A Mudança Eterna escrita por Paula Mello


Capítulo 1
A LOJA DE LOGROS


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAL, PEÇO PERDÃO PELOS ERROS DE DIGITAÇÃO, OS LIVROS ESTÃO SOB REVISÃO DE UMA PROFISSIONAL PARA QUE ELES SEJAM AJEITADOS, PEÇO QUE RELEVEM POR AGORA

OLÁ PESSOAL, PEÇO PERDÃO PELOS ERROS DE DIGITAÇÃO, OS LIVROS ESTÃO SOB REVISÃO DE UMA PROFISSIONAL PARA QUE ELES SEJAM AJEITADOS, PEÇO QUE RELEVEM POR AGORA.
UM BEIJO,

PAULA VIEIRA DE MELLO



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Prólogo


O estranhamento de Hydra foi grande, quando saíram da estação King's Cross, eles chegaram em casa, mas assim que deixou seu malão, Peter anunciou que teriam convidados:

— Alguns membros da ordem estão vindo para cá, Hydra – Disse Peter, descansando no sofá.

— Agora? – Perguntou Hydra, se sentando na poltrona ao lado do sofá, ainda usando as roupas de trouxa que usava no expresso de Hogwarts quando trocou suas veste de Hogwarts.

— Sim, são assuntos urgentes... – Disse Peter meio sem graça – Você quer fazer parte da ordem agora afinal, não quer?

— Mas é claro que eu quero, disso você ainda tem dúvidas? – Disse Hydra se sentindo meio indignada.

— Claro que não, mas então... Precisamos resolver alguns assuntos, não é nada sério Hydra...

— Claro que é, ou não seria tão urgente assim, aconteceu algo? É sobre meu pai? – Hydra pensava no porquê insistia em chamar aquele homem de pai afinal, se jurava que ele não significava mais nada pra ela?

Ela se perguntava, sim, se perguntava, apesar de saber que a resposta para isso morava no fato que nunca seria fiel a essa promessa que fez a si mesma e a ele naquele dia no Ministério...

— Não e sim... Você verá Hydra, aguarde só um pouco... – Peter se levantou e foi se servie de um pouco de suco de abóbora, parecia incomodado, como se fosse alguém prestes a dar uma notícia ruim a alguém.

Hydra ia protestar mais um pouco, mas em pouco tempo viu que batiam em sua porta.

— Entre – Disse Peter, em um tom aliviado saindo da cozinha.

Tonks, Quim, Moody, Sr e Sra Weasley, Sr e Sra Macmillan, Lupin, Fred, Jorge e Gui tinham chegado na casa, todos juntos e todos parecendo mais animados que Peter.

— Hydra minha querida – Disse a Sra Weasley sempre tão carinhosa a comprimentando, mesmo que tenham se vistos minutos atrás na estação King's Cross. – Como está? A casa parece tão agradável...

— Ela é, era dos avos do Peter, é linda, te levo para conhecer o terreno se quiser... – Disse Hydra querendo ser simpática, apesar da pressa de saber do que a reunião se tratava.

— Sim, claro que gostaria, parece uma casa realmente linda, de verdade! – Disse a Sra Weasley saindo para cumprimentar Peter.

— Bom, acho que podemos todos parar de bobagens e ir direto ao assunto, não acham? – Disse Moody, arrastando sua perna defeituosa e sentando no sofá, todos os outros o seguiram, Peter fez gestos com a varinha, fazendo com que diversas cadeiras apareceram voando pela sala e parassem em volta do sofá e as poltronas. – Malfoy, como você bem sabe, o golpe que seu pai preparara a mando de Você-Sabe-Quem falhou, o plano dele falhou, seu pai foi preso e com certeza Você-Sabe-Quem não vai ficar contente com isso.

O Coração de Hydra pulsava forte, teria acontecido algo com Lúcio de mais grave que ela não sabia? Ou talvez com Draco ou Narcisa, mas tinha visto os dois a pouco tempo atrás...

— Hydra querida, o que o Alastor quer dizer é, podemos esperar retaliações de Você-Sabe-Quem contra seu pai, não achamos que ele irá matar sua mãe ou seu irmão, fique tranquila – Disse a Senhora Weasley parecendo ler a expressão de pânico que se tomou em Hydra.

