Magnólia, minha cidade do interior escrita por Khatleen Zampieri


Capítulo 19
Dessa vez não foi minha culpa




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Cinco meses se passaram desde que o prefeito foi assassinado pelo nosso colega Hibiki, que agora estava preso na cidade vizinha. Durante esse tempo, Lisanna tem se aproximado de todos nós e agora já era considerada uma amiga até mesmo por Erza e Cana, ela havia mudado e mostrara a todos que ela merecia essa segunda chance.
Quanto ao cargo de prefeito, ninguém quis ocupar a vaga, portanto ainda não tinham feito nada quanto a isso, os mais velhos de Magnólia decidiram deixar em aberto até alguém se voluntariar, mas ninguém fez isso em cinco meses, e acho que ninguém fará.
Mas não faz falta, pelo menos até agora não houve um momento sequer que a presença de um prefeito foi solicitada, isso era bom, assim a cidade não entrava em pânico, então a vida continuava normal, por enquanto.
Natsu e eu estávamos quase atrasados para a aula, estávamos apostando corrida de cavalos, e adentrávamos as florestas e tentávamos pular obstáculos e coisas do tipo, sim nesse tempo que se passou, eu aprendi a cavalgar e estou indo sozinha já para escolar, claro, Natsu está sempre ao meu lado, mas é empolgante ter a liberdade de controlar para onde quer ir ou a velocidade que está.
Tocando neste assunto, a amizade entre mim e Natsu nunca esteve tão intensa, nos aproximamos muito, mas não voltamos a falar sobre aquele assunto em específico, não me odeiem, sei que querem isso tanto quanto eu, mas sempre que estamos a sós e um certo clima acaba acontecendo, parece que algo ruim vai acontecer se eu ceder aos meus desejos, então tenham paciência.
Enfim, eu e Natsu estávamos a toda velocidade, cada um com seu cavalo, sorriamos um pro outro e pulávamos cercas e impedíamos que os pobres animais parassem pra comer, eu senti dó, mas era preciso, logo chegaríamos e eles poderiam descansar e se alimentar.
—Estamos quase lá... - Natsu falou em alto e bom som um pouco mais a minha frente.
Eu sorri para ele e de longe vi a construção da nossa escola, quando chegamos perto vi nossos amigos nos esperando no portão, era agora ou nunca.
—Ya... - gritei e o cavalo acelerou e com dificuldade consegui passar na frente de Natsu e atravessar o portão da escola, e assim frear e parar totalmente, então desci do cavalo e Lisanna, Erza e Cana vieram me encontrar.
—Que isso garota? - Cana disse e bateu em minha mão como uma comemoração.
—Você está toda suada... - Erza disse me alcançando uma toalha para me secar.
—Mandou bem Lucy, você aprendeu há quanto tempo cavalgar mesmo? - Lisanna sorria gentilmente para mim.
—Ahmm.. - estava tentando lembrar.
—Ah exatos dois meses.. - Nastu desceu do cavalo e chegou mais perto de nós. - Ela teve um bom professor.
—Ah tah senhor fodão. - Lisanna comentou e cutucou Natsu com o cotovelo, o mesmo sorriu e depois a cutucou de volta.
Sim, eles estavam amigos agora, e eu não me sentia incomodada com isso, pode parecer estranho, mas eu sabia que entre os dois agora só tinha amizade.
—Caraca menina, o que foi isso? - Jellal chegou perto do meu cavalo, ou melhor égua e acariciou o animal. - Coitada, fez todo o trabalho e ainda assim a sua dona que recebe os elogios.
Ergui uma sobrancelha para o rapaz e ele percebeu e então deu risada.
—Desculpe, é que é verdade.
—Eu sei Jellal, por isso, palmas para a nossa querida Titania. - apontei para minha leal corredora e todos bateram palmas, fui até ela e dei-lhe uma maçã e a deixei perto do bebedouro ao ouvir o sinal soando para dar início as aulas.
Quando estava indo Natsu me alcançou.
—Parabéns por ter ganho hoje. - ele sorriu de canto, um sorriso encantador no qual mexeu comigo, ele tinha esse poder e eu tenho quase certeza que ele sabe disso. - A propósito, você fica linda cavalgando.
