A Garota Malfoy escrita por Paula Mello


Capítulo 5
Olívio Wood




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De noite, depois das aulas, Hydra se sentou com Angelina, Katie, Alicia, Fred, Jorge e Lino para jantar no salão principal, quando viu Hermione se aproximando com Rony Weasley e Harry Potter.

— Então vocês não foram expulsos como disseram? Que pena, estava ansioso para ter um irmão a menos depois que mamãe te expulsasse de casa... – Disse Fred em um tom de brincadeira.

— Muito engraçado Fred! – O menino de cabelos ruivo disse irritado e logo depois pousou os olhos em Hydra e corou instantaneamente.

— Oi, você deve ser o Rony, eu sou a Hydra Malfoy – Disse Hydra de forma simpática.

— Malfoy? Então é verdade que o Draco tem uma irmã na Grifinória... – Disse Harry Potter, o rapaz de cabelo bagunçado.

— Isso mesmo e você deve ser o famoso Harry Potter, desculpe por tudo que meu irmão possa ter te feito, devo começar dizendo isso talvez... – Hydra disse isso sorrindo e Harry sorriu timidamente de volta.

— Tudo bem, eu sei que não é culpa sua, Hermione me contou que você parecia ser bem diferente do resto da sua família, foi difícil de acreditar na verdade... – Disse ele ainda de um jeito tímido.

— É, eu sei, se eu não tivesse os olhos e cabelos do meu pai nem eu mesma acreditaria- Disse Hydra, fazendo com que Fred e Jorge dessem uma risada.

Hyda decidiu ir até a biblioteca depois do jantar, mas Angelina a convenceu de fazer o dever com eles na sala comunal da Grifinória, quando estava a caminho da torre, encontrou com Olívio Wood.

— Ah, Oi Hydra, como foi o primeiro dia? – Perguntou Wood, fazendo de novo Hydra corar.

— A gente se vê lá em cima! – Disse Angelina e Alicia saindo, Hydra não entendeu muito o porquê.

— Foi bom, pesado um pouco, ainda estou me acostumando, eu gostei dos professores, parecem ser realmente muito bons.

— Sim, eles são e o quarto ano não é muito fácil, mas acho que você vai conseguir se adaptar logo – Wood parecia tão vermelho quanto ela.

— Obrigada – Disse Hydra sorrindo para ele.

— Quanto ao quadribol, eu queria lhe fazer um pedido, no primeiro treino, eu queria observar um pouco de fora a equipe. Você disse que faria o teste para reserva, geralmente o time reserva não faz isso, mas será que poderia me ajudar? É só ser goleira por algumas horas, você tem uma vassoura? Se não tiver eu posso te emprestar uma... – Olívio parecia realmente corado enquanto dizia isso.

— Não, não precisa se preocupar eu tenho sim e seria um prazer ajudar.

— Ótimo – Disse Wood, os dois ficaram calados por alguns segundos.

— Escuta, Hydra, você já passeou para conhecer o castelo? – Perguntou ele, olhando para o chão e não para ela.

— Não, ainda não tive muita oportunidade, além do mais acho que ficaria perdida sozinha aqui dentro, é tão grande... – Respondeu ela observando o corredor.

— Eu imaginei, você tem algum período vago?

— Sim, na verdade eu tenho um na quarta depois do almoço e você?

— É sério? Eu tenho também esse período vago, será que você não gostaria de talvez que eu lhe acompanhasse pelo castelo? – Wood parecia verdadeiramente envergonhado e suas bochechas estavam vermelhas.

— Sim, claro, eu ia amar na verdade, eu realmente preciso conhecer melhor esse lugar – Hydra ficou pensando no que ele pretendia com esse convite. Seria só um gesto de gentileza por ela ser nova na escola? Mas ele não tinha tirado os olhos dela durante o jantar e tiveram aquelas brincadeiras... se bem Hydra também não tirava os olhos dele, na verdade, do que ela estava falando? Não sabia se estava pronta para algo com alguém, apesar daquele Wood balançar com ela.

