A Batalha Final escrita por Paula Mello


Capítulo 15
O Apelo de Draco




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Novembro chegou com o mesmo clima de tristeza no ar, mais e mais pessoas estavam desaparecendo.

Sem notícias de Teddy, Andrômeda só conseguir assumir que o pior aconteceu e estava inconsolável por dias, assim como Tonks.

Libra crescia uma menininha linda e especial, agora já estava prestes a completar dois meses de vida, as visitas de Juliane e Gustav ficaram mais constantes, Libra amava brincar com a filhinha dos dois. Fleur e Gui apareciam também quase todos os dias, assim como Fred e Jorge que estavam completamente apaixonados por Libra.

As cartas de seus pais também não paravam de chegar, uma mais triste e colocando mais culpa em Hydra do que a outra, por mexerem muito com ela, Peter começou a pedir permissão para queimá-las antes de ela ler, o que Hydra concordou.

No dia do batizado de Libra, todo um esquema especial foi feito, Peter conseguiu comprar no "mercado negro" uma capa de invisibilidade antiga, não era muito poderosa, mas servia bem, então Hydra usaria ela quando saísse de casa com Libra e Peter. A igrejinha aonde Libra seria batizada ficava bem longe de sua casa, despistando qualquer suspeita e eles aparatariam em três lugares diferentes antes de chegarem ao destino final, só para garantir, assim como todos os poucos convidados, Hydra faria uma pequena recepção depois em sua casa, mas na igreja iriam apenas os padrinhos, Jorge, Fred e Tonks, os pais de Peter e sua irmã.

Libra parecia a bonequinha mais linda do mundo, com sua vestezinha branca rendada e um chapeuzinho combinando, deixando seus cabelos louros e olhos cinzas ainda mais acentuados, Hydra vestia uma veste também branca que marcava levemente a cintura e tinha o tecido leve, com uma capa rosa por cima, Peter usava uma veste azul marinho com detalhes em azul royal, Fred e Jorge usavam seus mais elegantes casacos de couro de dragão e Tonks parecia lindíssima com uma veste azul clara e roxa, seus cabelos estavam lilás para a ocasião e sua barriga de grávida já aparecia nas vestes, o sr. e a sra. Macmillan estavam os dois com vestes prateadas e branca e Jennifer usava uma veste verde e cinza.

A igreja era linda e pequena, era toda feita em pedras do lado de fora e por dentro, tinha desenhos nas paredes beges rústicas e um vidral atrás do altar, banquinhos de madeira preenchiam duas colunas, no primeiro banco do lado direito, já se encontravam os senhores Macmillan com Jennifer e do lado esquerdo, Fred, Jorge e Tonks. Uma grande tristeza preencheu o coração de Hydra conforme ela entrava na igreja, seus pais não estavam lá e nem Draco, nem mesmo poderiam, era deles que ela corria agora.

Um homem baixinho e gordinho presidia a cerimônia, velas flutuavam sob o altar e pequenas flores pareciam cair do teto e desaparecer antes de atingirem o chão. Quando Hydra e Peter se posicionaram no altar, a cerimônia começou.

— Meus prezados, estamos aqui hoje reunidos para o batizado da nossa pequena bruxinha aqui presente – Disse o bruxo apontando para Libra, que descansava sossegada nos braços de Hydra.

Depois de um lindo poema sobre bebês e responsabilidade dos pais e padrinhos que o bruxo leu, ele começou a falar sobre Libra.

— O nome escolhido para a nossa querida bebezinha é Libra Andrômeda Macmillan, filha de Peter Lance Macmillan, filho de Lance e Mezra Macmillan e Hydra Bellatrix Macmillan, filha de Lúcio e Narcisa Malfoy (uma pequena tristeza bateu em Hydra quando ele disse isso), nascida no dia 27 de setembro de 1997, na casa de seus pais. Libra é uma menina sorridente, feliz e com uma habilidade mágica muito especial, a promessa de grandes coisas feitas por essa bruxinha é esperada por todos nós...

