O Segredo dos Blacks escrita por Paula Mello


Capítulo 3
Surpresas DE ANIVERSÁRio




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— Sirius, essa é Hydra Malfoy – disse a Sra. Weasley quando eles se aproximaram.

— Sim, sim, eu vejo a semelhança com a Narcisa, realmente é impressionante, apesar de ter muita coisa do pai, uma imagem do Lúcio jovem também...– Comentou Sirius a analisando – Os olhos e os cabelos com certeza são dos Malfoys, mas o nariz e a boca são dos Black, não tem como negar!

— Sirius, eu queria muito lhe conhecer! – Disse Hydra sorrindo.

— Queria? – Perguntou ele, parecendo curioso com a afirmação de Hydra.

— Sim, é que eu sempre... Eu sempre me identifiquei muito com você, apesar de toda aquela história horrível e quando eu soube que não era verdade, bem... Eu quis muito lhe conhecer – disse Hydra sem graça.

— Vamos almoçar! – Disse a Senhora Weasley – Vocês vão poder conversar mais depois.

Ao fim da escada, passaram por uma porta que se abria para a cozinha do porão.

Um aposento cavernoso com paredes de pedra bruta. Ele estava até arrumado e todo decorado para uma festa de aniversário, com balões e um bolo no meio da mesa, quase toda a iluminação vinha de um grande fogão ao fundo. Fumaça de cachimbo pairava no ar como a névoa escura sobre um campo de batalha, e nela avultavam as formas ameaçadoras de tachos e panelas penduradas no teto escuro. Muitas cadeiras tinham sido amontoadas no aposento para a reunião e no meio havia uma longa mesa de madeira onde estava o bolo e algumas pessoas sentadas ao redor.

— Surpresa! – Gritaram algumas pessoas.

Hydra notou que era uma festa de aniversário para ela, estavam na cozinha Harry Potter, Gui, Gina, Rony, Fred, Jorge e o Sr. Weasley, O Sr. e a Sra. Macmillan, Hermione Granger, Peter, Abbas, Jeniffer, Lupin e a bruxa da cabelo rosa.

— Para mim? – Perguntou Hydra, emocionada.

— Mas é claro! – Respondeu a Sra. Weasley a abraçando – Não é todo dia que uma bruxinha faz dezessete anos e vira maior de idade.

Todos a cumprimentaram e deram os parabéns para Hydra, então ela se sentou em uma cadeira no meio da mesa ao lado de Peter e Jorge, com Fred ao lado de Jorge.

— Eu sou a Tonks – disse a bruxa de cabelo rosa –, muitk prazer em conhecê-la.

— Muito prazer Tonks – sorriu Hydra, Tonks tinha algo de extremamente familiar nela, mas não sabia o que era.

A Sra. Weasley com a ajuda dos Senhores Macmillan, Peter e Jeniffer, serviram um delicioso almoço em homenagem a Hydra, depois foi cantado "parabéns para você" e Hydra apagou as velas de seu bolo. Era a mais simples festa de aniversário que já teve, mas foi uma das mais divertidas e amável, com certeza preferia aquela, cheia de apenas pessoas que se sentia bem perto.

Tonks divertia Gina e Hermione transformando o nariz em diversos animais para a alegria das meninas.

— Como você faz isso? – Perguntou Hydra admirada.

— Sou metamorfomaga – disse Tonks, fazendo o nariz voltar ao normal.

— Eu nunca conheci uma antes, que habilidade interessante! – Disse Hydra sorrindo, algo em Tonks realmente era familiar demais, isso a deixava inquieta.

— Hydra, venha aqui, quero lhe dar um presente – disse Peter, que estava parado em pé na sua frente oferecendo sua mão para ela levantar.

Hydra levantou e todos na mesa ficaram quietos a olhando.

