A Mudança Eterna escrita por Paula Mello


Capítulo 8
Jeniffer E Abbas




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Na Quarta-Feira, Hydra seguiu seu caminho normal para o trabalho, depois de três dias já estava ficando estranhamente rotineiro e divertido!

— Bom-dia Kozlov! – Disse Hydra para o colega que era o único já na sala quando ela chegou.

— Bom-dia Macmillan, vejo que finalmente está decorando a sua mesa – Disse Ian apontando para a mesa que agora Hydra decorava com porta-retratos.

— Sim, a minha estava muito vazia comparada a de vocês – Brincou ela.

Ian se levantou e foi para o seu lado.

— Quem são esses? – Perguntou ele apontando para os quatro porta retratos que decoravam a mesa.

— Vamos ver, esses aqui – Disse Hydra mostrando o porta-retrato da ponta direita da mesa – São eu, Fred e Jorge, meus melhores amigos no mundo – Disse ela sorrindo para a foto dos três com as vestes de Hogwarts no jardim do castelo acenando e fazendo caretas (no caso dela sorrindo e mandando beijos também), ela então pegou o segundo porta retrato, ao lado dele – Esse é meu marido Peter e eu no dia do nosso casamento – O Porta-retrato mostrava Hydra vestida de noiva beijando Peter no arco onde se casaram e os dois acenavam e sorriam.

— Você estava linda! – Disse Ian.

— Muito obrigada – Disse Hydra sorrindo e pegando o terceiro porta retrato, agora na ponta esquerda da mesa – Esses são meus amigos de Hogwarts no dia da nossa festinha de formatura da escola – O porta-retrato mostrava a foto que eles tiraram em um dos dias mais animados da sua vida, Fred, Jorge e Lino faziam caretas e as meninas acenavam – E esse último aqui são meus padrinhos, damas e a família no meu casamento – Na foto com um grande número de bruxos aparecia Hydra ao lado de Peter acenando, ao lado de Peter estavam O Sr e a Sra Macmillan, Jeniffer estava sentada entre Hydra e Peter, do lado da Sra Macmillan seguiam Abbas, Fred, Jorge e Jenono, Hydra também incluiu na hora na foto o Sr e a Sra Weasley, do lado de Hydra estavam sua mãe Narcisa, Draco, seguido de Gabrielle, Gisele, Desiré, Angelina, Alicia, Tonks, Andrômeda e Ted Tonks. Sua mãe olhava estava visivelmente desconfortável na foto lançando olhares ocasionais para Andrômeda, Ted e Tonks, Draco parecia ter um certo incômodo no olhar.

— São fotos legais, você parece ter muitos amigos.

— Sim, acho que tudo que eu sofri com família eu sorri com amigos, não posso mentir.

— Esse rapaz aqui – Disse ele apontando para Abbas – ele não é aqui do Ministério?

— Sim, ele trabalha no Organismo de Padrões de Comércio Mágico Internacional.

— Sim, eu conheço, nós temos que ir às vezes, é uma pessoa simpática.

— É sim, ele é namorado da minha cunhada e melhor amigo do meu marido.

— Bom dia Macmillan, Kozlov – Disse Greg entrando na sala.

— Bom dia para todos – Disse Julie seguindo sonolenta.

— Hydra, hoje quem vai continuar o seu treinamento sou eu – Comentou Ian.

— Ok, o que temos para hoje?

— Você tem sua primeira entrevista com um bruxo que conseguiu visto permanente para cá, ele veio da Bulgária, meio sinistro se você me perguntar.... E também temos uma reunião com todos do departamento a tarde, muito, muito importante.

— E chata... – Acrescentou Gregor se ajeitando em sua mesa.

— Ok, não é nada chato, vou te passar aqui o roteiro da entrevista, é mais simples que a de saída porque o visto dele já foi praticamente aprovado, você só confirma os dados e entrega as permissões para ele.

— E o Inglês dele é péssimo pelo que falou o representante da Bulgária, então eu iria sugerir uma entrevista em Bulgáro, é uma das suas línguas, não? – Disse Julie examinando uns pergaminhos na mesa ao lado da sua.

— Sim, é sim – Confirmou Hydra curiosa sobre como ela sabia disso.

