A Mudança Eterna escrita por Paula Mello


Capítulo 17
A Batalha NA Torre DE Astronomia




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— Eu tenho que fazer isso, ele vai me matar, ele vai matar eles... – Dizia Draco chorando em um lugar que Hydra não reconhecia.

A cena ficou esfumaçada e mudou de repente.

— Eu não acho que vou conseguir, eu não acho que vou conseguir... – Draco chorava.

— DRACO! – Gritou Hydra, acordando suada e nervosa.

— O que houve Hydra, você está bem? – Disse Peter completamente assustado a segurando.

— Eu, eu tive um sonho, era o Draco, ele estava com medo, ele estava chorando, ele disse que alguém ia matar ele e todos se não fizesse algo, ele estava tão assustado – Disse Hydra chorando descontrolada.

— Aqui – Disse Peter correndo pegando algo em sua escrivaninha e dando para Hydra beber- Beba isso.

Hydra bebeu o liquído verde que a fez se sentir melhor e parou de chorar.

— Você foi dormir usando essa porcaria de novo? – Disse Peter tentando tirar o medalhão do pescoço de Hydra – AI! – Gritou ele – Isso me queimou!

Hydra tirou o medalhão e deixou em cima da mesa.

— Algo está acontecendo com o Draco Peter, ele precisa fazer algo ruim, algo horrível, eu só não sei o que...

— Você está tendo esse sonho desde o mês passado Hydra, fica dormindo com essa porcaria de medalhão, eu não gosto dele!

— Eu consigo ver melhor enquanto durmo, eu consigo ter pistas – Disse Hyra limpando as lágrimas.

— Hydra, você está grávida de quase 23 semanas, isso são quase 6 meses de gravidez, você não pode arriscar desse jeito a sua saúde e a do bebê – Disse Peter calmamente eu seu tom de curandeiro que agora Hydra tinha nervoso às vezes.

— Eu não estou arriscando nada, eu só não gosto de ser inútil.

— Você não é inútil Hydra, você só esta...

— Grávida, eu sei! – Disse Hydra irritada puxando o lençol e dormindo de costas para Peter.

— Eu só estou tentando te ajudar Hydra, te proteger... Você e a Libra – Disse Peter a abraçando e beijando.

— Eu sei, mas proteção demais irrita, Peter - Disse ela retribuindo seu carinho.

O final de Junho significava muito trabalho no se setor do Ministério, com as férias escolares chegando, muitas pessoas entravam e saiam no país.

— Eu ficaria bem longe daqui se fosse elas – Disse Hydra baixinho para Ian sobre as pessoas que entravam no país enquanto conversavam sentados em sua escrivaninha.

— Eu sei, mas as pessoas parece que não acreditam no mal que pode vir ainda.

— Eu estou sentindo algo Ian, eu não sei o que, eu não sei porque, mas acho que algo está vindo, algo grande!

— Por que voce diz isso? – Perguntou Ian desconfiado.

Hydra ficou sem graça, queria poder contar a Ian o que acontecia, mas por um lado, gostava de manter um amigo que não soubesse do seu passado ou das coisas ruins em seu presente, era revigorante de uma forma estranha, ele e Gustav eram seus amigos que só conheciam a Hydra Macmillan, a Hydra empregada do Ministério da Magia, não a Hydra Malfoy, filha de um comensal da morte (apesar de saber disso), que tem um irmão que provavelmente está passando por algo horrível relacionado ao Você-sabe-quem e que ela continua tendo visões sobre quando usa um medalhão amaldiçoado de família, Hydra que sofreu com seu pai no passado, Hydra que fazia parte da ordem da pheonix e Armada Dumbledore, Hydra que tinha o nome do meio em homenagem a sua tia que é uma das piores comensais da morte que já viu, que tirou a vida de seu próprio primo.

— É só uma intuição – Mentiu Hydra, acho que estar grávida me deixou mais sensíveis a essas coisas.