— Hydra – Disse Peter segurando ainda a sua mão parado em frente a ela –, eu sei que você é... Que nós somos jovens, que ainda podemos ter muito o que viver e aprender e que você ainda tem esse ano em Hogwarts para concluir, mas a vida tem tomado rumos tão diferentes, tão perigosos que eu sinto que preciso não deixar para amanhã o que eu quero fazer hoje...

Hydra olhava para Peter curiosa para saber aonde ele queria chegar, ela reparou que a Sra. Macmillan tinha lágrimas nos olhos e Jeniffer sorria abobada.

— ...Desde a primeira vez que lhe vi – Continuou Peter –, eu disse para o meu amigo que achava que um dia eu ia casar com aquela garota, ele riu é claro (e as pessoas na sala também riram quando Peter disse isso), disse que eu estava meio louco, que eu nem te conhecia ainda, eu esperei, esperei até que você me notasse, até que eu pudesse oferecer tudo que sempre quis para você e hoje eu tenho orgulho de ter você comigo, eu não queria fazer isso aqui, pretendia esperar por um lugar ou ocasião mais românticos, mas, eu acho que no local aonde seus amigos e nova família estão é o mais ideal de todos...– Ele sorria e Hydra ainda não entendia aonde ele estava indo com tudo aquilo, mas se sentia um pouco sem graça de ter todos olhando para ela.

Peter se ajoelhou (em um joelho) pegou algo no bolso das vestes (uma caixinha de joia de veludo verde) ele abriu e Hydra viu um grande anel com uma pedra de Safira enorme no centro e todo cravejado de pedras brancas e diamantes ao redor, ela ali então notou o que Peter estava fazendo e arregalou os olhos. Não podia ser real, Peter estava pedindo ela em casamento? Ali? Agora? Era real mesmo?

— Peter, o que você está fazendo? – Perguntou ela em choque.

— Hydra, você quer casar comigo? – Perguntou ele.

A Senhora Weasley soltou um gritinho de surpresa e a Sra. Macmillan chorava emocionada, Fred e Jorge estavam com a boca aberta sem reação, Hermione, Jeniffer, Tonks e Gina também pareciam emocionadas com as palavras de Peter e Abbas parecia nervoso.

— Hydra? – Perguntou Peter quando ele notou que ela demorara a responder.

— Desculpe, eu, o que você disse? – Disse ela ainda voltando a si.

— Você quer casar comigo? – Perguntou ele um pouco nervoso – Não agora, quando você se formar, é claro.

A Senhora Weasley, Fred e Jorge pareciam um pouco mais aliviados com essa última frase .

— Eu... Sim, claro Peter! – Disse Hydra e todos aplaudiram.

Peter colocou o anel em seu dedo na mão direita e a abraçou e beijou, a levantando e girando pelo ar enquanto todos aplaudiam.

A verdade é que Hydra tinha duvidas se isso era o certo a se fazer naquele momento, é verdade que eram sim muito novos, mas como ele disse, só ocorreria no ano seguinte e nas épocas que estavam passando, não havia motivo para deixar as coisas para depois, não sabiam se estariam vivos, ela tinha certeza que amava Peter e que amaria ser uma Macmillan, parecia então ótimo tudo aquilo.

— Parabéns! – Disse a Senhora Macmillan emocionada a abraçando. – Esse anel era da minha mãe, quando Peter disse o que pretendia, eu tinha certeza que ele devia usar esse anel.

— Muito obrigada senhora Macmillan, é lindo! – Disse Hydra a abraçando, ainda com a cabeça nas nuvens, sem saber como agir com tudo isso que estava acontecendo.

— Só continue fazendo meu filho tão feliz tanto quanto você já faz e já será agradecimento o suficiente.

Todos vieram cumprimentar Hydra e Peter.

— Você vai casar? – Perguntou Fred a abraçando, ainda meio assustada com aquilo tudo.

— Sim, pelo visto sim...

— E eu vou ser o padrinho? – Perguntou ele.

— Não, eu é que vou! – Disse Jorge.

— Eu quero que os dois sejam, eu tentarei dar um jeito nisso! – Disse ela apartando os dois.