Depois de um tempo, foi chamado ao altar os padrinhos (Fred não parecia muito contente, até o bruxo afirmar que mesmo não batizando, Fred poderia ser considerado tão padrinho quanto Jorge por Libra, ai ele abriu um grande sorriso).

— Jorge Weasley e Ninphadora Tonks, vocês aceitam as responsabilidades como padrinhos...

Hydra se distraiu um pouco, os olhos de Libra eram tão profundos e sinceros, ela só foi interrompida de seus pensamentos, quando teve que entregar ela para os padrinhos, de novo, era uma sensação horrível quando tiravam ela de seus braços.

Libra foi batizada sem chorar nem mesmo uma vezinha, Jorge e Tonks, assim como Hydra e Peter fizeram suas promessas e por fim, a cerimônia estava acabada, com o bruxo acenando a varinha e magicamente fazendo um pouco de água cair na testa de Libra, falando algumas palavras em latim.

— Foi lindo minha filha, lindo e simples como você quis – Disse a sra. Macmillan que chorava.

Fred e Jorge disputavam para ver quem iria segurar Libra e de qual dos dois ela iria gostar mais.

— Muito provavelmente eu, eu sou o mais engraçado – Disse Fred.

— Mas eu sou o mais bonito! – Dizia Jorge.

— Vocês são iguais – Disse Hydra e os dois a encararam sérios.

— Besteira!!! – Disseram os dois ao mesmo tempo.

Todos fizeram o mesmo caminho para voltar para casa de Hydra, separadamente e por múltiplas aparatações.

Em casa, uma linda festinha estava sendo realizada para Libra, uma decoração cheia de estrelinhas prateadas que caiam do "céu", uma grande mesa foi colocada para todos os convidados sentarem e pequenas fadinhas a rodeavam.

Além dos que estavam no batizado, também estavam, Lino Jordan, Angelina Jhonson, Juliane e Gustav (com a filha), (Julie, Ian e o marido acharam mais seguro não ir, mas mandaram presentes), Alícia Spinnet, os Weasley, Jenono e Marilee, Andrômeda Tonks, Fleur e Gui, Lupin, Shacklebot (que inclusive era quem deixava os que não tinham sido confiados o segredo, entrar) o tio e tia de Peter, sua prima e Abbas. Era uma festa pequena, mas somente com os bons amigos e família, Hydra ficou nervosa sobre como iriam fazer aquela festa sem chamar atenção, mas graças a um bom planejamento, foi possível e agradável.

Lydia, agora uma bebezinha de 11 meses, ficou encantada com a amiguinha e queria ficar o tempo todo ao lado de Libra, Hydra aproveitou o tempo para conversar com seus antigos amigos de Hogwarts.

— Hydra, você precisa vir no meu programa – Disse Lino animado enquanto bebia um pouco de hidromel.

— Que programa? – Perguntou Hydra.

— O Lino criou um programa de rádio que irradia as notícias como realmente são, O Observatório Potter. Só que não pode ir ao ar toda noite, nós temos que mudar constantemente de lugar para não ser pego, e a gente precisa de uma senha para sintonizar, o próximo vai ser amanhã a noite, eu te dou a senha – Disse Jorge.

— Vou querer ouvir com certeza, parece o máximo, Lino e muito corajoso! Meus parabéns – Disse Hydra.

— Nós usamos apenas codinomes lá, é relativamente seguro – Disse ele.

— Eu com certeza vou querer participar de um, apesar de não saber que codinome usar – Disse Hydra sorrindo.

— Papai conseguiu mandar notícias, Hydra, ele não está morto!!! – Disse Tonks a abraçando apressadamente.

— É sério? – Perguntou Hydra também chorando de alegria.

— Sim, mamãe acabou de falar, ele conseguiu enviar uma coruja com um código deles, não sei como conseguiu enviar essa coruja, mas conseguiu, isso que importa – Dizia Tonks que quase não conseguia ficar em pé de tanta emoção.

— Eu disse, se alguém consegue enganar o Ministério, esse alguém é o tio Teddy.

Depois que Tonks se afastou, ela continuou falando com os rapazes.

— Ele está indo bem, os sequestradores, eles não são fáceis! – Disse Lino em um tom sério.

