Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 17
Behold the Dragon's Fury


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem o penúltimo capítulo do primeiro ato. Chegando ao desfecho emocionante :D

Boa leitura, meu povo ♥



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Ao ouvir Androxus revelando que sua irmã era na verdade Skye, deixa Fernando com os olhos arregalados e boquiaberto. A essa altura da missão, começou a se perguntar o como não pensou nisso.

— Aquela garota tola? Depois que se recusou a trabalhar comigo, só a fiz acreditar que seu irmão está morto. E por gente como vocês...ou aquela garota lá em cima. - Revela Drogoz saindo dos escombros enquanto ria.

Em seguida duas enormes asas de metal se abrem das suas costas e são ativados jatos propulsores.

— Você a enganou, lagarto maldito! - Grita Androxus atirando em sua direção.

— Lagarto? - Ele perguntou enquanto levantava voo devagar. - CONTEMPLE A FÚRIA DO DRAGÃO! - Ele gritou enquanto o jato propulsor de suas asas aumentavam imensamente e voava em direção a Androxus. - MORRA!

Ao ver ele se aproximando, Androxus não pode reagir. Apenas pensou mais uma vez em sua irmã e virou o rosto. Notou um som extremamente alto que ocorreu em sua frente. Quando abriu os olhos, viu a armadura de Fernando em sua frente segurando o soco da fúria do dragão com o escudo semi estilhaçado.

— Not Yet Amigo! - Diz Fernando com seu sotaque espanhol.

— Integridade do escudo em 2, 1 e...0! - Grita Bolt.

Nesse instante o braço direito da armadura de Fernando é solto do resto do corpo e seu braço fica exposto. Rapidamente enfia a mão no compartimento peitoral e tira Bolt de dentro. Em seguida o arremessando para Androxus.

— Minha grande hora, amigo! - Diz Fernando com um sorriso no rosto e fechando o capacete da armadura.

Em seguida que o escudo se estilhaça, Drogoz consegue acertar sua armadura no peito e com um alto grito de fúria, o arrasta para cima, destruindo os andares superiores.

— FERNANDO, NÃO. - Gritou Bolt

— Fernando... - Diz Androxus sem acreditar no que o companheiro fizera.

— Eles no deu tempo, vamos subir. - Diz Barik, entrando no elevador que por pouco não havia sido danificado.

~ Enquanto isso do lado de fora ~

— Você não tem idéia o medo que eu estava de te reencontrar, mas agora que aconteceu...hahahaha...eu te agradeço por ter me dado a chance de ter conhecido esse novo lado de mim! - Eu digo com um sorriso psicopata no rosto, o que ficava mais assustador pelo sangue que escorria por cima do meu olho esquerdo, dos cortes na boca e a aura rosa que ficava cada segundo um pouco mais brilhante. Ela tenta se apoiar para levantar e piso em sua mão.

— Não vai a lugar algum docinho. - Digo olhando em seus olhos.

Ela olhava para meus olhos amarelos como se estivesse sendo hipnotizada, mas era notável que era totalmente medo. Pego a adaga que estava no chão e sento sobre seu corpo novamente ajoelhando em seus braços. Em seguida levanto a adaga e quando vou apunhala-la ouço um enorme estrondo vindo de dentro, ficando cada vez mais alto. Por achar que esse som atrapalhou meu momento, a dou mais um soco com força no queixo a desmaiando de vez.

De repente saio desse transe psicopata em que me encontrava e olho para trás assustada. Meus olhos voltaram para o azul cintilante e a aura desaparece. Começo a me assustar com tudo o que estava acontecendo. Solto a adaga no chão e me levanto olhando para a direção de onde o barulho vinha.

Nesse momento a chuva vai parando aos poucos e o vento aumenta mais um pouco, mesmo assim continua no escuro da noite com a luz dos holofotes para onde estávamos.

O barulho aumentava cada vez mais até que a parede em minha frente é destruída e acabo sendo arremessada sobre o corpo de Skye. Para sua sorte, todos os pequenos destroços que deveriam a atingir, pegaram em mim, pois estava jogada em cima dela.

Por minha sorte, apenas pequenas pedras me atingem, sem ferimentos, mas ainda sim foi doloroso. Ao ver o sangue de minha testa pingando sobre seu rosto, rasgo um pedaço de sua camisa roxa, o suficiente para eu amarrar em minha testa como uma bandana, para conter o sangramento e pelo menos, permitir que eu consiga enxergar.