Hydra passou um tempo com o simpático Ian aprendendo sobre a entrevista e como se portar na reunião de mais tarde.

Novamente às 10, Julie levantou para abrir a porta e Ian se sentou em sua mesa que era em frente a de Hydra..

— Eu nunca tinha visto uma varinha com esse núcleo antes – Disse Hydra quando o escritório estava vazio de entrevistados olhando uma permissão de varinha que estava em sua mesa.

— Qual país? – Perguntou Julie.

— Eslováquia – Respondeu Hydra olhando o topo do pergaminho.

— U, sim, eles usam uns núcleos diferentes lá mesmo, é normal – Comentou Gregor.

Hydra enviou a permissão por memorando em forma de "avião" para outro departamento e continuou o trabalho.

Por volta das 14 horas, um bruxo mal encarado, grande, alto e forte de cabelos castanhos usando uma veste toda preta entrou no escritório.

— Euo esto aque par mi entevistar com Haidrá Macmillan – Disse o Bruxo.

— Por aqui Senhor – Disse Hydra em Bulgário, sabia que se tratava do bruxo que vinha para o país.

— A, sim, que bom que alguém aqui fala a minha língua – Disse ele se sentando na frente dela.

— Senhor Bogdan Mateev? – Perguntou Hydra.

— Sim, sim, eu mesmo.

— O Senhor pediu visto permanente para o Reino Unido, qual o propósito?

— Eu decidi que o Reino Unido é um local muito interessante para magia no momento, quis vir aprimorar meu Inglês e bem, conhecer o local.

Hydra olhou desconfiada para o bruxo, local muito interessante para magia no momento? Do que ele estava falando?

— Ok e aonde pretende ficar?

— Na casa de um amigo, Brum Yaxley.

Hydra olhou agora espantada para o bruxo, Yaxley era o sobrenome de um dos comensais da morte, era disso que ele estava falando? Ele veio se juntar a eles? Hydra não podia permitir que isso acontecesse tão fácil, mas também não podia fugir ao protocolo.

— Algum antecedente criminal na sua terra natal?

— Não – Disse ele com um sorriso malicioso – Completamente limpo de culpa.

— E como pretende se sustentar no Reino Unido?

— Tenho negócios com o velho Yaxley, está tudo comprovado quando pedi o visto.

— Ok, tudo bem, aqui está sua permissão de varinha – Disse Hydra entregando nervosamente um pergaminho para ele – Peço que permaneça no endereço indicado e responda toda e total dúvida do Ministério da Magia Britânico, bem vindo ao Reino Unido. – Hydra tentava disfarçar o nervosismo mas não conseguia muito bem.

— Sim, sim, irei, muito obrigada – Disse ele pegando os pergaminhos que Hydra entregava e se retirando.

Quando a sala estava vazia de novo, Hydra se levantou nervosamente e fechou a porta da sala.

— Esse homem, ele foi recrutado por Você-sabe-quem.

— Como você sabe disso, Hydra? – Perguntou Ian parecendo tão nervoso quanto os outros.

— Pelo nome do amigo dele, Yaxley, ele é um comensal da morte, conheço a família dele desde criança, o pai dele também é um, além disso ele também disse que o Reino Unido é um lugar muito interessante para a magia agora, isso não está certo, por que deram visto para ele?

— Porque não tem nada comprovado Hydra, ele não tem nenhum tipo de antecedente e ele passou por todo o processo, eu acho que se alguém viesse recrutado não iria vir legalmente, você não acha? – Disse Julie- Se eu fosse ser uma comensal da morte vinda de longe, eu iria vir para cá sem alertar o Ministério antes.

— Sim, mas as vezes ele fez isso justamente para não levantar suspeitas, não tem nada que eu possa fazer quanto a isso?

— Você pode mandar um memorando informando que achou a atitude do bruxo suspeita, mas você teria que detalhar o porquê ele seria uma ameaça nacional, é bem complicado, mas se você quiser tentar... Se o representante da Bulgária julgar certo, ele manda para o departamento dos Aurores para investigar ele, mas sinceramente Hydra, todos os departamentos já o aprovaram, isso não vai dar em nada – Disse Gregor.