— Você está indo para a sala comunal? – Perguntou Wood, interrompendo os pensamentos de Hydra.

— Sim, estava indo fazer a pilha de dever de casa que eu tenho.

— Vamos, eu também estou indo para lá.

Os dois subiram conversando sobre quadribol, Wood queria saber tudo sobre o jogo na França e de novo ela ficou pensando, seria esse seu interesse nela? O quadribol ?

Ao atravessar o retrato e entrar na sala comunal da Grifinória, Hydra se despediu de Wood e se juntou a Angelina, Fred, Jorge, Lino e Alicia para fazer o dever de casa, enquanto Wood sentou em um dos sofás e parecia fazer algum dever também.

— É provavelmente um plano para o treino de quadribol – Disse Fred – o Olívio não pensa em outra coisa.

— Ou talvez pense... – Disse Angelina rindo e olhando de Olívio para Hydra – e acho que você também pensa.

Hydra corou imediatamente e Fred e Jorge a olharam sérios.

— Wood? Sério? A não, vai... – Jorge parecia inconformado – de todos os garotos na escola que já estão apostando quem consegue sair com você, você vai escolher o Wood?

— Que? Apostando o que? – Disse Hydra um pouco confusa.

— Ah, talvez alguém tenha dito que apostava que ia sair com você e outros alguéns decidiram que eles deveriam apostar de verdade e tem recolhido ouro pela escola o dia inteiro, mas eu não sei quem... – Disse Jorge disfarçando o olhar.

— Jorge, eu não acredito que você fez isso! – Hydra disse furiosa, apoiada por Angelina e Alicia.

— Foi ideia do Fred!

— Não foi não! – Disse Fred – Mas Hydra, pense nisso como um investimento.

— O Olívio participou disso? – Perguntou Hydra aborrecida.

— Não, ele não quis participar, por isso não acredito que escolheu logo ele! – Resmungou Jorge chateado.

— Eu quero todos os nomes que participaram disso para eu não chegar perto e eu não escolhi ninguém, parem com isso!

Depois de insistir muito, Fred e Jorge entregaram a lista de quem apostou, nela estavam mais de vinte alunos, entre eles, Marcus Flint, Hydra se sentiu extremamente irritada, mas desculpou os gêmeos depois de eles terem levantado na frente de toda sala e cantado uma música de desculpas que a fez rir imediatamente. Depois de fazer todo dever de casa e Lino, Fred e Jorge mostraram para ela uma pequena bolinha que fazia com que a pessoa que eles jogassem começasse a crescer penas (e demonstrar em um menino do terceiro ano) eles decidiram dormir.

— O Olívio é um cara legal Hydra, você não deve ligar para o que o Fred e Jorge dizem. – Disse Angelina enquanto elas se arrumavam para ir para cama.

— Ele só é um pouco, como vou dizer, intenso... – Completou Alicia.

— Mas ele só vai me mostrar a escola, não é nada demais meninas! – Disse Hydra, com os olhos vagando pelo quarto enquanto se encostava em seu travesseiro.

— Ah ok, a gente viu muito bem o jeito dele Hydra, eu nunca vi o Olívio assim com uma menina antes, acredite, muitas tentaram... – Disse Angelina, também encostando em seu travesseiro e olhando com um olhar que parecia meio culpado para o chão.

— Você, Angelina? – Disse Hydra olhando interessada para ela.

— O que, eu? Não! Mas muitas meninas da escola, alguma já conseguiram, mas nada sério, ele nunca deixava o quadribol tempo o suficiente para ter algo sério com alguém. – Disse Angelina deitando e olhando para o lado em direção a Hydra. – Na verdade eu gosto de outra pessoa.

— De quem? – Hydra percebeu que Alicia tinha caído no sono e só estavam Angelina e ela acordadas e ela estava muito interessada.

