Sempre foi você escrita por Débora Silva


Capítulo 10
"Ana..."


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora as coisas estão se ajeitando e eu terei mais tempo de postar mais seguidamente ♥



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Maria olhou para Estevão e uma lagrima escorreu por seu rosto, ele a olhava do mesmo jeito mais não chorava apenas sentia. Estevão se aproximou dela e Maria falou num sussurro para ele...

— Eu te amava tanto... - Estevão ficou de joelhos frente a ela.

— Me perdoa por perder tempo sendo orgulhoso! - segurou as mãos dela.

Maria suspirou e um soluço escapou de seus lábios, ela o olhava com tanta magoa e ao mesmo tempo via ali em sua frente o seu grande amor, ela passou a mão no rosto secando suas lagrimas e o olhou bem dentro dos olhos.

— Eu te perdoo Estevão, mas nosso tempo passou e te peço pra que não me olhe mais como você esta olhando, agora você é meu segurança e somente isso vai ser! - levantou. - Não me veja com olhos de amor Estevão porque eu não vou ceder a você! - ele a olhou de costas pra ele e levantou.

— Como a senhora preferi! - ela virou e o olhou. - Acho melhor retornarmos para casa! - voltou a sua postura de profissional.

— Sim, vamos voltar! - ela saiu na frente dele e Estevão olhou para o céu e respirou fundo.

Maria caminhou para casa sem dizer mais uma palavra se quer, Estevão veio um pouco mais atrás fazendo a segurança dela, ao chegar a casa ela entrou e ele continuou ali do lado de fora, cuidou para que a casa estivesse segura e que nada pudesse passar pelos seguranças, tinha a estranha sensação que estar ali era mais perigoso do que estar na cidade.

Ele cuidou de tudo e logo deu à hora do almoço, ele comeu na cozinha sozinho já que Eloá e Ana se sentaram a mesa com todos, comeu rápido e logo voltou para o trabalho. Eram três da tarde quando Estrela saiu da casa junto a Eloá e as duas foram ate ele.

— Estevão, você poderia nos acompanhar ate a cachoeira? - ele olhou para os lados a procura de outro segurança para levar elas mais não encontrou.

— Vamos pai? - Eloá se agarrou a ele.

— Filha, eu estou trabalhando! - ela se soltou dele.

— E você vai trabalhar! - Estrela sorriu o olhando de cima a baixo enrolando a ponta do cabeço.

Estevão suspirou e fez sinal para que elas fossem à frente e falou pelo radio. Maria da janela os observava e viu quando Estrela grudou no braço de Estevão e falou alguma coisa que o fez rir de imediato, ela não gostou e sentiu uma raiva tão grande que não soube explicar, ou melhor, ela sabia sim só não admitiria.

O dia passou calmamente, dando espaço a uma noite fria e um tanto silenciosa, Estevão estava na varanda olhando toda aquela escuridão que seus olhos alcançavam e não gostava nada do que sentia em seu coração, ele chamava por radio os outros seguranças a cada cinco minutos, queriam todos atentos para um possível ataque a casa.

Maria saiu com seu casaco posto no corpo já em roupa de dormi, passava das oito e ela queria descansar cedo, o olhou e o viu andar de um lado para o outro da varanda e sentiu como se um frio percorresse sua espinha e ele sentiu a presença dela e virou. Maria estendeu o casaco e a xícara de café, ele foi ate ela e pegou somente o café.

— Obrigada! - a olhou enquanto tomou em um gole só sem se importar o quanto estava quente.

— Cuidado, vai se queimar! - ele devolveu a xícara a ela.

— Volte para dentro e deixe sua arma por perto, não quero te alarmar mais não estou achando esse lugar seguro e acho melhor que amanha cedo voltemos para a casa da cidade! - Maria deixou o casaco e a xícara na cadeira que ali tinha e se aproximou ainda mais dele.

— O que esta querendo dizer? - ele a puxou para o canto.

— Esta escutando isso? - ela se concentrou e nada ouviu.

