Meu coração estava acelerado, eu não conseguia acreditar no que eu estava vendo. O que seria de mim agora? O que será de Tom agora? Tantas perguntas sem respostas... Minha cabeça estava girando, eu estava começando a ficar tonta. Sentei-me na cadeira mais próxima e respirei fundo, apoiando minha cabeça em minhas mãos.

Levo um susto ao ouvir meu celular tocar. Pego ele e olho no visor, rezando para que não fosse quem eu estava pensando que era.

- Alô? - falo ao atender.

- Fer... Fez o teste? - era a voz de Larissa. Ufa! Ainda bem!

- Si-i-im. - gaguejo ao falar.

- E aí? Positivo ou negativo? - ela pergunta ansiosa

- Deu... - respirei fundo antes de falar. - ...Positivo... - apoiei minha cabeça novamente em minhas mãos - ...Eu estou grávida, Larissa.

- Fer... Eu não sei se fico feliz ou...

- Laris, acho que agora vou precisar de um tempo sozinha, ok? Falo com você depois. - digo desligando o celular. - Como vou contar isso para o Tom? - pergunto a mim mesma.

Levanto da cadeira e vou até meu quarto. Ainda não havia caído a ficha... Eu estava grávida... Eu irei ter um filho do Tom Kaulitz!

Passei a mão em minha barriga e sorri de canto. Não dava para acreditar.

Deitei-me em minha cama e fechei os olhos, ainda com o mesmo sorriso no rosto. Comecei imaginar meu futuro com Tom e nosso filho... Ou filha. Logo adormeci.

Acordo com meu celular tocando. Levanto devagar e vou até ele, atendendo-o em seguida.

- Alô.

- Fê? - era a voz de Tom. Meus olhos se arregalaram e meu coração acelerou.

- To-o-om? - perguntei

- Sim! Tudo bem amor? - ele perguntou todo animado

- Sim, estou bem... - eu disse - ...Tom, preciso falar com você.

- O que aconteceu?

- Não... Tem que ser pessoalmente... Quando você volta? - perguntei.

- Fernanda você está me deixando preocupado... O que aconteceu? Fala logo.

- Tom, quando você volta?

- Estou no avião... Em algumas horas estarei aí em Magdeburgo. - ele disse

- Ok. Te vejo daqui a algumas horas então... Eu te amo, Tom. - disse e em seguida desliguei.

***

Algumas horas depois...

***

Estava na sacada do apartamento de Tom, onde estou morando também, segurando o papel com o resultado do teste de gravidez nas mãos. Estava a sua espera, ansiosa. Logo ouvi a porta do quarto abrir, quando olhei para trás, o vi lá. Sua expressão era séria, preocupada. Dobrei o resultado e coloquei no bolso da minha calça e me virei para ele.

- Sente-se. - eu disse apontando para a cama

- Vai terminar comigo, não é? - ele perguntou enquanto se sentava na cama, olhando para mim

- Não... Eu tenho uma notícia para te dar... - eu disse me sentando do seu lado. - ...Tom... - peguei em suas mãos e nos meus pensamentos, eu rezava para que ele aceitasse a notícia numa boa. - ...Eu estou grávida.

- O QUE? - ele perguntou se levantando da cama

- E-e-eu... - disse gaguejando enquanto me levantava e ficava na sua frente - ...Eu estou grávida, Tom.

- Como assim, Fernanda? Deu de você me trair agora? - ele perguntou nervoso.

- NÃO TOM! - gritei - EU NÃO TRAÍ VOCÊ!

- Então de quem é esse filho?!

- É seu, Tom Kaulitz. - eu disse com os olhos cheios de lágrimas. - Eu vou ter um filho seu, parabéns.

- Não... Não pode ser... - ele disse se sentando na cama, apoiando sua cabeça em suas mãos. - ...Nós usamos preservativos todas as vezes... Não faz sentido. Esse bebê não pode ser meu Fernanda.

- Tom, sempre tem uma vez ou outra que nós esquecemos do preservativo, é normal. - eu disse me sentando do seu lado - Eu só vivo por ti Tom. Eu nunca seria capaz de te trair com ninguém.

- Fernanda... Não pode ser... Eu não quero ser pai... Não agora! - ele disse se levantando. - Sinto muito eu... Eu não posso ser pai agora.

- Tom... Tom espera... Calma, vamos conversar. - eu disse segurando sua mão.

- Não Fernanda! Não há o que conversar! - ele disse soltando sua mão da minha. Ele abriu a porta e foi saindo do quarto.

- Por favor Tom, eu preciso de você agora. - eu disse chorando. - O que eu vou fazer com esse bebê?

- Eu não sei... Eu não posso ser pai agora, você tem que me entender. - ele disse se virando para mim - Se você for ficar com o bebê, teremos que terminar.

- Como é? - eu disse indo até ele. - Terminar?

- Isso. Eu não vou assumir essa criança, Fernanda. Tenho muito pela frente... Filho é o que eu menos quero agora. - ele disse

- Mas Tom... Eu não posso abortar... Não posso acabar com a vida de um ser humano indefeso, que nem nasceu ainda! E eu não teria coragem de entregá-lo pra adoção... Sinto muito, mas... Eu vou ficar com o bebê. - eu disse olhando em seus olhos.

- Então... Eu sinto muito, Fernanda. - ele disse saindo do quarto.