— Do Fred, por favor não conta para ninguém – Angelina sussurrava e olhava ansiosa – Eu sei que ele é meio imaturo as vezes, mas eu sei lá.

— Ele é o máximo Angelina, por que você não fala nada com ele?

— Não, ainda não, quem sabe um dia mais na frente – Angelina se virou de barriga para cima, mas seus olhos ainda estavam abertos.

— Bom, eu acho que vocês formam um lindo casal – Disse Hydra, sorrindo, ainda de lado olhando para a cama de Angelina.

— Você acha mesmo? – As duas sorriram e finalmente cederam ao sono.

O dia seguinte se passou rápido, as aulas já não estavam tão surpreendentes, exceto pela de defesa contra as artes das trevas, cujo professor, Gilderoy Lockhart, apesar de fazer seu coração bater mais forte quando sorria, não parecia entender muito do que falava, era estranho, mas devia ser só o jeito dele, ao menos era o que Hydra pensava, afinal ele era famoso pelos seus feitos corajosos, ela já lera todos os seus livros e sempre achou ele extremamente fascinante.

Hydra pegou a pilha de livros, todos de Lockhart e Fred resmungava.

— Você acredita que cada um dos meus irmãos e eu tivemos que comprar todos esses mesmos livros? É um absurdo!

Mas antes que pudesse responder, Lockhart falou com seu sorriso estranhamente branco.

— Eu – disse apontando a foto e piscando também. – Gilderoy Lockhart, Ordem de Merlin, Terceira Classe, Membro Honorário da Liga de Defesa Contra as Artes das Trevas e vencedor do Prêmio Sorriso mais Atraente da revista Semanário dos Bruxos cinco vezes seguidas. – Deu uma pausa para um sorriso presunçoso. – Vejo que todos compraram a coleção completa dos meus livros, muito bem. Pensei em começarmos hoje com um pequeno teste. Nada para se preocuparem, só quero verificar se vocês leram os livros com atenção, o quanto assimilaram, fiz isso com todas as outras turmas, mas tenho certeza que vocês irão melhor...

Depois de distribuir os testes ele voltou à frente da classe e falou:

— Vocês têm trinta minutos... começar, agora!

Hydra olhou para o teste e leu:

1. Qual é a cor favorita de Gilderoy Lockhart?

2. Qual é a ambição secreta de Lockhart?

3. Qual é, na sua opinião a maior realização de Gilderoy Lockhart até o momento?

E as perguntas continuavam, ocupando três páginas, até a última:

54. Quando é o aniversário de Gilderoy Lockhart e qual seria o presente ideal para ele?

Ela tentou responder o máximo que conseguia lembrar, ela havia lido todos os livros de Lockhart durante as férias, mas não prestou atenção em todos esses detalhes, Fred e Jorge escreveram "Ter um espelho para se olhar a todo momento" como resposta em quase todas as perguntas.

— Abominável, ninguém acertou todas as respostas, ninguém! – Disse Lockhart enquanto examinava as folhas.

Depois do jantar, Jorge e Fred fizeram novas brincadeiras com alunos menores, gerando boas risadas entre eles, apesar de Hydra se perguntar se os alunos que sofriam as brincadeiras também achavam graça, alguns até pareciam que sim, pareciam admirar os gêmeos na verdade. Um pouco mais tarde enquanto fazia sua lição, o retrato da parede se abriu e a professora Minerva entrou por ele, fazendo todos se assustarem e se perguntarem o que havia acontecido.

— Senhorita Malfoy, a senhorita poderia me acompanhar, por favor?

— Cla-claro – Disse Hydra gaguejando um pouco, desconfiada do que poderia estar acontecendo.

Os amigos a olharam com olhares de piedade e curiosidade enquanto ela seguia a professora Minerva em silêncio. Saindo da sala comunal, andando pelos corredores, viraram em um canto depois de um tempo e ela parou diante de uma gárgula de pedra feiíssima.