— Sequestradores? – Perguntou Hydra, mas foi interrompida pela sra. Macmillan que pedia para ela ir tirar fotos.

— Amanhã te explico no programa... – Disse Lino enquanto ela se afastava.

A festinha durou por muitas horas, mesmo muito depois de Hydra colocar Libra para dormir, os primeiros a irem embora foram Juliane e Gustav, para levar Lydia para também dormir, depois Shacklebolt se foi e então os tios e prima de Peter seguidos pelos Macmillan que tinham que ir trabalhar.

A festa ficou ainda mais agradável durante a noite, todos riam e se divertiam e Hydra até cantou uma música acompanhada do rádio, era como ter uma vida normal novamente, por um dia pelo menos.

— Você teve mesmo que trabalhar para Umbridge? – Perguntou Angelina em um ponto da noite enquanto conversavam com ela e Alicia.

— Sim, foi horrível, sinceramente uma das piores semanas da minha vida – Disse Hydra lutando para nao relembrar aqueles momentos.

— Você acha que isso um dia vai acabar? Toda essa guerra? Toda essa perseguição com os nascidos trouxas? – Perguntou Alicia em um tom muito sério e os olhos tristes e carregados.

— Sim, eu espero que sim pelo menos, não podemos viver assim para sempre, podemos? – Perguntou Hydra, meio que já sabendo a resposta.

Depois que a noite de festa acabou, Lino deixou com Hydra a senha e horário do programa do dia seguinte.

— É Grimmauld – Disse ele antes de sair.

Na noite seguinte, no horário marcado, Hydra disse a senha e conseguiu sintonizar na rádio no progama de Lino, com Libra dormindo em seu colo, ela escutou com atenção junto com a sra. Weasley, que estava ajudando ela aquela noite, já que Peter foi trabalhar.

— Senhoras e Senhores, é um prazer estar aqui com vocês mais uma noite no observatório Potter – Dizia a voz de Lino – Vamos contar para vocês sempre tudo que o Ministério e o Profeta Diário tentam esconder, aqui conosco hoje, temos alguns convidados especiais, boa noite rapazes.

— Boa noite, River – Disseram duas vozes.

— Antes de mais nada, vamos tirar um minuto para falar das mortes que o Profeta continua não anunciando, infelizmente tivemos a comprovação da morte de Angelic Yoness e seu marido, Bruce Yoness, dois bruxos nascidos trouxas que foram capturados e mortos por sequestradores.

"Também em Londres, tivemos a morte de uma família de trouxas de oito membros, parece que os comensais estão achando essas mortes uma nova forma horrível de diversão."

Hydra se arrepiou toda, era horrível ouvir tudo isso e saber que seus pais e irmão estavam metidos com aquele tipo de gente, a sra. Weasley também ouvia séria e com lágrimas nos olhos.

— Eu gostaria de convidar os nossos ouvintes a fazer conosco um minuto de silêncio em memória de Angelic e Bruce Yoness e da família de trouxas anônimos, mas também muito merecedores do nosso pesar, todos assassinados pelos Comensais da Morte e sequestradores.

Hydra e a Sra.Weasley respeitaram o minuto de silêncio, Libra dormia pesado em seu colo e ela só pensava em como ainda devia agradecer por ambas estarem vivas e também Peter, além de sua família e amigos.

— Obrigado – ouviram a voz de Lino. – E agora o nosso colaborador habitual, Rômulo, que vai apresentar o nosso "Amigos de Potter", mas antes, gostaríamos de lembrar que todos que puderem lançar feitiços de proteção na casa de seus vizinhos trouxas, que os façam, assim muitas vidas poderão ser salvas.

"Rômulo, você acredita que Harry Potter esteja vivo?"

— Sim – Disse a voz agora de Lupin – acho que iriam anunciar a morte dele com todo prazer se isso tivesse acontecido, como um símbolo de vitória do novo regime. O Menino-Que-Sobreviveu, lembrem sempre, é um símbolo do que estamos lutando e eu espero sinceramente que ele esteja nos ouvindo hoje.

— E o que você falaria para ele se ele estivesse? – Perguntou Lino.

