Trustiness escrita por Lilykah


Capítulo 3
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Enjoy =)



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Cinco semanas antes do jogo.

— Eu continuo achando que é perigoso. – disse Harry deitado de costas para o colchão, acarinhando a cabeça da noiva deitada em seu peito nu.

— Amor, a gente está junto ha tanto tempo, e estamos tão bem, qual o problema de simplesmente baixarmos a guarda um pouco? Hein? – ela disse levantando a cabeça para olha-lo nos olhos.

— O problema é justamente esse, Gin. Baixarmos a guarda, você é conhecida, eu sou um para-raios de bruxos das trevas que...

— Você é um que? – Ginny o interrompeu confusa.

— Para-raios, é uma coisa trouxa, esquece... O que eu quis dizer é que eu combato bruxos das trevas no meu trabalho e o mundo bruxo sabe que eu sou auror. Aí em vez de me atacarem, eles podem realmente querer pegar você, ou seus pais, seus irmãos.

— Parou com a paranoia Harry – disse sentando na cama, as alças do pijama de seda caindo pelas laterais dos ombros - Esse assunto já esta mais que esgotado. Nós sabemos nos proteger, não continue carregando essa insegurança com você. E mais, seu trabalho é ir atrás desses trevosos justamente pra que esses ataques não ocorram. Portanto se você é bom no que faz, como eu sei que você é eu confio que estou segura com você, aconteça o que acontecer – quando terminou ele estava apoiado em um dos cotovelos bem próximo á ela.

Confia é?  - Ele disse sorrindo de lado se aproximando mais dela. – Sabe, Senhorita Weasley – riu quando Ginny torceu o nariz – eu também devo dizer que a senhorita é muito boa no que faz – chegou ao seu ouvido – e não é só no Quadribol – riu marotamente enquanto distribuía beijos pelo pescoço da noiva.

— Sou é? – ela disse levantando a sobrancelha, sentindo um arrepio nas costas, por onde a mão dele passeava debaixo de seu pijama. Ele concordou afundando mais ainda no pescoço dela – Pois então eu sou boa em discussões também Sr. Potter. Vamos resolver este assunto, você não vai me enrolar desta vez. – Disse se desvencilhando dos carinhos do noivo ficando em pé ao lado da cama.

Ele se sentou frustrado. – Agora?

— Agora. – ela continuava em pé.

— Se quer minha opinião sincera. Eu não gosto dessa ideia. Pra mim estamos perfeitos deste jeito – Disse.

— Pra mim também está bom, o que a gente tem é tão nosso. Mas eu sinto falta de poder, sabe, contar uma historia sem me preocupar com falar seu nome, passear com você pela Londres trouxa sem ficar achando que tem alguém seguindo a gente a cada 5 minutos, Passear pelos locais bruxos, afastar bruxas assanhadas...

— Bruxas assanhadas? - Harry perguntou confuso.

— Sim, não finja que você não percebe, porque de sonso você só tem a cara. E eu não fico contente e feliz em saber que metade da ala feminina do Ministério provavelmente te tem como protagonista de sonhos eróticos. Não ri! É sério! – ela esbravejou enquanto ele ria largamente - Eu não confio nelas, Harry, sempre que eu vou lá e vejo uma mulher que eu não conheço perto de você, eu tenho a impressão que ela vai te agarrar a qualquer momento. E isso é o que eu vejo, e o que eu não vejo? O que eu escuto? Sabe quantas namoradas já te deram naquele Ministério nos últimos dois meses? – ela mostrou com a mão aberta – Cinco, Potter, cinco!

— Como você sabe?

Ginny levantou a sobrancelha. – Como você acha?

— Hermione. -  Ela assentiu.

— E nem vem me dizer que eu to errada! Eu nem posso chegar perto e impor minha presença por que nosso relacionamento é desconhecido e eu ficaria passando como louca. E as coisas só não são piores por que a gente passa tanto tempo junto ultimamente, e nem quem sabe do nosso namoro faz ideia disso. Mas e como fica isso se você ta longe e eu tenho que escutar essas merdas? Hein? Se fosse ao contrário você também não ia gostar.

Se fosse ao contrario ele realmente não ia gostar. Harry se aproximou e a abraçou. Beijou-lhe a testa. Sabia que ela tinha certa razão, era ciumenta, e ele também.

— Eu sei disso, dessas situação toda, e eu não dou bola pra essas mulheres, não sou tão tapado. – Ela riu – O que sempre vai me importar é você. Quem tem que acreditar e confiar em mim é você. Isso é o importante. – Fez uma pausa e lhe perguntou, lhe abraçando pela cintura - Confia em mim?

Eu confio em você. – Ela respondeu, e completou - Eu te amo. – Beijaram-se como se naquele beijo pudessem transmitir todo o amor que sentiam um pelo outro.

Quando terminou,  Harry suspirou exasperado e perguntou:

— Sobre o primeiro assunto, podemos decidir quando eu voltar? Eu tenho que ir hoje e vou ficar oito semanas longe... Deixa eu aproveitar meu tempo com você. – disse beijando-a novamente e a jogando na cama sem resistência.