— Não, eles ainda são utéis para ele – Continuou Moody – Mas você, você nem tanto – Disse ele girando seu olho tonto pela sala como se procurasse algo.

— O que você quer dizer com isso? – Perguntou Hydra, agora muito confusa.

— Que Você-Sabe-Quem a mataria sem pensar duas vezes se tivesse a chance, por isso não podemos dar a ele essa oportunidade, não por enquanto, não enquanto as coisas não esfriarem– Disse Moody sem rodeios.

— Isso significa que?

— Significa minha filha, que você deve ficar aqui, nessa casa aonde tem diversas proteções já instaladas até que as coisas se acalmem – Disse a Sra Macmillan, pegando na mão de Hydra que estava sentada ao seu lado.

— Mas, mas e o casamento? Eu vou virar refém de uma casa de novo? – Disse Hydra levantando em um impulso e se lembrando de como passou um mês trancada em seu quarto no ano anterior.

— Não, não é isso meu amor, você será livre para andar por todo o terreno da casa, eu irei ajudar a construir uma estufa, uma sala de poções, poderá fazer experimentos, ver o mar, só não sair para longe, não agora, só por alguma semanas – Disse Peter parecendo preocupado com sua reação.

— Mas eu não quero ser prisioneira de novo... E quanto ao Ministério? Ao trabalho? – Perguntou Hydra.

— Bom, isso já foi pelo ralo – Disse Moody.

— Hydra, todo acordo com Fudge não pode ser mais considerado – Disse Quim sentando a sua frente em uma das cadeiras que flutuou até o local – Não significa que não irá trabalhar lá se ainda quiser, consegui uma nova entrevista para você no Ministério, mas será como uma ex aluna normal, seria até recomendável que não usasse o sobrenome Malfoy quando isso ocorresse...

— Então toda aquela preparação... – Dizia Hydra pensando em tudo que passou no ano anterior antes de ser interrompida por Quim.

— Ainda será muito bem-vinda, acreditamos que com seu histórico escolar, suas muitas línguas e sua boa aparência, não será difícil conseguir um bom emprego no Ministério como uma representante internacional, talvez não um cargo tão alto quanto antes, mas um bom cargo ainda assim e ainda precisamos de gente da ordem lá dentro do Ministério tanto quanto antes.

— Isso se você ainda quiser Hydra, você também pode continuar seu sonho de trabalhar com poções, ninguém iria te julgar – Disse o Sr Macmillan sentado ao lado de sua esposa e parecendo solidário a Hydra. – Tem vagas no St.Mungo's ainda... Apesar de poucas na área de poções.

— E a loja de Logros está sempre aberta para você, palerma, sempre que quiser trabalhar também. – Completou Fred e Jorge afirmou.

— Sim, sim e não tem nada de errado em ficar um pouco em casa também... – Disse a Sra Weasley passando o olho entre as pessoas.

— Eu quero trabalhar no Ministério, eu quero ajudar, eu faço a entrevista, sem problemas, mas eu quero continuar ajudando – Disse Hydra decidida. – Eu agradeço a ajuda e oferta de todos, mas eu não quero ficar presa.

— Isso é sem questionamentos Malfoy, você faz parte da ordem agora e tem que saber ouvir ordens assim como dar as ordens quando necessário, quanto a trabalhar no Ministério, não me importo o que faça, mas desde que seja daqui algumas semanas e não agora – Disse Moody olhando seriamente para Hydra com seu olho bom.

Hydra pensou em questionar, mas não tinha mais argumentos, apenas abaixou os olhos desanimada.

— Eu não acredito que vou ficar presa aqui sozinha.... – Disse ela baixinho, mas os outros ouviam.

— Não sozinha, eu estarei aqui com você – Afirmou Peter sorrindo simpaticamente para ela.

— E eu também virei visitar – Disse Tonks.

— Nós também – Disseram Fred e Jorge.

— Todos nós – Afirmou a Sra Weasley.

— Obrigada a todos, mas todos vocês tem trabalhos, não poderão ficar aqui.

