You are not alone... escrita por TheStarOfDavid


Capítulo 42
You'll Never Be Alone...


Notas iniciais do capítulo

Bem, chegamos ao final. Eu sei que demorei pra postar, era pra ter saído mais cedo, mas o capítulo ficou bem grande e eu não consegui terminar antes. Estou quase morrendo porque terei que botar a fic como terminada.
Eu quero agradecer a todos que comentaram, favoritaram e acompanharam. Vocês não fazem ideia do que isso significa para mim. Foi a minha primeira fic e ela foi recebida de braços abertos por vocês. Vocês são fodas! Sei que acabei não respondendo todos os comentários de todos os capítulos, mas saibam que eu li todos e se não respondi foi porque eu realmente esqueci. KKkkk
Mal posso esperar pelos comentários depois desse capítulo (espero que comentem né... Kkkk)! Obrigado pessoas, vocês são muito especiais para mim.
Boa leitura.



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 Os dois andavam pelos corredores do hotel, rindo das histórias que Mike contava sobre a família de Alycia. Contava coisas que nem ela sabia.

— Espera - parou bruscamente com os olhos arregalados. - A minha tia namorou o meu tio Hades? - ele riu e assentiu com a cabeça- Irônico.

— E a sua avó namorou o seu irmão. - completou

— Hércules? - ele riu mais ainda. - Ela tinha falado algo sobre isso... Eu sabia que a minha árvore genealógica era estranha, mas... deuses! 

Pararam na frente do quarto de Alycia. O quarto de Mike era um pouco mais a frente. Ela o olhou e sentiu uma enorme necessitar de abraça-lo e assim fez. No começo ele ficou meio confuso, mas a abraçou de volta logo em seguida.

— Por que fez isso? - perguntou quando se afastaram.

— Não sei, mas sinto que é o fim de algo - ela o olhou profundamente e sorriu. - Foi ótimo te conhecer, sobrinho.

— Digo o mesmo, titia.

Riram de como estranho aquilo soava. Se olharam por mais alguns segundos e a menina abriu a porta, adentrando sua "nova" residência.

O quarto era enorme. A cama era grudada na parede e na sua frente, havia uma enorme tela que exibia diferentes paisagens. Ela geralmente mostrava paisagens montanhosas, bem relaxantes. Mais ao lada havia um sofá marrom, uma poltrona e uma gigante estante, cheia de livros. A temperatura do quarto era regulada conforme o seu humor. Se você estivesse com raiva, a sala ficaria mais quente. Se estivesse mais triste, ficaria mais fria. O quarto de Alycia estava sempre em temperatura ambiente.

Desde que deitou em sua cama, não havia pregado o olho nenhuma vez. O sono simplesmente mão vinha. Mudou de posição vária vezes, frustradamente. Seu coração estava apertado, como se alguma coisa estivesse errada. A temperatura do quarto começava a mudar drasticamente em um curto período de tempo. Respirou fundo e se levantou em um pulo, andando apressadamente pelo corredor. Em vez de pegar o elevador, foi pelas escadas, o que a fez queimar todas as suas frustrações, pelo menos por um tempo.

Depois de subir por uns 20 minutos, parou um pouco ofegante. Incertezas habitavam a cérebro, mas ela precisava fazer aquilo, precisava saber o que está acontecendo. Entrou pela porta secreta e viu que ninguém estava lá. Correu até o canto da sala e removeu o pano rapidamente do objeto. Levou alguns bons segundos para ela colocar sua mão sob a superfície espelhada e fria. Ela não estava pensando em alguém especifico, então demorou cerca de 30 segundos para que a imagem finalmente aparecesse.

Ela não sabia o que pensar ou o que sentir com aquela imagem.

— Você não deveria estar aqui. 

A voz de Freyja ecoou pela sala. Alycia não se moveu.

— Isso não deveria estar acontecendo... - murmurou.

— Essa é a vida, você não escolhe o que acontece nela.

Alycia tirou a mão bruscamente do espelho e se virou para a Deusa.

— Me mande de volta. - a mulher deu uma sonora gargalhada.

— Sinto muito, mas não é assim que funciona.

— Você sabe muito bem que se Fiona ganhar essa guerra, ela pode entrar em uma outra guerra. Uma guerra contra o Olimpo. E isso inclui Vahalla. - seus olhos já estavam cheios de lágrimas. - Vocês treinam para o Ragnarok, mas não esperam que seja tão cedo. Aquilo - apontou para o espelho que já não tinha nenhuma imagem - , pode fazer essa luta chegar bem mais rapidamente.

— Se eu te mandar de volta, iremos perder alguém precioso para o exército. Eu não posso e não quero te mandar de volta. - falou simplesmente com um sorriso no rosto.

— Ela vai morrer! - gritou com raiva.

— E talvez vocês se reencontrem aqui. Olha que maravilhoso!

— Eu volto. - O sorriso da Deusa aumentou. - Me mande de volta e eu prometo voltar. - ela pareceu pensar.

— Eu irei querer algo a mais...

— Apenas diga o que quer.

— A sua alma. - a encarou. - Você irá voltar para Vahalla e sua alma virá para mim.

Alycia cerrou os olhos.

— Por que quer isso?

— A alma de um semideus é uma das coisas mais difíceis de se arrumar. E o preço no mercado negro é ótimo. Assim todos ganham. Você salva a sua família e eu ganho um soldado sem alma e sem piedade. - gargalhou. - O dinheiro é apenas um brinde. E não se preocupe, você ainda estará morta.

Alycia apenas abaixou a cabeça, derrotada. Ela sabia o que tinha que fazer.

— Temos um trato.

                                                                 *

— Como assim não pode ficar? - perguntou Regina, se aproximando da menina. Ela respirou fundo.

— Eu fiz um trato com a Deusa Freyja. - tentou se explicar. - Eu não podia deixar vocês morrerem.

Tink, que ouvia tudo de uma certa distância, se aproximou com lágrimas nos olhos.

— Você... - havia magoa e raiva em seu olhar. - Você voltou para apenas ir em bora depois? - deu um soco em seu peito. -Qual é o seu problema!? - outro soco. - Por que fez isso?! - começou a soca-la enquanto as lágrimas caiam de seus olhos. -Eu te odeio!

Alycia foi mais rápido e segurou seus punhos, a envolvendo em um abraço logo depois.

— Desculpa... - disse permitindo-se chorar.

Duas mães e Henry se aproximaram com os olhos marejados e feições indecifráveis. Tink se afastou um pouco, tentando limpar seu rosto.

— Por favor, não... - sussurrou Regina.

Os três se envolveram em um grande abraço. Ela beijou a cabeça de seu irmão e Emma repetiu o gesto em sua cabeça.

— Desculpa mama. Eu tenho que ir.

— Não, você não tem.

