Mystic : O Segredo das Sombras escrita por Glaucia Torres, Tatiane Torres


Capítulo 2
Capítulo 2- O recomeço


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, estou muito feliz pela proporção dos acessos do primeiro capítulo e só tenho a agradecer.
Espero que estejam gostando. E nesse novo capítulo, Amélia encontra algo único! O que será que nossa garota prodígio encontrará?!

Tenham uma ótima leitura.



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— Chegamos. — disse Lígia em tom apático.

— Já?

— Sim você dormiu o caminho inteiro.

Ao olhar pelo vidro do carro, vi uma série de casas de luxo completamente  deslumbrantes, pelo jeito eu estava em um desses condomínios onde apenas os muito ricos vivem. Uma das residências de repente me chamou a atenção. Era branca e gélida, com detalhes em vidro e aço que não faziam muito para deixá-la menos intimidadora. Em seu jardim, duas estátuas de mármore se erguiam imponentes, como um par de guardiões prestes a executar quem ousasse se aproximar. Tudo muito frio e pouco aconchegante, porém  fascinante. Não sei por quê, mas naquele momento tive certeza que a casa era de Lígia.

Desci do carro timidamente, me sentindo um pouco como um animalzinho acuado. Lígia me indicou o caminho e, mesmo descontente com o rumo que ela deu para minha vida, a segui. Entrei meio deslumbrada com o que via, a sala era bem iluminada, algumas plantas nos cantos davam um ar refinado ao espaço. Um lustre de cristal me chamou a atenção, mas também, como não chamar? Ele era enorme! A luz do sol refletia formas abstratas coloridas ao seu redor, como se pequenos arco-íris saltassem dele para iluminar todo o ambiente.

— Seu quarto fica na primeira porta subindo as escadas. — Lígia pareceu um pouco animada pela primeira vez, acho que por estar em casa.

— Obrigado. — suspirei e saí.

Subi as escadas, abri a porta, que adivinhem... era branca! Como quase tudo por ali.

— Ai Meu Deus. — Ao ver o "meu" quarto, quase cai para trás. Um inferno com laços e rendas de tons pastel é uma boa definição para isso.

Este quarto definitivamente prova que minha mãe não me conhece. Mas não posso dizer que é um caso perdido, pois em meio a tantas coisas odiosas, algo me fez sentir um pouquinho em casa. Uma varanda linda, de onde eu fiquei chocada ao perceber que podia ver uma floresta e em meio a ela, quase escondida, uma pequena clareira.

Vaguei por um bom tempo pela casa sem encontrar mais com Lígia antes de decidir dar uma volta pela cidade. Peguei minha bicicleta e parti em minha missão de reconhecimento. Tudo era de uma beleza estonteante, tanto verde e flores contagiavam o ar com um aroma doce e agradável. Absolutamente fantástico! Até que de repente, ao virar uma esquina, simplesmente acabou!

As belas casas, os jardins bem cuidados, o perfume de flores... Eu não posso acreditar no que meus olhos estão vendo. Todo o frescor e beleza foram brutalmente substituídos por ruínas tristes. Parei imediatamente. As pessoas esnobes que vi pelo caminho, em nada se pareciam com os rostos sem alma que agora me encaravam de forma sombria. Este lado da cidade simplesmente não parecia fazer parte dela.

Dentre tantos olhares, um se destacou. Ele me encarava com uma mistura estranha de raiva e desprezo ou será pavor? Não consegui identificar, era muito forte o que emanava dele. Baixei os olhos, tentando esconder  vergonha e medo que senti, mas a voz da vovó me veio a mente "Amélia, nunca seja uma garota que abaixa a cabeça pros outros. Isso é sinal de covardia e você não é uma covarde." Levantei a cabeça apenas para notar que ele já não me encarava, aliás, ninguém mais me encarava. Aquele estranho pedaço da cidade estava completamente vazio.

Um calafrio percorreu minha espinha, mas fiz de tudo para ignorá-lo. Peguei minha bicicleta e saí o mais rápido possível dali. — Quem é ele? — Meus pensamentos estavam muito confusos.

No caminho de volta para casa, notei uma coisa que me passou despercebida antes. Ali, bem ao lado da estrada, quase invisível entre os galhos estava uma trilha. Ao encontrá-la, logo lembrei da clareira que vi de minha varanda mais cedo e uma curiosidade desesperadora me invadiu.

O verde sempre me trouxe tranquilidade e agora essa trilha está me convidando a entrar neste lugar. Tão longe de todos os meus problemas e confusões mentais. Uma parte de mim sente a necessidade crescente de entrar, enquanto a outra me manda fugir.

Novamente as dúvidas me tomaram — Devo ou não, ir? Que tipo de coisas me esperam atrás dessa mata? Qual parte de meu ser devo seguir, o lado racional ou minha vasta curiosidade?


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Notas finais do capítulo

Fim do capítulo dois. :D

Quem era ele?
Será que Amélia deve ou não entrar nessa floresta?
Logo logo saberemos.
Aceito teorias hein.
No próximo capítulo teremos um encontro muito estranho!
Até o próximo capítulo baby's.



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