Ao ouvir o som da porta batendo, comecei a chorar. Sentei-me na cama e apoiei minha cabeça em minhas mãos. Eu estava com uma dor forte no peito. Como Tom pôde fazer isso comigo?

Levantei-me e fui até o guarda-roupa, tirando todas as minhas roupas de lá e colocando na cama.Peguei meu celular e liguei para Larissa,enquanto pegava a minha mala e colocava na cama.

- Fernanda?

- Laris,tem como você vir me buscar? - perguntei, ainda chorando.

- Mas Fernanda, eu estou no Brasil, você tá aí e...

- Larissa, por favor, tem como ou não?

- Tem sim... Logo estarei aí. - Larissa disse desligando o celular.

Comecei a dobrar as minhas roupas e a colocá-las na mala. Não conseguia acreditar... Primeiro recebo a notícia de que estou grávida e agora isso? Acho que meu dia não podia piorar.

- Fernanda? - era a voz de Bill

- Sim? - eu disse abrindo a porta do quarto.

- Vim pegar as coisas do Tom. - ele disse entrando no quarto.

- Não Bill, fala pra ele que não precisa sair do apartamento... Eu vou voltar pro Brasil e... - comecei a chorar novamente. Sentei-me no chão e encostando minhas costas no pé da cama.

- Fernanda,sinto muito... Sei que separações não são fáceis... Ainda mais de uma relação que durou tanto tempo como a de vocês dois,mas... - Bill disse se sentando do meu lado.

- Ele te contou o motivo pelo qual nós terminamos? - perguntei olhando para ele

- Não exatamente... Ele só disse que vocês brigaram e...

- Quem dera que fosse só isso... - eu disse rindo

- O que foi então? Qual o verdadeiro motivo? - Bill perguntou

- Eu estou grávida, Bill. - olhei para ele e sorri de canto.

- Sério? - Bill perguntou, balancei a cabeça positivamente e ele levantou-se num pulo, ficando na minha frente. - QUE BOM FÊ! AI NOSSA, EU VOU SER TIO *-* - ele disse todo feliz, pulando de alegria. Comecei a rir da reação dele e então ao lembrar a de Tom, meu sorriso foi desaparecendo lentamente.

- A reação de Tom foi totalmente o contrário dessa. - comentei. Bill ficou sério e sentou-se do meu lado novamente.

- Ah Fer... Não fique assim por causa do Tom. - Bill disse me abraçando e deitando minha cabeça em seu peito - Apesar de ele ter 21 anos, ele ainda é muito imaturo. Mas ele te ama demais... Sei que ele logo volta correndo para ti.

- Não vai Bill... Por causa do bebê. - eu disse começando a chorar novamente. - Ele disse que não vai assumir bebê nenhum e que se eu fosse ficar com o bebê, teríamos que terminar. E aqui estamos.

- E você ainda acredita nele? - Bill perguntou rindo - Eu tive que agüentar a turnê inteira o Tom falando sobre você... Como sentia sua falta, como queria que você estivesse lá com ele, como ele te amava, etc. Ele não vai deixar isso atrapalhar o relacionamento de vocês.

- Eu ainda assim não consigo acreditar. - disse me levantando e continuando a arrumar minhas coisas.

- Faz assim... Fique no meu apartamento, até o bebê nascer. Ok? - Bill disse me abraçando pela cintura.

- Mas... Não Bill, eu vou voltar pro Brasil. É melhor pra todo mundo. Mas mesmo assim, obrigado pelo convite. - eu disse sorrindo

- Fernanda, eu insisto que você vá morar lá no meu apartamento comigo. Pelo ou menos até meu sobrinho...

- Ou sobrinha. - o interrompi, fazendo-o rir.

- Sim, ou sobrinha, nascer.

- Ah Bill... Eu não acho que...

- Ah, quer saber? Você vai querendo ou não! - Bill disse me pegando no colo, rindo.

- Bill! Me solta! - gritei rindo

- Só solto se você disser que vai morar comigo. - Bill disse rindo

- Ok! Ok! - eu disse - Tem como me soltar agora?

- Sim, tenho. - ele disse me colocando no chão.

- Vou ter que ligar para a Larissa e pedir para ela não vir mais e...

- A Larissa vem? - Bill perguntou animado

- Sim... Ela viria me buscar para podermos voltar pro Brasil juntas e...

- AAAAAH A Larissa vem *-* - Bill disse batendo palmas, todo feliz.

- Ahn... Acho melhor deixar quieto. - eu disse voltando a dobrar minhas roupas e a guardá-las na mala.

Assim que terminei, o celular de Bill começou a tocar. Ele logo o atendeu.

- Alô? Ah, oi Tom... - ao ouvir o nome dele, meu coração parou e eu não conseguia respirar pelo nariz. Droga Tom Kaulitz! - ...Ah, a Fernanda disse que vai voltar para o Brasil e que você pode ficar de boa aqui no apartamento... - ele disse olhando para mim e sorrindo - ...Como ela tá? Ela tá... Triste, né. - Bill sentou na cama e continuou olhando para mim, dessa vez sério. - Tom, vou desligar ok? Se quiser saber de tudo isso vem perguntar pra Fernanda. Tchau. - Bill disse desligando o celular - Vamos?

- Como ele tá? Tá triste? Feliz? Animado? - perguntei

- Fernanda vai... - Bill disse rindo e me puxando pelo braço. - ...vamos buscar a Larissa. *-*