— Jeniffer pode vir enquanto não começa a trabalhar e nós podemos revezar, não ficará sozinha Hydra – Disse a Sra Macmillan – E e só por algumas semanas, depois poderá ficar livre e temos também um casamento para planejar, um vestido para escolher, vai ficar muto distraída, eu garanto – Disse ela com um sorriso simpático.

— Sem dramas Malfoy, existem coisas piores a se fazer, nem parece que quase morreu lutando, sabe muito bem que se esconder por algumas semanas não será o fim do mundo – Disse Moody agora parecendo meio irônico.

— Ok, eu pretendo fazer o que for necessário – Disse Hydra.

— Excelente filha, excelente – Disse a Sra Weasley mais animada.

 

CAPÍTULO 1

A LOJA DE LOGROS

 

Era o mês de Julho mais estranho que Hydra já tinha passado em sua vida, para começar, passara o mês presa no terreno da casa de Peter, com a Sra Macmillan passando ocasionalmente para discutir detalhes do casamento e tirar as medidas para o vestido, Fred e Jorge a visitavam bastante também, assim como Tonks e Jeniffer e Hydra passou também muito tempo dentro de suas recém construídas estufa e laboratório de poções no jardim.

No último dia de "cativeiro", já acostumada com sua rotina diária, desfez seu malão, o guardou no fundo do seu novo closet e pendurou com carinho sua veste de Hogwarts com o Símbolo da Grifinória ao lado da de Peter com o símbolo da Corvinal e de sua veste da Beauxbatons, não precisaria mais delas, de nada daquilo, guardou todos os livros escolares que já não precisaria e suas vestes sobressalentes para doar na loja de vestes de segunda mão e de livros no Beco diagonal aonde estava se preparando para finalmente visitar a loja gemialidades Weasley.

No chão do closet, uma pergaminho que Hydra estava examinando mais cedo tinha a lista de todos que confirmaram presença no seu casamento que aconteceria em breve.

LISTA DE CONVIDADOS CONFIRMADOS:

Família Weasley (7 membros)

Angelina Jhonson + convidado

Lino Jordan

Alicia Spinnet + convidado

Kate Bell + convidado

Rita Orance + convidado

Laura Schimmer + convidado

Família Tonks (3 membros)

Familia Malfoy (2 membros)

Familia Bouvier (3 membros)

Família Bélanger (3 membros)

Família Beaumont (3 membros + convidado)

Desiré Faure

Fleur Delacour

Família Macmillan (20 membros)

Hermione Granger

Família Lovegood (2 membros)

Família Longbottom (2 membros)

Família Bones (4 membros)

Família Shafiq (4 membros)

Alastor Moody

Remo Lupin

Rúbeo Hagrid

Mundungus Fletcher

Família Aaron (5 membros)

Família Podmore (3 membros)

Quim Shacklebolt

Olímpia Maxime

Família Jones (2 membros)

Família Alan (5 membros)

Família Barret (3 membros)

Família Clemens (5 membros)

Família Fawley (15 membros)

Minverva McGonagall

Filius Flitwick

Marilee James + convidado

Mark Brown + convidado

Ully Madwich + convidado

Família Macdino (3 membros)

OBS:

Harry Potter não respondeu a confirmação.

Albus Dumbledore pede desculpas por não poder comparecer.

Severo Snape não respondeu sobre a confirmação.

A maior parte da lista de convidados eram amigos e família de Petter, Hydra não se importava, aqueles que ela mais queria estariam lá, mas não deixava de ser levemente deprimente ver que da lista da sua família apenas teria 2 membros, bem, isso se não contar com a família Tonks, dizia ela mais animada.

Ao lado do pergaminho, uma carta de Hogwarts.

Senhorita Hydra Bellatrix Malfoy.

RESULTADOS NOS NÍVEIS INCRIVELMENTE EXAUSTIVOS DE MAGIA

Notas de aprovação:

Ótimo (O)

Excede Expectativas (E)

Aceitável (A)

Notas de reprovação:

Péssimo (P)

Deplorável (D)

Trasgo (T)

RESULTADOS OBTIDOS POR HYDRA MALFOY

Transfiguração – E

Feitiços – E

Defesa contra as artes das trevas – O

Herbologia – O

Poções – O

Alquimia – A

— Você viu o Profeta diário? – Perguntou Peter, vindo de encontro com Hydra que arrumava seu closet – Houve um ataque na ponte Brockdale, comensais se divertindo é claro. – Peter parecia mais velho, sua barba estava mais bem feita e mais grossa agora, mas não era só isso, o último mês fez com que ele crescesse por dentro, ele diz que a quase morte de Hydra em Junho foi a coisa mais apavorante que já lhe aconteceu, mas também o maior alerta do que realmente estava acontecendo no mundo agora, sua postura mudara.