Se viraram rapidamente. Não há sido uma voz familiar, mas sim, uma voz mais grave, irreconhecível. Se depararam com um homem alto, moreno, vestindo roupas casuais como uma bermuda e uma blusa polo preta.

— Quem é você? - perguntou Emma com o cenho franzido.

Alycia se desvencilhou dos braços de sua família e se aproximou cuidadosamente do homem. O analisou de cima a baixo, chegando a uma conclusão.

— Zeus? - ele sorriu largamente, confirmando suas suspeitas. - Hey.

Foi a única coisa que conseguiu dizer no momento. Ele deu alguns passos para frente e ela deu um para trás.

— Você cresceu tanto... - parou de andar, mesmo vendo que a menina estava mais calma. - Desculpa por não estar lá por você.

Ela sorriu e olhou para trás, vendo seu irmão com os olhos brilhando e suas mães tentando engolir o choro.

— Não se desculpe. - respirou fundo. - Eu fiquei com uma ótima família. -voltou a realidade e se virou para ele com O semblante confuso. - O que você quis dizer com...

— Eu fiz um trato com Freyja.

Ela ficou boquiaberta. Não sabia que tal ato de possível... Ela precisava s umas aulas com Rumple...

— Você o que? - cruzou os braço e deu uma leve gargalhada. - Ela não deve ter ficado muito feliz em perder a minha alma.

— Não mesmo.

Segundos depois, percebeu o que aquilo significava.

— Espera... Eu posso ficar?

— Ela pode ficar? - perguntou Henry, abraçando a irmã de lado.

— Sim...

Ele fechou os olhos e abaixou a cabeça. Ninguém estava entendendo nada, até Alycia sentir um calor no peito e cair de joelhos na neve.

—Ally? Ally! - gritou Tink, desesperada.

Sua respiração era falha. Olhares preocupados se viraram para ela, e ali ficaram até aquela dor agonizante diminuir e passar completamente, deixando apenas uma sensação boa dentro de si. Tink a ajudou a levantar e ele levantou a cabeça logo em seguida.

— Eu me sinto...

— Viva?  - completou.

—Por que?

Perguntou após respirar fundo e se aproximar do homem.

— Mike tinha razão. Eu me importo. E vocês... - olhou e se aproximou de Emma e Regina. - Eu não tenho palavras para agradece-las por cuidarem tão bem dela... - sorriu. - Da sua filha.

— Como você disse... Ela é a nossa filha. - respondeu Regina, já que Emma ainda estava muito atordoada para falar.

— Mesmo assim... - continuou. - Por isso, e é claro, salvar o Olimpo, quero lhe dar um presente. - elas franziram o cenho. - Vocês irão recebe-lo na hora certa. - Emma queria falar algo,mas nada saia. - E vocês quatro. - Se voltou para Tink, Henry e Leonia e Pozzato, que tinham acabado de se juntar aos três. - Tratem de não deixa- la morrer novamente.

— Faremos o possível. - falou Henry.

— É... essa é a segunda vez que ela morre.

Alycia revirou os olhos e andou algum passos até o homem, deixando um pequeno espaço entre eles.

— Eu poderei ver Mike alguma outra vez?

— Nunca se sabe.

— E você? - olhou em seus olhos. - Poderei ver alguma outra vez? - ele esboçou um grande sorriso.

— Nunca se sabe...

Hesitantemente, ele se aproximou mais ainda, deixando um beijo casto na testa da menina. Ele a fitou mais uma vez e se virou se afastando lentamente

— Uma pergunta. - disse um pouco mais alto, o fazendo se virar. - E o Rumple?

— Ele está e ficará bem. Já deve estar nos braços de sua amada. - respondeu, a deixando mais aliviada. - Até outro dia... minha filha.

Ele se virou completamente e começou a andar em direção ao horizonte, desaparecendo aos poucos. Alycia sorriu e permitiu-se sussurrar:

— Até outro dia... pai.

                                                          *

Belle olhava pela janela com um semblante cansado. A preocupação com Rumple e a guerra, agora, já tinha passado. Acariciava sua barriga, que já estava começando a aparecer. Roland brincava com alguns brinquedos no chão da loja, estava totalmente entretido, apesar de que algumas horas atrás ele estava inquieto, como se sentisse algo ruim.

Ela mirava as estrelas pensando em Rumple. O homem havia aparecido de repente na loja. Ela o deitou na cama que havia nos fundos da loja e até agora não havia parado de pensar nele. Ele parecia tão cansado e fraco... talvez as coisas mudariam dali para frente.

O sino da porta tocou e Belle se levantou com receio. Olhou para Roland que continuava entretido com seus bonequinhos e se deslocou para a frente da loja lentamente.

Um enorme sorriso brotou em seus lábios. A menina se aproximou um tanto rápido de Belle e a envolveu em um gostoso abraço, se preocupando em não apertar a barriguinha da morena.

— Como? - perguntou Belle a se afastar, fazendo Alycia sorrir.

— Eu prometo explicar tudo depois. - suspirou. - O Roland está aqui?

— Sim... - a olhou preocupada. - Está tudo bem?

A menina olhou para baixo e moveu a cabeça para os lados. Explicou tudo para Belle, que ouvia tudo atentamente. Conseguia-se perceber o quão chocada a mulher tinha ficado.

— Robin pode ter feito coisas horríveis, mas em ainda era o pai de Roland... - disse dando uma olhada no menino que continuava brincando. - Quer falar com ele?

A menina assentiu com a cabeça.

— E você pode levar o Rumple para casa. Roland vai ficar na mansão hoje.

A mulher deu um sorriso, seguindo para os fundos da loja logo depois.

— Alycia - chamou antes de atravessar a porta. - Eu não poderia estar mais feliz por você estar de volta.

O sorriso no rosto das duas de incrivelmente grande. Belle passou pela porta e acordou Rumple, saindo pelos fundos da loja.

Alycia respirou fundo e passou para a parte de trás s loja, se deparando com um Roland quase dormindo enquanto brincava, mas ele logo despertou quando viu a menina parada, o encarando.

—Ally! - exclamou feliz, correndo para abraça-la. - Você está de volta!

— Sim, eu estou garoto. - disse devolvendo o abraço. - Podemos conversar?

Ele assentiu com a cabeça e voltou para onde estava brincando. Alycia se sentou ao se lado e observou o garoto voltar a brincar com os bonecos.

— Papai foi em bora, não é? E dessa vez não poderá voltar.

Aquela afirmação do menino assustou Alycia. Ela congelou por alguns segundos e Roland parou de brincar, a olhando fixamente.

— Por que diz isso?

Ele deu de ombros.

— Eu só sinto... - Alycia se aproximou ainda mais dele e o olhou nos olhos.

— Você sabe que ele te amava né? Que ele te ama.

— Eu sei que ele fez coisas ruins. Muito ruins. - suspirou. - Mas eu sei que no fundo, ele tinha um bom coração.

