A Garota Malfoy escrita por Paula Mello


Capítulo 2
O Expresso de Hogwarts




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A festa de aniversário de Hydra e Draco aconteceu poucos dias depois, estava sendo uma pequena tortura de pessoas insuportável querendo puxar conversa com ela, os amigos da Sonserina eram especialmente desagradáveis e nenhuma das amigas da França de Hydra podia participar naquele ano da festa.

— Então, você é a irmã de Draco – Disse um rapaz alto, de cabelos castanhos escuros e corpo forte chegando perto de Hydra que estava encostada no balcão de onde as bebidas saiam voando até os convidados, ele vestia uma veste preta bem-feita e parecia extremamente convencido de si mesmo.

— Sim, sou eu – Respondeu Hydra, sem muita vontade, tentando pensar como sair dali sem ofendê-lo.

— Meu nome é Adrian, Adrian Pucey e você? – Perguntou o rapaz.

— Hydra Malfoy.

— Então, Malfoy, em que ano você vai estar esse ano? – O rapaz chegava cada vez mais perto de Hydra, a deixando extremamente incomodada.

— Quarto – Respondeu Hydra secamente.

— Legal, eu também, vamos ser colegas de classe então, seu irmão disse que você joga quadribol, já pensou em tentar uma vaga para o time? Estamos precisando de alguma presença feminina lá dentro – Disse ele rindo.

— Não sei muito bem, eu sinceramente não sei se tenho interesse em voltar a jogar... – Hydra se sentia muito triste e estranha em pensar que poderia jogar para outro time que não o seu.

— Que pena, de qualquer maneira, em qual posição você jogava? – Perguntou Pucey.

— Goleira e você?

— Artilheiro.

Estranhamente, depois de passado o preconceito inicial por ele ser um colega de Draco, a conversa com Pucey acabou fluindo, os dois ficaram bastante tempo conversando sobre vários assuntos.

— Então, nessa escola da França tem gente de todo lugar? – Perguntou Pucey, agora os dois sentados em uma das mesinhas que tomavam conta do jardim.

— Todo lugar não, mas quase todas as partes da Europa, principalmente França, Portugal, Espanha, lugares perto...

— Que legal, em Hogwarts só temos gente daqui mesmo – Disse Pucey.

— Eu sei, eu li sobre isso em um livro – Disse Hydra.

— Então, Malfoy, você está ansiosa para conhecer a Sonserina? – Perguntou Pucey, ajeitando os cabelos.

— Eu não sei se vou para a Sonserina, vocês têm alguma forma de seleção, não tem?

— Temos, mas isso é óbvio que vai acontecer, não? Você é uma Malfoy e vocês tem ido para a Sonserina por anos, não?

— Sim, mas eu não sou exatamente igual a minha família – Disse Hydra educadamente, não querendo falar mal dos Malfoys na frente de um estranho.

— Bem, eu espero que você entre, vai gostar de lá, é uma boa casa – Pucey olhou para um senhor, muito parecido com ele que o chamava com as mãos.

— Bom, eu tenho que ir, meu pai está me chamando, eu espero te ver em Hogwarts, Hydra – Disse ele pegando a sua mão e a beijando galantemente.

— Eu também espero – Disse Hydra sorrindo.