— Mas você vai continuar sendo nossa amiga depois de casada? – Perguntou Jorge, parecendo sério.

— Meninos, acho que nem mesmo depois de morta eu vou deixar de ser amiga de vocês... – Respondeu ela emocionada abraçando os dois – Vocês são meus irmãos que eu escolhi, ninguém nunca vai me tirar isso se eu puder evitar.

Os meninos pareciam satisfeitos e emocionados com a resposta e sorriram "abobados".

— Minha filha, ai você é tão jovenzinha, tão jovenzinha... – Disse a Sra. Weasley abraçando Hydra forte.

— Ela diz isso porque queria que você casasse com um de nós... – Disse Fred baixinho e a Sra. Weasley lançou um olhar muito feio para ele.

— Não é nada disso, é que eu realmente me preocupo, não que eu não fosse amar se você se tornasse uma Weasley, mas os Macmillans são tão maravilhosos quanto, o Peter também parece ótimo menino, mas ainda assim, tão novinha... – Disse ela olhando de novo para Hydra.

— Eu amo o Peter e eu sei que ele me ama também, eu acho que a Sra também sabe disso – respondeu Hydra.

— Sim, realmente de fato ele ficou atordoado com você trancada naquele quarto e ele parece muito ser um bom rapaz pelo que já vi dele, tem uma ótima família, eu só... nada... Eu acho que fico pensando como mãe, é só isso, se fosse a Gina se casando tão nova eu iria ficaria preocupada talvez, dependendo... – Disse ela sorrindo.

— Eu sei, mas meu caso é diferente, o Peter já é minha família, nós só vamos confirmar isso – disse Hydra para a Sra. Weasley e um pouco para si mesma, olhando Peter sendo abraçado pelo pai.

— Sim, de fato é diferente, te desejo muitas felicidades minha filha... – Disse a Sra. Weasley, novamente a abraçando.

— Hydra, parabéns. - Disse Sirius meio sem jeito, realmente Azkaban o deixara com uma aparência meio doente e séria – Você disse que queria me conhecer, podemos falar agora?

— Sim, por favor – Disse Hydra.

— Venha, quero lhe mostrar algo...

Hydra avisou a Peter que iria conversar com Sirius e saiu com ele em direção a uma das salas da casa no andar superior.

Ela parecia suja e sombria, apesar de ter traços de que estava sendo limpa.

— Venha, veja isso aqui – disse Sirius, apontando para uma tapeçaria.

A tapeçaria parecia imensamente velha; desbotada e roida em alguns pontos. Mesmo assim, o fio de ouro com que fora bordada conservava brilho suficiente para mostrar uma enorme árvore genealógica que remontava (até onde Hydra pôde ver) à Idade Média. Bem no alto da tapeçaria, lia-se em grandes letras:

A Mui Antiga e Nobre Casa dos Black

"Toujours pur"

— É a sua família? – Perguntou Hydra examinando cuidadosamente os nomes.

— A nossa de sangue, sim... – Respondeu Sirius.

— Aonde está você? – Perguntou ela.

— Costumava estar aqui – respondeu Sirius, apontando para um buraquinho redondo e carbonizado na tapeçaria, que lembrava uma queimadura de cigarro. – Minha mãe me detonou depois que fugi de casa...

— Você também saiu de casa? – Perguntou ela intrigada com as semelhanças entre os dois

— Com dezesseis anos...

— Para onde foi?

— Para a casa dos Potter, eu era muito amigo do James, pai do Harry, os pais dele me adotaram como um filho, passava minhas férias lá, mas com dezessete anos eu montei uma casa para mim. Meu tio Alfardo me deixara um bom dinheiro, ele também foi removido da tapeçaria, provavelmente por isso, em todo o caso, a partir daí cuidei de mim mesmo.

— É, eu queria ter saido de casa antes... – Disse Hydra ainda observando a tapeçaria.