A menina não pode deixar de dar um leve sorriso.

— Tem certeza que você só tem 5 anos? - falou o abraçando de lado. Ele sorriu de canto.

— Com quem eu vou ficar?

— Com a sua família. Nunca iríamos te tirar dela. - ele a olhou por mais alguns segundos e se jogou nos braços dela.
 

— Você pode me visitar as vezes? - perguntou se aconchegando.

— Com certeza garoto. - o apertou em seus braços e beijou o topo de sua cabeça. - Com certeza.
                         

                                                            ***

 

4 SEMANAS DEPOIS.
 

A cidade estava se reconstruindo aos poucos. A primeira coisa a ser aberta foi o hospital, que recebeu vários feridos, praticamente lotando o local. Tink, Leonia e Pozzato ficaram ajudando como enfermeiros, enquanto Alycia tentava restabelecer a eletricidade da cidade sem deixar ninguém em risco.

Poucas semanas depois, foi a vez da escola de Storybrooke ser reaberta. Boa parte das crianças ficaram animadas, mas Leonia continuava reclamando. A surpresa da vez foi Tink querer acompanhar os amigos e estudar. Disse que gostaria de aprender coisas novas e até arrumar um trabalho do lado de fora da cidade em um futuro próximo. É claro que isso foi muito bem recebido por sua namorada, que não via a hora de ver a sua loira todos os dias na escola.

—Ainda não acho necessário sairmos daqui. As crianças vão a pé mesmo...

Emma estava deitada na cama com apenas as cobertas cobrindo o seu corpo. Olhava Regina saindo da cama com um sorriso no rosto.

— Emma, eles são os seus filhos - reprendeu a mulher, indo ao banheiro. - E nós ainda temos um trabalho, se lembra?

A loira apenas sorriu e jogou a cabeça para trás, ainda pensando nas curvas de sua noiva. Noiva... como ela adorava aquela palavra. Se levantou, deixando o lençol cair e foi em direção a sua noiva. Olhou da porta a mulher com seu robe vermelho, escovando os dentes. Chegou por trás, a abraçando.

— Eles são meus filhos e são adolescentes - beijou seu ombro. - Eles vão entender. - Outro beijo. - E afinal, você é a prefeita. - Outro beijo, dessa vez no pescoço.

Mesmo amando tudo aquilo, Regina sabia que precisavam descer. Então deu um olhar mortal para Emma pelo espelho. A loira não se assustou, apenas soltou uma gostosa gargalhada e deu uma leve mordida no mesmo local que beijou.

— Já entendi. - retirou seus braços da cintura da morena e entrou no chuveiro.

Regina se sentiu tentada mais de uma vez à entrar no box, mas sempre balançava a cabeça tentando espantar tais pensamentos. Emma, que via tudo isso de seu banho, era todos sorrisos.

Emma foi a primeira a descer. Regina já estava quase pronta, mas achou melhor fazer o café e acordar seus filhos. Para a sua surpresa, quando chegou na cozinha, os dois adolescentes já estavam lá, comendo cereal. Emma franziu o cenho com aquela cena.

— Bom dia...

— Bom dia. - responderam juntos.

Emma franziu ainda mais o cenho e andou até o outro lado da bancada.

— Acordaram cedo hoje... - nada responderam. - Vocês estão mais quietos do que o normal... - os dois se olharam e Emma sabia que eles haviam feito algo. - O que vocês fizeram?

Os dois suspiraram e Alycia começou a responder.

— Eu comecei a namorar, oficialmente, a tink.

— E eu a Violet. - completou Henry.

— Que ótimo! - disse Emma animada. Mas ao ver o semblante dos filhos, percebeu que tinha algo errado. - Mas vocês não parecem totalmente felizes.

Os dois se olharam novamente.

— É que acabamos de descobrir que a mama tem acesso ao Facebook... - Disse Henry com uma certa dificuldade.

— E vocês postaram algo sobre isso... - os dois assentiram com a cabeça. O que planejam fazer? - perguntou Emma pegando um pouco de cereal para si e tentando engolir o riso.

Os dois se olharam novamente e cochicharam um no ouvido do outro por alguns segundos, até se voltarem para a sua mãe novamente.

— Estamos pensando em fugir... - disse Alycia.

—E não olhar para trás. - completou Henry.

Emma soltou uma gargalhada e suspirou.

— Conhecendo sua mãe, acho que esse será o melhor plano que vocês vão conseguir bolar.

Continuaram a comer, até ouvirem um grito do andar de cima, fazendo os irmãos, e até mesmo Emma, arregalarem os olhos.

— HENRY DANIEL SWAN-MILLS E ALYCIA JACOBS FOSTER SWAN MILLS!

— Corram. - disse Emma empurrando os filhos pela porta. - Vão para a escola que eu ganho um tempo para vocês.

— Obrigado mãe! - disse Alycia, dando um beijo em seu rosto.

— Te amamos! - completou Henry fazendo o mesmo.

Emma fechou a porta atrás de si e começou a rir descontrolavelmente. Aquela sua família era completamente doida.

Segundos depois viu a morena descendo as escadas. Ela se recompôs e foi em direção a ela.

— Cadê eles? - perguntou Regina aflita.

— Já foram para a escola. - respondeu Emma, envolvendo ela pela cintura.

— Eles não podem Emma... eles são meus bebês.

— Regina. - fez a morena prestar atenção nela. - Ally tem 16 anos e Henry acabou de fazer 13. Isso iria acontecer de um jeito ou de outro.

Regina bufou e fez bico. Emma estava se segurando para não morde-lo.

— Mas eles não podiam esperar... sei lá, até fazerem 30?

— Você quer que eles sejam virgens até os trinta? - Emma arregalou os olhos, brincando com a morena. - A Evil Queen realmente ainda habita o seu ser. - beijou seus lábios em um rápido selinho, mas quando se separaram, Regina parecia diferente. - Algum problema? Regina, eu estava brincando. Tenho certeza que os dois ainda são virgens.

— Não é isso... - interrompeu a loira e cruzou os braços, sem sair do abraço. - Você tem razão. A Evil Queen ainda habita o meu ser. Você não se importa?

Emma a olhou no fundo dos olhos de Regina e beijou a ponta do seu nariz, a levando logo em seguida para sentar no sofá.

— Gina. - chamou sua atenção. - Lembra, anos atrás, quando nós tínhamos acabado de começar a namorar? - ela ficou em silêncio. - Estávamos nesse mesmo sofá e Ally e Henry estavam dormindo em suas camas. Você se lembra do que eu disse? - a morena assentiu com a cabeça. - Eu quero aí você fale. - falou, fazendo Regina revirar os olhos.

— Você disse que me amava.

Emma sorriu largamente.