— O que a ordem diz sobre isso? – Perguntou Hydra que estava sentada no chão fazendo coisas voarem dos cantos até o malão que ela levaria ao beco diagonal.

— Você sabe, eles acham o mesmo que todos os outros, que eles não vão parar por aí – Disse Peter sério apoiado na porta do closet.

— Eu queria ajudar mais, me sinto uma inútil para ordem agora que meu nome não vale mais de nada, sabe como é, novo ministro, um que realmente sabe quem meu pai é, toda aquela preparação do ano passado para nada... – Disse Hydra desgostosa.

— Não é para nada, achei que você tinha uma entrevista no Ministério mês que vem – Disse Peter.

— Eu tenho, mas nada mais é certo – Respondeu Hydra parando sua atividade para olhar para os olhos profundamente azuis de Peter.

— E você tem dúvidas que irá conseguir o emprego? Talvez não um tão bom quanto o que Fudge estava disposto a lhe dar, mas... Um bom de qualquer maneira, você teve aprovação em todos os seus N.I.E.M.s e os N.O.M.s, além disso você não é inútil, você lutou com comensais da morte a poucos meses atrás Hydra, isso é mais do que eu jamais fiz – Disse Peter sentando ao seu lado.

— Eu sei, mas eu queria fazer mais, só isso - Disse ela fazendo carinho em seus cabelos.

— Esse heroísmo dos alunos da Grifinória... Vocês tem que aprender a esperar suas batalhas... – Disse Peter rindo de bom humor.

— Ex-aluna.... – Disse Hydra com pesar olhando fixo para sua veste ainda pendurada no canto do closet.

— Uma vez aluna, sempre aluna, a formatura não muda isso Hydra.

— Eu estava vendo aqui na lista que sua mãe mandou que a família Bones aceitou o convite, mas isso foi antes da morte da Amélia, não foi? – Perguntou Hydra.

— Sim, Deus receba sua alma, pobre mulher... – Disse Peter melancólico.

— Sim, eu conheci a sobrinha dela, uma boa menina, deve estar sofrendo muito.

— Quem não estaria? Todos estão apavorados agora e com razão, nós estamos tendo tanto trabalho no St.Mungo's, você nem imagina...

— Eu imagino sim – Disse Hydra desanimada – Peter eu preciso falar algo com você, algo importante...

— O que Hydra? – Perguntou ele sério a encarando.

— Se lembra que eu lhe falei do medalhão que ganhei um dia de Draco? O que me fazia sentir o que minha família sentia quando era muito forte?

— Sim, claro que lembro, você o jogou fora, não?

— Não... Eu tenho o usado as vezes e eu sinto... Eu senti uma dor muito grande vinda não só do meu pai mas isso eu imaginava, como da minha mãe, mas a que mais me assustou foi a de Draco, alguma coisa está acontecendo com ele, eu sei que está, mas ninguém me deixa chegar perto de casa e ele não responde minhas corujas, só respondeu uma dizendo que iria ao casamento com a mamãe em segredo, mas eu sei que é algo... Acho que Você-sabe-quem está punindo ele pelas ações do meu pai, eu sei que está...

— Hydra... – Disse Peter visivelmente irritado – Você não deve usar esse medalhão, isso não vai te ajudar em absolutamente nada, nada!

— Mas meu irmão...

— Seu irmão escolheu o caminho dele assim como você escolheu o seu e ficar imaginando o que pode estar acontecendo não irá ajudá-lo, você vai ver ele no casamento, certo? Você pode perguntar lá o que aconteceu.

— Eu duvido que ele me diga – Disse Hydra desanimada.

— Então se preocupar também não fará ele dizer nada – Peter parou sério por um segundo e depois perguntou – O que está fazendo afinal?

— Separando coisas para doar no Beco diagonal, livros escolares, vestes de Hogwarts, tirando a que eu deixei separada de lembrança.