— Eu entendo que saimos pelo mesmo motivo – disse Sirius.

— Saimos? – Perguntou Hydra o olhando.

— Eu também odiava tudo, meus pais, com a mania de sangue puro, convencidos de que ser um Black tornava a pessoa praticamente régia... meu irmão idiota o suficiente para acreditar neles... Parece algo que já ouviu antes, não? – Perguntou ele.

— Sim, de fato sim, eu não os odeio sabe, mas eu odeio a forma que eles pensam e o que eles fazem às vezes, principalmente meu pai, isso com certeza – disse Hydra com tristeza, ainda olhando da tapeçaria para Sirius.

— Então você é mais nobre do que eu – disse  Sirius, serenamente, também olhando para a tapeçaria.

— Veja o Fineus Nigellus, meu tetravô... o diretor menos querido que Hogwarts já teve... e Araminta Melíflua... prima de minha mãe... tentou aprovar à força uma lei ministerial que tornava legal a caça aos trouxas... e a tia Eladora... deu início à tradição familiar de decapitar os elfos domésticos quando ficavam velhos demais para carregar as bandejas de chá... é claro que sempre que a família gerava alguém mesmo que razoavelmente decente, ele era repudiado – Ele apontava para cada um dos nomes que falava – E veja, aqui está você.

Hydra viu seu nome ao lado do de Draco e uma linha ligava o nome dos dois ao de Narcisa Black e Lúcio Malfoy.

— Realmente somos parentes! – Sorriu ela. Então notou que ao lado de Narcisa, tinha o nome de Bellatrix (ligada a Rodolfo Lestrange) e uma queimadura – Quem estava aqui? – Perguntou ela apontando para a queimadura.

— Vejo que sua mãe não lhe contou sobre a irmã do meio dela, Andrômeda.

— Minha mãe tem uma outra irmã? – Perguntou Hydra, de boca aberta e com um tom de voz mais alto do que o esperado, olhando para Sirius espantada, completamente espantada, sem saber o que pensar daquela informação nova.

— Sim, Andrômeda era minha prima favorita, enquanto sua mãe e sua tia Bellatrix se casaram com bruxos de famílias respeitáveis, Andrômeda se casou com um bruxo nascido trouxa, então foi repugnada pela família.

Hydra sorriu, incrédula, se sentindo meio tonta com aquilo tudo, toda aquela novidade...

— Eu tenho uma tia que casou com um nascido trouxa? Meu Deus! Eu não consigo nem imaginar, isso é um crime na nossa família, ela deve ter sido uma mulher tão corajosa! Que maravilhoso! Que maravilhoso que ela fez isso por amor! Ela ainda está viva? – Perguntou Hydra.

— Sim – Respondeu Sirius –, ela se casou com Ted Tonks e tiveram uma filha, ainda está viva sim.

— Espera, Tonks? Como a Tonks que estava ali embaixo? – Perguntou Hydra ainda muito surpresa.

— Sim, ela é sua prima, de primeiro grau inclusive – respondeu Sirius calmamente.

Por isso Tonks parecia tão familiar, Hydra e ela tinham o mesmo sangue, era incrível!

— Eu tenho toda uma família que eu não sabia sobre! Eu tenho uma tia que é casada com um nascido trouxa, eu tenho gente boa no meu sangue, isso é incrível! – Dizia Hydra meio emocionada.

— Eu não vejo nenhuma dessas pessoas nessa tapeçaria como minha família Hydra e nem você deveria, eles são pessoas ruins, os que ainda estão ai, acredite, se mamãe fosse viva você seria um dos nomes queimados com toda certeza, não deixe que seu sangue te prenda, você tem que ser mais do que isso, sua família são as pessoas que são boas com você e você ama como tal – disse Sirius sério.

— Você tem toda a razão... – Sorriu Hydra – Mas de qualquer maneira eu queria muito conhecer essa minha tia.

— Converse com a Tonks, acho que ela pode arranjar isso.