Sim, meu olhar ficou estagnado nele e minhas pernas falsearam então ele sorriu ao ver a cor das minhas bochechas e assim ele entrou em nossa sala e eu fui atrás dele tentando evitar os olhares curiosos sobre a situação, ou seja, os olhares de Erza, Cana e Lisanna que agora fazia de tudo para nos juntar, como um cupido desesperado pelo aumento de salário.
Sentei em minha cadeira, que ficava na frente de Natsu e logo o professor começa a explicar a matéria, mas pouco me interessava um assunto que eu já sabia, então pulei para a última folha de meu caderno e comecei a desenhar, sem querer acabei desenhando um rapaz de cabelos arrepiados, com um grande sorriso e um pequeno cachecol, e estranhamente familiar com Natsu.
Quando percebei a semelhança, quis esconder o desenho, mas Natsu já estava de olho e então veio à pergunta.
—Quem é? - a voz em sussurro dele próxima a minha orelha fez com que todos os pelos da minha nuca se arrepiassem e somando com os hormônios que se acenderam neste instante eu mal consegui responder, droga Natsu, pare com isso.
—Ninguém... - respondi com a garganta um pouco seca.
—Parece comigo... só que não tenho nenhum cachecol. - ele olhou para mim virando um pouco seu rosto para meu lado fazendo sua boca quase encostar-se à minha bochecha.
—Natsu... - eu sem querer soltei seu nome em um pequeno sussurro, meu Deus como eu queria pegá-lo pela mão e arrastá-lo para fora da sala e beijá-lo loucamente no corredor.
—O que foi? - ele perguntou um tanto mais baixinho e mais sexy.
—Você pode me emprestar a sua borracha? - perguntei um tanto contraída, pois ele conseguiu deixar todo o meu corpo rígido e sem ação.
—Claro.. - ele me entregou e eu decidi apagar o cachecol.
—Pronto, agora é você. - Respondi me virando para ele e por um breve instante nossas respirações se misturaram e eu senti o calor vindo de seu hálito, como naquela noite na casa de Cana.
—Uou, vai dar pra mim? - ele perguntou sorrindo e se sentando normalmente em sua cadeira, mantendo uma distância segura entre nós.
—Claro, pode ficar. - Pisquei uma vez para ele e me virei novamente para frente.
Então o restante da aula passou-se rapidamente, Natsu não falou comigo até o final da aula e eu só consegui ver as meninas me olhando com expressão de maliciosas.
Quando tocou o sinal para o intervalo, fui atrás delas para manter um certo rapaz um pouco afastado.
—Meu Deus Lucy, beije-o logo, você parece se segurar toda vez que ele está perto, por que não admite que gosta dele e ficam juntos? - Lisanna disse se sentando em baixo da árvore, onde Cana, Erza e eu nos sentamos junto a ela.
—Quem disse que eu quero isso? - falei sem olhar em seus olhos, pois eu admitiria fácil que estou apaixonada por ele.
—Eu. - Lisanna respondeu. - Conheço esse olhar, você o olha apaixonada, e é óbvio que ele sente isso também, então, por que se segurar?
—Você não entenderia.. - respondi admitindo a derrota.
—O que não entenderíamos? - Cana perguntou já curiosa.
—Deixem para lá. - falei e comecei a comer um sanduíche que fiz antes de sair de casa.
Erza me olhou curiosa, mas resolveu me dar uma mão.
—Deixem ela em paz, eu te entendo Lucy. - a ruiva falou pondo sua mão em meu ombro. - Eu também estou esperando pelo momento certo.
Sorri pra ela, Jellal e Erza ainda não se beijaram, apesar de saírem juntos as vezes e sem querer ou querendo as mãos de ambos se uniam quando passeavam juntos, era muito fofo e romântico o relacionamento deles, mesmo até eu já achar estranho não terem sequer dado um selinho um no outro, mas cada um tem seu tempo, eu respeito isso.
—Ok, quando estiver pronta, por favor nos avise para podermos te zoar depois. - Cana disse de boca cheia, comendo seu delicioso biscoito.
Olhei para longe e vi os meninos conversando, Natsu ria e depois batia nas costas de Jellal que ria também, Laxus olhava de vez em quando para cá, e Cana olhava de volta, mas depois fazia expressão de triste.