— Ainda assim, eu tenho que fazer alguma coisa...

— Hydra, seu sobrenome também é de um comensal da morte, o de solteira e no entanto não significa que você seja um, talvez esse Yaxley que ele esteja falando também não seja – Disse Ian meio sem graça.

— Sim, mas o Brum Yaxley é um comensal da morte, eu não tenho dúvidas disso... – Hydra lembrava claramente de ouvir o nome dele na reunião da Ordem da Fênix, mas não podia dizer isso aos colegas.

Ela decidiu que iria mandar uma coruja para Shacklebolt assim que chegasse em casa informando o caso, ele poderia ver o que fazer no departmento de aurores, melhor que esperar que o departmento da Bulgária mande para ele, eles não sabiam o que os dois sabiam afinal... Mas ainda assim também decidiu preencher o tal memorando de pessoa suspeita, tinha que fazer tudo que julgava ser melhor para não deixar Você-sabe-quem ganhar mais um seguidor, também decidiu alertar a ordem.

Um tempo depois, Hydra seguiu com seus colegas para uma grande sala no nível um do Ministério, inúmeros bruxos e bruxas se sentavam nas arquibancadas, Hydra reconheceu Gustav que acenou alegremente e de forma forma discreta para ela, ela se sentou perto dele com seus colegas de trabalho.

— Como está, Hydra? – Perguntou Gustav.

— Bem, você já conhece?

— Macbay, Castle e Kozlov, sim, sim, como vão? – Perguntou Greg sorridente.

— Bem, obrigado e você? – Disseram os quatro juntos.

— Bem, bem, não tem do que reclamar – Disse Greg – Hydra, Elizabeth está animadíssima para Sábado.

— Eu também estou, eu andei lendo tanta coisa sobre o Congresso americano, vai ser muito legal conhecer uma nativa – Disse Hydra animada ao seu lado.

— Sim, ela trabalhou um tempo lá, eu também na verdade, MACUSA...

Hydra iria fazer comentários e perguntar sobre o local mas um bruxo alta, de meia idade e cabelos pretos parou no centro da sala e se sentou em uma cadeira junto com mais cinco bruxos ao seu lado.

— Boa-tarde para todos – Disse o Bruxo – Para os novos funcionários meu nome é Brandon Bulstrode, eu sou chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia.

Alguns aplausos tímidos foram ouvidos, Hydra lembrou do Sr. Crouch que oucupou essa vaga alguns anos atrás e do destino terrível que ele tinha tido.

— Queremos hoje apresentar os novos funcionários, assim como reafirmar as novas políticas para o departamento pelo novo ministro da magia, o Senhor Rufus Scrimgeour.

Bulstrode passou quase uma hora falando sobre como era importante todo Ministério permanecer unido e forte contra Você-sabe-quem e que todas as medidas necessárias estavam sendo implantadas para controlar a saída e entrada de bruxos das trevas no país (é, até parece, pensou Hydra) e que toda comunidade internacional estava unida contra as ameaças que assolavam nosso país, também disse que a prioridade estava em manter as relações e comércio com os outros países não ficarem estremecidas pelo medo de uma nova guerra e como cada um ali era importante para desenvolver esse papel.

Depois de quase meia hora ouvindo (realmente como Gregor disse, estava sendo uma reunião meio chata até ali pelo menos) Hydra reconheceu um dos bruxos sentados ao lado de Bulstrode, era Percy Weasley com seu mesmo jeito pomposo e orgulhoso de sempre, ouvindo e prestando atenção assim como concordando acenando com a cabeça para cada palavra que Bulstrode falava e também uma mulher negra lindíssima aparentando os seus mais de quarenta anos ao lado de Bulstrode

— Agora – Disse ele no final de mais de duas hora de reunião – Vamos por favor dar as boas-vindas a todos os recém contratados e também os realocados do Ministério para esse departamento, quando falar seus nomes, por favor quero se levantem e todos os demais se juntem a mim em aplausos.

Hydra se sentiu ficar com a bochecha completamente vermelha, não sabia que ia ter que levantar na frente de toda aquela gente.