Hydra ficou mais um tempo conversando com Sirius, quando um elfo doméstico entrou na sala resmungando, exceto pelo trapo imundo amarrado como uma tanga nos quadris, ele estava completamente nu. Parecia muito velho. Sua pele dava a impressão de ser maior do que o corpo e, embora fosse careca, como todos os elfos domésticos, uma boa quantidade de pelos brancos saía de suas orelhas enormes como as de um morcego. Seus olhos injetados eram de um cinzento aquoso e seu nariz, bulboso, grande e meio trombudo.

— Ah, minha pobre senhora, se ela soubesse, se soubesse a ralé que deixaram entrar em sua casa, que é que ela diria ao velho Monstro, ah, que vergonha, sangues-ruins e lobisomens e traidores e ladrões, coitado do velho Monstro, que é que ele pode fazer...

O elfo parecia não prestar atenção em nenhum dos dois,

— O que você quer? – Perguntou Sirius com raiva para o Elfo,

— Monstro está limpando... – repetiu o elfo. – Monstro vive para servir a nobre casa dos Black...

O Elfo parou e viu Hydra,

— Jovem senhorita, sim, sim, jovem senhorita Malfoy, filha da senhora Black, que honra, que honra, monstro vive para servi-la,

— Ele é da família – Disse Sirius sem emoção –, você está na parede, ele vai obedecê-la como dona.

— Sim, sim, porco mau e ingrato que partiu o coração de sua mãe... – Resmungou Monstro.

— Ele acha que está falando baixo e que ninguém pode ouvir ele, não ligue para o que ele disser, provavelmente irá dizer o mesmo de você quando souber que apoia tudo que fazemos.

— Por que não liberta ele? – Perguntou Hydra.

— Porque ele sabe demais, ele provavelmente iria correndo para a sua mãe, o outro membro da família livre e vivo e contaria tudo que sabe sobre a ordem – disse Sirius desanimado.

— Entendo... – Disse Hydra sentindo uma certa pena do elfo.

Hydra e Sirius voltaram para a cozinha depois de um tempo, Peter parecia desesperado para ser salvo de uma conversa que estava tendo em um canto com a Sra. Weasley.

— O que houve? – Perguntou ela para Fred e Jorge.

— Os pais dele foram trabalhar e mamãe aproveitou para conversar com ele sobre as responsabilidades de um casamento – riu Jorge.

— Coitadinho! – Disse Hydra olhando o olhar de desespero de Peter.

Hydra tentou salvá-lo, mas Harry apareceu com Hermione e Rony e o foco da Sra. Weasley acabou indo para ele, Peter aproveitou para se sentar ao lado de Hydra.

— Você tem uma roupa boa para usar na audiência, Harry? – Perguntou a Senhora Weasley para ele o ajeitando.

— Audiência? – Perguntou Hydra.

Peter explicou tudo sobre a audiência disciplinar que Harry teria em poucos dias para falar sobre o uso de magia que ele fez contra os dementadores na frente de seu primo.

— Mas você não teve culpa, você teve que se defender! – Protestou Hydra.

— Eu sei e é exatamente isso que ele irá explicar na audiência – disse a Sra. Weasley, sorrindo simpática, mas Harry não parecia tão confiante assim na audiência.

Hydra passou o resto do seu aniversário na casa dos Black, então a noite partiu com Peter para casa, mas antes, Fred e Jorge a chamaram.

— Recebemos essas cartas para você durante as férias – Disse Fred entregando uma pequena pilha de cartas para Hydra.

— Vamos enviar também a lista de encomendas de poções, ok? – Disse Jorge

— Sim senhor chefe! – Brincou Hydra.

Hydra e Peter se despediram de todos e deixaram a casa.

— Eu realmente preciso fazer a prova de aparatação – disse ela quando chegaram na casa de Peter.

— Terça-Feira que vem às oito da manhã, tomei a liberdade de marcar para você, caso você não se importe – disse Peter.