— Exatamente. - segurou sua mão. - Eu disse que te amava. E amo cada pedacinho seu, inclusive a Evil Queen. Ela é parte de você. Por que eu não a amaria?

Regina não se aguentou e sorriu, deitando a sua cabeça no ombro de Emma.

— Eu também te amo minha loira. - sussurrou.

Ficaram naquela posição por um tempo. Emma realmente tinha feito Regina esquecer dos filhos. Mas quando aqueles meus filhos voltarem, eles vão ser praticamente assassinados...

Emma riu com o seu pensamento.

— Agora vamos - se levantou e estendeu a mão para sua noiva. - , temos um casamento para planejar.

                       

                                                        ***

4 MESES DEPOIS.

Regina se olhava nervosamente no espelho. Havia checado o seu vestido umas cinquenta vezes e ele sempre estava perfeito, mas o humor da morena estava completamente instável nos últimos dias e era difícil ela se achar perfeita. 

Depois de ficar encarando o seu reflexo por alguns segundos, se permitiu sorrir. Sim, ela estava linda e aquele dia seria mais lindo ainda. Ouviu alguém batendo na porta e se virou automaticamente.

— Uau! - ouviu Alycia dizer, enquanto entrava no quarto. - Mama...

— Uau! - Henry e Tink interromperam o momento, entrando logo atrás.

— Foi o que eu disse...

Regina não pode deixar de rir.

— Está bom? - perguntou hesitante.

—  Está... - começou Ally.

— Maravilhoso. - completou Henry.

— Como se sente? - perguntou Tink.

A fadinha já havia sido a sua amiga antes e hoje em dia, mesmo ainda ficando um pouco estranha com o fato da loirinha namorar sua filha, a amizade das duas era algo lindo.

— Feliz... nervosa. Em pânico.

Os três riram com a situação da mulher.

— Deixem que eu cuido dela - falou Tink se aproximando de Regina. -  Vocês tem que ver a sua outra mãe.

Alycia sorriu docemente para Tink e a menina fez o mesmo, coisa que não passou despercebido por Regina.

— Hey. Parem os olhares. Ainda acho estranho. - as duas reviraram os olhos.

— Te amamos mama. - disse Henry, empurrando a irmã para fora e fechando a porta atrás de si.

— Eu tenho muito orgulho deles - comentou Regina;

— E eles tem muito orgulho de você. - respondeu Tink, com um sorriso no rosto.

Está decente? - ouviram a voz de Zelena pela porta.

— Entra logo Zel! - respondeu Regina, revirando os olhos, mas sem tirar o sorriso do rosto.

— Uau... - disse a ruiva ao entrar no quarto.

— Estou ouvindo muitos desses hoje.

— É entendível. - se aproximou da irmã com um grande sorriso. - Você está gata!

                                                                 ---//---

— Podemos ver a outra noiva?

Os dois param em frente a mulher e arregalaram os olhos. Emma sorriu e Ruby, que estava ao seu lado, segurava o riso.

—E então? - os dois continuaram do mesmo jeito. - Irei considerar isso como um "gastíssima".

— Você não tem ideia. - disse Henry tentando voltar a realidade.

— Eles tem razão. - disse Ruby olhando a amiga de cima a baixo. - Se por algum motivo Regina não te querer mais, estou aqui.

Alycia levantou uma sobrancelha.

—Você não namora a minha tia?

—Em falar nisso, onde ela está? - mudou de assunto.

— Não sei - suspirou rindo. - Talvez em algum lugar além do arco-íris.- todos a olharam com o cenho franzido. - Muito ruim?

— Horrível... - responderam todos juntos.

— Bem, a senhora está... está linda.

— Imagina a mama. - completou Henry.

— Nem me fale. Ela deve estar maravilhosa -disse Emma com um semblante sonhador.

— Nervosa? - perguntou Alycia.

— Completamente.

— Então são duas - respondeu Henry. Ele olhou as horas no relógio de parede e sorriu para sua mãe. - Hora do show.

(POV Emma)

O nervosismo se apossou de mim do último momento. Eu estava no altar, esperando a mulher da minha vida passar por aquela porta. A casa de Zelena foi o lugar que escolhemos para fazer a cerimonia, e a ruiva não poderia ter ficado mais feliz com isso. Nos ajudou em todos os detalhes e arrastou a Ruby para vários lugares que ela não queria ir. Em pé ali, com Ruby me encarando com um grande sorriso no rosto me fez lembrar do dia em que ela me pediu ajuda para pedir Zelena em casamento.

— Emma, eu preciso da sua ajuda. - chegou na mesa com um prato de comida. A olhei de cima a baixo.

— Você acha que pode me comprar com comida? - perguntei fingindo estar brava.

— Não posso? - perguntou confusa.

— Claro que não - fiz uma pausa. - Tem que ter café junto.

Ela revirou os olhos e se retirou. Poucos minutos depois, apareceu com uma grande caneca de café e a botou na minha frente, me fazendo sorrir.

— Agora sim. - falei. - Qual é o problema?

Ela olhou para os lados e me fez chegar para o lado, sentando ali. A olhei com o cenho franzido e ela colocou a mão no bolso. Quando me mostrou a caixinha, quase tive um ataque. Ela teve que colocar a mão em minha boca para eu não gritar.

— Você vai... - ela assentiu. - Eu quero muito gritar agora.

— Não ouse. - ri de sua feição.

— Do que precisa? - ela respirou fundo.

— Como você pediu a Regina em casamento? - sorri com a lembrança.

— Eu pedi quando achei que o momento era certo - comecei a contar. - Ainda estávamos em guerra e nós quebramos as regras e saímos a noite. Brincamos na neve e eu acabei fazendo o pedido ali - dei uma pausa. - Não foi planejado, mas quando eu vi o sorriso dela... senti que era o certo a se fazer.

Ruby sorriu amavelmente.

— Realmente lindo... mas não me ajuda nesse momento.

— Foi você que perguntou. - ela revirou os olhos. - Apenas... ache o momento certo. Você vai saber quando for. E se o momento for certo... nada mais importa.

Ela suspirou, ainda sorrindo.

— Até que não foi completamente inútil. - apertou minha mão por cima da mesa. - Obrigada loirinha.

— Sem problemas lobinha.

Demorou poucos dias para o pedido ser feito. Até hoje não sei quando foi o momento perfeito, mas tenho uma certa noção de que não foi em um momento... decente.

Regina não estava atrasada, afinal ela odeia atrasos. Eu estava adiantada e eu estava me odiando por decidir chegar, pelo menos, dez minutos adiantada.

Minutos se passaram e a música começou a tocar. Olhei para baixo por alguns segundos e quando voltei a minha atenção para frente, vi algo que me fez sorrir automaticamente.