Em seguida olho para cima novamente e vejo a armadura de Fernando despencando sozinha, enquanto um dragão flutua com o propulsor e solta um enorme rugido. Olho fixamente a armadura caindo e destruindo parte do chão, como se fosse uma cena de filme em minha cabeça. Meu coração congelou, comecei a tremer, era meu "irmão" que estava ali.

— FERNANDO! - Eu grito enquanto saio correndo na direção da armadura. Enquanto corro sinto as lágrimas começando a cair aos montes do meu rosto.

Assim que chego na armadura, subo nela e tento retirar o capacete, para ver se ele estava respirando. Tentei fazer respiração boca a boca mas sem sucesso e não podia fazer massagem cardíaca por conta da armadura estar fechada.

NÃO...MORRE...NÃO...MORRE...DROGA...VOCÊ NÃO PODE MORRER...ACORDA...ME RESPONDE...- Grito enquanto dou socos com toda minha força no peito da armadura, na tentativa totalmente fracassada de conseguir abrir.

Ao ver que não adiantava, sinto meu coração desacelerando e minha mente esvaziando enquanto vou me acalmando de um momento para outro.

Caio de joelhos ao chão. Não tinha a mínima idéia do por que aquilo estava acontecendo, sendo que segundos atrás eu estava aos prantos.

Já sem forças, olho para o dragão. Até que o ouço dizendo.

— Liberar o protótipo de batalha número 37!

~Enquanto isso do lado de dentro~

Após Drogoz e Fernando terem subido para fora do prédio, Barik, Androxus e Bolt estavam indo até a saída. O elevador só os levaram até o sub primeiro andar. Tinham que voltar ao térreo sozinhos e foram atrás de uma escada.

— Eu não acredito que ele fez isso, ele não podia ter feito isso. Eu deveria estar com ele. - Dizia Bolt apenas como a esfera novamente.

— Bolt, ele fez isso por nós, hora de fazermos por ele. - Responde Barik pegando uma espécie de cristal amarelo e colocando no compartimento de munição de seu bacamarte.

— Me desculpem, eu que provoquei isso. - Diz Androxus em baixo tom.

— Não é hora de nos desculparmos, primeiro vamos acabar com essa luta. - Barik abre uma grande porta eletrônica de aço e quando vão seguir em frente eles se deparam com uma grande máquina assustadora.

Continha um corpo azul meio arredondado, com pernas curtas e algumas bombas de pavio nas mãos.

— Droga, ele nos achou antes. - Diz Barik.

— Quem é ele? - Pergunta Bolt.

— Não, não, pessoal. Explosões primeiro, perguntas depois! - Diz a coisa.

— Essa é a carta na manga que Drogoz me fez criar. Seu nome é Rei Bomba. - Responde Barik

~Enquanto isso do lado de fora~

Eu sentia o vento passando pela minha roupa, cada segundo em que eu encarava aquele dragão fazia eu sentir uma imensa fúria dentro de mim, por mais calma que eu estivesse, o que era assustador para mim. Uma força imensa querendo emergir. Algo que nunca senti da mesma forma. Sentia como se não fosse eu. Até ouvir uma voz em minha cabeça.

— Você quer matar ele. Ele feriu a pessoa quem você ama. Você quer o destruir agora. - Era uma voz idêntica a minha. - Faça ele se arrepender.

— Eu quero acabar com ele. - Eu dizia para eu mesma enquanto ouvia a voz que me colocava de volta ao transe.

Meus olhos de azuis cintilantes voltaram vagarosamente para aquele amarelo brilhante de poucos minutos atrás. Porém minha aura voltou um pouco maior que a primeira vez e bem mais brilhante.

— Isso, você quer acabar com ele, se entregue a vontade. Se entregue ao ódio. Consuma desse poder. - A voz dizia.

— Acabar com ele...eu quero acabar com ele. - Eu respondia falando baixo, sem notar. Ainda olhando fixamente para o dragão que estava recarregando seu canhão.

Começo a me reerguer com as pernas tremendo e me esforçando para me manter em pé.

— Deixe-me cuidar disso para você. - Era a última coisa que ouvi a voz dizendo antes de sentir um apagão em minha mente. Era como se meu corpo não fosse mais controlado por mim.

— Quanto tempo esperei por isso. - Eu digo limpando o sangue do rosto. O sorriso psicopata havia voltado.

O mais estranho era não ser eu estar fazendo aquilo, ou falando, como se alguém tivesse tomado meu corpo. Mesmo assim eu não notava o que estava acontecendo estava hipnotizada.

— Ei lagarto, não me faça subir aí para acabar com sua maldita raça. - Gritei para ele.

