She's so mean escrita por Safferena


Capítulo 1
Ela é... diferente


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic do BTS, eu pretendo fazer uma história um pouco diferente.
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733096/chapter/1

As luzes piscantes da boate estavam me deixando atordoado, e a música alta me dando dor de cabeça. Tudo o que eu queria era chegar logo em casa e dormir pelos próximos dias consecutivos. Esses últimos meses foram deveras exaustivo devido à promoção e lançamento do comeback.

— Aproveite a noite, garotos, vocês merecem. — exclama Bang PD-Nim. Os hyung comemoram animados. 

— JungKook-ssi se anime! — diz Hoseok sentado ao meu lado. — Está sério demais.

— Só estou cansado, hyung. — passo as mãos em meus olhos.

— Hoje é para comemorar, quando chegarmos a casa você pode dormir o quanto quiser. — exclama Taehyung animado.

— Vamos dançar! — Jimin se levanta junto com Taehyung.

Eles veem em minha direção e cada um pega em meu braço, me arrastando para a pista de dança. Resolvo aproveitar a noite, então começo a dançar com eles. Um tempo depois, já estava sem fôlego de tanto dançar e rir das palhaçadas de Taehyung me afasta dos dois e começo a ir em direção ao balcão pegar uma bebida e recuperar o fôlego.

Sento-me em umas das banquetas disponíveis e faço meu pedido ao barman, que coloca o copo a minha frente e se afasta para atender outra pessoa. Tomo um gole da cerveja e giro meu corpo na banqueta, ficando de frente para a pista de dançar. Ao longe avistava Jimin e Taehyung dançando, depois Hoseok se junta a eles. Ouço o som de um copo batendo não tão delicadamente no balcão e me viro em direção ao som. Uma garota vestida toda de preto, calça jeans e regata, e com algumas tatuagens em seus braços, estava ao meu lado e encarava fixamente seu copo vazio, ela murmura algumas coisas desconexa e solta um suspiro.

— Me vê mais uma dose, Kyung! — ela fala com a voz arrastada.

— Você já bebeu demais por hoje. — responde o barman que descobri se chamar Kyung.

— Eu não te perguntei sobre meu estado, só pedi mais uma dose. — retruca e solta um soluço.

Ela claramente estava bêbada e de mau humor. Kyung balança a cabeça e coloca mais um dose em seu copo e depois guarda a garrafa.

— Essa é a última, não estou a fim de ter que te carregar para casa novamente. — responde sério.

A garota o ignora e pega o copo,  entornando-o e volta a bater com ele sobre a bancada. Ela apoia os cotovelos no balcão e esconde o rosto em suas mãos. Franzo o cenho e volto a olhar para a pista de dança, a boate estava lotada, quase não tinha espaço para se locomover. Vejo uma movimentação ao meu lado e me viro novamente para a garota. Ela ainda estava com o rosto escondido em suas mãos e seus ombros se chacoalhavam, parecia que ela estava chorando. Pigarro sem saber o que fazer, quando estava quase para levantar minha mão e pousar em seu braço para ao menos tentar a confortar, ela joga a cabeça para trás e solta uma gargalhada estrondosa.

Levo um susto e a encaro com os olhos arregalados. Ria tanto, que chegou a chorar, ela passa as mãos em seus olhos, os enxugando. Ela é louca, penso comigo mesmo. Afasto-me um pouco dela e decido voltar para a pista de dança, todos os hyung estavam dançando. Namjoon e Taehyung arrancavam boas risadas das pessoas que estavam por perto devido à dança estranha de ambos. Mesmo dançando, voltava meu olhar para o bar, onde a garota se encontrava. Ao que indicava, o ataque de riso tinha cessado.

— O que você tanto olha? — Jimin vem até mim. Ele passa a mão por seus cabelos castanhos claros, muito parecido com loiro.

— Nada, não. — ele olha na direção que eu estava encarando há poucos segundos atrás.

— Aquela garota te chamou a atenção? — ele indica com o queixo a louca que ria sozinha, já que era a única garota no bar e agora estava conversando com o barman. — Ela parece ser estranha. E ainda por cima tem tatuagens nos braços.

— Só achei o jeito dela... Diferente. — Dou de ombros.

— Ela não faz seu tipo. Ou faz? — ele me olha com uma sobrancelha erguida.

— Não, de jeito nenhum, hyung. — Faço uma careta. E ele ri.

— O que vocês estão conversando? — Yoongi surge, ele tem que falar um pouco mais alto para ser ouvido, devido à música alta.

— Da garota do bar que o Jeonggukkie fica olhando. — responde Jimin. Yoongi olha para a direção do bar e faz uma careta.

— Achei que seu tipo fosse outro, talvez mais delicada e fofa.

— Sim, meu tipo continua sendo esse. — Reviro meus olhos e reprimo um suspiro. — Eu estar a olhando não quer dizer que estou interessado, só fiquei intrigado com o jeito dela.

— Bem, você pode não estar interessado, mas tem quem está. — Jimin comenta e aponta com a cabeça para o bar.

A garota ainda se encontrava lá,  um homem se senta ao seu lado e vira-se para ela, claramente querendo chamar a sua atenção para ele, mas ela o ignora completamente, ou está bêbada demais para notar alguém ao seu lado. Ele fala alguma coisa, mas a única reação que recebe dela é um suspiro. Não desmotivado pela falta de interesse dela, ele segura seu braço e a força o olhar, rapidamente ela puxa seu braço, saindo de seu aperto, a banqueta cai quando a garota se levanta bruscamente. O rapaz também se levanta e fala alguma coisa com um sorriso debochado, o que quer que tenha sido a enfureceu.