— Você vai lá hoje? – Perguntou Peter.

— Sim, eu vou aproveitar e visitar a loja do Fred e Jorge.

— Tome cuidado Hydra, as pessoas não tem ido ao Beco diagonal muito agora... Todos estão com medo, tiveram alguns ataques, algumas lojas estão fechadas...

— Eu sei, mas eu vou me cuidar, prometo.

— Você viu isso aqui? – Disse Peter tirando uma cópia do Profeta diário do bolso de suas vestes.

Por ordem do Ministério da Magia

PARA PROTEGER SUA CASA E SUA FAMÍLIA DAS FORÇAS DAS TREVAS

Atualmente a comunidade bruxa está sendo ameaçada por uma organização que se autodenomina Comensais da Morte. Observando simples diretrizes de segurança, você poderá proteger a si mesmo, a sua família e a sua casa de qualquer ataque.

1. Recomendamos que você não saia de casa sozinho.

2. Tome especial cuidado durante a noite. Sempre que possível, programe suas viagens para começarem e terminarem antes do anoitecer.

3. Repasse as medidas de segurança que cercam a sua casa, cuidando para que todos os membros de sua família conheçam os procedimentos de emergência, tais como os feitiços Escudo e da Desilusão e, em caso de familiares de menor idade, a Aparatação Acompanhada.

4. Combine senhas com seus familiares e amigos íntimos para detectar Comensais da Morte que se façam passar por outras pessoas após a ingestão da Poção Polissuco (veja p. 2).

5. Se você sentir que um familiar, colega, amigo ou vizinho está agindo de modo estranho, entre imediatamente em contato com o Esquadrão de Execução das Leis da Magia. Ele ou ela talvez esteja dominado/a pela Maldição Imperius (veja p. 4).

6. Se a Marca Negra aparecer pairando sobre qualquer prédio, NÃO ENTRE. Contate imediatamente a Seção de Aurores.

7. A visão de objetos não identificados sugere que os Comensais da Morte talvez estejam usando Inferi (veja p. 10). Se avistar ou encontrar algum, reporte ao Ministério IMEDIATAMENTE.

— Isso até ajuda um pouco, mas é preciso muito mais que isso para parar um comensal, infelizmente, principalmente a minha tia maluca – Disse Hydra foleando o jornal.

— Eu sei, já colocamos todos os tipos de proteção possíveis aqui em casa e na dos meus pais também, eles conseguiram é claro convencer Jeniffer de não se mudar agora, ela não gostou muito – Disse Peter rindo.

— Eu imagino que não, ela estava tão animada com isso ano passado, mas também... Todos estávamos mais animados ano passado.– Disse Hydra de novo desanimada.

Mais tarde, depois que Peter saiu para o trabalho, Hydra foi até o beco diagonal.

O Beco Diagonal mudara. Os arranjos coloridos e brilhantes nas vitrinas exibindo livros de feitiços, ingredientes e caldeirões para poções estavam ocultos por grandes cartazes do Ministério da Magia. A maioria, sombria e roxa, era uma versão ampliada dos panfletos sobre segurança que tinham sido distribuídos pelo Ministério durante o verão, mas outros continham fotos animadas em preto e branco dos Comensais da Morte que se sabiam estar foragidos. Belatrix Lestrange sorria desdenhosamente na fachada do boticário mais próximo. Algumas vitrines estavam fechadas com tábuas, inclusive a da Sorveteria Florean Fortescue. Em contraposição, tinham surgido várias barracas de aspecto miserável ao longo da rua. A mais próxima, instalada à porta da Floreios e Borrões sob um toldo de listras manchado, exibia um letreiro de papelão:

Hydra os livros usados na loja e suas vestes usadas e seguiu para a loja dos gêmeos, a mais colorida do beco.

Encaixada entre fachadas sem graça, cobertas de cartazes, as vitrines de Fred e Jorge chamavam a atenção como uma queima de fogos. Transeuntes distraídos olhavam por cima do ombro para as vitrines, e alguns muito espantados chegavam a parar, petrificados. A vitrine da esquerda ofuscava a vista tal a variedade de artigos que giravam, espocavam, piscavam, quicavam e gritavam; os olhos de Harry começaram a lacrimejar só de olhar. A vitrine da direita estava tomada por um gigantesco cartaz, roxo como os do Ministério, mas enfeitado com letras amarelas pulsantes.