— Abbot, Megan, escritório de direito internacional em magia – Uma bruxa negra de cabelos igualmente negros aparentemente de uns 40 anos e muito tímida pelo visto se levantou, acenou discreta e todos aplaudiram – Anson, Aderson, escritório de direito internacional em magia – De novo mais aplausos para um bruxo de uns 30 anos que se levantou no canto da sala.

A lista já tinha mais ou menos uns 7 bruxos quando Hydra ouviu seu nome.

— Macmillan, Hydra - Confederação Internacional de Bruxos, sede britânica.

Hydra levantou sentindo seu rosto corado, muitos olhos se voltaram para ela e ela viu alguns homens mais jovens e aparentemente solteiro cochichando, também notou Percy Weasley aplaudindo sorridente e finalmente no canto oposto da sala, viu Abbas que também aplaudia sorridente, se sentou e Bulstrode continuou a lista, Hydra acenou para Abbas que acenou de volta.

— Aquele é seu cunhado, certo? – Perguntou Greg olhando para Abbas que agora aplaudia Amber Mcmogan do mesmo departamento que ela.

— Futuro cunhado acredito eu – Disse Hydra rindo – Sim, é ele mesmo.

— Isso encerra nossa reunião, muito obrigado para todos, pelo seu tempo preciso, espero que tenham retido cada informação aqui dita e qualquer dúvida é só vir a mim ou a minha equipe... – Disse Bulstrode.

Todos levantaram parecendo aliviados, ao chegar na porta, Hydra se despediu de seus colegas e esperou por Abbas.

— Vejo você no sábado então Hydra, tenho que correr para minha sala – Disse Gustav se retirando rapidamente.

Enquanto esperava por Abbas no corredor, foi surpreendida por Percy Weasley.

— Hydra, quando eu li Macmillan na lista eu não tinha certeza que seria você, que bom que está aqui mesmo, finalmente tomou juízo e largou a companhia dos meus irmãos? – Perguntou ele de forma presuçosa ajeitando a gola da veste e parado em sua frente.

— Não, eu continuo amiga dos gêmeos, muito amiga, mas sim, comecei a trabalhar aqui na segunda.

— Uma sábia escolha, lembro da nossa reunião proveitosa ano passado, uma pena que não deu certo a sua posição inicial, mas está em uma vaga muito boa mesmo assim! – Disse Percy – Acredito que irá se dar muito bem, seu chefe, o Adams já fez elogios ao seu nome, eu só não sabia que a Macmillan que ele se referia era você, é claro, difícil lembrar que agora já é casada.

Hydra sorriu, não conseguiu não se sentir orgulhosa com o comentário.

— A, que bom saber disso, que bom que estou fazendo um bom trabalho.

— Sim, bem, temos que saber sempre a quem nos juntar para crescer na vida Hydra, lembra sempre disso, bem, eu tenho que ir, se precisar de algo me procure no meu escritório, eu sou assessor Júnior do Ministro como você deve saber, foi um prazer Hydra – Disse ele se retirando.

— Muito prazer e obrigada por tudo Percy.

Hydra sentiu uma certa repulsa por Percy, mas desde que ele saira de casa e se tornara mais metido do que já era antes, ela já sentia isso, então sabia que era normal.

— Macmilan, ainda não me acostumo a te chamar assim – Disse Abbas atrás dela que sorria e a cumprimentou.

— Pois é, nem eu sabia? As vezes eu começo falando Malfoy e mudo para Macmillan no meio.

— É normal – Brincou Abbas.

— Você está indo para casa? – Perguntou ela.

— Sim, finalmente o trabalho já acabou.

— Vamos lá para casa, eu mando uma coruja para a Jeniffer nos encontrar e o Peter já deve estar chegando.

— Bem, isso na verdade é uma boa ideia, eu queria mesmo encontrar você e o Peter.

— Ótimo,vamos então?

Hydra chegou em casa com Abbas, Lacerta ronronou e se esfregou em suas pernas, Abbas ofereceu ajuda com o jantar na cozinha, o que Hydra aceitou de bom grado.

— Acabei de enviar a Lydra para a Jeniffer, eu preciso enviar algumas outras corujas também depois – Disse Hydra explicando para Abbas sobre o bruxo suspeito que foi até seu escritório de tarde.