Nos dias que passaram, Hydra passou grande parte do dia na pequena biblioteca particular, um dos seus lugares favoritos naquela casa, o único acesso aquele local era pelo quarto de Hydra, pela porta da esquerda, uma das quatro portas de seu quarto, a direita tinha a porta para seu grande closet, onde guardava todas as vestes que sua mãe fazia questão de comprar, ao lado, a porta de um banheiro luxuoso e na esquerda ficava a porta para uma pequena biblioteca de paredes verdes escuras e móveis de madeira com detalhes dourados, além de várias prateleiras repletas de livros de diversos temas e uma galeria no centro do cômodo, onde tinha uma mesa, pergaminhos e uma luxuosa cadeira de veludo dourado, ali Hydra passou os dias de férias, sem saber o que acontecia na casa, apesar de ter sentido algumas vezes seu pai estranho e agitado, mas não prestou muita atenção, deveria ser pelas blitz que o Ministério da Magia estava fazendo nas casas, ela sabia que seu pai escondia artefatos de artes das trevas, mas não se interessava em saber onde estavam ou o que eram, decidiu passar seus dias lendo sobre Hogwarts, escondida é claro, não queria que seus pais soubessem que ela tomou interesse por aquele lugar, não podia dar o braço a torcer, não depois de ter chorado e gritado com seus pais mais duas vezes, quando, depois de finalmente ter coragem de contar as notícias para elas, recebeu as corujas de suas amigas de Beauxbatons que não acreditavam que estariam sem a amiga no próximo ano letivo e quando recebeu a coruja da capitã de seu time de quadribol, Letice DiFiore, dizendo o quanto estava desapontada por ela deixar o time na mão e que agora com certeza iriam perder o campeonato, tendo que procurar uma nova goleira, não que Hydra gostasse muito de Letice, mas se sentia mal por deixar sua casa na mão, bom, nada disso adiantou, sua ida para Hogwarts ainda era algo certo, ela já tinha enviado a suas escolhas de matérias que iria cursar para a escola e tudo, no dia anterior a sua ida, sua mãe fingia felicidade e ansiedade no café da manhã.

— Amanhã você vai ver Hydra, você vai gostar de Hogwarts – Disse Narcisa alegremente.

— Só fique longe dos tipinhos como os Weasleys e aquele diretor, Dumbledore, procure pelo Snape, professor de poções, ele irá cuidar de você – Lúcio parecia legitimamente doce quando disse essas palavras.

— Não se preocupe irmã, eu irei te mostrar quem vale a pena conhecer ou não – Completou Draco esperando a aprovação no rosto do pai, que concedeu.

— Os amigos que Draco trouxe para o seu aniversário, os da Sonserina, são pessoas interessantes – Disse Narcisa – eu vi você conversando com um rapazinho, como é o nome dele mesmo, Draco?

— Adrian Pucey – Respondeu Draco, pegando pedaços de ovo frito para comer.

— Ele é aceitável, rapaz bonito, sangue-puro, não é Lúcio? – Perguntou Narcisa, Lúcio não falava nada sobre o assunto.

— Ele é de uma família sangue-puro da Itália, o pai dele veio para Inglaterra criança, a mãe é uma Rowle, completamente aceitável uma amizade com esse rapaz sim.

— Aquele outro rapaz, Flint, também vi ele querendo conversar com você Hydra, ele é de uma boa família de sangue-puros dos Estados Unidos, o avô veio para Inglaterra jovem, a mãe é uma Yaxley, muitos jovens que você pode ter amizade em Hogwarts, está vendo?

Hydra fingia aceitar tudo aquilo que falavam, na verdade ela achou os amigos de Draco completamente idiotas, tirando Adrian que parecia ter sido genuinamente simpático com ela, os outros rapazes mais velhos que foram, tentaram "cantar" ela sem sucesso, ela na verdade não tinha nenhum interesse pela Sonserina, esperava de verdade ficar em outra casa, qualquer outra, ela estudou muito sobre a história das casas e não sabia qual achava melhor, deixaria para o tal de "chapéu seletor" que Draco falou decidir, só sabia que Sonserina era algo que ela não queria, ouviu o verão inteiro sobre como a casa tem bruxos superiores, de sangue puro, sobre o salão comunal, sobre as aulas, não aguentava mais na verdade ouvir falar sobre nada daquilo.

— E se eu não ficar na Sonserina? Minha casa na Beauxbatons tinha mais a ver com a...

— Bobagem - Interrompeu Lúcio, todos os Malfoys vão para a Sonserina há anos, você irá para casa onde pertence.

— Mal posso esperar... – Disse Hydra ironicamente, não que seu pais ou Draco tivessem percebido.

— Já arrumou tudo? Suas vestes? Seus livros? Sua coruja? Sua vassoura? – Perguntou Narcisa tentando mudar o assunto.

— Já sim mãe, os livros e as vestes já estão na mala e eu já preparei a gaiola da Lydra, mas a vassoura eu não vou levar.