Para que se preocupar com Você-Sabe-Quem?

DEVIA mais era se preocupar com O-APERTO-VOCÊ-SABE-ONDE

a prisão de ventre que acometeu a nação!

Hydra sorriu e pensou que isso era algo tão típico dos gêmeos que só a alegrava, a loja por dentro estava lotada de gente.

Hydra examinava tudo, caixas empilhadas até o teto: ali estavam o kit Mata-Aula. Havia latões cheios de varinhas de brinquedo. As mais baratas faziam aparecer galinhas de borracha ou calças compridas quando agitadas; as mais caras batiam no pescoço ou na cabeça do usuário desavisado; caixas de penas de escrever, nas opções Caneta-Tinteiro, Autorrevisora e Resposta-Esperta. Abriu-se um espaço na multidão e Harry pôde chegar ao balcão, onde um bando de crianças de dez anos observavam felizes um homenzinho de madeira subir lentamente os degraus de um patíbulo com duas forcas de verdade em cima de um caixote, onde se lia: Forca Reciclável – Soletre certo ou se enforque!

"Feitiços Patenteados para Devanear..."

"Um simples encantamento e você mergulhará em um devaneio de trinta minutos excepcionalmente realista. Fácil de usar em uma aula normal e virtualmente imperceptível (efeitos colaterais: olhar vago e ligeira baba). Venda proibida a menores de dezesseis anos."

— Gostando do que vê? – Perguntou uma voz vinda de trás de Hydra. Ela se virou e viu Jorge com uma veste magenta ao lado de Fred.

— Amando – Disse ela abraçando os dois.

— Vem, vamos te mostrar a loja- Disse Jorge.

— Sim, vamos até os fundos– Completou Fred a guiando pela loja com Jorge.

Jorge afastou uma cortina ao lado das mágicas dos trouxas e Hydra viu uma sala mais escura e mais vazia. As embalagens dos produtos nas prateleiras eram mais discretas.

— Acabamos de desenvolver esta linha mais séria – disse Fred. – Foi engraçado como aconteceu...

— Você não acreditaria quantas pessoas, até mesmo funcionários do Ministério não conseguem fazer um Feitiço-Escudo decente – explicou Jorge. – É claro que eles não tiveram aulas no AD como nós, falamos isso para o Harry hoje mais cedo até inclusive.

— Sério.. Bem, achamos que os chapéus-escudo eram uma piada. Sabe, você põe o chapéu e desafia o colega a lançar um feitiço e fica olhando a cara dele quando o feitiço simplesmente não funciona. Mas o Ministério comprou quinhentos para todo o pessoal de apoio! E continuamos recebendo pedidos enormes!

— Então ampliamos a linha para incluir capas-escudo, luvas-escudo... – ... quer dizer, não serviriam para proteger o cara das Maldições Imperdoáveis, mas para feitiços e encantamentos de leves a moderados... – E pensamos em cobrir toda a área de Defesa Contra as Artes das Trevas, porque é uma mina de ouro – continuou Jorge entusiasmado. – Este aqui é legal. Veja, Pó Escurecedor Instantâneo, estamos importando do Peru. Maneiro para quem quer desaparecer rápido. E os Detonadores-Chamariz estão praticamente fugindo das nossas prateleiras, olhe. – Fred apontou para uma quantidade de objetos pretos esquisitos, dotados de apito que de fato tentavam sumir de vista. – A pessoa deixa cair um, sem ninguém ver, e ele sai correndo e apitando até sumir, e com isso desvia as atenções se precisar.

— Aqui, separamos uma caixa com tudo isso para você e o Peter – Disse Jorge entregando uma caixa para Hydra.

— Quanto fica? – Perguntou Hydra tirando alguns galeões do bolso da veste.

— Nem pensar, você é nossa sócia Hydra, esqueceu? – Disse Fred parecendo ofendido – Estamos depositando sua parte nos lucros no seu cofre em Gringotes todo mês.

— Não precisa disso... – Disse Hydra sem graça.