—Aconteceu algo entre vocês? - perguntei a cartomante e ela me olhou intrigada.
—Como sabe que preciso conversar? - ela pediu um pouco desanimada.
—Bem, o que houve? - Ignorei sua pergunta e ela baixou a cabeça, enquanto Lisanna e Erza prestaram atenção no que ela iria dizer.
—Bem, eu estou cansada de Laxus achar que eu sou uma qualquer que só estou afim de agarração, quero romance, quero que ele diga coisas bonitas... entendem? - ela nos olhou e imediatamente confirmamos, todas as garotas querem isso.
—Falou isso pra ele? - Erza pediu.
—Sim, ontem a noite, ele foi lá em casa e eu queria que ele ficasse lá, afinal, meus pais já o aceitaram e ele disse que não, por que tinha que ir pra casa, e hoje nem sequer toquei no assunto. - Cana contou e seus olhos começaram a lacrimejar.
—Oh.. - Lisanna a abraçou e seu gesto foi bem aceito.
—Ele quer só isso entendem? - Cana agora chorava e Erza também a abraçou, olhei para o loiro que olhava para Cana um tanto triste também, mas olhava para baixo e novamente para seus amigos.
—Eu já volto.. - me levantei e fui até o grupinho deles, todos pararam de rir quando me aproximei. - E aí, querem se juntar a nós, parecemos que nem somos amigos desse jeito.
—Claro. - Natsu e Jellal responderam juntos e já vieram comigo, eu olhei para Laxus e ergui as sobrancelhas, o mesmo repetiu meu gesto e então veio comigo.
Chegamos lá e então sentamos todos lado a lado.
—O que houve com você Cana? - Jellal sempre foi sentimental e preocupado com os amigos, e agora ele olhava com esse olhar paterno para ela.
—Nada... - ela tentou responder.
—Cana está carente. - eu respondi por ela, a mesma me fuzilou com o olhar, mas eu a ignorei.
—Carente? - Natsu perguntou e pelo jeito entendeu o que quis dizer, pois seu olhar interrogativo foi em direção ao seu amigo loiro.
—É sabe, precisando de um abraço amigo, um carinho, se sentir amada. - Falei para Natsu que estava me acompanhando na conversa enquanto os outros só escutavam.
—Ela já não recebe o suficiente? - Natsu me perguntou fingindo estar impressionado.
—Acho que não, é uma burrice se sentir assim não é? - perguntei a ele.
—Sim, se não está se sentindo bem, tem que mudar... - Natsu falou olhando para baixo. - Tem que encontrar alguém que faça você se sentir vivo e bem, amado...
Sorri para a resposta de meu amigo e olhei para Laxus em seguida e o mesmo levantou.
—Cana, pode vir um instante comigo por favor? - a voz de Laxus saiu tensa e embaçada.
Nossa amiga olhou para ele e se levantou, então os dois se afastaram um pouco e ele a abraçou, então nossa amiga começou a chorar e eu soube que eles precisavam de um tempo sozinhos.
—Pessoal, deixem os dois conversarem e vamos dar uma volta, passear. - falei me levantando e a galera concordou e me seguiu.
—Bem, Erza quer dar uma volta comigo? - Jellal a convidou e a mesma aceitou na hora, então os dois se deram as mãos e foram para o outro lado.
—Éh, eu preciso trocar umas palavras com umas amigas, podem ir sem mim. - Lisanna falou e piscou para mim, sim ela percebeu que tínhamos sobrado só nós três e cascou fora.
—Fico feliz que ela tenha mudado e esteja se dando bem com todos. - Natsu comentou e sorriu para mim.
—Também fico. - respondi e então comecei a caminhar.
—Ah, fiz uma desenho para você. - Natsu tirou do bolso do casaco a mesma folha que dei a ele, só que agora estavam desenhados mais um homem e uma garota com um rabinho de lado, eu sorri para o desenho e olhei nos olhos do meu amigo.
—Obrigada! - falei sorrindo, e em seus olhos um brilho surgiu, e eu conhecia bem isso, era o clima que eu comentei antes que surgia do nada, e Natsu me judiava nessas horas pois ele não fazia nada, apenas olhava para mim e eu petrificava com seu olhar, eu amava essa sensação de paralisia quando era com ele.
