A Garota Malfoy escrita por Paula Mello


Capítulo 4
Hogwarts




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Conforme o banquete seguiu, Hydra conseguiu esquecer um pouco sobe Draco e se alegrar, todos falavam sobre a possível expulsão de Harry e Rony e de como era legal eles terem chegado em um carro voador.

— E agora, antes de irmos para a cama, vamos cantar o hino da escola! — Exclamou Dumbledore e fez um pequeno aceno com a varinha, como se estivesse tentando espantar uma mosca na ponta e surgiu no ar uma longa fita dourada, que esvoaçou para o alto das mesas e se enroscou como uma serpente formando palavras. — Cada um escolha sua música preferida — convidou Dumbledore — e lá vamos nós!

Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts,

Nos ensine algo por favor,

Quer sejamos velhos e calvos Quer moços de pernas raladas,

Temos às cabeças precisadas De ideias interessantes.

Pois estão ocas e cheias de ar, Moscas mortas e fios de cotão.

Nos ensine o que vale a pena. Faça o melhor, faremos o resto, Estudaremos até o cérebro se desmanchar.

— Maravilhoso! – Exclamou Dumbledore, agora, hora de dormir.

Hydra não sabia muito o que pensar da música, ficou calada o tempo inteiro olhando os outros cantarem, parecia um pouco ridícula na verdade já que cada um parecia cantar em uma melodia e especialmente os gêmeos fazia a música ficar mais engraçada cantando mais lentamente a letra algumas vezes.

— Com licença, você é a Malfoy, certo? – Perguntou Percy atrás de Hydra, falando de forma séria e educada.

— Sim, sou eu – Respondeu Hydra sorrindo.

— A professora Minerva pediu para você seguir comigo e os alunos do primeiro ano para o dormitório, assim você aprende o caminho.

— Tudo bem, é só te seguir? – Perguntou Hydra

— Sim – Disse Percy pomposo, ele parecia um pouco corado quando Hydra falou com ele, ela se despediu de todos e agradeceu pelas boas vindas, percebeu que Olívio ainda a olhava disfarçadamente a todo momento e sorriu quando ela foi embora.

— Andando! – Os novos alunos de Grifinória seguiram Percy, saíram do salão principal e subiram a escadaria de mármore, os retratos ao longo dos corredores murmurassem enquanto eles passavam, Hydra percebeu que eles subiram muitas escadas e que elas se moviam as vezes.

No finzinho do corredor havia um retrato de uma mulher muito gorda vestida de rosa.

— Senha? — Pediu ela.

— Maçarico – Respondeu Percy.

O retrato se inclinou para frente revelando um buraco redondo na parede. Todos passaram pelo buraco.

E se viram na sala comunal da Grifinória, um aposento redondo cheio de poltronas fofas. Percy indicou às garotas a porta do seu dormitório e, aos meninos, a porta do deles. No alto de uma escada em caracol, Hydra percebeu que estavam em uma torre. Percy orientou Hydra sobre onde estaria seu quarto, um dos quartos do quarto ano.

Hydra subiu as escadas olhando para tudo curiosamente, abriu a porta do quarto indicado e encontrou suas coisas ao lado de uma das seis camas com reposteiros de veludo vermelho-escuro, ela se acomodou, tirou de sua mala um porta-retratos com uma foto sua com suas amigas em sua antiga escola, as quatro meninas sorriam e pareciam dançar divertidamente no retrato, Hydra voltou a se lembrar que nunca mais estaria com elas na mesma escola e ficar triste com isso.

Mas, antes que pudesse ficar muito triste, a porta do quarto se abriu e um rosto conhecido apareceu.

— Ei, você ficou no nosso quarto, que bom, mas vamos, todos estão lá embaixo esperando o Harry e o Rony aparecer – Disse Angelina ansiosa.

Hydra seguiu Angelina até a sala comunal, que estava agora lotada de gente, todos ansiosos pela chegada de Rony e Harry.

Ela se sentou em uma poltrona, seguindo Angelina.

— Ela está no nosso quarto – Disse ela para Alicia.

— Que bom! – Disse Alicia animadamente.

Olívio se sentou ao lado de Hydra.

— Então, Hydra, você jogou muito tempo na sua antiga escola? – Perguntou ele.

— Lá vai ele... – Disse Jorge, Olívio olhou irritado para o rapaz.