— Não, tudo bem, eu agradeço na verdade! Você colocou algum feitiço de proteção na casa? – Perguntou Hydra a Peter.

— Sim, quase todos os que existem, se você não for convidado é praticamente impossível aparatar aqui dentro do terreno, também tem proteção anti indesejados de vários tipos, todos da ordem fizeram a mesma coisa, afinal não vai ser mais fácil viver tranquilamente, não agora...

— Peter, talvez seja melhor esperar para casarmos, não acha?

— Hydra, nós já vamos esperar um ano, além disso, o que eu disse é verdade, nós não sabemos mais se ficaremos vivos, pra que esperar para fazermos o que queremos? – Disse Peter a encarando com seus olhos azuis brilhantes.

— Você tem razão! – Ela o beijou e sorrindo.

Peter entrou em casa e logo foi dormir, tinha que trabalhar no dia seguinte cedo, Hydra que não tinha sono, decidiu descer para a sala e ler algumas das cartas que recebeu durante as férias.

Uma delas tinha uma letra impecável em Francês,

"Hydra querida,

Estamos tão preocupadas com você, Jorge me contou que não devemos mandar corujas para a sua casa e sim para ele que entregaria para você quando você fizesse aniversário, ele disse que você está presa no seu quarto, isso é verdade?

Por favor, nos dê notícias, estamos passando as férias juntas na casa da Gabrielle.

Com amor,

Gabrielle, Desiré e Gisele"

Outra carta também em francês estava na pilha

"Hydra querida,

Hoje é seu aniversário, nós três queremos desejar muitas felicidades para você, te amamos muito e estamos preocupadas com seu bem.

Jorge já me informou que você só poderá responder nossas cartas no dia do seu aniversário, por favor responda rápido, estamos muito ansiosas, precisamos de notícias.

Com amor,

Gabrielle, Desiré e Gisele

Obs: Estaremos mandando amanhã presentes para você"

Hydra recebeu cartas de Angelina e Alicia, pretendia responder todas, então viu uma última carta.

"Querida Hydra,

Como você está? Por algum motivo Angelina disse que eu deveria enviar essa coruja para o Fred e Jorge para lhe entregarem então estou fazendo isso.

Feliz aniversário, que você seja sempre muito feliz, eu penso constantemente em tudo que passei em Hogwarts e na sua segurança, já fui informado sobre o que aconteceu na noite da terceira tarefa, ao menos a versão do Harry Potter, claro que acredito nela e não na do que está no Profeta Diário, apesar de que pensar que Você-Sabe-Quem voltou ser algo assustador, quando Angelina me contou eu não pude acreditar de início, mas eu sei que Harry não mentiria sobre algo desse tipo, ele não é assim.

Como você está quanto a isso? Está segura? Está feliz?

Eu estou bem, acho que na temporada que vem talvez eu finalmente consiga entrar no time titular do Puddlemere United, já pensou? Acho que não iria aguentar de tanta alegria, apesar de tudo que está acontecendo.

Eu estou namorando uma menina legal, nascida trouxa, se formou em Hogwarts um ano antes de mim, mora perto da minha casa, você está com o Peter? Espero que estejam felizes, sempre desejei isso para você.

Por favor me responda, eu estou preocupado de verdade e sempre quis manter a sua amizade, ela foi e é muito importante para mim.

Com carinho,

Olívio Wood"

Hydra por um instante lembrou de todo primeiro ano que teve em Hogwarts, parece que foi a tanto tempo, uma pessoa diferente, era engraçado, mas de fato Olívio foi muito importante para ela e não tinha o porquê não responder sua carta.

Hydra passou algum tempo  respondendo todos os seus amigos e pediu para Lydra entregar primeiro a carta de Angelina que morava mais próximo, depois de Alícia, Olívio e finalmente de suas amigas Francesas, que seria a viagem mais longa.

Eram três da manhã quando finalmente se deitou ao lado de Peter e adormeceu.

 


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