Naquela noite, Fred e Jorge vieram lhe fazer companhia enquanto Peter não saia do plantão.

— Hydra, você não deveria usar esse medalhão para dormir, é sério! – Disse Fred bebendo uma caneca de chá sentado na poltrona da sala de Hydra e mexendo nos pêlos de Lacerta.

— Isso não é legal Hydra, está te fazendo mal! – Disse Jorge sentado na outra poltrona.

— Seu irmão tem mandado notícias de Hogwarts? – Perguntou Hydra.

— Quase nada, além de que Gina está namorando o Harry e a Grifinória ganhou a taça de quadribol de novo.

Hydra quase cuspiu seu chá quando ouviu a primeira parte.

— Gina e Harry? É sério isso?

— Sim, desde o final do campeonato, ficamos surpresos também, mas nem tanto... - Disse Fred.

— Gina sempre pareceu curtir o Harry eu acho, só não esperávamos que ele fosse corresponder agora – Completou Jorge.

— Ela é uma menina bonita, interessante, inteligente, corajosa, não tem o porquê ele não querer ela – Disse Hydra.

— Bem, hoje é dia 29, em breve eles estão vindo para casa e vamos poder avaliar isso direitinho – Disse Jorge rindo.

— E como está o clima na sua casa, estou com uma saudades da Sra Weasley, não a vejo já tem duas semanas, mas não estou podendo aparatar muito.

— Está bem, Fleur meio que está deixando ela louca com o casamento se aproximando e tudo mais... – Disse Jorge imitando Fleur jogando os cabelos para trás.

— Eu consigo imaginar, a Fleur esteve aqui semana passada querendo dicas de como organizar a festa, claro que eu disse que a mãe do Peter sabia muito mais disso do que eu.

— E como está a Sra Macmillan com a sua gravidez? – Perguntou Fred.

— Encantada, ainda mais agora que a Jeniffer saiu de casa para a do Abbas depois do casamento, ela está projetando toda carência materna na Libra, já comprou mais 60 presentes, o Sr Macmillan também não fica muito para trás, minha tia Andrômeda que me surpreendeu, ela vem aqui em casa quase todos os dias me ajudar com as coisas, me dar dicas de como cuidar da Libra quando ela nascer e da gravidez, tem sido ótima – Disse Hydra sorrindo e acariciando a barriga.

— Falando nisso, já decidimos quem vai ser o padrinho – Anunciou Fred.

— O oficial de qualquer maneira, porque os dois vão ser, não é? – Completou Jorge.

— Sim, claro, os dois vão ser padrinhos, quem vocês escolheram? – Disse Hydra se sentindo animada e sentando na ponta do sofá.

— Eu – Disse Jorge sorrindo e Fred rolando os olhos.

— Ai que bom Jorge – Disse Hydra batendo palmas – Mas os dois como eu disse vão ser padrinhos e os dois são ótimos, só estou curiosa, como decidiram? – Perguntou Hydra olhando desconfiada para Fred.

— Um jogo muito longo de snaps explosivos... – Disse ele.

— Vocês negociaram quem seria padrinho da minha filha em um jogo de snaps explosivos? – Disse Hydra séria e os dois meninos olharam um para o outro – Não seria vocês se fosse de outra forma – Disse Hydra caindo na gargalhada.

Peter chegou às 2 da manhã, Hydra cochilava no sofá, ele a pegou no colo e colocou na cama, não reparando que ela novamente usava o medalhão de família.

— Eu consegui – Dizia Draco para algo que Hydra não via antes da cena ficar nublada e ressurgir em outro lugar.

— Não, não, eu não sei se vou conseguir... – Dizia Draco chorando.

— Você precisa ser forte Draco – Dizia uma voz masculina meio abafada, de forma que Hydra não conseguia recohecê-la, mas Draco olhava com certo desprezo para a pessoa.