— Lá vai ele o que? – Perguntou Olívio.

— Falar de quadribol – Respondeu Fred rindo.

— Você gosta muito de quadribol? – Perguntou Hydra, todos os amigos riram.

— Só um pouquinho, não é Olívio? – Perguntou Jorge.

— É só a vida dele inteira e mais um pouco provavelmente... – Completou Fred.

Olívio estava vermelho, todos riram mais ainda.

— Eu gosto, eu sou capitão da equipe, quadribol realmente é a minha vida, mas não é toda ela – Disse ele meio irritado.

— Aposto que as meninas gostam disso – Disse Hydra, se sentindo um pouco ousada com a brincadeira.

— Não – Olívio disse vermelho. – Elas realmente não ligam, sei lá.

— Ligam sim, ele que não presta atenção nelas direito – Disse Angelina agora rindo mais ainda com as meninas.

— Até hoje pelo menos... – Completou Alicia com um sorriso malicioso.

— Não liga para elas – Disse Olívio olhando feio para as meninas. – Você jogou quanto tempo?

— Dois anos – Respondeu Hydra, enquanto os outros voltavam a rir.

— E era boa?

— O suficiente...

— Está com medo da concorrência, Wood? – Perguntou Fred.

— Seria legal se você parecesse assim (disse Jorge apontando para Hydra) enquanto nos dá sermões, pelo menos ia ser menos chato – Disse Fred rindo. – Ia prestar atenção com certeza – Completou ele, rindo mais ainda.

— Eu realmente preciso de reservas – Disse Olívio, ignorando completamente os meninos.

— Eu posso fazer o teste, se quiser – Disse Hydra, pensando que na verdade não tinha nenhum interesse em entrar para o time da casa, mas não queria desagradá-lo.

— Gostaria muito – Respondeu ele sorrindo.

Depois de um tempo, o retrato se abriu em meio a uma repentina tempestade de aplausos, todos parabenizavam Potter e Weasley pelo seu feito grandioso.

— Genial! – Berrou Lino Jordan. – Um achado! Que entrada! Aterrissar um carro voador no Salgueiro Lutador, vão comentar isso durante anos!

Todos deram tapinha nos ombros dos meninos e os parabenizaram, Jorge e Fred pareciam super animados, Hydra achou toda situação divertida e inédita, mas logo os meninos subiram correndo para seus quartos.

— O pessoal realmente é animado – Disse Hydra para os novos amigos.

— Muito, você não viu nada... – Respondeu Angelina.

Hydra decidiu subir para o quarto depois de um tempo, se sentia muito cansada.

— Eu acho que vou dormir – Disse ela.

— Nós vamos amanhã? – Perguntou Wood.

— Eu espero que sim – Disse Hydra sorrindo.

Chegando no quarto, junto com Angelina, mais quatro meninas estavam lá dentro, incluindo Alicia.

— Essas são, Rita Orance – Disse Alicia apontando para uma menina ruiva de cabelos um pouco abaixo do ombro meio cacheados na ponta.- Jeniffer Macmillan – Disse apontando para uma menina bonita de estatura mediana e cabelos loiros e lisos e muito bonita. -  E Laura Schimmer – Disse apontando para a última garota, uma bruxa magra de cabelos castanho escuros e nariz um pouco curvado. Todas sorriram e deram " boas-vindas para Hydra.

— Você é a menina da França – Disse Laura.

— Não, na verdade eu sou da Inglaterra mesmo, eu só estudei na França – Respondeu Hydra, indo até a sua cama.

— E como é a escola na França? – Perguntou Jeniffer com interesse.

Hydra passou horas explicando sobre sua antiga escola, sua casa e mostrando álbuns de fotos com seus amigos, as meninas ouviam fascinadas, a maioria não sabia que existiam outras escolas mágicas tão perto.

— E você tinha um namorado lá afinal? – Perguntou Alicia.

— Tinha uma espécie de namorado, digamos assim, foi no ano passado, mas ele me magoou e nós terminamos tem um tempo já, depois dele não tive mais nenhum, acho que fiquei com problemas para confiar em garotos um pouco.

— Bom, Hogwarts pode mudar isso – Disse Angelina rindo.

Depois de todas ficarem bem cansadas, trocaram de roupa e deitaram em suas camas, era um lugar novo, mas Hydra começava a ter a impressão de que iria gostar de estar ali.