A visão de Regina com um vestido de noiva branco (com detalhes em vermelho e preto, obviamente) me fez quase sair voando. Ela era acompanhada por Zelena - outra que também estava deslumbrante. Fiquei apenas pensando em como seria o dia do seu casamento. - e as duas andando por aquele altar improvisado no jardim da ruiva me fez perceber o quão feliz eu estava.

O sorriso desapareceu de meu rosto quando Regina parou abruptamente no meio da caminho. Parecia tonta. Ouvi Zelena chamar seu nome, mas ela não se mexeu. Me desesperei e corri até ela, mas ela caiu no chão, inconsciente, antes que eu pudesse pega-la.

                                                                   *

(POR Regina)

Acordei com um luz forte no meu rosto. 

Não me lembrava muito do que havia acontecido, eram apenas alguns flashes. Comecei a me desesperar, mas quando vi aquela figura loira se aproximando, me acalmei na hora.

— Hey... - ela se sentou e pegou a minha mão. - Você está bem? - assenti de leve com a cabeça. 

— O que aconteceu? - perguntei, ainda meio tonta.

— O que aconteceu? Você me deu um baita susto, isso foi o que aconteceu. - disse em um tom de brincadeira, mas logo seu semblante voltou a ficar sério. - Você desmaiou. Me deixou preocupada.

— Desculpe por isso...

Ela me deu um pequeno sorriso e começou a contar exatamente o que aconteceu. Alguns minutos depois, Whale apareceu no quarto com o seu jaleco por cima do smoking.

— Whale! - exclamou Emma. Ela já estava mais calma. - Aproveitando o casamento?

— Muito - ele deu uma pequena risada e se virou para mim. - Como está se sentindo?

— Cansada. - falei simplesmente.

— O que aconteceu com ela? - perguntou Emma sem soltar a minha mão.

— Foi uma drástica queda de pressão. - ele explicou

— E o que pode ter causado?

— Nós fizemos alguns testes e descobrirmos oque ocorreu - ele sorriu e nos entregou um papel. - Parabéns mamães!

Li o conteúdo do documento algumas várias vezes, sem acreditar no que eu estava lendo.

— Eu... eu estou...

Emma estava mais desnorteada do que eu.

— Como? - foi a única coisa que ela conseguiu perguntar e eu apenas dei um sorriso em meio as lágrimas que desciam.

— Um presente. - falei.

Emma demorou um tempo para entender, mas logo em seguida, também deixou as lágrimas rolarem em meio ao seu largo sorriso.

— Eu vou ser mãe... de novo? - Whale assentiu com a cabeça.

— Eu estou muito feliz por vocês. - ele disse com um grande sorriso.

— Obrigada Whale. Por tudo. - agradeci.

Emma se voltou para mim e me deu um beijo casto nos lábios. Eu sabia o que ela estava pensando, pois eu estava pensando a mesma coisa. Obrigada Zeus.

— Posso mandar alguns familiares preocupados entrarem? - perguntou ele quando terminamos o beijo.

— Sim! Devem estar desesperados. - respondi sem tirar o meu sorriso do rosto.

Ficamos conversando por um tempo quando Whale saiu do quarto. Emma não tirava a sua mão da minha barriga e nem o sorriso do seu rosto. Percebi ali que ela seria uma mãe babona... assim como eu.

— O que aconteceu? - perguntou Henry ao entrar rapidamente com Alycia e Zelena no quarto.

— Por que estão chorando? - perguntou Ally.

— Calma - disse Emma. - É algo bom.

— A mama desmaiou e é algo bom? 

Logo depois que Henry terminou de falar, Alycia franziu o cenho e segundos depois, abriu um imenso sorriso.

— Você... - se aproximou. - Nós... - ela não conseguia terminar nenhuma de suas frases e eu e Emma não conseguíamos parar de sorrir. - Sério?

Assentimos com a cabeça e ela veio correndo me abraçar. Zelena arregalou os olhos e sorriu. Se aproximou e me abraçou, junto com Alycia. Henry continuava na porta com confusão estampado em seu rosto.

— Eu ainda estou boiando aqui.

— Deuses Henry. - Alycia revirou os olhos e se virou para nós. 0 Quem diz?

— Vai em frente. - falei para ela.

— Henry... - começou. - Sinto muito, mas acho que não será mais meu irmão favorito.

Ele continuou com um semblante confuso. Alycia revirou os olhos novamente e olhou para a minha barriga.

— Meu Deus... - disse ele com os olhos arregalados. Finalmente.

— Gente o menino é lento. - Zelena disse baixinho, para apenas e e Emma ouvirmos.

— Espera. Eu não vou ser mais o irmão favorito?

— Eu tô brincando cabeça dura - ela chegou mais perto dele e o abraçou de lado.

— Hey! - exclamou Zelena. - Ainda temos um casamento para fazer.

— Como? - Todos nós perguntamos ao mesmo tempo.

O casamento foi ali mesmo, naquele quarto de hospital. 

Já que eu teria que ficar a noite inteira no hospital em observação, aquela foi uma ótima ideia. Aproveitamos que eu ainda estava em meu vestido e Emma ainda usava o seu macacão branco, que a deixava mais sexy do que tudo, e fizemos uma cerimônia simples, apenas com as pessoas mais próximas. David e Killian - que havia virado um ótimo amigo para mim e Emma - encheram o quarto de flores, enquanto eu contava o como eu estava grávida, já que varias pessoas ficaram confusas.

Mary realizou a cerimonia perfeitamente. E quando eu finalmente beijei a noiva, quando eu finalmente pude começar a chamar a minha loira de esposa, quando os nossos lábios se uniram... eu soube que eu era a mulher mais feliz do mundo.

                                                               ***

(POV Narrador)

10 ANOS DEPOIS.

— Alycia! Henry! Vamos nos atrasar! - Gritou Regina do final da escada

— Um minutinho! - Gritaram em resposta. Logo hoje? Francamente. Dizia a mente de Regina. - Finalmente! - falou quando viu os filhos descerem as escadas.

— Aé? - falou Henry. - Da próxima vez, você que vai arrumar seus filhos.

— O que você deveria fazer. - completou Henry

Os dois já eram adultos formados, mas continuavam a mesma coisa. As diferenças mais marcantes eram seus tamanhos e a mudança de voz. A voz de Henry havia engrossado bastante e a de Alycia... bem ela apenas cresceu alguns centímetros.

— Ei, eles são seus irmãos e a sua mãe não está aqui para ajudar. - me defendi. - Em falar nisso, cadê os meus dois demônios?

— Ei! - gritou Leo descendo a escada com Mackenzie ao seu lado. - Só a Ally e o Henry pode chamar a gente assim!

Os dois se aproximaram e eu dei um grande abraço nos meus dois capetinhas.

— Desculpem meus lindos! - dei um beijo na bochecha dos dois.

— Cadê a mamãe? - perguntou Mack.