— Que continue forte e lutando, estamos ao lado dele aqui fazendo a nossa parte e acreditamos nele.

— E existem notícias sobre planos de Você-sabe-quem ou dos comensais?

— Só o habitual, ainda não sabemos qual será o próximo passo deles, mas mantenham sempre as proteções em seus lares, temos fontes seguras que afirmam que Você-Sabe-Quem ainda tenta se manter fora de vista, mas seus comensais são igualmente perigosos, evitem sair sozinhos e protejam seus amigos e família trouxas ou nascidos trouxas de todas as formas que puderem, não acreditem em tudo que ouvem do Ministério e nem do Profeta Diário.

— Obrigado Rômulo, caros ouvintes, chegamos ao final de mais um Observatório Potter. Semana que vem estaremos no ar, a próxima senha será "Granger". Mantenham-se mutuamente protegidos, mantenham a fé. Boa-noite.

— Uau, isso foi incrível! - Disse Hydra.

— Sim, eles estão fazendo um bom trabalho nos mantendo sempre informados – Disse a Sra. Weasley.

O mês de novembro passou, Hydra sintonizava toda semana no Observatório Potter para ouvir notícias, Lupin e Shacklebolt eram convidados frequentes.

No meio de dezembro, quando o frio já era intenso, Hydra recebeu uma carta de Draco.

"Hydra,

Por favor, se encontre comigo amanhã às 11 da manhã na praia perto da sua casa, eu prometo não levar ninguém comigo, eu só quero te ver.

Draco Malfoy"

— Nem pensar! Ele deve estar armando algo – Disse Peter lendo a carta e andando pela sala.

— Com certeza, Hydra, não vai, por favor.... – Disse Fred.

— Você sabe que provavelmente não é nada de bom, não sabe? – Completou Jorge.

— Gente, eu preciso ir! Não dá para eu fugir da minha família para sempre, além disso, eu vou sozinha, não com a Libra – Disse Hydra que estava sentada no sofá olhando para os três se revezarem com a carta na mão e andando de um lado para outro da sala, na verdade estava deixando ela meio tonta.

— Mas ele pode te pegar... – Disse Peter.

—...E te arrastar para casa dele – Completou Fred.

— Ou te torturar até você entregar a Libra – Disse Jorge.

— Gente, espera, é meu irmão, não é a minha tia! Não acho que ele faria isso... - Disse Hydra tentando acreditar no que ela mesmo disse.

— Assim como achava provavelmente que seus pais não pegariam sua filha, mas... – Disse Fred balançando o ombro.

— Ok, ok, eu admito, mas eu preciso ir gente, eu na verdade estou morrendo de saudades do Draco – Admitiu Hydra com uma certa tristeza.

— Ok nada Hydra, pensa...

— Não adianta, Fred, ela provavelmente não vai te ouvir, quando se trata de senso de autopreservação a Hydra simplesmente não tem nenhum! – Disse Peter com certo rancor olhando feio para ela.

— Exatamente, não adianta, mas eu aceito uma certa proteção... – Disse Hydra, deixando Peter mais animado.

— Como? – Perguntou Jorge.

— Eu vou na praia, aqui na frente, vocês podem ficar escondidos na casa do Gui e aqui, observando, se eu precisar de algo, vocês atacam – Disse Hydra calmamente.

— É, não é uma má ideia – Disse Jorge.

— Não mesmo, podemos trabalhar com isso – Concordou Fred.

— Ok, sendo assim... – Peter sentou ao seu lado – Só tome cuidado, ok? Você e Libra são meus bens mais preciosos.

Jorge e Fred fizeram caretas e imitações de beijinhos.

— Vocês têm 10 anos? – Perguntou Hydra rindo.

— 9 – Respondeu Fred piscando com um olho.

Foi combinado que Gui, Fleur e Peter ficariam aguardando disfarçados na casa de Gui, Fred e Jorge ficariam vigiando de cima da casa de Hydra enquanto ela andava pela praia com Draco e Andrômeda e Tonks ficariam dentro de casa com Libra.