Hydra amanheceu para o seu primeiro dia de aula na nova escola se sentindo disposta, apesar de terem dormido bem tarde, se trocou e acompanhou as meninas até o salão onde esteve na noite anterior para tomarem café da manhã, McGonagall entregou para elas os seus horários de aulas.

— Poção dupla logo na primeira aula – Resmungou Angelina.

— Eu amo poções, é minha matéria preferida – Todas as meninas olharam para Hydra enquanto ela falava isso.

— Você não conhece o professor Snape, ele meio que torna impossível para qualquer aluno que não seja da Sonserina gostar de poções... – Disse Alicia em um tom de alarde.

Hydra se lembrou que o professor Snape foi muito bem recomendado por seu pai e irmão, o que significava que provavelmente Hydra não iria gostar dele.

— É uma pena, já eu realmente amo poções, pretendo trabalhar com isso um dia inclusive! – Respondeu Hydra calmamente, pegando um pouco de café.

— Você é completamente doida! – Disse Alicia brincando e todas as outras meninas riram, Hydra e as meninas comiam o maravilhoso café da manhã que era servido, quando os gêmeos e Lino Jordan se aproximaram.

— Bom dia senhoritas, prontas para mais uma maravilhosa aula de poções? – Perguntou Fred ironicamente.

— A Hydra está doida pela aula e acredite, eu não estou brincando – Disse Angelina rindo.

— Não é possível! – Disse Jorge – Acho que ninguém gosta da aula de poções.

— Vocês estão me assustando, poções sempre foi minha matéria preferida – Disse Hydra rindo.

— Tadinha, tão bonita e tão cheia de "probleminhas" – Disse Jorge fazendo todos rir.

Eles foram interrompidos por centenas de corujas que entraram no salão trazendo cartas e encomendas para os alunos de Hogwarts, sua mãe tinha enviado uma carta dizendo o quanto estava irritada com Dumbledore por ela não estar na Sonserina e que seu pai daria um jeito nisso e também mandou doces e bolos.

— Olha, o que é aquilo? – Perguntou Angelina apontando para Hermione e dois meninos.

Uma coisa grande e cinzenta caiu na jarra de Hermione, salpicando todo mundo com leite e penas.

— Errol, a nossa coruja – Esclareceu Jorge.

Rony agora apontava para o envelope vermelho que Hydra reconheceu, ela e diversos outros estudantes perto fizeram careta.

— Um berrador – Disse Alicia – tadinho!

Rony estendeu a mão trêmula, tirou o envelope do bico de Errol e abriu-o. Um menino do terceiro ano perto deles enfiou os dedos nos ouvidos e Hydra fez o mesmo, junto com muitos ao seu redor, um estrondo encheu o enorme salão, sacudindo a poeira do teto.

"... ROUBAR O CARRO, EU NÃO TERIA ME SURPREENDIDO SE O TIVESSEM EXPULSADO, ESPERE ATE EU PÔR AS MÃOS EM VOCÊ, SUPONHO QUE NÃO PAROU PARA PENSAR NO QUE SEU PAI E EU PASSAMOS QUANDO VIMOS QUE O CARRO TINHA DESAPARECIDO..." – Dizia a voz de uma mulher aos berros, pratos e talheres se entrechocarem na mesa e produziram um eco ensurdecedor nas paredes de pedra. As pessoas por todo o salão se viravam para ver quem recebera o berrador, e Rony afundou tanto na cadeira que só deixara a testa vermelha visível.

"... A CARTA DE DUMBLEDORE Á NOITE PASSADA, PENSEI QUE SEU PAI IA MORRER DE VERGONHA, NÃO O EDUCAMOS PARA SE COMPORTAR ASSIM, VOCÊ E HARRY PODIAM TER MORRIDO, EU ESTOU ABSOLUTAMENTE DESGOSTOSA, SEU PAI ESTA ENFRENTANDO UM INQUÉRITO NO TRABALHO, E É TUDO CULPA SUA, E, SE VOCÊ SAIR UM DEDINHO DA LINHA, VAMOS TRAZÊ-LO DIRETO PARA CASA."

Seguiu-se um silêncio que chegou a ecoar. O envelope vermelho, que caíra das mãos de Rony, pegou fogo e encrespou-se em cinzas.