— Alguém me chamou? - exclamou Emma ao passar pela porta da sala. Os gêmeos correram até ela e pularam em seus braços. - Olá meus lindos! - Deu um beijo nos dois e se aproximou de mim com cada filho em um braço. -Minha linda. - beijou meus lábios e olhou nossos outros dois filhos. - Meus adultos.

— Isso dói sabe. - comentou Alycia, fazendo Emma revirar os olhos. -  Você vai assim?

Minha esposa ainda trajava suas vestes de xerife.

— É claro que não. - disse botando os gêmeos nos chão. - Eu vou tomar banho e me trocar lá.

— É melhor irmos, se não os seus pais vão te matar. - falei pegando as chaves do carro. 

Emma correu até o nosso quarto e pegou a roupa que iria vestir.

— E os...

— Vão nos encontrar lá. - falou Ally, cortando Emma.

Entramos no carro, colocando o cinto de segurança nos gêmeos e fomos para a casa dos Charmings.

— Fico feliz por terem voltado. - falou enquanto dirigia.

— Eu e Tink queríamos um pouco mais de estabilidade por motivos óbvios - começou Ally. - Não tem um lugar melhor para isso do que Storybrooke.

— E eu ainda não voltei definitivamente, eu ainda tenho o meu trabalho em Nova York. - falou Henry.

— Questão de tempo. - disse Emma.

— Queremos muito que você volte. - falou Leo com a sua voz infantil.

— Por favor! - Mack juntou as mãos em uma súplica.

— Jogo sujo. - falou Henry. - Eu vou pensar nisso.

— Mas... - disse Alycia com um sorriso discreto no rosto.

— Mas... - ele continuou. - É praticamente um sim

— Yey! - os gêmeos gritaram.

A família chegou na "nova" casa dos Charmings e tudo já estava montado lindamente.

— Vamos, ainda temos um tempo antes de começar. - Emma pegou sua roupa.

— Onde estão aqueles dois? - perguntou Alycia a si mesma.

— Vá procurar a Tink que eu e a sua mãe vamos procura-los. - falou Regina para a sua filha.

— Tá... - pegou Mack pela mãozinha e Henry fez o mesmo com Leo. - Não se esqueça de tomar banho hein. - disse se afastando, fazendo Emma mandar a língua para ela.

As duas deram as mãos e foram para dentro da casa, precisavam achar Leonia e Pozzato.

— Eles ainda devem estar no quarto. - falou Emma.

Foram até o quarto dos dois e bateram na porta do quarto do casal. Alguns segundos se passaram e a porta foi aberta por uma Leonia ofegante, com as bochechas vermelhas.

— Oi... - disse tentando se recompor.

Emma e Regina desviaram um pouco o olhar para dentro do quarto e viram Pozzato deitado no chão, ofegante e sem camisa.

— Deveríamos perguntar? - falou Regina.

— Olha, eu recomendo que não. Mas se quiser, eu posso contar... - ela deu um sorrisinho. - com detalhes.

— Apenas se arrumem e estejam lá em baixo em 30 minutos. - ela assentiu com a cabeça e fechou a porta. - Uau...

— Graças aos Deuses eles não tiveram filhos. - falou Emma ainda desnorteada pelo o que tinha acabado de ver.

— Aqueles dois não podem procriar.

Pararam por alguns segundos e começaram a rir.

— Eu vou me vestir. - falou Emma, dando um beijo em sua mulher.

— Vai lá, reverenda.

 

                                                                 *

Alycia finalmente achou Tink e deixou seus irmão irem brincar com seus amiguinhos. Se aproximou da mulher e a abraçou por trás, a fazendo dar um pequeno pulo pela surpresa. Quando se virou, beijou seus lábios. Quando se separaram Alycia a ficou encarando.

— O que? - perguntou a loira

— Nada. - sorriu. - Você está linda.

— Ally, eu estou gorda.

Alycia revirou os olhos e beijou a barriga da sua esposa.

— Por um bom motivo. - beijou seus lábios e sussurrou em seu ouvido. - E... você está super gostosa.

— Você só fala isso porque vou parir um filho seu.

— Assim você me ofende. - sorriu mais ainda e acariciou a barriga da mulher que já estava de 6 meses. - Não vejo a hora de ter outro.

— Pois é, vai ter que esperar algum tempo. - falou com um semblante sério. - Outra criança não sai de mim tão cedo.

— Com certeza vamos esperar, mas... eu estava pensando em... sabe, da próxima vez. - respirou fundo. - Eu engravidar.

— Você quer isso? - ela assentiu. - Ótimo. Não sei se faria isso de novo. É muito desgastante. - Alycia riu com a bobeira da esposa

— Eu te amo. - deu outro beijo em seus lábios.

— Eu sei.

Ficaram conversando por mais alguns minutos até Alycia ver Roland - que agora tinha 15 anos - se aproximando, vestindo seu smoking. 

— Uau! Que charme!

— Cala a boca. - disse ele com um pequeno sorriso.

— Vem cá, tá torto. - ele se aproximou mais e ela ajeitou a sua gravata. - Melhor. - ela olhou para o lado e viu Neal implicando com seus parentes. - Ah não. - revirou os olhos. - Neal! Não faça isso com o nosso irmão ou o Gideon! gritou, mas ele não parou. - Deixe eu e o Roland ajudar pelo menos!

Roland e Alycia se olharam e foram brincar com os meninos.

— Criança... - murmurou Alycia para si mesma. Voltou seu olhar para frente e viu Elsa e Mulan - agora casadas - se aproximando. - Hey! Vocês vieram!

— É claro que sim. - falou Elsa dando um abraço na amiga. - Não perderíamos por nada.

— Minha amiga, você está enorme. - falou Mulan, acariciando a barriga da mulher.

— Nem me diga. Eu tenho que ir no banheiro de 5 em 5 minutos.

— E a Alycia?

— Ela está sendo um anjo.

— Fico feliz por vocês. - falou Elsa.

— A sua irmã também é uma criança. - disse Tink, apontando para onde Ana e Kristoff brincavam com Alycia e as criança.

— Assim como o marido e as próprias crianças. - riram. - Aonde está Ruby e Zelena?

— Boa pergunta... Devem estar transando por aí, é só o que fazem. - viu Regina se aproximando e a puxou para a conversa. - Hey Gina. Cadê a sua irmã e a esposa?

— Armário de vassoura. - disse simplesmente.

— Disse... - todos voltaram a rir. - O Graham vai vir também?

— Não. - respondeu Regina. - Ele ainda está lutando contra a caça aos lobos na Floresta Encantada.

Continuaram a conversar até Alycia e Henry se aproximarem com seus irmãos no colo.

— Vamos nos sentar? Já vai começar.

— Eu vou avisar minha irmã. - falou Regina. - Tentarei ver o mínimo possível. - disse, fazendo todos rirem.