— E por que não? Você pode tentar entrar no time da Sonserina, eu vou!- Disse Draco, cujo ódio pelo famoso Harry Potter Hydra já conhecia de có – Eu vou para ganhar daquele Potter metido e da Grifinória.

— Não quero mais jogar quadribol, para mim só existe uma equipe que eu posso jogar e ela vai estar bem longe de mim – respondeu Hydra voltando para a habitual tristeza de quando falava sobre a Beauxbatons .

— Que bobagem, você irá levar sua vassoura sim, pare com dramas – Lúcio começava a ficar novamente irritado, algo normal para Hydra.

— Ok papai, eu levo minha vassoura se você quiser, mas eu não vou jogar – Disse Hydra querendo evitar uma briga.

— Vamos ver – Disse Lúcio seriamente.

Depois do café Hydra decidiu voltar para a biblioteca, mexeu uma caixa que era só podia ser aberta por ela, de lá retirou um objeto que havia comprado em um bairro trouxa na França, uma caixinha preta que se chamava vitrola, um dos rapazes dos meninos do sexto ano da Beauxbatons consertou o objeto de um jeito que ele não precisasse ser ligado a uma caixinha na parede que a Hydra não entendeu muito do que se tratava e funcionasse sozinho, junto com essa vitrola, Hydra comprou um objeto circular que quando colocado na vitrola, produzia música, ela não lembrava o nome, mas adorava aquilo, as músicas trouxas eram um fascínio seu e ela achava extremamente engenhoso e inteligente como eles conseguiram se virar com suas chamadas tecnologia, ficou a tarde inteira lá dentro ouvindo música e lendo alguns livros de romance bruxo que ela tanto amava.

No dia seguinte, era chegada a hora ir embora, deixar aquele local que ela tanto desprezava e ir para outro que ela não desejava ir, não era exatamente a melhor troca de todas.

Ela se trocou, colocou uma roupa trouxa, um vestido até os joelhos de seda preta e um grande casaco amarelo da mesma altura, um pequeno chapéu que ela viu que os trouxas chamavam de "chapéu clochê" também preto, ela achava interessante se vestir daquele jeito, era engraçado, mas seus pais odiavam ter que "não chamar atenção dos trouxas" enquanto nos levavam para a estação King's Cross ou para o Ministério, como faziam até ano anterior com ela, para que eu pudesse usar uma chave de portal até a França, eles se recusavam a lhe deixar ir de avião, diziam que não era digno de uma família bruxa importante se sentar junto com os trouxas para viajar.

— Pronta Hydra? O carro do ministério já está nos esperando, já mandei o elfo doméstico buscar suas coisas – Disse Narcisa ajeitando as luvas que vestia (no calor, pensou Hydra), aparecendo na porta do quarto de Hydra.

— Já mamãe, vamos.

Dobby veio logo atrás com um toque de dedos fez suas coisas flutuarem e as seguirem até o carro.

Foi uma viagem calma, chata na verdade, só ficou ouvindo seus pais e Draco falando mais algumas bobagens sobre o que ela deveria ou não fazer. Chegando na estação, ela notou que seus pais e Draco pararam em frente das plataformas 9 e 10.

— O que houve? – Perguntou Hydra não entendendo o que tinham que fazer agora.

— É por aqui que se chega na estação 9 ¾, você tem que andar diretamente entre as plataformas 9 e 10. – Disse Narcisa.

— Mas, como? – Perguntou Hydra olhando surpresa para a coluna na frente dela.

— Vamos, Draco, vá na frente com o seu pai e mostre como é feito, eu esqueço que é a primeira vez que você pega o expresso de Hogwarts.

Draco segurou o carrinho com suas coisas e seguiu rápido em direção a plataforma, logo depois desapareceu e foi seguido por Lúcio que entrou com mais calma.

— Só isso? – Perguntou Hydra rindo

— Só isso Hydra, vamos?

— Vamos.

Hydra e Narcisa entraram na plataforma logo depois e um e ela se viu de frente a uma grande locomotiva a vapor de cor vermelha e inúmeros bruxos e bruxas que se despediam de seus filhos na plataforma, Hydra e Narcisa encontraram Draco e Lúcio.