— É fácil para você dizer, não é você que.... – Dizia ele com raiva antes de Hydra acordar, novamente suando frio e nervosa.

Peter dormia profundamente, Hydra aproveitou para tirar o medalhão sem ele ver e beber um pouco de água, seja o que for que iria acontecer, estava próximo pelo visto, muito próximo, ela o avisaria de manhã, mas agora não queria outro esporro por usar o medalhão antes de dormir.

Na segunda, Hydra foi para o trabalho com uma sensação horrível, não conseguia fazer nada direito.

— Você está bem, Macmillan? – Perguntou Julie olhando para ela desconfiada.

— Eu, sim, estou, quer dizer... Eu não estou muito bem não, eu não tenho mais entrevistas hoje, vocês se importam se eu sair um pouco mais cedo? – Perguntou Hydra.

— Claro Hydra, vai, se cuida – Disse Gregor.

Hydra foi para casa, aonde Peter estava tendo um dia de folga.

— O que houve? – Perguntou ele quando ela chegou, se levantando da cadeira do balcão onde tomava seu café e lia o Profeta Diário.

— Não sei, eu não estou muito bem – Disse Hydra se sentando em um banco do balcão da cozinha, Peter levantou correndo para checar se ela estava bem.

— O que você tem? – Dizia ele assustado.

— Nada, quer dizer, não sei, tem algo de estranho acontecendo.

— Você está usando?

— Não, não estou usando o medalhão – Completou Hydra olhando para ele assustado.

Hydra sentiu algo esquentando em seu bolso, puxou imediatamente e viu que era a moeda do AD que ela ainda carregava para todos os lugares, ela tinha uma nova mensagem.

— Peter, o Harry, ele quer que os membros da AD ajudem a patrulhar os corredores de Hogwarts, tem uma ameaça de invasão – Disse Hydra levantando rapidamente.

— O que? Você tem certeza? – Perguntou Peter olhando a moeda, mas nesse momento, alguém aparatou do lado de fora da sua varanda.

— PETER! – Gritava uma voz masculina.

Os dois foram até lá para ver quem chegava, era Gui, ele estava suado e parecia assustado.

— Você recebeu a mensagem também? – Perguntou Hydra tentando pensar se talvez Rony tivesse deixado uma moeda com Gui.

— Sim, de Dumbledore, ele pediu para os membros da ordem que pudessem fossem até Hogwarts, vim te chamar Peter – Disse ele olhando a barriga de Hydra.

— Eu vou com vocês – Disse Hydra decidida.

— Você não vai Hydra, você não pode – Disse Peter.

— EU POSSO...

— Hydra, você está grávida! Se tiver uma invasão, o que você vai fazer? – Perguntou Peter enquanto Gui estava parado constrangido.

— Eu vou lutar, assim como eu fiz ano passado!

— Você quase morreu Hydra e se você fizer isso agora você vai estar matando não só a você mas a nossa filha também!

— Hydra, ele tem razão, fique em casa com a mamãe e a Fleur, será melhor! – Disse Gui delicadamente.

— Hydra, por favor, eu preciso ir, mas por favor, fique na casa dos Weasleys... – Implorou Peter.

— Eu não quero deixar você ir sozinho – Disse Hydra chorando – Além disso, tem algo com o meu irmão, eu posso sentir isso!

— Hydra, eu prometo cuidar dele no que eu puder, mas por favor, me ouve só dessa vez! – Disse Peter mais desesperado ainda.

— Ok, eu vou até a Toca - Concordou Hydra frustrada, ela aparatou com Gui e Peter até a toca, aonde a Sra Weasley a recebeu.

— Minha filha, você está bem? – Disse ela a abraçando na porta.

— Ela vai ficar aqui com vocês Molly, ok? Por favor, tome conta dela, não deixa ela fazer besteira... Por favor... – Pediu Peter segurando a mão da Sra Weasley.