— Bom, é melhor infromar a ordem mesmo, você fez bem em preencher o formulário apesar de eu concordar que infelizmente não deve dar em nada, mas o Shacklebolt com certeza vai saber o que fazer com o departamento dos aurores.

Nesse momento, Hydra ouviu alguém chegando, era Peter.

— Abbas? Que surpresa boa! – Disse ele cumprimentando o amigo e dando um beijo em Hydra.

— Sim, sua esposa me chamou para jantar aqui.

— Mandamos uma coruja para a Jeniffer também.

— Ótimo, ótimo, isso é uma ótima surpresa mesmo! - Disse Peter alegre conversando com o amigo e a esposa.

Peter começou a ajudar os dois na cozinha enquanto Hydra relatava o seu dia.

— Bruxos sisnistros vindos de outro país não é novidade nessa época de guerra, agora um que queira se registrar no Ministério da magia, isso sim é novidade – Disse Peter acenando a varinha e fazendo uma faca cortar sozinha uma cenoura.

— Sim, também acho mas... Em todo caso é melhor avisar – Disse Hydra.

— Concordo, você fez bem – Afirmou Peter.

Eles ouviram mais uma vez o barulho de alguém chegando, era Jeniffer que apareceu sorridente usando uma veste preta e rosa.

— Boa-noite família.

— Boa-noite – Disseram os três juntos.

Jeniffer beijou Abbas carinhosamento e depois cumprimentou Hydra e o irmão.

— Amei o convite, agora você e Abbas são amiguinhos de ministério, ele fica sabendo as coisas primeiro que eu, nada justo! – Brincou Jeniffer rindo.

— Pois é, quem diria que a minha reporter preferida ia ficar sabendo de algo depois de mim – Disse Abbas abraçando Jeniffer carinhosamente por trás e beijando sua bochecha.

— Vocês são tão fofos! – Comentou Hydra sorrindo enquanto Jeniffer também começou a ajudar na cozinha. – Como foi no Profeta Diário, Jeniffer?

— Maravilhoso, você não sabe o quanto é divertido lá dentro, uma pena só que no meu setor muitas pessoas amam aquela Rita Skeeter.

— Que coisa! – Comentou Hydra fazendo careta lembrando das matérias sensacionalistas que Rita publicou alguns anos atrás.

— Mas ela não ajudou o Potter fazendo aquela reportagem sobre ele no Pasquim? – Perguntou Abbas fazendo uma panela voar com a varinha do fogão até a mesa do balcão.

— Sim, mas ela foi obrigada, não sei como ainda, mas foi, a Hermione meio que me disse, na verdade deixou escapar algo sobre isso... Mas não muito, infelizmente, também não perguntei demais! – Afirmou Hydra.

Os quatro conseguiram fazer um jantar em tempo recorde, depois de conversarem, contarem piadas e se alimentarem, foram para a sala aonde Hydra serviu chá para todos.

— Nós temos uma novidade para contar para vocês – Disse Jeniffer sentada no sofá de braços dados com Abbas.

— O que? – Perguntaram Hydra e Peter ao mesmo tempo, sentados em poltronas uma de frente para a outra.

— Bem, eu ontem pedi a Jeniffer em casamento e ela aceitou.. – Disse Abbas sorrindo para sua amada.

— O que? – Disseram novamente Peter e Hydra ao mesmo tempo, Hydra levando a mão na boca incrédula.

— Mas eu pensei que...

— Não adianta nada esperar Hydra, não sabemos se estaremos vivos amanhã, o Abbas na ordem e tudo... O que pode acontecer? Pra que adiar se somos almas gêmeas?

— Três anos resistindo em uma grande distância já provaram isso – Afirmou Abbas.

Hydra lembrou da Sr Weasley falando sobre como os jovens se apressavam para casar na época que Voldemort subiu ao poder a primeira vez e viu que isso realmente era verdade agora, apesar de achar que Abbas e Jeniffer eram um casal maravilhoso e ficou realmente feliz por eles, os dois (Hydra e Peter) abraçaram e cumprimentaram o casal, Jeniffer mostrou sua aliança que segundo Abbas era um presente de família.

— Mamãe quase surtou quando soube é claro, disse que era o segundo bebê dela indo embora de casa, mas ficou feliz – Disse Jeniffer rindo olhando para Abbas.