— Sua mãe? – Perguntou Hydra para Fred e Jorge que confirmaram com a cabeça, ainda olhando com pena para o irmão mais novo.

Depois de passada a confusão, o grupo desceu até uma sala nas masmorras do castelo, aonde esperavam na porta o professor de cabelos negros e oleosos e olhos negros e frios, vestindo uma veste igualmente negra entrar e abrir as portas, Hydra se sentou entre Angelina e Alicia e logo atrás se sentaram Jorge, Fred e Lino, Hydra reparou que junto com eles na sala também estavam alunos da Sonserina, que a olhavam com reprovação toda vez que ela os encarava, exceto Adrian, ele acenava gentilmente para ela que acenava de volta.

— Silêncio, como sempre não irei permitir brincadeiras e nem conversas em minha sala – Disse o professor Snape, com um tom assustador entrando na sala.

Hydra olhou para ele, realmente parecia alguém de quem seus pais iriam gostar.

— Abram os livros na página 125. – Disse ele ainda em um tom ameaçador – Quem sabe o que eu consigo se misturar Pimenta Verde pequena, 300 ml de Sangue de Salamandra, 12 Escamas de Kappa e 6 Pelos do Rabo de Erumpente?

Hydra levantou a mão e ele acenou com a cabeça, permitindo que ela falasse.

— O Senhor teria uma poção apimentada, se misturasse tudo de forma correta. – Todos olhavam para Hydra em choque e prendiam a respiração em conjunto.

— Correto, senhorita Malfoy, não é mesmo? – Perguntou ele a examinando.

— Sim – Respondeu ela ficando vermelha.

— Claramente se vê que foi colocada na casa errada, aparentemente até mesmo o chapéu seletor se engana, a senhorita está correta... – Ele parecia extremamente desgostoso ao falar isso.

— Meu Deus, ele teve que admitir que um aluno da Grifinória está certo, isso deve ter machucado! – Disse Fred baixinho.

A aula passou tendo Hydra acertado todas as perguntas que o professor fez e tendo corretamente feito a poção do sono que Fred se recusou a provar, fazendo a Grifinória perder 5 pontos, ele notou que ela não foi pontuada por nenhum de seus acertos, enquanto alunos da Sonserina que respondiam perguntas mais fáceis eram sempre pontuados. No final da aula, Hydra seguiu seus colegas para a aula de transfiguração com a professora McGonagall.

— Você é sempre tão inteligente assim? – Perguntou Lino rindo.

— Não, acho que só com poções, eu sou boa nas outras matérias, mas poções é especial.

— Percebemos – Disseram Jorge e Fred ao mesmo tempo.

Ao entrar na sala da professora McGonagall, novamente Hydra sentou entre Angelina e Alicia, a professora de cabelos negros que a acompanhara até dentro do castelo na noite anterior já 
as aguardavam.

— Hoje vamos aprender sobre o Feitiço Avifors, alguém sabe me dizer sobre ele? – Perguntou Minerva e Rita Orance levantou a mão.

— Senhorita Orance?

— É um feitiço Transfiguratório de Pássaros. – Respondeu ela.

— Muito bem, 5 pontos para a Grifinória – Disse Minerva –, hoje vamos trabalhar nele, ok? Quero todos concentrados.

Cada um colocou um objeto na sua frente, o de Hydra, era um par de óculos e tinham que fazer ele corretamente se tornar um pássaro. Hydra conseguiu transformar o seu em um pequeno canário, alguns conseguiam apenas transfigurar metade do objeto, alguns em pássaros maiores e outros em menores.

No final da aula, todos os alunos reclamaram do alto número de dever de casa que a Professora havia passado.

— Vocês agora estão entrando numa fase importantíssima da sua educação em magia! – Disse ela. – O exame para obter os Níveis Ordinários em Magia estão se aproximando...

— Eles são no quarto ano, professora McGonagall? – Perguntou Hydra chocada por não saber disso.

— Não, senhorita Malfoy, ano que vem, mas toda preparação é necessária – Disse com os olhos atentos a aluna.

— Ah sim, é que na Beauxbatons  as provas são no sexto ano... – Disse Hydra, sem a intenção de fazer uma comparação entra as duas escolas, apenas como uma surpresa por saber que precisaria fazer as provas um ano antes do esperado.

— A senhorita irá descobrir que Hogwarts e Beauxbatons tem imensas diferenças! – Disse Minerva de maneira um pouco ríspida.