— Bem, tomem cuidado, ok? E me escrevam todos os dias. – Narcisa estava visivelmente chorosa e emocionada.

— Mãe, todos os dias? – Perguntou Hydra revirando os olhos.

— Ok Hydra, de dois em dois dias, está melhor? – Disse ela evitando as lágrimas.

— Ok mãe...

Narcisa deu um forte abraço em Hydra e depois em Draco. Hydra realmente gostava da mãe, apesar de seus pensamentos com os quais não concordava, ela sempre fora carinhosa com ela e Draco.

— Cuidado com aquela gentinha que frequenta Hogwarts Hydra, procure pelo professor Snape, ele pode cuidar de você... – Disse Lúcio de forma casual e fria, como se fosse algo muito normal pedir por isso.

— Pode deixar papai – Respondeu de forma irônica.

Na verdade, Hydra pretendia conhecer cada uma dessas pessoas que seu pai chamada de gentinha, disso ela fazia questão.

Lúcio não abraçou os filhos, mas deu um pequeno "tapinha" no ombro de cada um, depois, Hydra seguiu Draco para dentro da locomotiva, enquanto procuravam um vagão, ela olhada ao redor para as cabines e para as pessoas, muitos encaravam Hydra, ela sabia que eles estavam estranhando uma pessoa nova que não parecia ter somente 11 anos e também já estava acostumada com os olhares maldosos dos jovens do sexo masculinos, depois de acenar para seus pais pela janela e a locomotiva começar a se mexer, ela parou em uma cabine vazia onde Draco abriu e acomodou suas coisas e a da irmã, depois de sentarem, dois amigos de Draco chegaram e se juntaram a eles.

— Hydra, você conheceu o Crabbe e o Goyle, no nosso aniversário, certo? – Disse Draco acenando para os amigos sentarem ao seu lado.

— Sim, claro – Respondeu Hydra desgostosa.

Ela lembrava dos dois guarda costas de Draco, dois meninos grandes e que não pareciam particularmente muito inteligentes e enquanto eles sentavam, Crabbe a seu lado e Goyle ao lado de Draco e a analisavam da cabeça aos pés, ela começou a perceber que aquela seria uma longa viagem...

— Draco, esse ano você vai entrar no time de quadribol? – Perguntou o grandalhão Goyle.

—  Mas é claro, já está na hora daquela escola conhecer o meu talento, ou eles realmente acham que só o idiota do Potter pode jogar aquela porcaria? – Crabbe e Goyle forçaram uma risada. Hydra não conseguia achar graça naquela conversa idiota, decidiu pegar um livro em seu baú, "Hogwarts, uma história" e ler durante aquela que parecia uma tediosa viagem.

Depois de algumas horas, um rapaz grande e relativamente forte, de cabelos negros e de dentes grandes e tortos, entrou na cabine, ele vestia as vestes escolares com um brasão da Sonserina no peito, Hydra o reconheceu como um dos amigos mais velhos de Draco que estavam em seu aniversário e não saia do seu lado por muito tempo, Marcus Flint.

— A, Draco, aqui está você e sua irmã também, que bom, que bom, posso me juntar a vocês? – Perguntou o rapaz, analisando com desejo, Hydra, que voltou os olhos para o livro que estava lendo.

— Claro, Flint, pode se sentar ao lado de Hydra – Disse Draco fazendo um movimento para que Crabbe chegasse para o lado, ele parecia empolgado com a presença do rapaz.

— Então, Hydra, seu irmão me disse que você joga quadribol – Disse Marcus, colocando o braço por cima do ombro de Hydra, a deixando super incomodada e a forçando a deixar o livro de lado.

— Ah, jogava, não jogo mais – Respondeu ela friamente.

— E por que não? – Perguntou Marcus, chegando mais perto.

— É uma longa história...

— Ela está brincando – Disse Draco um pouco nervoso e irritado, dando um olhar muito feio para Hydra.

— Não estou não! – Disse Hydra o encarando.

— Tudo bem, uma beleza como a sua, imagina se machucar em um jogo – Disse Marcus lambendo os lábios, era realmente chato e inconveniente o que acontecia.