Minutos depois, Emma se posicionou no centro do altar. Seu pai entrou e ficou ao seu lado. Mesmo já tendo feito isso antes, estava bem nervoso. Quando Mary entrou, fazendo os olhos de David brilharem. Quando todos estavam em posição, a loira começou a falar.

— Boa tarde a todos. Estamos aqui hoje para celebrar a união contínua dos melhores pais que alguém poderia ter. Eu não tive a oportunidade de vir na primeira vez, mas soube que a minha esposa os interrompeu. - falou olhando para a esposa. - Espero que isso não se repita mocinha. - disse fazendo todos rirem, incluindo Regina. - Agora sem brincadeiras. Vocês dois são um dos casais mais apaixonados que eu já vi. Acho que se pode dizer que os dois são a minha inspiração para ser quem eu sou hoje. Eu encontrei o amor - olhou sorrindo para Regina. - , eu entendo o que sentem. E esse é o sentimento mais lindo do mundo. O amor é algo que nunca irá morrer nessa família e loucos que temos - E são a vocês que devemos agradecer por isso. Então obrigada por serem quem são e nunca mudar. - respirou fundo. - Alguém começa com os votos que eu estou quase chorando.

— Eu começo. - falou David, ainda rindo. - Snow... Eu admito que não preparei nada para falar agora. Eu não estava conseguindo. Planejar palavras que serão ditas a você é impossível. Todo dia é uma surpresa, uma experiência diferente. E eu queria que esse momento, mesmo já tendo sido feito antes, fosse um deles. Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. - olhou para os seus filhos. - Sem ofensas. - disse e todos riram. - Mas esse é um dos motivos. Você me deu essa enorme família, cheia de amor e amizade. - os olhos de Snow estavam marejados. - Você me fez um homem melhor. Você me fez uma pessoa melhor. - Você me fez quem eu sou. Eu te amo como Mary Margaret Blanchard, como Snow White, como a esposa maravilhosa que é, como a mãe espetacular que é... Eu simplesmente te amo.

— David... - foi o que Mary conseguiu dizer e se inclinou para beija-lo.

— Hey! Ainda não é a hora do beijo. - interrompeu Emma com a voz embargada. - Ainda temos mais votos. - olhou para Mary. - Mãe.

Ela respirou fundo.

— Fique tranquilo, eu também não tinha planejado nada do que irei dizer agora. Você não está sozinho nisso. Na primeira vez que eu te vi, eu pensei "hmm, acho que eu deveria roubar ele..." - riram - E aí eu te bati com uma pedra. - disse, fazendo todos rirem mais ainda.

— Eu ainda tenho a cicatriz. - David disse olhando para os convidados.

— Acho que te acertar com uma pedra foi a melhor escolha que já fiz, afinal não teve nenhum outro dano. Nossa história não foi como os contos dizem, foi bem mais complicada. Acho que isso é a melhor coisa. Não foi fácil, mas passamos por tudo aquilo. E agora, mais de 40 anos depois... estamos aqui. Cercados de pessoas importantes para nós. David Nolan... meu Principe Encantado. - Emma estava quase se debulhando em lágrimas. - Você foi a luz da minha vida. Você é o meu melhor amigo, você... é você. E eu te amo por isso.

— Okay, parem que estou começando a suar pelos olhos. - falou Emma, limpando as lágrimas que começavam a descer pelo seu rosto. - Pelo poder investido em mim e o site que me habilitou para fazer isso acontecer. Eu vos declaro, marido e mulher... de novo. Agora sim. - riu. - Pode beijar o noivo. - falou para sua mãe e assim ela fez.

A festa depois do "casamento" seguiu animada. Snow e David dançavam na pista, como se não houvesse mais ninguém lá. Alycia olhava tudo encantada.

— E então, quando ganharei primos? - perguntou ela para Zelena e Ruby.

— Talvez mais cedo do que você pense...- respondeu Ruby e Alycia sorriu largamente.

— Estamos pensando em adotar. - falou Zelena.

— Eu não vejo a hora de ganhar um irmãozinho ou irmãzinha. - exclamou Leonia, indo abraçar as duas.

Ela e Pozzato as consideravam mães, afinal, elas as tinham os criado.

— Posso perguntar o por quê estão evitando as minhas mãe? - perguntou Alycia para Pozzato e ele levantou uma sobrancelha. - Eu não sou cega.

Ele suspirou e todos o olharam ansiosos pela resposta.

— Elas... meio que nos pegaram transando. - ele estava vermelho como um tomate.

— Nós a criamos muito bem Ruby. - disse Zelena apertando a menina em um abraço.

— Vem cá Pozzato, você também merece um abraço das suas mães. - falou Ruby, puxando o homem para seus braços. - Estou orgulhosa de vocês. - beijou a cabeça dos dois.

Alycia, que sorria com aquela cena, se virou para a esposa.

— Quer sentar um pouco?

— Por favor! Meus pés estão me matando. - se sentaram na mesa ao lado, onde estavam Belle e Rumple.

— Calma, só piora.

— Muito obrigado Belle. Me deixou bem mais tranquila. - a morena riu.

— Mas vale a pena. - falou olhando para o seu filho que brincava com seus coleguinhas.

— Viemos ficar com vocês. - disse Zelena se aproximando com Ruby e Leonia e Pozzato. - Estamos muito velhas para ficar em pé em uma festa.

Conversaram por um bom tempo, até Henry e Jay, sua noiva, se aproximarem.

— Onde os dois pombinhos estavam? - perguntou Leonia com um sorriso malicioso. O homem apenas revirou os olhos e se sentou a mesa com eles.

— Estávamos apenas conversando.

— Não me diga que você engravidou a Jay... - Alycia disse em brincadeira, mas logo ficou séria. - Henry, não me diga que...

— Calma, eu não engravidei ela. - disse rindo. - Mas,nós decidimos uma coisa. - respirou fundo e olhou para a "Cinderela". - Eu sempre posso trabalhar aqui e mandar as coisas para o meu escritório. Assim como ela.

— Vocês vão ficar? - perguntou Alycia com os olhos brilhando.

— Com certeza cunhadinha. - respondeu Jay.

Alycia se levantou e abraçou os dois, fortemente.

— Espera só as mamães ouvirem isso. Elas vão ter um treco.

— Ah, e adivinha quem terá priminhos... - disse Tink, bebericando seu suco de laranja.

Henry olhou para as tias que assentiram sorrindo.

— Eu mal posso esperar por isso! - ele não conseguiu se conter e riu - Se criando a Leonia é o Pozzato já deu ruim, imagina criando desde pequeno. - Jay deu um tapa em seu ombro. - Ai!

— Killian, Úrsula! - exclamou Belle ao ver o casal e Alicya voltou a sentar ao lado da esposa. -  Se juntem a nós.

Ainda acho irônico os dois ficarem juntos.— sussurrou Henry para a noiva que soltou um risinho.

