu acho, não tive a chance de testar muito ainda.

— Melhor... Muito melhor, preciso que estude Árabe, Espanhol e Italiano para começar, tudo bem por você?

— Sim... sim, claro – Disse Hydra meio chocada.

— Não se preocupe, ainda tem tempo para aprender e eu posso te ajudar, Serêiaco, boa língua mágica, pode ajudar e muito!

— Quantas línguas a Senhora fala? Desculpe perguntar – Disse Hydra, acrescentando a última parte rapidamente.

— Quatorze, bom, quinze se contar o Inglês – Disse ela fazendo parecer a coisa mais comum do mundo.

— Meu Deus! – Disse Hydra – Isso é... Isso é demais, é maravilhoso!

— Não se preocupe, vou te treinar para chegar lá se quiser, gostei de você e eu estava desesperadamente precisando de uma pupila para quando eu sair daqui um dia deixar isso aqui em mãos competentes e além disso, sete línguas com 19 anos é um número excelente.

Hydra sorriu, parecia um sonho, uma coisa boa no meio de coisas horríveis, elas sempre davam um jeito de aparecer no final das contas.

— Bom, pronta para me seguir? – Perguntou a bruxa levantando a cabeça e olhando para ela.

— Prontíssima – Disse Hydra animada.

— A, eu esqueci, você tem que estar sempre muito bem arrumada para esse cargo, ok? Suas melhores vestes não formais, mas você não parece alguém que precisa desse aviso, a, isso não mesmo! – Disse ela rindo.

— Obrigada... – Disse Hydra sem graça.

— Vamos ver, sua sala primeiro, o que acha? – Perguntou a bruxa se levantando e fazendo sinal para Hydra a acompanhar.

— Eu tenho uma sala? Só minha?

— Mas é claro querida, vem com os benefícios do trabalho, claro que foi criada, porque normalmente eu teria só uma assistente júnior, mas sinceramente eu espero que isso se torne realidade novamente em breve, só você já estaria ótimo...

Hydra teve que acompanhar a chefe pelos corredores, enquanto ela saia falando e andando sem nem olhar para trás.

— Tem a assistente sênior, esse era meu cargo antes de ser diretora, mas para isso você precisa de mais alguns anos na sua bagagem, assistente sênior trata das reuniões realmente muito importantes, você vai tratar das também importantes, mas sem tanta consequencia de desastre internacional se fizer besteira, o que espero que você não faça..., mas você parece uma boa trabalhadora...

Ela falava sem parar, Hydra tinha dificuldade de acompanhar seus passos e fala rápidos, até que pararam em uma sala pouco depois da dela.

— Aqui, deixe eu ajeitar isso para você.

Elas estavam paradas diante de uma porta de madeira com uma placa prateada sem nada escrito, Akynyi pegou a varinha, apontou e surgiram as palavras na placa:

Hydra Malfoy-Macmillan

Segunda assistente Júnior da diretora do Departamento de Cooperação internacional em Magia – Sede Britânica

— Peço desculpas pelo Malfoy, eu sei que você não usa mais ele, mas foram ordens diretas, você entende, certo? – Perguntou a bruxa olhando para ela.

— Certo – Concordou Hydra, nem se importante em ver seu nome como Malfoy naquele momento, não ia estragar aquele momento uma coisa dessas.

Akynyi abriu a sala, era bem menor do que a dela, mas era bonita, paredes brancas com detalhes em verdes e azuis, tinha quadros de pessoas que olhavam curiosos para ela e um grande quadro com o mapa mundi, tinha uma escrivaninha de madeira, prateleiras e estantes com muitos livros e pergaminhos.

— Você pode decorar do jeito que quiser, se quiser, só não tirar nada de importante, esses quadros são de antigos funcionários que estiveram no seu cargo, irão lhe ajudar quando puderem, seus donos treinaram seus retratos para isso, eu deixei eles na sua sala e não daquela menina, porquê... bem... Você parece de fato querer aprender e eles se frustraram tentando ensinar ela, digam olá para Hydra Macmillan pessoal.

— Olá! – Responderam as pessoas nos quadros.

— Olá! - Disse Hydra timidamente, também acenando.

— Esse mapa tem uma grande importância – Disse ela apontando para o mapa Mundi enorme na parede – Ele vai ficar vermelho na parte do mundo que está tendo alguma emergência mágica, verde no país aonde o representante aqui no Ministério Britânico precisa da sua assistência, azul no representante Britânico fora do país que precisa da sua assistência, ele todo vai ficar rosa se eu precisar da sua assistência.

Hydra notou que o Reino Unido e a Irlanda estavam em vermelho.

— Não podemos fazer nada quanto a isso, os em vermelho são para mim, para eu intervir quado necessário e possível e além disso, essa parte tem estado em vermelho tem um tempo já...

— E o que acontece se eu ver o verde, azul ou rosa?

— Você vai direto até a pessoa que a chamou, a sala 27 das chaves de portal já está conectada com esse mapa e prontas para te levar para o local internacional se necessário, é claro que você não tem permissão para viajar sozinha nesse novo regime por agora, então não se preocupe que ele não ficará azul para você, não por enquanto de qualquer maneira...