— Eu prometo que vou tomar conta o melhor possível dessa Mena! – Disse ela apertando a mão dele.

— Vamos Peter, temos que ir – Disse Gui se despedindo de Fleur novamente, que veio correndo até eles.

— Vamos, Hydra por favor, se cuida – Pediu Peter entregando algumas poções para ela – São para te acalmar se você precisar.

— Peter, por favor, não...

— Eu vou me cuidar o máximo que eu puder Hydra, prometo, dessa vez é minha vez de lutar se necessário, não acha? – Disse ele a beijando amorosamente e saindo, aparatando com Gui.

— Vamos entrar Hydra – Disse a Sra Weasley a segurando.

— Vuce quier um puoco di chá? – Perguntou Fleur enquanto Hydra sentava ainda chorando em uma das poltronas da Toca.

— Não – Disse Hydra sem conseguir usar muitas palavras.

— Filha, você precisa se acalmar, eu também estou nervosa, Fleur também, mas precisamos acreditar que vai ficar tudo bem, que Deus os protejam! – Disse a Sra Weasley a abraçando.

Fleur preparou chá para as três, mesmo Hydra não querendo, o silêncio na sala era aterrorizante, a dor que Hydra sentia a cada segundo era horrível, as horas pareciam dias.

— Eu posso usar o seu banheiro? – Perguntou Hydra para a Sra Weasley.

— Sim, claro – Disse ela indicando a porta do banheiro.

Ao chegar no banheiro, Hydra colocou o medalhão que trazia no bolso, tentou esvaziar sua mente da melhor maneira que podia e se concentrar no medalhão para ver se conseguia ver alguma coisa, por algum tempo nada aconteceu, até que começou a ter flashs de uma visão de Draco.

Hydra via Draco indo em algum lugar, uma grande batalha acontecia aonde ele passava, ela viu flashs de Gina lutando com um comensal da morte e Neville, antes de voltar ao seu estado normal, com batidas na porta do banheiro.

— Hydra, Hydra, está tudo bem? Por que você está gritando? – Perguntava a voz da Sra Weasley parecendo muito preocupada.

— Eu estou bem, só um minuto – Disse Hydra limpando o suor frio com água da pia e tirando o medalhão.

Ela abriu a porta e a Sra Weasley e Fleur estavam do lado de fora parecendo apavoradas.

— O que houve, Hydra? Você gritava Draco – Disse Fleur em Francês.

— Nada, eu só estou preocupada com ele – Respondeu Hydra.

— O que vocês estão falando? O que aconteceu? – Perguntou a Sra Weasley parecendo irritadíssima.

— Nada, eu estou bem, eu só estou preocupada com o meu irmão.

— Vamos para sala Hydra, não estou gostando nada disso... – Disse a Sra Weasley a segurando e levando até a mesma poltrona de antes.

O Sr Weasley chegou alguns momentos depois parecendo mais preocupado do que nunca.

— Comensais da morte em Hogwarts – Hydra ouviu ele falando com a Sra Weasley que foi correndo o receber na porta.

— Comensais? Então é verdade! – Disse Fleur correndo até eles.

Hydra aproveitou o momento para ir até a cozinha, ela precisava fazer algo, não aguentava mais ficar lá.

— ACCIO pó de flu – Disse Hydra apontando a varinha para a centro da cozinha.

Um jarro com pó vôou em sua direção, ela pegou um pouco e entrou na lareira, jogando no chão o pó e vendo as chamas verdes a envolverem.

— Hydra? HYDRA? Aonde você está? – Perguntava a voz da Sra Weasley desesperada.

— Hogsmeade – Disse Hydra vislumbrando a Sra Weasley gritando e entrando na cozinha antes dela desaparecer, Hydra se viu girando até sair em uma lareira escura.

Ela saiu da lareira apontando a varinha "-Lumos" um clarão surgiu da ponta de sua varinha, ela agora reconhecia o local como o Três Vassouras, o bar onde tanto foi durante seus anos em Hogwarts, agora estava vazio e assustador durante a noite.