— A quem você chamou de lagarto? Garotinha imbecil. Quer ter o mesmo fim desse cavaleiro? - Ele questionou enquanto descia devagar parando a 3 metros do chão.

— Espero que você valha meu aquecimento. - Digo apontando para Skye. Meu sorriso aumentava mais ainda.

— Veremos se você vale o meu. - Ele diz olhando para Fernando e em seguida para mim e abrindo um sorriso também.

Pego a adaga que tinha soltado no chão, perto do corpo de Skye e me preparo.

— Enquanto meu protótipo não está aqui em cima, vou cuidar de você. Pode vir criança. - Ele diz debochando.

Saio correndo em sua direção. Nunca havia corrido tão rápido assim em toda a minha vida. Tínhamos aproximadamente uma distância de 70 metros e percorri essa distância em menos de 5 segundos até chegar a 10 metros dele e dar um pulo em sua direção.

— Acabou. - Eu digo sorrindo a alguns centímetros dele.

Em seguida o apunhalo usando a adaga com força de baixo para cima em sua mandíbula. Mas assim que o acerto, a adaga se despedaça sem deixar marca alguma nele, que nem sequer reage. O chuto para voltar ao lugar de onde pulei para alcança-lo. Caio agachada e começo a pensar no como vou fazer para machuca-lo.

— Você acha que essas escamas são feitas de que? - Ele disse dando risada. - Agora é minha vez. - Ele diz aumentando a potência de seus propulsores e voando em minha direção em uma velocidade assustadora.

Antes que eu pudesse reagir ele me acerta um soco com muita força no estômago, me arremessando a metros longe de onde estava, voltando para perto da armadura de Fernando. Comecei a tossir muito sangue. Mas não estava sentindo a dor por conta de não estar no controle de meu corpo.

— Maldito. - Eu disse enquanto tentava levantar, ainda babando e cuspindo sangue. - Vai querer que eu pegue pesado? - Falei totalmente o subestimando.

~Enquanto isso do lado de dentro~

— Quais são os pontos fracos dessa coisa? Você deve ter colocado pontos fracos, certo? - Dizia Bolt para Barik.

— Ele arremessa bombas que explodem ao contato. Mas também é vulnerável a elas, quanto mais perto dele elas explodirem, mais chances temos de danifica-lo. - Respondeu Barik.

— Ele tem alguma fraqueza física? - Pergunta Androxus.

— É frágil a temperaturas extremamente altas ou baixas. - Responde Barik.

— Parem de conversar, vamos começar com a diversão. - Disse o protótipo, arremessando algumas bombas enquanto andava na direção deles.

— Desdobrar escudo. - Disse Barik para abrir novamente seu escudo de energia. - Isso aqui não vai aguentar muito tempo, então pensem em algo.

— Vocês pensem enquanto eu distraio ele. - Disse Androxus saindo da proteção do escudo enquanto puxava seu revólver e começava a atirar.

Quando ele sacou novas bombas, Androxus acertou uma em cheio ainda em sua mão, o fazendo parar de andar.

— Isso não é justo. Talvez isso aqui equilibre mais as coisas. - O Bomba disse enquanto arremessava uma pequena bomba no chão, que começou a inchar.

Androxus usou seu sangue como defesa e conteve todo o dano que a explosão causaria em sí. Porém não pode impedir que fosse arremessado com muita força em uma parede. O corredor e o escudo de Barik foram devastados, por mais que não tenha se ferido.

— Androxus, estamos a 1 andar do térreo, tente o levar para cima que eu tenho um plano. - Diz Barik enquanto sai correndo de perto da batalha.

Androxus saiu do buraco na parede e assentiu com a cabeça, voltando o olhar para o Bomba.

— Adeus estalinho. - Disse Androxus enquanto pulava uma altura incrível até o teto.

— Estalinho? Vou te mostrar o que esse estalinho pode fazer! - Responde Bomba arremessando uma de suas bombas para cima.

Androxus desvia facilmente dela e a vê destruindo o teto, abrindo uma passagem para o andar superior. No mesmo momento Androxus entra pelo buraco da explosão e espera ele o seguir para continuar atirando.

Alguns segundos se passam e quando ele nota que o Bomba não estava o seguindo, desce novamente pelo buraco. Mas não havia ninguém ali. Para sua surpresa e preocupação.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.

Sexta-feira vira o último capítulo do primeiro ato e não se esqueçam que nas notas virão recados e alguma perguntas sobre o segundo ato, que vai estar 10 vezes melhor que o que leram até aqui.

Comentários sempre inspiram o autor. Comente.



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