— Tudo bem... – Disse Hydra se lembrando triste do motivo.

— Agora que já está em casa, vamos me seguir, hoje eu tenho o dia muito cheio e você só fica aqui até a hora do almoço.

— Claro, aonde vamos agora? – Disse Hydra, lutando para acompanhar o passo da nova chefe.

— Olhe para o seu mapa, me diga você.

Hydra viu o mapa e deu um grande sorriso

— Suécia - Disse ela olhando para o país que agora estava em verde.

— Isso mesmo, Gedman é uma pessoa muito agradável, mas você já sabe disso, não sabe?

Hydra seguiu Akynyi, admirada de como ela sabia que conhecia Gustav, já que ele não fora incluído nos suspeitos pelas viagens dos nascidos trouxas.

Elas viraram para a esquerda e Hydra passou pelo arco que a fez sentir muita saudade, olhando a placa anunciando que estavam entrando na subdivisão para os países do Norte e Leste Europeu, seguiram então até a sala de Gustav, que deixou as duas entrarem imediatamente, apesar de levar um choque ao ver Hydra.

— Hydra! O que você está fazendo aqui? – Perguntou ele olhando para ela.

— A Senhora Macmillan é minha nova sub-assistente – Disse Akynyi.

— A, então quer dizer que aquela outra foi embora? – Perguntou ele parecendo muito animado.

— Não, infelizmente ainda não, o nome dela deve prender ela aqui até você sabe quando... Bem, Hydra é minha segunda assistente Júnior, ela ficará conosco só meio período durante esse mês, creio que vocês já se conheçam bem.

— Sim, somos bons amigos – Sorriu Gustav.

— Ótimo, então podemos ir direto ao assunto.

Akynyi se sentou no sofá na sala de Gustav antes mesmo que ele a convidasse, ele só a seguiu com Hydra e os três se sentaram.

— É o Ministro, ele está ameaçando um rompimento com o Ministério Britânico de novo – Disse Gustav.

— E o idiota do Thicknesse não consegue resolver, é claro, certo? Mas também, com uma maldição Imperius nas minhas costas, nem eu poderia, talvez, ele não tem tanta culpa nesse departamento, costumava ser bom antes até...

Existia alguma coisa que aquela mulher não soubesse? Pensava Hydra chocada e admirada com a atitude dela.

— Não, ele não consegue.

— Ok, eu não vou enviar a Nott porque né... eu não quero que o mundo exploda! Acha que devo enviar o Travers ou não?

— Travers? – Perguntou Hydra, lembrando do comensal da morte chamando Travers.

— Irmão ou primo, sei lá, desse que você provavelmente está pensando, um preconceituoso, com certeza, mas pelo menos é competente no seu trabalho e não trabalha com os comensais da morte – Respondeu Akynyi – E a outra Nott é a Marisa Nott, a sua colega de trabalho incompetente.

— Marisa Nott? A aluna da Sonserina? – Perguntou Hydra, lembrando da menina que era do mesmo ano que Peter e andava as vezes com Draco.

— Algo contra os alunos da Sonserina? – Perguntou Akynyi sorrindo.

— Não! Não, não, de jeito nenhum! O cunhado do meu marido ele é...

— Calma Macmillan, só estou brincando, eu achava metade da minha turma detestável, mas não todos, não te julgo – Disse Akynyi agora rindo.

— De qualquer maneira, eu acho melhor você mesmo ir, é importante – Disse Gustav.

— Ok então, me acompanha hoje de tarde? Vou marcar para às 2 da tarde lá no escritório dele – Disse Akynyi.

— Sim, com certeza, vou limpar minha agenda – Respondeu Gustav, ele parecia ter um respeito enorme por Akynyi.

Na verdade, ao passar do dia, Hydra viu que todos pareciam ter um respeito enorme por Akynyi, todos pareciam temer e admirar sua presença e ela andava como se todos os lugares pertencessem a ela, mas de uma forma ruim.

Na hora do almoço, quando Hydra ia embora, ela encontrou novamente Gustav.

— Eu não acredito que você está trabalhando com a Guialo, ela é a melhor diretora que esse departamente já teve! – Disse Gustav enquanto os dois conversavam no Átrio.

— Eu sei, ela é maravilhosa! Tão inteligente e...

— Não, não Hydra, nós somos inteligentes, a mulher é um gênio, ela tem uns 10 N.I.E.M.s ou mais e todos maravilhosos, pelo menos é o que dizem por aí – Disse Gustav.

— E ela fala 14 idiomas! – Completou Hydra.

— Você merece um bom cargo depois daquele sufoco que passou com a Umbridge – Disse Gustav, com o rosto completamente solidário.

— Eu sei, eu também acho, acredite...

— Bem, vai lá ver a Libra, manda um beijo meu para ela e um abraço para o Peter.

— Ok, o mesmo para as sua filha e a Juliane – Disse Hydra sorrindo.


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