— Gota de limão! – Disse. E a gárgula logo ganhou vida e afastou-se para o lado, ao mesmo tempo que a parede atrás dela se abria em dois e mostrava uma escada em caracol que subia suavemente, a Profa. McGonagal bateu a uma porta que se abriu e eles entraram em uma sala circular, a sala tinha em suas paredes retratos que olhavam curiosos, um deles Hydra teve a impressão de falar "essa é minha ta ta ta ta... tara neta, uma Black de verdade, vê." Ela também viu o chapéu seletor em uma prateleira, ao olhar para frente no entrando, viu que estavam ali parados seu pai e o professor Dumbledore, ela parou em choque, olhando para os dois ali.

— Ah sim, aqui está ela, muito obrigada Minerva – Disse Dumbledore sorridente enquanto se sentava e indicava para que ela e Lúcio fizessem o mesmo. –, você pode se retirar, agradeço muito.

A professora Minerva saiu da sala sem dizer uma palavra, Hydra não conseguia entender o que seu pai fazia ali em seu segundo dia de aula, mas evitava olhar para ele, mas percebeu o mesmo ar de superioridade e frieza que ele sempre tinha.

— Bem, bem, senhorita Malfoy, devo dizer que primeiramente é um prazer recebê-la em nossa escola. – O Professor olhava com olhos gentis para Hydra atrás de seus óculos de meia lua, ele vestia uma extravagante veste violeta e um chapéu com estrelas, ele estava sentado calmamente na sua frente.

— Obrigada, professor Dumbledore, me desculpe, mas o que está acontecendo?  – Hydra olhava assustada para o professor, evitando o cruel olhar do pai.

— Bem, me parece que seu pai achou que você foi selecionada para a casa errada. – Dumbledore em momento nenhum mudava o tom de voz calmo.

— Achei não, eu sei, é um absurdo, como conselheiro dessa escola eu tenho o direito de me impor contra injustiças cometidas dentro desse local e essa é uma delas, minha filha pertence a Sonserina, ela é uma Malfoy! – Lúcio ainda não olhava para Hydra e nem ela para ele e falava com o tom de desprezo que ela conhecia tão bem.

— Compreensível – Disse Dumbledore – Lúcio trouxe a assinatura dos doze conselheiros pedindo que eu reconsidere esse assunto, o que é claro foi uma surpresa de como todos se preocupam com a casa que senhorita foi selecionada, deve ser realmente muito querida entre os amigos de seu pai – Dumbledore mantinha o mesmo tom, mas Lúcio ficou com mais ódio em seu olhar, Hydra finalmente olhou para o pai e seus olhos pareciam que estavam pegando fogo.

— Eles apenas sabem reconhecer quando uma injustiça está sendo cometida... – Lúcio agora estava furioso.

Hydra ainda estava em choque, não se movia e não tirava os olhos de um ponto fixo na mesa de Dumbledore, não conseguia acreditar que isso estava acontecendo.

— Depois de conversarmos e de o próprio chapéu seletor dar o seu depoimento – Disse Dumbledore ainda com a mesma calma de antes enquanto o coração de Hydra acelerarava de medo do que viria depois –, decidi que nenhuma injustiça foi cometida, mas, em consideração aos conselheiros dessa escola, decidi deixar a senhorita decidir se houve algum erro ou não. – Dumbledore olhava para Hydra que estava quase chorando, não de tristeza, mas de raiva e vergonha que seu pai estava fazendo ela passar. Ainda sem olhar para Lúcio, ela levantou a cabeça e olhou para Dumbledore.

— Nenhum erro foi cometido, professor Dumbledore, eu estou muito feliz na minha casa e não acho que poderia ter sido uma escolha melhor, sinceramente apesar das quatro casas serem honradas, eu sinto que a Grifinória é a casa para mim. – Ela tentava falar com toda calma possível. – Se é só isso professor, eu peço desculpas, mas devo me retirar e continuar meus deveres.