— Quem está ai? – Gritou uma mulher.

Antes que Hydra pudesse fazer qualquer coisa, Madame Rosmerta, a proprietária que Hydra reconhecera das vezes que esteve ali, estava apontando a varinha para ela.

— Não, meu nome é Hydra, Hydra Macmillan, eu só quero ver meu marido e meu irmão – Disse Hydra também apontando a varinha para ela.

— Macmillan? – Perguntou Rosmerta.

— Malfoy – Disse Hydra na esperança que ela pudesse se lembrar de Hydra.

— Malfoy, sim, Malfoy, o que você quer Malfoy? – Disse a Madame Rosmerta agindo de forma muito estranha depois que Hydra falou seu nome.

— Eu quero ir até Hogwarts.

— Você não pode, você está grávida... – Disse a Madame Rosmerta olhando para sua barriga já bem protuberante nas vestes.

— Por favor, eu só quero ver o meu marido e meu irmão – Disse Hydra com lágrimas nos olhos.

Hydra viu que ela estava baixando sua varinha.

— Sommun – Disse Hydra apontando com a varinha para ela.

Madame Rosmerta pareceu dormir imediatamente, caindo no chão, Hydra sentiu muita pena da pobre mulher, mas não podia fazer nada, tinha que sair dali.

— Alohomora – Disse para porta que estava trancada apontando a varinha.

Do lado de fora, as ruas estavam desertas, Hydra colocou a mão na boca de espanto ao ver a marca negra pairando sob a torre do castelo de Hogwarts, ela aparatou no portão e foi correndo para dentro do castelo.

Hydra correu para o local e abriu caminho pela multidão, o coração pesado pensando poder ser Peter o seu irmão machucado ali, mas o que viu a chocou até o último fio de cabelo, deixou soltar um grito de pavor.

Dumbledore... Dumbledore jazia ali, caído no chão, com Potter perto dele.

— Ele não está? Ele não pode? – Perguntou Hydra para um aluno que estava ao seu lado.

— Ele morreu!!! – Confirmou o aluno tristonho, de cabelos loiros ao seu lado.

— Não! – Disse Hydra chorando.

Dumbledore foi um grande homem, foi o bruxo mais poderoso e importante que Hydra já conheceu, foi bondoso com ela quando teve que ser e a apoiou quando ela precisou, ao chegar em Hogwarts, apesar de não ter tido muito contato com ele, não podia deixar de sentir uma imensa dor por sua partida.

— Vem cá, Harry...

— Não.

— Você não pode ficar aí, Harry... agora vem...

— Não.

Gina levou Harry de volta ao castelo, Hydra seguiu os dois correndo, Hydra reparou que os Weasleys não estavam por perto, muitos gritos e soluços cobriam o som do local, Hydra seguiu Gina e Harry até a ala hospitalar.

— Gina – Gritou Hydra e a menina se virou com Harry, estavam quase na porta da ala hospitalar.

— O que você está fazendo aqui Hydra? – Perguntou ela espantada parecendo apertar a mão de Gina com força.

— O Peter, você sabe dele? Do Draco?

Gina e Harry se olharam de forma estranha, o coração de Hydra batia acelerado demais, algo estava errado...

— O Peter está aqui dentro Hydra, ele se feriu, mas nada grave – Disse ela.

— E o Draco? – Perguntou Hydra chorando.

— Ele está bem, prometo que não está ferido, mas é melhor o Peter lhe explicar os detalhes – Gina e Harry olhavam a barriga de Hydra com preocupação.

Os três entraram na ala hospitalar, Neville deitado, aparentemente adormecido, em uma cama próxima. Rony, Hermione, Luna, Tonks e Lupin estavam agrupados em torno de outra cama, no extremo oposto da enfermaria. Ao ouvirem as portas se abrindo, todos se viraram.