—Não precisa agradecer.. – Seu sorriso aumentou de tamanho e seus olhos agora voltavam para frente, e como se tivesse lembrado de algo triste, a alegria estampada em seu rosto desapareceu aos poucos.
—Tudo bem? – Perguntei preocupada com sua expressão.
—Tudo, deixe pra lá, e então... ahm... acha que Laxus e Cana vão se entender? – ele perguntou, mas parecia não se importar com a resposta, como se tivesse falado para mudar de assunto.
—Acho que sim, eles só precisam de um tempo. – respondi e como previsto ele mal pareceu escutar e continuou olhando para frente perdido em seus pensamentos tristes. – Natsu?
—Oi, o que? O que foi? – ele parou e virou para mim um pouco assustado.
—O que houve? Estava tudo bem até você me entregar o desenho e de repente você ficou estranho. – falei olhando em seus olhos, tentando intimidá-lo a contar o que estava se passando em sua misteriosa cabeça.
—Me desculpe Lucy, eu só... estou intrigado... – ele disse indo até uma árvore próxima e sentando em sua sombra, me senti convidada com seu olhar e me sentei ao seu lado.
—Intrigado com o que? – eu fiquei preocupada, eu queria evitar falar sobre nós, mas se fosse necessário.
—Sobre meus pais. – ele falou e eu me senti tanto aliviada quanto tensa pelo assunto. – Eu desenhei você e Jude como minha família, e... acabei pensando nisso...
—O que você está pensando? – perguntei agora prestando total atenção em Natsu.
—Eu andei pensando no por que Jude me criou? Por mais que ele e meus pais fossem amigos, mas eu poderia ter ido com qualquer um, por que ele? – Natsu perguntava para si mesmo. – Será que ele me pegou como substituto seu?
—Não Natsu, nunca pense ou diga mais isso, acredite, meu pai não é esse tipo de pessoa, ele criou você com todo o amor e carinho que pôde, o porquê ele fez isso, eu não sei, mas eu e você somos fatos e situações na vida dele completamente distintas. – eu falei o que pensava e acreditava ser verdade.
Natsu olhava para mim tentando acreditar nas palavras que eu disse, então ele sorriu singelamente e olhou para o lado oposto, onde eu não conseguia ver seu rosto, eu respeitei sua atitude, pois às vezes precisamos de espaço. Foi neste instante que eu levantei e olhei para o rapaz de cabelos rosa que se encontrava sentado e talvez chorando, eu apenas fiquei por perto, respeitando o espaço e o tempo que ele precisava.
Ao longe ouvi o sinal do intervalo terminar, mas não olhei para Natsu instigando ele a se levantar por que estava na hora de ir, eu apenas aguardei ele estar pronto.
Ouvi barulho de grama e olhei para trás, ele vinha com a cabeça um pouco baixa em minha direção, mas quando olhou em meus olhos por breves instantes antes de me abraçar fortemente, eu pude ver vestígios de olhos que recém derramaram lágrimas. Eu o abracei de volta até que ele quisesse soltar, o que demorou bastante, mas eu não me importei, afinal os abraços de Natsu sempre são momentos que eu poderia eternizar.
Mas logo esse momento terminou, Natsu desfez o abraço devagar e me segurou nos ombros para que eu não me distanciasse mais, então baixou sua cabeça e nossas testas se encontraram, mais alguns centímetros e podíamos nos beijar, mas ele estava com os olhos fechados e parecia que não era o que ele desejava naquele momento. Então eu o acompanhei, fechei meus olhos e o senti, sua presença, sua respiração, sua temperatura e toda a sua energia, todo o clima que nos encontrávamos, era paz, harmonia, em perfeito equilíbrio, sabe aquele momento que você não quer que termine, que esta tudo perfeito?
—Lucy... – Natsu abriu os olhos e eu também, conectando nossos olhares. – Eu... eu amo... amo sua companhia... você simplesmente resgata toda a minha felicidade e tranquilidade que some de mim e traz de volta... obrigada.... não sei como eu seria ainda sem ter te conhecido, mas obrigada por me encontrar e me fazer uma pessoa melhor...