Lúcio levantou imediatamente em um pulo, com os olhos que pareciam pegar fogo, ele a agarrou pelo braço e a levantou.

— Você não vai fazer isso comigo, você vai mudar de casa sim!

Dumbledore imediatamente se levantou também, inclusive com muita agilidade para alguém de sua idade e se colocou entre os dois.

— Ora Lúcio! – Disse em um tom mais severo, de costas para Hydra e de frente para ele – Eu não vou tolerar esse tipo de comportamento na minha presença e na minha escola! A decisão já está tomada e a menina continuará na Grifinória, pode dizer aos conselheiros que quem ainda tiver algo a dizer quanto a isso, pode vir aqui e ouvir pessoalmente minha explicação, mas ela não sairá de onde está.

Lúcio chegou o rosto mais próximo ao de Dumbledore e o encarou com o olhar que deu medo em Hydra.

— Isso não ficará assim, ela vai para onde ela pertence, nem que eu tenha que pedir ao próprio Ministro ordenar isso! Eu sei muito bem o que você pretende com isso.

— Lúcio, – Disse Dumbledore com o tom mais calmo – eu duvido muito que o ministro se interesse por esse tipo de futilidade, mas caso se interesse, o meu recado vale para ele também, agora por favor, queira se retirar.

Lúcio virou o rosto para Hydra e a lançou um olhar furtivo.

— Não se acostume, no que depender de mim você não irá ficar nessa casa, você vai para a Sonserina nem que seja a última coisa que eu faça!

E antes que Hydra pudesse fazer qualquer coisa, ele virou as costas e saiu pela porta, Hydra ficou sem ação, parada e chorando enquanto Dumbledor a consolava.

Ele a colocou sentada e trouxe um pouco de chá, depois voltou a sentar em sua cadeira, levando um pouco de chá até a boca.

— Professor Dumbledore... – Disse Hydra mais calma, mas ainda com os olhos vermelhos – eu não quero sair da Grifinória, por favor.

— Não se preocupe, você não irá sair de lá se não desejar, isso lhe prometo, o chapéu não errou, você foi colocada aonde devia estar, mas acho que já sabe disso... – Disse ele olhando gentilmente para Hydra enquanto ela se servia de mais chá – agora termine o chá e vá para cama, já está tarde.

Hydra terminou o chá e o professor a acompanhou até a saída de sua sala, depois de ela agradecer por toda a ajuda, ela tentou se lembrar o caminho que fez com a professor Minerva até a torre da Grifinória, se perdendo algumas vezes, quando finalmente chegou e passou pelo retrato, a sala estava vazia, exceto por uma pessoa que escrevia em um pergaminho sentado em uma das poltronas. Quando ele a viu, sorriu...

— Hydra, eu estava preocupado, você saiu aqui com a professora McGonagall e não voltou mais. – Olívio deixou o pergaminho e pena de lado e se levantou indo em sua direção.

Se sentindo ainda humilhada e envergonhada e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela o abraçou e começou a chorar de soluçar, Olívio ficou abraçado com ela por alguns minutos, apenas parado ali alisando seus longos cabelos loiros e dizendo que estava tudo bem. Hydra ouvia o som do seu coração batendo acelerado enquanto ela chorava em seu peito, mas o rapaz não se abalou, apenas continuou a abraçando até ela parar de chorar um pouco, então pegou um copo, conjurou um pouco de água e a colocou sentada no sofá junto a ele. Hydra explicou tudo o que aconteceu e ele ouviu pacientemente, sem tirar os olhos dos dela.

— Eu sinto muito Hydra, eu nem imagino como é ter um pai assim... – Disse ele sentado ao seu lado com o corpo virado para ela.

— É, eu já estou acostumada, eu geralmente não deixo meu pai me abalar tanto, eu não sei o que houve hoje, medo eu acho, medo de sair daqui e tudo mais... – Disse Hydra tentando controlar o choro e bebendo um pouco mais da água que Olívio dera para ela.