— Não ouço nada Estevão! - ele suspirou.

— Esse é o problema! - ela balançou negativamente a cabeça.

— Esse lugar sempre teve esse silencio Estevão. - ele suspirou.

— Maria, na sua posição de juíza, deveria saber que esse silencio todo não é bom e nem seguro! - ouviu o radio. - Acho melhor você entrar em casa e deixar todos próximos, mas sem alarmar ninguém. - a voz denotava preocupação e ela nada mais disse apenas entrou para casa.

[...]

Eram duas da manhã, Estevão estava dentro da casa, sentado na poltrona olhando pela já num total escuro, o radio não respondia a pelo menos dez minutos e ele estava ali a pensar quando ouviu passos vindos atrás dele e ele se levantou com violência do sofá apontando a arma. Maria fez sinal de rendição com sua arma na mão e se aproximou bem dele colando seus corpos e sussurrou contra seus lábios de tão próximos que estavam.

— A alguém forçando a porta da cozinha! - ele a segurou pela cintura.

— Fica aqui Maria ou sobe para o andar de cima! - ele ia sair mais ela o manteve ali junto a ela. - O radio não responde e eu não posso chamar reforço, seu pai sabe atirar?

— Sim, ele sabe!

— O chame Maria! - a olhou nos olhos mesmo com aquele escuro todo. - Pode ser tudo ou nada, mas não vamos arriscar! - ele a pegou pela mão e os dois sairão devagar.

Maria olhava para trás e ele para frente, a deixou na escada e ela subiu correndo ate o quarto do pai entrou e foi ate o lado dele da cama e o tocou, ele abriu os olhos e ela fechou a boca dele para não acordar sua mãe que estava adormecida no peito dele.

— Vem comigo pai! - Cláudio tirou Marta de seus braços e ele saiu da cama com cuidado.

Claudio já pegou sua arma e seguiu a filha ate o corredor.

— O que é isso Maria? - olhou para os lados.

— Estamos com problemas... - Maria não terminou de falar e eles ouviram tiros vindos do andar de baixo.

Ela olhou o pai que desceu no mesmo momento, Maria manteve a cabeça fria e viu Eloá ser a primeira a sair do quarto. Maria foi ate ela e a fez entrar em seu quarto e ficar com Bernardo, fez o mesmo com sua mãe e Estrela que também saiu do quarto, ela suspirou e foi ate o quarto de Ana e ele estava vazio não tinha ninguém ali e ela se preocupou.

Maria saiu do quarto e uma bomba de gás foi lançada pela janela, ela tapou o nariz e logo o estrondo foi maior com um homem entrando pela mesma janela, ela atirou mais ele não caiu estava com um colete o protegendo. Ele avançou contra ela e ela o acertou com um soco que somente ela sentiu a mão, ele a pegou pelo pescoço e a bateu na parede a deixando zonza de imediato.

A arma se perdeu e ela achou que seria ali o seu fim, se debateu mais ele era o dobro dela e apertava o pescoço sem dó. O ar faltou e ela foi perdendo os sentidos lentamente e logo sentiu seu corpo ser arremessado no chão, tossiu sem conseguir olhar um palmo a sua frente, mas pode perceber que era seu pai que estava ali defendendo ela, mais dois tiros foram ouvidos e o homem caiu ao chão.

Claudio pegou Maria no colo e a levou para o quarto e a deixou ali se recuperando e voltou a sair do quarto. Maria foi ajudada por sua mãe e quando se sentiu melhor, mesmo sua mãe pedindo que ela não saísse, ela saiu e pegou sua arma que estava jogada no chão e olhando para todos os lados ela desceu controlando sua tosse, ela olhou para os lados e ouviu vozes vindo da sala de jantar e ela foi ate lá, seus olhos só puderam ver Estevão ajoelhado no chão, ela se aproximou mais e não pode acreditar no que seus olhos viam e ela correu ate eles.

— Anaaaaaa... - falou com desespero.


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