—Não fale assim... – eu fiquei um pouco corada com tantos elogios. - você é importante para mim também, nunca pense o contrário, você me ensinou muitas coisas e me mostrou que esse lugar, é lindo demais, você já era especial antes de mim Natsu, sempre foi...
Seus olhos estavam em mim, sua respiração acelerou, não sei o que me levou a fazer isso, mas pareceu tão perfeito o momento, era tudo o que importava, não tinha nada que me incomodava naquela hora, nos aproximamos mais um do outro e novamente nossas respirações se uniram, eu senti o calor do hálito de Natsu e nossos lábios se encostando, quando ouvimos um barulho de passos na grama e um pigarrear, nós apenas nos afastamos e reparamos na presença de Hades ali parado em nosso lado, de braços cruzados e a sua feição de nenhum amigo nos encarando, naquele momento nós sabíamos que estávamos ferrados.
—O que vocês pensam que estavam fazendo nos arredores da escola e ainda por cima num horário que deviam estar dentro da sala de aula prestando atenção apenas no seu professor? – Hades falava com sua voz alterada, já estávamos à uma hora sentados em cadeiras uma ao lado da outra em frente à mesa do diretor que sentava e levantava a cada dez segundos para gritar a mesma coisa. – O que vocês estavam pesando?
—Senhor.. . nós já explicamos... – tentei falar, mas fui interrompida pela décima vez.
—Nada de senhor senhorita Heartphilia, você dois estavam abraçados e ao meu ver quase se beijando na hora da aula e dentro do perímetro escolar, tem ideia de quanto isso é grave? – ele perguntou de novo.
—Nós não escutamos o sinal tocando... – expliquei, mentindo é claro.
—Certo, mesmo que isso fosse verdade, que eu sei que não é, vocês dois ainda estavam dentro da escola e isso é proibido aqui dentro. – ele sentou de frente para nós entrelaçando os dedos das mãos em cima da mesa. – O que eu vou fazer com vocês?
—Senhor diretor, se puder esquecer prometemos nunca mais burlar nenhuma regra.. – Natsu pediu, acho que ele estava com medo que Hades contasse ao meu pai.
—Não posso deixar essa passar em branco Natsu. – ele cerrou o cenho para o rapaz e então olhou para mim. – E você senhorita Heartphilia, tem alguma ideia?
—Podemos fazer algum serviço comunitário e ninguém precisa ficar sabendo. – sugeri, e então um brilho de interesse surgiu em seus olhos e Natsu pareceu surpreso. – Pense bem, se falar para os professores ou até mesmo para o meu pai, a notícia irá se espalhar e a reputação da sua impecável escola irá cair, assim o senhor nos castigando, iremos ajudar a sociedade, aprender a lição e a sua reputação continua impecável como sempre.
—Hum...- ele passou seu olhar de mim para Natsu que concordava com a cabeça sem falar nada, instigando o diretor a aceitar. – Muito bem, mas prometam que em hipótese alguma isso irá se repetir.
—Sim senhor. – eu e Natsu falamos em uníssono.
—Se estão apaixonados, se beijem fora da escola, afinal vocês moram juntos. – ele falou e minhas bochechas coraram na pior hora possível, mas aguentei e então Hades se levantou. – Vou pensar em algum serviço para vocês fazerem, até lá juízo e voltem para suas aulas.
—Obrigada senhor. – Falei e abri a porta de sua sala, acessando diretamente o corredor e sai caminhando sem esperar por Natsu, não poderia encará-lo agora, então apressei o passo e logo cheguei à nossa sala, entrei e senti Natsu logo atrás. Muitos olhares curiosos se lançaram sobre nós, mas eu ignorei todos, inclusive de minhas amigas, eu precisava ficar em silêncio e pensar sobre o que houve.
Primeiro a conversa estranha com Natsu, depois quase nos beijamos de novo, e dessa vez o quase não foi minha culpa, eu só queria entender meus sentimentos bipolares, uma hora quero, outra não posso e assim por diante. Eu queria ficar com Natsu, mas por que sempre algo interrompe e não dá certo? Se as previsões de Cana diziam que eu teria um grande amor e eu seria feliz, por que o universo não deixa? Ainda não é a hora certa?


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