Zero escrita por Asunyan


Capítulo 2
Brothers


Notas iniciais do capítulo

O nome do cap é provisório. Se surgir algum nome melhor, eu coloco. E aceito opiniões também



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Pouco mais de três meses haviam se passado e Zero já havia matado outra mulher.

      Agora ele estava apenas vagando pelas ruas, com as mãos nos bolsos, desligado da vida, quando uma mulher se aproxima dele.

      - Olá. Você vem sempre aqui? – ela perguntou.

      - Isso foi uma cantada?

      - Não. Foi uma simples pergunta.

      A resposta não agradou a Zero, mas ele preferiu ignorá-la.

      - É a primeira vez que ando por aqui, mas se for para te ver, eu posso vir mais vezes. – ele retrucou, lançando um olhar penetrante.

     - Isso foi uma cantada? Não tente de novo. Meu nome é Fyra. – cumprimentou, estendendo a mão direita.

      Zero curvou-se e beijou a mão da outra, ainda que estivesse irritado com a mesma. E realmente estava.

      Quando Fyra lhe perguntou seu nome ele alegou preferir pular para algo mais interessante.

      - Aquela é a minha casa. – Fyra apontou. – Por que não entra um pouco? O que foi? Não queria algo mais “interessante” – e deu uma piscadela.

      Zero estava realmente irritado com ela. Não aceitava ser tratado com desprezo por mulher alguma. E, até então, nunca fora tratado assim. Mas, dessa vez, algo estava errado, Fyra não era como as outras que simplesmente cediam-se às carícias de Zero, e isso o fazia querer matá-la.

      Mas não podia fazê-lo na casa dela, ou traria problemas. Por fim, acabou cedendo às insistências da mulher, e porque ela dissera que não haveria ninguém além dos dois naquela casa.

      - É uma bela casa. – o moreno falou ao entrar.

      - Não é luxuosa, mas é confortável.

      - Mora sozinha?

      - Não. Mas, como eu disse, não se preocupe, só tem nós dois aqui.

      - Perfeito. – falou, jogando-a contra a parede. – Desculpe ter que terminar desse jeito, Fyra. Mas é assim que deve terminar quando você não é uma boa menina.

      E tirou a adaga de baixo da blusa.

      - E, a propósito, meu nome é Zero.

      - Já suspeitava. – Fyra disse, dando um sorriso, o que fez com que Zero parasse a mão armada no meio do caminho até o ventre dela.

      Quando virou-se viu quatro pessoas se aproximarem.

      - Você mentiu para mim! – Zero gritou, apertando a adaga com a mão direita.

      - Fique longe dela! – um homem, que aparentava ter a mesma idade que Zero, gritou, parando-se na frente de Fyra.

      - Deux, não se preocupe. – Fyra suspirou.

      - Esse vagabundo é quem merece morrer!

      - Deux! – o mais sério deles falou, fazendo imediatamente com que Deux se calasse.

      - Quem são vocês? – Zero perguntou, ainda com a adaga apunhalada.

      - Nós somos o mesmo que você. – o mas sério falava. E completou: - humanos artificiais, humanóides, monstros, filhos do diabo... escolha o nome que preferir. Acho que não precisamos provar depois do que acabou de ver.

      - Como descobriram que eu era?

      - Desculpe, Zero, mas foi muito fácil. – falou Fyra. – Só tive que agir como uma mulher indefesa para saber se era mesmo você quem estava matando mulheres e, depois, esperei até que me dissesse seu nome para poder comprovar nossas suspeitas. Aliás, descobri bastante sobre você nesse pouco tempo: acha divertido enganar os outros, não gosta que mandem em você e prefere seguir as próprias regas, mesmo que isso acabe com o mundo, detesta perder no próprio jogo e seu maior medo é a morte, por isso mata, para não ser morto. Em resumo, você é totalmente infantil.

      Zero ficou espantado e confuso ao mesmo tempo. Naquele pouco tempo que eles se falaram ela já havia deduzido tudo isso.

      - Vou explicar o porquê dessa “brincadeira” toda. – disse o homem mais sério. – Há uma notícia de que um homem está matando mulheres na cidade, e parece que só você não ficou sabendo disso. Depois de buscar algumas informações, nós concluímos que essas mortes misteriosas não poderiam ter sido feitas por uma pessoa qualquer. Então, só tínhamos que encontrar nosso irmão, o que não foi tão difícil assim.

      - OK, aqui estou eu. O que querem de mim?

      - A polícia está procurando o maníaco assassino e, caso te encontrarem, são muitas as chances de descobrirem que você é um dos humanóide e, portanto, vão querer procurar pelos outros cinco humanos que foram criados pela ciência. Já que a criação da vida deixou de ser glorificada para ser temida, suponho que não será muito bom se eles nos encontrarem.

      - Então querem que eu pare de matar mulheres? Vocês arriscaram a vida de uma parceira suas para me pedir isso? Idiotas! Se queriam a própria segurança, bastava terem ficado longe do meu caminho.

      - Esse é o seu problema, Zero. Você acha que sua vida é independente da vida dos outros. Que o que você faz não afeta ninguém e acha que pode sair fazendo o que der na sua cabeça. – falou Fyra, como se conhecesse Zero tempo o bastante para saber cada detalhe de seu psicológico.

      - O ato de criar humanos fora proibido. Eles fariam de tudo para nos achar e acabarão achando se você continuar com sua infantilidade. – o mais sério voltou a falar.

      Zero bufou, pouco ligando para o que ele dizia.


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Notas finais do capítulo

Right!! Aqui estou eu, como no final de praticamente todas as minhas fics, pedindo uma coisa tão óbvia, mas enfim... comentem D



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