— Precisa sim, somos um negócio sério... – Disse Jorge.

— Vamos, vamos voltar para a loja – Disse Fred.

Hydra viu uma bruxa loura com o mesmo uniforme magenta dos gêmeos ajudando os clientes e Fred e Jorge indo de um lugar para o outro atendendo a todos que podiam.

Hydra passou o resto do dia andando com Fred e Jorge e vendo os produtos.

— O que é isso? – Perguntou Hydra apontando para umas bolas redondas e felpudas em tons de rosa e roxo que giravam no fundo de uma gaiola emitindo guinchos agudos.

— Mini-pufes – informou Jorge. – Pufosos miniatura, não conseguimos reproduzi-los com a velocidade necessária.

— Que fofinhos! – Disse Hydra

— Pegue um pra você, aliás, pegue tudo que quiser – Informou Jorge.

— Aqui estão as poções do amor que você fabricou, com efeito extremamente limitado, é claro! - Disse Fred apontando para as mini poções na loja.

— Eu fico feliz que tudo esteja dando tão certo para vocês, é sério, eu nem acredito as vezes como tudo aconteceu tão rápido – Disse Hydra sorrindo.

— E muito graças a você – Sorriu Fred de volta.

— Você vai esperar a loja fechar? Podemos jantar lá em cima no nosso flat – Disse Jorge.

— Sim, o Peter está de plantão mesmo hoje.

— E pode deixar, nós iremos escoltar a senhorita até a sua casa depois, está perigoso andar por ai sozinha – Disse Fred um pouco irônico.

— Ok – Riu Hydra.

Hydra passou o resto da tarde tentando auxiliar clientes junto com os gêmeos, era na verdade agradavelmente divertido e diferente, com medo de uma retaliação de Voldemort contra Hydra (por ser filha de Lúcio) Peter e os membros da ordem a mantinham presa dentro de casa por semanas, até finalmente ela poder sair sozinha depois de brigar e dizer que não iria parar sua vida por causa de ninguém, sentiu felicidade em falar com as pessoas, mas depois de um tempo se sentiu também um pouco entediada.

— Vou dar uma volta – Informou ela para os gêmeos.

— Não vai longe Hydra, realmente está perigoso por aí – Disse Fred com um tom de alarde enquanto ajudava uma cliente loirinha que estava interessada na poção do amor.

Hydra andou pelas poucas lojas abandonadas do beco, entre muitos vendedores clandestinos que tentavam empurrar amuletos e mais objetos mágicos para proteção, Hydra sentiu uma pontada no coração ao ver a antiga loja de sorvetes que tanto amava, onde passeava com sua tutora quebrada e abandonada e pensar no que houve com o dono... Hydra não queria pensar, passou na empório da coruja para comprar caixa de nozes para Lydra e então parou na loja "animais mágicos".

A loja estava pouco movimentada, Hydra notou diversas corujas, sapos, ratos de vários tipos.

— Procurando algo em especial minha querida? – Perguntou o vendedor simpático.

— Não na verdade... – Hydra parou os olhos em uma caixa com lindos filhotinhos de gatos de várias cores.

— São crias de gatos com amassos – Disse os vendedor – Extremamente inteligentes e fieis, você iria gostar de um.

— Minha amiga Hermione tem um cruzamento desses... São tão lindos... – Disse Hydra brincando com eles.

— Pode escolher um – Disse o vendedor.

— Não, eu preciso consultar meu noivo primeiro e....

Um dos gatinhos, um de pelagem alaranjada em cima e branca embaixo e olhos profundamente verdes se enrolou em sua mãe e se esfregava nela, parecia encará-la e hipnotizá-la.

— Quanto, quanto é? – Perguntou Hydra sem pensar direito.

— 20 sicles, interessada? – Disse o vendedor que parecia ansioso.

— Você comprou um gato? – Perguntou Fred enquanto Hydra acariciava o gatinho cinza no sofá de seu super decorado flat em cima de sua loja.

— Sim, o Peter vai me matar, eu sei!

— Vai mesmo e o que é tudo isso que você comprou também? – Perguntou Jorge olhando para as sacolas ao lado de Hydra.

— Coisas para ela... E também uma caixa de nozes para a Lydra.