— Ok, isso está pior que uma operação e guerra, só para ver meu irmão – Disse Hydra ajeitando as vestes antes de sair.

— Tempos de guerra, querida prima, tempos de guerra... – Disse Tonks com certa tristeza no olhar.

Hydra desceu às 11 em ponto, ficou esperando Draco sentada na areia olhando para o mar, totalmente ciente que cinco pares de olhos a vigiavam naquele momento.

— Hydra... – Disse uma voz triste atrás dela. Ela se levantou correndo e ficou por alguns segundos olhando para Draco, era uma visão triste, um menino tão bonito, parecia tão abatido, magro, com olheiras roxas e uma expressão de tristeza profunda, foi um choque no coração de Hydra que teve vontade na hora de chorar.

— Draco! – Respondeu ela correndo e o abraçando ele forte, que a abraçou de volta.

— Você parece bem – Disse ele com a voz de choro.

— Você não, Draco, o que estão fazendo com você, meu irmão? – Disse ela observando mais uma vez o rapaz triste e abatido que estava na sua frente, nem parecia aquele garoto arrogante e elegante que sempre conheceu, apesar de ainda estar bem vestido com uma veste negra de linho.

— Nada Hydra.... – Disse ele evitando o olhar dela.

— É mentira, eu aposto que é mentira, da para ver! É ele, ele está te forçando a fazer coisas que você não quer, não é? – Perguntou Hydra virando seu rosto com a mão e o obrigando a olhar para ela.

— Não me pergunte, por favor...

— Quem te mandou aqui, Draco? O que eles querem? Roubar minha filha?

— Sim, é exatamente isso que ele quer, eu não sei o porquê, mas ele quer, esconda ela Hydra, eu te imploro, esconda ela...

Hydra ficou chocada com a reação do irmão, esperava que ele viesse implorar para vê-la, pedindo para dar uma olhada e então a roubando para os seus pais, mas não, o menino estava desesperado e triste.

— Eu já estou...

— Então continue, não deixe Hydra, eles não sabem que eu estou aqui, eu fugi por um tempo, eu só queria te ver, ter certeza que você está bem.

— Draco, fica comigo, fica aqui, eu te protejo... – Disse Hydra que agora já chorava abertamente.

— Não, não posso, acredite em mim, eu não posso, mas por favor, protege ela.

— Eu achei que você fosse me pedir para vê-la – Confessou Hydra.

— Eu queria, claro que eu queria, mas eu sei que é melhor que não, que você nesse momento não deve confiar em mim.

— Eu não confio em quase ninguém quando se trata dela, mas mesmo se eu quisesse, eu não sou o fiel do segredo da minha casa e nem ninguém que esteja perto de mim – Disse Hydra, querendo deixar claro para Draco.

— Tudo bem, Hydra, eu entendo, só a protege, só isso que eu te peço e eu só queria te ver, mesmo que por um minuto – Disse Draco abraçando a irmã e se preparando para ir embora.

— Draco, espera – Disse Hydra sem ter certeza do que fazer em seguida – Me espera aqui? Só um pouco?

— Para que? – Perguntou Draco.

— Só um pouco, por favor.

— Ok...

Hydra saiu correndo para a casa de Fleur, aonde os três a aguardavam ansiosos.

— O que houve? – Perguntou Peter.

Hydra deu uma breve explicação e todos ficaram desconfiados e admirados.

— Você não acredita nele, acredita? – Perguntou Peter

— Sim, acredito, eu conheço o Draco bem o suficiente para saber quando ele mente – Disse Hydra.

— Não nos últimos tempos – Disse Peter observando pela janela o rapaz que sentado na areia, observava o mar, assim como Hydra fazia.

— Eu conheço ele agora e sempre e ele está falando a verdade – Disse Hydra encarando Peter.

— E o que você quer fazer? Por quê ele está te esperando? – Perguntou Peter.

— Porque eu vou trazer a Libra para ele ver.

Foi um escândalo, Peter dizia repetidamente que não, Fleur e Gui diziam por favor para Hydra ouvir ele.

— Ela não é só sua filha, Hydra, dessa vez eu não vou satisfazer a sua vontade – Disse Peter.