— Sim, desculpe professora McGonagall, eu realmente não sabia... – Hydra se sentia envergonhada e sabia que todos os olhos, mais uma vez, estavam nela.

— Agora já sabe e pode começar a se preparar com seus outros colegas – Respondeu McGonagall, encerrando o assunto.

— Ela é durona! – Disse Hydra para os colegas no final da aula.

— Sim, mas é ótima professora – Disse Alicia.

— Parece ser realmente... o que temos agora? – Perguntou Hydra.

— Almoço e depois Herbologia lá fora – Respondeu Alicia.

O Salão Principal era uma visão para Hydra toda vez que ela entrava ali, ficava admirando o teto encantado, Beauxbatons ainda fazia muita falta, é claro, mas se sentia bem ali em Hogwarts.

— Ei, Hydra, bom trabalho na aula de poções hoje – Disse Adrian, aparecendo atrás dela.

—  Ah, obrigada Adrian, você também foi ótimo.

— Nos encontramos na mesa, Hydra – Disse Angelina, lançando um olhar esquisito para Adrian e saindo com o resto dos amigos em direção a mesa da Grifinória.

— Jhonson é ótima jogadora, mas tem um problema de rivalidade, assim como os meus colegas tem com ela – Disse Adrian, rindo do olhar de Angelina.

— Ela é muito bacana, tem me ajudado bastante. – Disse Hydra – Adrian, por quê todo mundo da Sonserina fica me olhando estranho? – Perguntou ela observando a mesa da casa.

— Porque eles meio que acham que você traiu a casa entrando para a Grifinória, que desprezou eles – Disse Adrian se virando para sua mesa e depois para Hydra, parecendo meio sem graça.

— Mas isso é uma idiotice, eu não menosprezei ninguém, o chapéu seletor que escolheu a minha casa, não eu.

— Eu sei disso, mas alguns deles parecem esquecer, não liga, tá? É bobagem deles.

— Obrigada, Adrian, você é muito legal comigo... – Disse Hydra sorrindo.

— Não tem porquê não ser – Respondeu ele.

Hydra seguiu até a mesa da Grifinória, aonde Olívio e o resto do time de quadribol tinha a cara amarrada e não olhavam para ela.

— O que houve? – Perguntou Hydra.

No começo, ninguém respondeu, até que Jorge disse:

— É aquele Pucey, você é amiga dele?

— Eu conheci ele no meu aniversário, é uma pessoa legal, eu disse isso já para vocês, por quê?

— Porque a gente meio que não gosta dele – Disse Angelina.

— Mas por quê?

— Porque ele e os colegas de time dele são uns babacas – Respondeu Olívio, parecendo mais raivoso que os outros.

— Mas ele é ruim com vocês? Faz coisas erradas? Todos do time são iguais?

Todos ficaram meio pensativos, Lino apenas assistia a cada um deles, assim como Hydra.

— Não, não exatamente... – Disse Fred – mas eles são meio que todos uma coisa só.

— Mas isso não é justo, seria a mesma coisa que dizer que eu sou a mesma coisa que o meu irmão por ser uma Malfoy! – Disse Hydra com severidade, olhando seriamente para cada um deles.

— Ok... você meio que tem razão – Disse Fred.

— Meio... – Completou Jorge.

— Desculpa, vai... – Disse Angelina – é que não é fácil lidar com esse time da Sonserina.

Todos se desculparam com Hydra, até mesmo Olívio, mas ele ainda parecia nervoso.

— O que houve, Olívio? Ainda está chateado comigo? – Perguntou Hydra.

— Não! – Disse ele sem olhar ela nos olhos, apenas mexendo em sua comida. – Você e esse Adrian, vocês são?

— Somos o que? – Perguntou Hydra.

— Namorados – Completou ele envergonhado, enquanto o resto dos colegas seguravam as risadas.

— Não, Adrian é um colega, eu conheci ele na minha festa, eu disse, nós só conversamos, ele é muito gentil comigo, só isso. – Respondeu Hydra.

— Acho que ele quer mais do que isso, dá para ver – Disse Olívio, olhando para trás, para a mesa da Sonserina, aonde Adrian e os amigos olhavam para Hydra.

— Só ele, Olívio? – Perguntou Jorge rindo, os outros não seguraram a risada, mas Olívio ficou muito vermelho de vergonha.