— Mas que cara abusado! — Jimin exclama com nojo.

Yoongi vendo a cena começa a caminhar na direção dos dois, claramente para ajudar a moça, tanto eu quanto Jimin fomos atrás dele, mas paramos abruptamente a poucos metros do local. Encaramos a cena com a boca aberta em espanto.

Yerin.

Sabe o que eu mais odeio no mundo? Pessoas. A grande maioria são tão desnecessárias e irritantes Eu poderia contar nos dedos às pessoas que eu realmente me importo. Eu mesma. Está bem, meus pais e, talvez, meus irmãos, quando estes não estão me irritando. Mas fora eles, mais ninguém.

Não faço ideia do por que eu venho para boates, sendo que pessoas é o que não falta aqui, indivíduos de várias personalidades e caráter. Eu realmente odeio lugares pequenos e lotados de pessoas, não que a boate seja pequena, na verdade é o oposto, mas como está lotada, não consigo nem ir ao banheiro sem ter que esbarrar em alguém ou me espremer por algum lugar para poder passar. Havia jovens por todo canto, alguns fumando, alguns bebendo e outros simplesmente pendurados uns por cima dos outros. Uns se agarravam sem pudor nenhum.

Mas neste momento estou sentada no bar, rodeada de pessoas inúteis e frívolas e perdida em minha depressão sobre a vida. A vida é tão monótona e inconstante, que poderia ser engraçado, se não fosse tão trágico.

— Eu odeio o ser humano. — murmuro e solto um suspiro.

Olho fixamente para o copo vazio em minha frente, o qual o Kyung continua firme em sua decisão de o manter vazio.

— Yerin, você é um ser humano, não pode odiar a sua própria espécie. — Diz Kyung enquanto limpa um copo de vidro.

— Quem disse isso? — levanto meu olhar para ele. — Eu odeio pessoas tanto quanto odeio esse seu cabelo tingido de loiro. Então não é pouco.

— O que aconteceu para você estar nessa depressão toda? — pergunta, ignorando meu comentário sobre seu cabelo pavoroso.

— Eu só percebi que a vida é um saco. Estou entediada de viver.

— Esse é um daqueles sinais em que eu tenho que te mandar para um psicólogo para evitar que você se suicide? — ele me encara sério.

— Eu não sou burra, não me mataria, é mais provável que eu saía matando os outros por serem tão inúteis para mim. — Abaixo minha cabeça, apoiando na bancada.

— Então seu caso é mais grave, só um psiquiatra.

Kyung vai atender outro cliente, deixando-me sozinha com meus pensamentos sombrios. Um homem senta ao meu lado, ele se vira para mim. Ouço-o pigarrear, mas o ignoro.

— Está se fazendo de difícil? — pergunta, inclinando seu corpo para mim.

Solto um suspiro pesadamente e não o respondo. Por que sempre me aparece algum ser para me irritar ainda mais quando já estou sem paciência?!

Ele segura meu braço e me vira, rapidamente puxo meu braço e me levanto bruscamente, o homem também se levanta.

— Parece que alguém ficou irritadinha. — ele sorri com deboche. — Estava te observando há algum tempo e percebi que está sozinha. Que tal sairmos daqui e ir aproveitar um tempo juntos?

Trinco os dentes e fecho meus punhos. Esse tipo de homens são os que mais me irritam.

— Eu estar sozinha não significa que é um convite para você vir falar comigo. Caí fora, idiota.

O sorriso dele some e ele avança alguns passos em minha direção e agarra meu pulso.

— Ah, qual, eu sou a melhor opção para uma garota como você. Aproveite.

Levanto meu braço livre e fecho minha mão em punho e acerto seu maxilar com força. Ele se desequilibra e solta meu pulso, coloca uma mão sobre o rosto e me olha irritado.

— Sua vad... — lhe acerto um soco na cara antes que ele termine a frase.

Ele cai sobre o balcão e solta um grunhido, não dou tempo para ele se recuperar e vou pra cima dele. Agarro sua cabeça com as duas mãos e bato com a mesma na bancada com força, sangue jorra do ferimento de sua testa e seu corpo caí no chão. Dou um chute em seu corpo caído.

— Homens como você deveriam apanhar muito mais até aprenderem que quando uma mulher diz não, é não, seu babaca de merda. — o olho com desdém.

Não tinha percebido que tínhamos chamados atenção, algumas pessoas me olhavam surpresas e de olhos arregalados. É tão triste saber que essas situações acontecem a todo instante e ninguém intervém, pois acham isso “normal”. As mulheres devem aprender a usar seus punhos nessas horas. Solto um suspiro, mais um para a longa lista da noite. Dou as costas para o homem que ainda estava no chão e xingando, vou ziguezagueando pelas pessoas que tinham formado um circulo em volta do bar. Passo ao lado de três rapazes que me olhavam espantados, o mais alto dos três me encara enquanto passo, faço uma careta pra ele e sigo para a porta de saída da boate.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se gostou dê seu favorito e deixe um comentário, irá me deixar muito feliz!
Obrigada por ler!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "She's so mean" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.