— E minha mãe já está planejando um casamento grandiose com a Sra Macmillan para Março do ano que vem.

— Parece ótimo gente! Já está chegando então! Estou tão orgulhosa e feliz por vocês! - Comentou Hydra.

— E é claro que queremos que vocês dois sejam os padrinhos – Afirmou Abbas.

— Sério? – Perguntou Peter tão sorridente que parecia não caber em si.

— Claro, vocês aceitam, né? – Perguntou Jeniffer.

— É claro que sim, seria uma honra! – Disse Hydra abraçando mais uma vez a cunhada.

— Eu também, é claro – Disse Peter cumprimentando o futuro cunhado e depois a irmã.

— Uau, quase todo mundo vai casar então aparentemente, eu, você, a Gisele e a Fleur, uau.

— É, são os tempos né Hydra? Ninguém quer esperar pra viver de verdade, amar de verdade, pra que isso se você já sabe que ama tanto a pessoa que está com você? – Afirmou Jeniffer olhando carinhosamente para Abbas.

— É verdade! – Afirmou Hydra pensativa.

Os quatro ficaram até tarde conversando e falando sobre o futuro casamento, Jeniffer e Abbas se retiraram lá para às 1 da manhã, então Hydra e Peter foram direto para cama, exaustos.

Na sexta, Peter teria um plantão de madrugada, Hydra combinou então com os meninos de visitá-los no Beco diagonal, às 6 da tarde, Jorge estava perto da saída de funcionários do Ministério esperando para acompanhá-la.

— Eu não acredito que você veio até aqui para me levar para lá – Disse ela abraçando o Jorge.

— E eu não acredito que você achou que iríamos deixar você sair sozinha.

Hydra chegou depois com Jorge no Beco Diagonal que parecia mais escuro e sombrio do que nunca, com vários bruxos e bruxas sinistros vendendo amuletos e objetos obscuros e muitas lojas fechadas.

— É tão triste ver tudo issso assim... Aqui era tão legal e bonito, alegre! -Disse Hydra sentindo uma pontada ainda maior ao ver o Olivaras fechado e quebrado.

— Eu sei, eu preferia quando isso aqui era cheio e colorido, acredite. – Afirmou Jorge.

Os dois subiram até o loft em cima da loja de logros que já estava fechada.

— Então você decidiu visitar seus gêmeos preferidos – Disse Fred quando ela subiu indo ao seu encontro e a abraçando.

— Sim, como eu poderia ficar longe?

— Como está o trabalho no Ministério? Já virou chata?  - Perguntou Fred sorrindo e servindo um pouco de Hidromel enquanto ela sentava em uma das poltronas da sala com Jorge.

— Sim, um saco, vou mudar meu nome para Percy Weasley inclusive – Disse Hydra brincando.

— Não iríamos tão longe... – Afirmou Jorge rindo.

— Eu encontrei com ele lá essa semana.

— A é? Ele tentou te seduzir com seu alto cargo e seu alto ego? – Perguntou Fred sentando perto deles.

— Não, mas tentou ser um babaca como sempre falando besteiras de orgulho do Ministério...

— Normal, estranho seria se fosse de outra forma.

Hydra contou para os meninos sobre o casamento de Jeniffer e também sobre o bruxo suspeito que entrevistou e como Quim agradeceu pela informação valiosa.

— Ele disse que é por isso que era bom eu estar aonde estou – Afirmou Hydra se sentindo orgulhosa de si mesma.

— É, bruxos das trevas são tão idiotas, achando que ninguém no Ministério ia suspeitar nada... Pois bem, o Quim disse se pegaram o cara?  - Perguntou Fred servindo a todos com mais hidromel.

— Não, por enquanto não tem provas, mas estão de olho nele – Afirmou Hydra – Acham que ele trouxe algo valioso do exterior.

— Bom, vamos esperar que não seja nada – Disse Jorge – E essa Julie ai, como ela é ?

— É, ela é bonita e legal, apesar do jeito meio sério quando a vi a primeira vez, mas é mais velha também.

— Não me importo, não tenho preconceitos – Disse Jorge rindo.