— Ela? É fêmea? – Perguntou Jorge rindo sentando na poltrona em frente ao sofá.

— Sim, eu chamo ela de Lacerta.

— Que nome estranho! – Disse Fred sentando perto deles.

— É uma tradição dos Black, mamãe me passou eu acho, eles nomeiam seus filhos com nomes de constelações, Lydra foi tirado da constelação Lyra, eu só mudei um pouco, Lacerta é uma constelação, sei lá, algumas tradições acho que ficaram na minha cabeça.

— Você que esse gato não é sua filha, né? – Disse Fred rindo.

— Você jura Fred? Eu jurava que eu tinha dado a luz pra ela – Disse Hydra irônico e rindo.

A gatinha dormia e ronronava em seu colo enquanto Hydra a acariciava.

— Bem, vamos falar de coisas animadas, está sabendo quem está noiva? – Perguntou Fred.

— Eu?

— Não, você não, quer dizer você sim, mas não só você – Disse Jorge enrolado.

— Quem então?

— Fleur, Gui a pediu em casamento.

Hydra acordou Lacerta com o pulo que deu de surpresa.

— O que? Sério? Mas eles estão namorando a quanto tempo?

— Sei lá, um ano? Eu sei que mamãe está furiosa, ela não gosta da Fleur, ela está passando as férias lá em casa e está deixando a mamãe e a Gina loucas – Disse Jorge.

— A Fleur é uma pessoa legal... Só precisa de um pouco de paciência.

— Falou a pessoa que detestava ela até ontem – Disse Jorge servindo Hydra um pouco de wiskie de fogo – Acho que vai preferir a cerveja amanteigada – Disse ele enquanto dava o copo para ela.

— Eu sei que ela é difícil, mas não é uma pessoa ruim, só não imaginava de ela casar tão cedo assim..

— Olha quem fala, você acabou de sair de Hogwarts! – Disse Fred rindo

— Não de idade, de tempo de namoro, eu já namoro com o Peter a mais de três anos.

— Eu sei, mamãe diz a mesma coisa que você, que está muito cedo, na verdade ela está tentando fazer o Gui desistir, mudar de ideia talvez...

— Como?

— Com a Tonks, ela está convidando a Tonks para jantar em casa sempre para ver se o Gui muda de ideia...

— Ela deveria desistir, a Tonks não está interessada no Gui – Disse Hydra lembrando das longas conversas que teve com a prima durante os dias que ficou em casa, Tonks acabou lhe confidenciando interesse em um outro bruxo...

— Eu sei e nem o Gui nela, mas vai falar isso para a mamãe... Ela sempre tem esperanças em seus pares mentais, acho que até você casar ela ainda vai ter esperanças que você vai desistir e casar com um de nós – Disse Fred brincando e gargalhando. – Apesar de ela gostar muito do Peter.

— Só se for com os dois, um casamento a três, imagina que moderno! – Hydra e os meninos se divertiam tanto com a piada que Fred deixou cuspir um pouco da sua bebida.

— Mamãe ia amar – Brincou Jorge.

A visita durou até tarde da noite, os três brincaram e contaram piadas como nos velhos tempos, Hydra na verdade se sentiu de volta a Hogwarts, na sala comunal conversando com os meninos enquanto estudava para alguma de suas matérias.

— Hydra, é melhor você ir, já são quase oito da noite e...

— Eu sei, eu sei, é perigoso – Interrompeu Hydra a fala de Fred.

Os gêmeos acompanharam Hydra até sua casa, onde depois de deixar o beco, conseguiram aparatar no terreno perto.

— Com toda proteção, agora só da para aparatar aqui – Disse Hydra para os gêmeos – Vocês podem ir.

— Nem pensar, vamos te deixar dentro de casa – Disseram eles.

Hydra se despediu dos gêmeos depois de entrar no portão do jardim, com sua nova gata e suas compras no colo.

Ela descansou as comprar em um balcão da cozinha da casa vazia, a gata que saiu do seu colo agora descansava no sofá, Hydra foi até o corujal no quintal onde deu para Lydra um pouco de nozes, ela mordiscou feliz sua mão em gratidão.

— Prometo que você ainda é minha número um, ok? – Disse Hydra acariciando a coruja, então Hydra deixou que ela voasse para caçar.


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