— Eu não tenho nada com o Adrian. – Disse Hydra, ficando ainda mais vermelha que Olívio.

Depois do almoço, eles foram para a aula de Herbologia, nas estufas, do lado de fora do castelo, aonde uma bruxa baixinha e gordinha que ela descobriu ser a professora Sprout, foi ao encontro deles, abrindo a estufa, eles dividiam essa aula com os alunos da Lufa-Lufa.

— Boa tarde para todos, boa tarde – Dizia a Professora enquanto todos tomavam seus lugares em torno da mesa no centro da estufa.

— Boa tarde, professora Sprout – Responderam os alunos.

— Hoje, vamos aprender um pouco mais sobre os fungos mágicos, começar a aprender na verdade, alguém sabe me dizer quais são os fungos de classificação Effroyable? – Perguntou ela. Hydra imediatamente levantou a mão. – A Senhorita é?

— Malfoy – Respondeu Hydra.

— Muito bem, Srta. Malfoy, pode falar.

— Os fungos de classificação Effroyable, são fungos prejudiciais à saúde por quem os ingere, toca ou ao menos chega perto. Suas formas de infecções podem se instalar no corpo de um ser humano, por parte de 3 dos 5 sentidos: Tato, olfato e paladar.

— Que esplêndido! – Disse a Professora com empolgação. – Cinco pontos para a Grifinória é claro.

Os colegas olharam na mesma hora para Hydra.

— Eu meio que sou boa em Herbologia também – Disse ela para eles, se sentindo sem graça –, precisa ser, para ser boa em poções, saber o que usar e tal.

— Nerd! – Brincou Jorge.

— Quero que prestem atenção aqui! – Disse a Professora Sprout - vou mostrar para vocês hoje dois tipos de fungos de classificação Effroyable.

Ela acenou com a varinha e alguns potinhos de plantas voaram para o centro da mesa com cogumelos.

— O primeiro, esse de coloração escura, é o Savoureux. – Alguns alunos chegaram perto, quase tocando o cogumelo – Eu ficaria longe se fosse vocês, ele é altamente perigoso.

Todos os alunos recuaram.

— Após o ingerir por ter movimentação e escolha própria, ele lança suas hífas no estomago da pessoa que o engoliu; suas hifas contém espinhos que perfuram o estomago, possibilitando sua saída.

Alguns alunos fizeram cara de enjoados, imaginando o efeito desse fungo.

— O segundo, de aparência amarronzada e que tem um círculo enroscado em seu suposto castro é o Dealbatha, se você ingerir esse cogumelo, ele irá se trancar sobre sua garganta fechando a passagem de ar, assim matando a pessoa asfixiada.

— Meu Deus! – Exclamou uma aluna da Lufa-lufa.

— Sim, sim, são muito perigosos de fato. – Afirmou a professora – Mas eles não são os únicos fungos que temos no mundo mágico. – Disse ela acenando a varinha e fazendo os vasinhos serem recolhidos para prateleiras. – Alguém pode citar quais outros?

Hydra e uma menina da Lufa-Lufa levantaram a mão, dessa vez, a Professora Sprout escolheu a menina da Lufa-Lufa para responder.

— Tem os fungos aéreos – Disse ela.

— Excelente, Srta. Jones, cinco pontos para a Lufa-Lufa. – A Professora Sprout acenou mais uma vez com a varinha e agora na mesa, apareciam desenhos de fungos – Eu não vou mostrar um real, é claro, o risco de contaminação é enorme, alguém sabe o porquê?

Hydra levantou a mão mais rápido que a menina da Lufa-Lufa e a professora Sprout deixou ela responder.

— Porque eles são transmitidos e levados até o ser pela corrente de ar. Suas formas de intoxicação são por contato direto e aspiração nasal, – Disse Hydra.

— Muito bem, Srta. Malfoy, mais cinco pontos para a Grifinória.

— Nerd... – Disse Jorge apenas mexendo os lábios.

Eles passaram o resto da aula aprendendo sobre os tipos de fungos aéreos e gastronômicos existentes e receberam, é claro, uma pilha de dever de casa para fazer.

No final das aulas do dia, Hydra já sentia que Hogwarts seria bem mais puxado do que ela imaginava, não que Beauxbatons também não fosse uma escola exigente, mas ela não fazia ideia dos costumes e cobranças da escola nova.


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