— Killian, só uma pergunta. - falou Alycia quando os dois se sentaram. - Aquilo eram lágrimas que eu tinha visto na hora da cerimônia?

— Não sei do que está falando. - fingiu de desentendido.

— Own... Eu amo o meu pirata sensível. - disse Úrsula, beijando a bochecha do Homem.

— Eu não estava chorando...

— Sei...

— Sabe o que eu queria saber? - começou Alycia. - Como os habitantes de Storybrooke da dimensão que eu visitei estão levando a vida. Será que é muito diferente da nossa?

 - Espero que não. - falou Tink. -  essa vida é muito boa.

                                                                  *

— Quer se juntar a eles? - perguntou Regina a sua esposa. Emma apenas a encarava sorrindo. - O que?

— Vem comigo.

— Emma, estamos na festa de renovação de votos dos seus pais. E ainda temos duas crianças para tomar conta. 

Emma suspirou e olhou para a sua filha. Demorou alguns segundos para a mulher perceber, mas quando percebeu, franziu o cenho. As duas conversaram pelos olharam e no final Alycia revirou os olhos e assentiu, fazendo Emma sorrir largamente.

— Acabei de arrumar umas babás. - falou Emma, fazendo a morena olhar para trás e ver Ally sorrindo para ela. - Vem logo. Ninguém vai perceber. - se levantaram e sairam correndo.

Na outra mesa, Tink, Alycia e Henry viam aquela cena.

— Vocês fizeram um ótimo trabalho as criando. - disse Tink.

— É...

— Fizemos... - completou Henry.

— Desculpe, temos crianças para cuidar. - falou Alycia dando um beijo em sua esposa e indo para perto das crianças com Henry.

Tink apenas sorriu e acariciou sua barriga.

— É brotinho... você tem uma família e tanto.

                                                                     *

— Emma, para onde estamos indo?

— Quer ficar calma mulher. Não estou a levando para a morte. - posicionou a mulher no local desejado e sorriu. - Okay, já pode abrir os olhos.

Quando abriu, seu sorriso se abriu junto.

— Eu realmente amo esse lugar. - falou se aproximando do seu banco favorito.

— Quase nos beijamos pela primeira vez aqui...

— Tivemos o nosso primeiro encontro. - suspiraram.

— Acho que esse é o melhor lugar do mundo. - Regina se virou para a loira. - Depois dos seus braços, é claro.

— Cliché.

— Verdade. - Emma tirou o blazer que usava e se deitou no chão. Regina fez o mesmo, se deitando no peito da amada. - Henry é um escritor famoso, noivo de uma Cinderela de outro universo. - começou Emma. - Alycia, depois de sair de seu emprego chato de CEO, é uma policial na delegacia de Storybrooke, casada com uma agente de viagens que deu uma pausa no trabalho para poder carregar o nosso primeiro netinho. - suspirou. - E ainda temos dois capetinhas, Mack e Leo...

— Os capetinhas gêmeos. - riram - Fizemos um bom trabalho. - ficaram em silencio por alguns segundos e Emma se sentou, trazendo Regina junto. -O que está fazendo?

— Bem, meus pais renovaram os votos deles. Por que não fazemos o mesmo? - a morena sorriu com o gesto. - Regina Mills. Você entrou na minha vida de um jeito que eu nunca pensei que aconteceria. Você me deu algo que acho que nenhuma pessoa poderia me dar. Uma família. E nem vem com a história de que foi você que tirou ela em primeiro lugar e blá blá blá... - interrompeu a morena antes que ela pudesse falar algo. - Se você não tivesse feito isso, não tentamos Henry, Alycia, os gêmeos, os amigos estranhos dos nossos filhos - , os nossos outros amigos estranhos... nós não teríamos nada disso. Eu não teria você. Você é o amor da minha vida. Uma vez eu vivi na escuridão lá fora, sozinha. Deixada para enfrentar o mundo sozinha... mas você entrou na minha vida e tudo mudou. Você foi a luz no fim do túnel Regina. Foi você quem me tirou dessa escuridão. - Regina limpou as lágrimas que caiam dos olhos da sua loira.

— Você não está mais sozinha. Você nunca estará sozinha. - riu em meio as lágrimas. - Eu realmente não sei o que dizer...

— E você não precisa. Eu vejo como você olha para mim, como olha para os nossos filhos...  Eu vejo o seu amor. Eu não preciso de palavras, eu já sinto tudo. Eu sinto em casa fibra do meu corpo.

— Eu te amo minha Salvadora.

— Eu te amo minha Rainha.

Se beijaram sem segundas intenções. Foi um beijo casto, cheio de amor. Quando se separaram, colaram suas testas, sorrindo.

— Emma... - chamou Regina ainda de olhos fechados.

— Sim?

— Nós realmente deixamos as nossas duas crianças, cuidando das nossas outras duas crianças? - Emma abriu os olhos um pouco assustada.

— Nós deveríamos voltar né?

— Eles já devem ter botado fogo na festa... - riram e Emma pegou seu blazer o colocando novamente. - Ou os gêmeos botaram fogo nos irmãos. - riram novamente. Regina já havia se virado e já estava se afastando quando Emma a chamou. - Gina! - Ela se virou. - Você está linda.

Regina apenas sorriu e estendeu a mão para a loira. Ela andou até ela e a segurou, ainda sorrindo.

Ela não estava sozinha. Ela tinha uma família inteira ali por ela.

           *********************************************************

Tudo na vida muda. As pessoas, as coisas, os sentimentos. Elas apenas mudam. Infelizmente, a única coisa que não mudou naquela família foram as tradições. 

Henry decidiu que era a hora de passar o livro que ele havia começado a escrever na guerra. O livro, agora, estava com os seus irmãos. Eles estavam se divertindo muito com as histórias de sua família.

Não se sabe como ou o porquê. Só se sabe que naquele dia o livro se abriu sozinho. A única coisa que se pode ouvir no quarto foi a gargalhada de uma mulher. A gargalhada de alguém que teria a sua vingança.

Fim?

 


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Notas finais do capítulo

Quem não gosta de um final em aberto? Hehehe
Obrigado por tudo pessoal, sério mesmo. Amo vocês.
Aproveitarei e deixarei o link da minha outra fic aqui em baixo porque escritor sobrevive de divulgação.
Também deixo a minha última recomendação. Foi a fic que conseguiu desbancar "O doce sabor da rotina". Realmente pensei que isso nunca iria acontecer. Eu ri e chorei em todos os capítulos. Ela é tão boa, que eu tive que fazer uma recomendação na própria fic. Realmente amo. Saudade é a melhor fic que eu já li na vida.
Até algum outro dia!

Life Is Better With you: https://fanfiction.com.br/historia/736810/Life_Is_Better_With_You/

Saudade: https://fanfiction.com.br/historia/695647/Saudade/



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