— Obrigada, mas isso já aconteceu diversas vezes... – Respondeu ela chegando um pouco para o lado.

— Eu sou o capitão do time da Sonserina – Disse Marcus interrompendo com um ar de orgulho e mostrando o distintivo de capitão preso em suas vestes, como se aquilo fosse grandes coisas.

— A sim, que interessante Marcus... – Hydra queria muito que ele fosse embora e a deixasse em paz, mas nem sua ironia parecia funcionar.

— Então se você quiser – continuou Marcus – eu posso te colocar no time facilmente...

— Obrigada, eu vou pensar com carinho na sua proposta – Disse ela forçando um sorriso falso.

Marcus ficou o que pareciam horas tentando conversar com Hydra, finalmente ele saiu da cabine dizendo que em breve chegariam à estação, Hydra trocou suas vestes, seu irmão, Crabbe e Goyle também, ela começou a se sentir nervosa e ansiosa pelo que a esperava.

— Ah, oi Hydra – Disse Adrian, aparecendo na porta – eu achei que vocês estariam aqui, como vão, Malfoy, Crabbe, Goyle?

— Bem – Responderam os três ao mesmo tempo.

— Você ficou bem com as vestes da escola –Disse Adrian para Hydra.

— Obrigada, Adrian, você também – Adrian também exibia orgulhoso, o símbolo da Sonserina nas suas vestes.

— Bom, eu tenho que ir arrumar minhas coisas, já vamos descer, acho que vejo você no castelo então – Disse ele sorrindo e saindo rapidamente.

Depois de um tempo, o tem desacelerou e ela pegou suas coisas e saiu dele acompanhada dos três meninos.

— Draco, você disse que quem era do primeiro ano ia por um lugar diferente dos outros – Disse Hydra, levando seu malão e a gaiola de Lydra.

— É, mas você não é do primeiro ano – Respondeu ele sem dar muita atenção para a menina.

— Eu sei, mas eu vou ter que ser sorteada junto com eles, é melhor eu perguntar para alguém.

Hydra foi tentar achar alguém que pudesse orientá-la e achou um grande homem, parecia um gigante com uma grande barba e uma lanterna gritando "PRIMEIRO ANO, AQUI COMIGO".

— Com licença, meu nome é Hydra Malfoy, eu não sou do primeiro ano, mas eu estou entrando em Hogwarts esse ano, eu não sei para onde devo ir exatamente – Disse ela simpaticamente para o gigante.

— A sim, Malfoy – Disse o gigante com um tom desgostoso que ela tanto temia ouvir. – O professor Dumbledore me avisou sobre você, por favor, siga comigo e os alunos do primeiro ano.

Hydra seguiu com um grupo de crianças assustadas que a olhavam admiradas.

— Você é do primeiro ano também? Mas você é tão grande...  – Disse uma das meninas do primeiro ano, uma menina ruiva com vestes de segunda mão, ela lembrava os dois meninos gêmeos que ela viu no beco diagonal.

— Não, eu sou do quarto ano, é que eu sou transferida de outra escola – Respondeu Hydra pacientemente sorrindo.

— Outra escola? Uau! Existem muitas escolas de magia? Eu já ouvi falar em algumas, mas nunca conheci ninguém de fora.

— Sinceramente eu não sei, eu estudava na Beauxbatons, uma escola na França.

— Ué, mas você é Francesa? – Perguntou a menina a encarando, como se tentasse adivinhar se sim ou não só pelo seu rosto.

— Não, eu sou inglesa como você, mas eu queria conhecer outros lugares – Disse Hydra sorrindo, achava a menina muito fofinha.

— Que legal! Eu queria conhecer outros lugares também... – Disse ela pensativa.

Hydra sorriu para a menina, ela sempre quis ter uma irmã, achou simpática aquela conversa.

— Você está nervosa? Eu estou, eu quero entrar para a Grifinória, é a casa de todos os meus irmãos e dos meus pais – Continuou a menina enquanto caminhavam com os demais alunos.

— Eu estou com muito medo, mas tudo que eu não quero é entrar na casa do meu irmão...