— Promete? – ela perguntou lhe olhando no fundo dos olhos. Ele por cima dela.

— Prometo. – E com um sorriso continuou – Mas você tome juízo, não quero saber de nenhum cara dando em cima de você.

— Harry, ninguém da em cima de mim. Eu não deixo. – Ela disse orgulhosa.

— Você não deixa, mas eles podem ser insistentes. Você sabe que tem seus fãs por aí, não negue. – Disse diante da cara de resignação dela. – Até eu sei, e também não gosto. Toda a vez que eu percebo um cara babando em você eu tenho vontade de te pegar e te agarrar ali mesmo só pra mostrar pro mundo que a atleta revelação da ultima temporada, Srta.  Ginevra Molly Weasley, é minha namorada. – E continuou ignorando o olhar homicida da noiva com a menção do nome completo -  Você faz ideia de quão gostosa você fica naquela roupa de Quadribol? Ou quanto é sexy você voando? – Ele perguntou entre beijos.

— Gostosa é?- ela riu levantando as sobrancelhas

— Gostosa, linda, perfeita. – Harry continuou, se afundando no pescoço dela. As costas arranhadas pelas unhas da noiva – E quer saber, acho que é melhor mesmo a gente contar logo, porque assim eu marco propriedade.

— Propriedade, Potter? – ela parou as caricias e forçou levantar - Eu sou o que agora uma porra de um... – calou-a com um beijo.

—*-

No jogo

— Cara acorda! Está dormindo de olho aberto?

Harry fora arrancado de suas lembranças do ultimo momento com Ginny com um chacoalhão nada amigável de Rony.

— Não, não to, só estava distraído. Onde vamos sentar? – perguntou para o cunhado

— Ali, arquibancada Norte, fileira S. Cadeiras 250 e 251. – respondeu Rony. Apontando para os locais na lateral dos aros defendidos pela goleira da Harpias. – Era o que tinha.

Eles chegaram atrasados ao jogo. O placar estava vinte a zero para as Catapultas. Não conseguiram acesso aos camarotes. Ainda estavam com as malas de viagem, com roupas meio surradas pelas semanas de vigília. A missão foi um sucesso, acabara dois dias atrás, ficaram o dia anterior apenas para limpeza de rastros e feitiços, basicamente a tarefa dos novatos, saldo extremamente positivo com duas semanas e meia de antecedência. Cinco bruxos das trevas capturados, nenhuma baixa da equipe.

A situação só não foi melhor por causa da matéria da Skeeter,  que ele teve o desprazer de ler quando um colega trouxe o recorte para irritar Ronald. A situação acabou com um “Vai se Foder Macintoshi”, da parte de Harry mesmo

Não que ele tenha acreditado naquilo. Quer dizer. Seu monstro interior até se manifestou um pouco. Conscientemente ele sabia que Ginny não faria isso, tinha certeza, mas seu monstrinho lhe cutucava que não era errado querer apertar o pescoço de Jonas Boot por ficar perto demais. Era? Era, e nem podia condená-lo, sabia o que a ruiva causava na ala masculina dos torcedores.

Relaxa Harry, ela te ama e você a ama. Pronto. Não aconteceu nada do que a Skeeter disse.

Era o que ele repetia desde que lera a matéria dois dias atrás.

—*-

— Esse jogo ta uma merda! – isso veio de um torcedor desesperado sentado duas fileiras a frente deles, no placar noventa a cento e cinquenta.

Rony e Harry se olharam em uma concordância silenciosa. Foi quando viram Ginny interceptar um ataque no meio do campo e partir para cima do goleiro, fingir o ataque, girar e acertar o aro por trás do defensor. Cento e vinte a cento e cinquenta.

Era sua marca registrada.

Harry pensou, agora vai melhorar.

Ledo engano.

Dez minutos mais tarde e o placar marcava mais trinta pontos para Catapultas. Cento e oitenta. Sessenta pontos de diferença. Os passes não funcionavam, as jogadas eram interceptadas. Ginny não estava bem.

“Será que ela estava dando importância para aquilo?”

Merda! Preciso fazer alguma coisa.”

Olhou pros lados pensando em alguma solução. Identificou a cabine de transmissão a sua direita, os repórteres logo abaixo, entrada dos vestiários do lado oposto de onde estavam abaixo das lanchonetes; enquanto estava tentando processar estas informações, olhou para os camarotes. Próximo ao vidro havia uma massa de seres humanos facilmente reconhecíveis pelos cabelos ruivos, misturados a eles uma negra, uma loura e uma menina de cabelos castanhos e cheios.

Hermione! Ela pode me ajudar!

Virou pra Rony.

— Não pergunta, só me encontra ali na lanchonete em cima dos vestiários. Em... – olhou o relógio – 10 minutos. Prometo que vai gostar.

Piscou pra o amigo e saiu deixando o ruivo sem entender nada.


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Notas finais do capítulo

Comentem se gostaram.
Façam a autora feliz!



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