— Você acha que ele vai conseguir? Te tirar da Grifinória? – Olívio olhava e falava com preocupação.

— Não acho não, Dumbledore foi bem claro de que eu não preciso sair daqui se eu não quiser. – Hydra forçava um sorriso enquanto falava isso.

— Eu não gostaria que você saísse... – Olívio disse isso corando e desviando o olhar para o chão.

— Nem eu... – Hydra disse também corando, os dois se olharam por alguns segundo em silêncio.

— Você já teve a sensação de que conhece alguém por muito mais tempo do que realmente conhece? – Perguntou o rapaz curioso, desviando o olhar.

— Sim, já tive sim, foi assim com as minhas amigas da França. – Disse Hydra se sentindo um pouco melhor.

— Pois bem, eu sinto como se já te conhecesse antes...

— Eu também sinto isso – Disse Hydra sorrindo.

Os dois ficaram ali muito sem graça olhando para o chão por um tempo depois disso, depois ficaram conversando um pouco sobre o ocorrido, até Hydra se sentir cansada.

— Bem, acho que devemos dormir, já é tarde. – Disse ela bocejando.

— Você tem razão. – Olívio se levantou e Hydra também, ela agradeceu toda a ajuda e beijou sua bochecha, o que fez com que ele ficasse muito vermelho e sorrisse.

— Você foi maravilhoso comigo hoje... – Disse ela.

— Não foi nada... – Ele respondeu, levando a mão ao rosto, no local aonde ela havia o beijado.

Hydra subiu para o quarto onde todas já dormiam e logo que se deixou, dormiu, estava esgotada.

Na manhã seguinte, Angelina e Alicia a interrogaram preocupadas, ainda no quarto sobre o que aconteceu, quando desceram para o café, Fred, Jorge e Lino também fizeram as mesmas perguntas e ela tentou responder pacientemente a cada um, quando estavam se levantando para ir para a aula de trato de criaturas mágicas, Draco apareceu na sua frente.

— Então, o que o papai resolveu ontem? – Perguntou ele com um ar convencido, sendo seguido de perto por Crabbe e Goyle.

— Nada Draco, só que eu vou continuar aonde eu estou! – Disse Hydra tentando desviar dele e seguir para a sua aula.

— Isso é um absurdo! – Disse Draco ruivos, ficando vermelho de raiva.

— Draco, eu tenho aula agora, se o seu problema é eu não estar na mesma casa que você, saiba que isso não impede que possamos conversar e andar juntos, você só precisa saber falar direito comigo. – Dizendo isso, ela saiu antes que Draco pudesse responder mais coisas, deixando o menino muito confuso.

Muitos alunos da Grifinória ficaram curiosos para saber o que tinha acontecido na noite anterior, para a maioria, Hydra mentia ou dava respostas vagas, foi uma manhã chata tendo que responder as mesmas perguntas várias vezes. Depois do almoço, Olívio veio encontrar com ela.

— Preparada para o tour por Hogwarts? – Perguntou ele animado, parado na porta do salão principal.

— Muito!

Os dois passaram o resto do tempo vago circulando pela escola e conversando e dessa vez, não só sobre quadribol ou ficaram sem graça, depois da noite anterior, conversar com Olívio  passou a ser fácil e confortável.

— Aqui é muito diferente da sua antiga escola? – Perguntou Olívio sobre o castelo enquanto passeavam.

— É sim, mas não é que isso seja ruim, eu gostava... eu ainda gosto muito da Beauxbatons, mas eu gostei daqui o lugar é lindo e as pessoas foram muito agradáveis comigo. – Respondeu ela com entusiasmo.

— Que bom que gostou daqui eu acho que você combina com Hogwarts.

— Combino? – Perguntou Hydra sorrindo esperando uma afirmação do rapaz que tinha o rosto iluminado pelo sol da tarde que batia de uma das janelas.

— Sim, eu fico feliz que você tenha vindo... – Respondeu o menino sorrindo.

 

 


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