— Eu só quero que meu irmão conheça minha filha, por favor – Disse Hydra chorando.

— Não! De jeito nenhum! Não! – Disse Peter raivoso de um jeito que Hydra raramente via.

— Peter, deixe que ela traga a menina até aqui, essa casa tem proteções, o Draco não vai poder aparatar aqui dentro com ela e além disso, teremos nossas varinhas viradas para ele – Disse Gui calmamente.

— Mas ele vai ficar sabendo aonde é sua casa! – Disse Peter.

— Tudo bem, estamos pensando em fazer o feitiço Fidelius aqui, achamos que é só questão de tempo até nos perseguirem e é bom ter uma casa segura, se for o caso de precisar, nós faremos – Disse Gui.

— E você ao menos tem certeza que aquele é o Draco mesmo? E não alguém com poção polissuco? – Perguntou Peter.

— Não, você tem razão, mas eu vou lá ter certeza antes de mostrar Libra para ele, você vai lá em casa e pegar ela, ok?

Peter demorou muito para ser convencido, mas finalmente aparatou para casa afim de pegar Libra para Draco ver, enquanto Hydra voltou para a areia.

— O que houve? – Perguntou Draco ainda sentado, Hydra se sentou ao seu lado.

— Você se lembra quando éramos crianças? – Perguntou Hydra.

— Mas é claro que sim.

— Eu ums vez fiz uma coisa errada e você me pegou fazendo, você lembra o que era?

— Foram tantas – Disse Draco sorrindo de leve – Mas acho que deve ser quando você pegou a varinha da mamãe para tentar fazer o nosso gato ficar rosa.

— Isso – Disse Hydra sorrindo – E você lembra o que você me disse? Porquê não iria me denunciar?

— Que eu nunca ia querer deixar você sofrer novamente... – Respondeu Draco – Apesar de naquela época eu nem saber o que você tinha passado direito...

— É você mesmo – Disse Hydra.

— Sim, sou eu.

Hydra tinha certeza disso, só Draco saberia disso, nem seus pais, nem Voldemort, nem ninguém nunca soubera do que ela fez, era uma pergunta íntima demais e incomum demais para Draco pensar em treinar os outros.

— Vem... – Disse Hydra levantando e apontando a mão para Draco segurar.

Ele segurou e se levantou, a seguindo até a casa de Fleur.

Lá dentro, Gui, Tonks e Fleur tinha as varinhas apontadas para eles, Peter tinha Libra enrolada em uma manta sentado no sofá, olhando feio para Draco.

— É só um cuidado extra... – Disse Gui.

Draco não prestou atenção, Hydra foi na frente e pegou Libra de Peter, que relutou muito em entregar e então a mostrou para Draco, o menino teve a reação mais inesperada de todos, Draco começou a disfarçar lágrimas, até Peter sentiu que a reação era verdadeira.

— Posso? – Perguntou ele pedindo para segurar Libra.

Peter fez menção de dizer não, mas desistiu, Hydra entregou a filha no colo do irmão, enquanto as varinhas ainda estavam apontadas para ele.

— Ela é linda! – Disse ele a balançando – Parece com você, tem nossos olhos...

Draco parecia admirado, hipnotizado, ele sorria pela primeira vez abertamente desde que Hydra o vira, ela sabia que era a sensação de felicidade que Libra passava que o deixava assim, ela tinha a mãozinha em seu rosto.

— Obrigado, Hydra – Disse ele devolvendo a bebê para ela – Muito obrigado por issoz

Draco beijou a testa da irmã e saiu, sem nem olhar para nenhuma outra pessoa na sala, só agradeceu também com a cabeça a Peter e foi embora ignorando completamente a existência dos outros.

Ele então, aparatou depois do limite da casa.

— Bem, ele aparentemente não queria roubar a criança afinal... – Disse Tonks.

— Não, acho que ele só queria ver ela mesmo... – Disse Hydra, agora embalando Libra.

— Ou contar para os outros o que viu – Disse Peter.

— Vamos levar ela para casa – Disse Hydra querendo evitar mais brigas.


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