Hermione veio correndo até Harry, mas Hydra seguiu em direção a cama, a primeira coisa que viu, foi o rosto irreconhecível de Gui, novamente levou as mãos na boca,  o rosto estava tão cortado e despedaçado que parecia grotesco. Madame Pomfrey aplicava em seus ferimentos um unguento verde de cheiro acre.

— O que houve? – Perguntou ela para Tonks que a abraçava e perguntava o que ela fazia ali.

— Hydra? – Perguntou uma voz na cama ao lado – Hydra? O que você está fazendo aqui? – Dizia Peter tentando se levantar.

— Não, não Senhor Macmillan, fique deitado – Brigou a Madame Pomfrey.

— Você está bem? – Disse Hydra correndo até sua cama.

— Eu estou, mas o que você está fazendo aqui?

— A senhora não pode fechar os ferimentos com um feitiço ou outra coisa qualquer? – Hydra ouviu Harry perguntando à enfermeira.

— Não tem feitiço que dê resultado. Já experimentei tudo que sei, mas não há cura para mordidas de lobisomem.

Hydra virou assustada na mesma hora para a cama de Gui.

— Mas ele não foi mordido na lua cheia – lembrou Rony, que fixava o rosto do irmão, como se pudesse forçar a cura só de olhar. – Greyback não estava transformado, então, com certeza, Gui não vai virar um... um verdadeiro...? O garoto olhou inseguro para Lupin.

— Não, não acho que Gui vá virar um lobisomem de verdade – concordou Lupin –, mas isto não significa que não haja alguma contaminação. São ferimentos malditos. Provavelmente não cicatrizarão totalmente... e Gui talvez adquira alguma característica lupina daqui para a frente.

— Dumbledore talvez saiba alguma coisa que dê jeito – falou Rony. – Cadê ele? Gui lutou contra aqueles maníacos por ordem dele. Dumbledore tem obrigações para com ele, não pode deixar meu irmão assim...

— Rony... Dumbledore está morto – disse Gina. – Não! – Lupin olhou desvairado de Gina para Harry, como se esperasse que o garoto a desmentisse, mas ao ver que Harry não o fez, Lupin desmontou em uma cadeira ao lado da cama de Gui, as mãos cobrindo o rosto.

— Como foi que ele morreu? – sussurrou Tonks. – Como foi que aconteceu?

— Snape o matou – respondeu Harry. – Eu estava lá e vi. Voltamos direto para a Torre de Astronomia porque vimos a Marca lá... Dumbledore estava mal, fraco, mas acho que percebeu que era uma armadilha quando ouviu passos rápidos subindo a escada. Ele me imobilizou, não pude fazer nada, estava coberto pela Capa da Invisibilidade... então, Malfoy entrou e desarmou Dumbledore... Hermione levou as mãos à boca, e Rony gemeu. A boca de Luna tremeu

— O QUE? – Disse Hydra tremendo – Snape? Meu irmão...

Hydra desabou em uma cadeira ao lado da cama de Peter e foi amparada por Tonks, ela ficou por muito tempo em um estado de choque tão grande que não conseguia falar nada.

— ... chegaram mais Comensais da Morte... depois Snape... e Snape o matou. A Avada Kedavra. – Harry não conseguiu prosseguir.

Madame Pomfrey caiu no choro. Ninguém lhe deu atenção a não ser Gina, que sussurrou: – Psiu! Escute! Engolindo em seco, Madame Pomfrey apertou a boca com os dedos, olhos arregalados.

Em algum lugar lá fora, na escuridão, uma Fênix cantava um lamento comovido de terrível beleza. A música parecia que vinha de dentro e não de fora dele: era o seu próprio pesar que se transformava magicamente em canto, ecoava pelos jardins e entrava pelas janelas do castelo, Hydra se perdeu no tempo que ficou ouvindo a bela música.


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