— Falarei de você para ela como quem não quer nada sobre você, pode deixar.

— Ótimo, por isso que eu te amo$ – Disse Jorge dando uma piscadinha.

— Só por isso? - Brincou Hydra de volta.

— E não está achando tudo terrivelmente chato lá dentro, Hydra? – Perguntou Fred.

— Não, até que é legal, mais do que eu imaginava na verdade, gosto dos meus colegas de trabalho, realmente o representante da Russia é meio chato às vezes, mas eu quase não tenho que lidar com ele e ele até que foi educado, então...

— Você sempre foi assim meio esquisita, né? – Brincou Jorge.

— Só um pouco – Afirmou Hydra agora piscando para ele – E como estão as coisas aqui?

— Uma loucura, mas uma loucura boa, muito boa! Melhores do que nunca, as encomendas para Hogwarts não param de chegar, além disso o Ministério continua pedindo nossos itens de proteção, está ótimo – Disse Jorge com um brilho contagiante no olhar.

— Que maravilha, eu fico muito feliz por vocês estarem prosperando tanto, já disse que tenho muito orgulho de vocês?

— Sim, nós também, acredite, é um sonho realizado, de verdade e nós sabemos disso Palerma, e nós de você... – Afirmou Fred.

— E você teve notícias da sua família? – Perguntou Jorge.

— Não, nada, mamãe não responde minhas corujas e nem Draco, estou realmente preocupada, sinto uma agitação muito grande entre eles pelo medalhão.

— Eu sei, mas você não tem que se preocupar Hydra, eles meio que pediram isso, não?

— Eu sei e eu sei que é culpa deles, mas eu não consigo não me sentir preocupada, entende?

— Claro que sim, mas são minha família... Eu queria só ignorar e não gostar eles que nem o Sirius fazia com a família dele, sabe? Mas eu não consigo... Nem o meu pai, às vezes eu penso nele em Azkaban e sinto uma dor horrível, eu sei que ele merece e que na verdade ele deveria ter estado lá desde sempre, muito antes disso até... Mas sei lá.

— Você é uma pessoa boa, é assim mesmo, não consegue odiar a sua família – Disse Jorge.

— É, mas eu consigo desprezar completamente a Bellatrix, mesmo ela sendo meu sangue.

— É diferente eu acho, você viu ela matando seu primo e além disso você disse que ela queria criar você quando você era pequena, tirando você da sua mãe – Disse Fred dando um gole em sua cerveja amanteigada.

— Eu sei, mas realmente não consigo ver também humanidade nela, sabe? É um monstro para mim, apenas isso, acho que me mataria na primeira oportunidade que tivesse se não fosse por papai e mamãe.

— Não vamos dar a ela essa oportunidade então – Afirmou Fred segurando sua mão.

— É, de qualquer maneira foi bom termos tido todo aquele treinamento no AD ano passado – Comentou Hydra.

— Você acha que eles vão continuar esse ano? – Perguntou Fred acenando com a varinha e fazendo alguns feijõezinhos de todos os sabores e sapos de chocolate voarem da cozinha até a mesa de centro da sala na frente deles.

— Não sei, não temos falado muito ainda com Rony pra saber notícias, mas ainda temos as moedas guardadas, só no caso de precisar... – Disse Jorge se servindo de um sapo de chocolate que tentou pular da sua mão.

— Eu tenho, ando com ela no bolso ainda, vai que... – Disse Hydra dando um gole em seu copo.

— Eu gostei de aprender pelo menos, pena que paramos bem na aula que aprendemos os patronos – Disse Fred.

— Sim, mas pelo menos foi legal, né? Conseguimos praticar eles! Qual é o de vocês afinal?

— Raposa vermelha – Disse Fred.

— Raposa ártica – Disse Jorge.

— Ha – Disse Hydra pensativa.

— O que houve?

— Nada, é só que, eu andei pesquisando sobre o meu patrono em alguns livros, o dragão focinho-curto sueco, parece que com o animal de verdade, parte dos seus alimentos preferidos são os alces e as raposas, vermelhas e árticas – Disse ela sorrindo.

— Bem, se você não for comer a gente – Disse Fred rindo.

—  Não pretendo – Brincou Hydra.


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