— E qual é a casa do seu irmão?

Hydra abriu a boca para falar, mas antes que Hydra pudesse responder, o gigante os chamou, ela parou em frente a um grande lago e o gigante pediu para que eles entrassem em barcos, quatro em cada um, dizia ele.

— Isso parece divertido – Disse a menininha ruiva.

Ela entrou no barco com Hydra, que ficou na parte da frente ao seu lado, os barcos começaram a seguir o do gigante, quando Hydra admirou pela primeira vez o castelo de Hogwarts, não podia deixar de se chocar com sua beleza e tamanho, talvez não fosse um lugar tão ruim afinal...

— Abaixem as cabeças! — Berrou o gigante quando os primeiros barcos chegaram ao penhasco, todos abaixaram as cabeças e os barquinhos atravessaram uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura na face do penhasco.

Depois de descer do barco e de o gigante confirmar que todos estavam ali (ainda olhando feio para ela), ela e os alunos seguiram para dentro do castelo.

Uma bruxa alta de cabelos negros e de aparência imponente, informava a Hagrid (esse era o nome do gigante) que podia deixar os alunos com ela, em seguida abriu a porta para um grande saguão, ela ouviu vozes vindas de uma porta a direita, mas a bruxa os levou até uma sala vazia ao lado.

— Bem-vindos à Hogwarts — disse a Professora. — O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na sala comunal. As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Cornival e Sonserina. Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam.

Em seguida a bruxa olhou para Hydra.

— Você deve ser a senhorita Malfoy, estou certa?

E com isso, algumas cabeças, incluindo a da menininha ruiva com quem conversava se viraram para ela.

— Sim, professora – Respondeu ela sem graça.

— Você fique na frente dos outros alunos, tudo bem? Você será a primeira a ir a ser selecionada – Disse ela à analisando.

— Ok – Respondeu ficando ainda mais nervosa com a informação de que iria primeiro.

— Não temos o costume de receber alunos de outros anos para passar pela seleção, mas, é uma ocasião diferente... – Disse a professora, olhando para o lado.

Hydra ficou calada, não sabia muito bem dizer se a professora falava isso de forma ruim ou não, ela era muito enigmática.

— Voltarei quando estivermos prontos para receber vocês — disse a Professora Minerva. — Por favor, aguardem em silêncio.

Muitas vozes começaram a perguntar a Hydra de onde ela vinha em que ano estava e o que estava fazendo ali com eles, ela tentava responder a todos, mas estava realmente muito nervosa.

— Como será que nós somos selecionados? - Perguntou um pequeno menino louro ao lado de Hydra.

— Meu irmão disse que eles colocam um chapéu em nós e esse chapéu diz para onde devemos ir – Disse uma menina morena.

— Será que dói? -  Perguntou um outro pequeno menino de cabelos pretos.

— Não se preocupe, acho que é indolor pelo que li e ouvi – Disse Hydra, todos pareciam respeitar a menina mais velha que estava na frente deles, como se ela soubesse do que falava, o que não era exatamente verdade.

— Na escola que você veio, vocês usavam um chapéu também, para saber par aonde iam? – Perguntou o menininho negro de cabelos pretos.

— Não, na Beauxbatons nós usamos um espelho – Disse Hydra ficando triste novamente e pensando com saudades na sua cerimônia de seleção, exatos quatro anos atrás.

— Um espelho? – Perguntou o menino louro admirado.

— Sim, a gente fica em frente a esse espelho e ele vê qual casa combina com a sua personalidade, quando ele escolhe, pedaços das nossas vestes mudam de cor, para a cor da casa – Hydra sentia um certo orgulho ao explicar as tradições de sua agora, antiga escola.

— Que legal! Será que aqui é assim também? – Perguntou a menina ruiva com quem falará antes.

— Não, acho que não – Disse Hydra, - eles usam o tal do chapéu mesmo, meu irmão me contou, só não sei como funciona direito.

— É, meus irmãos falaram um monte de coisas diferentes, mas eu não acredito muito neles – Disse a menina.

Hydra riu, depois de um tempo e muitas especulações, a professora voltara mandando que os alunos a seguissem em fila.


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