Fallen Angels escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
Alexandra Price Grigori




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P.O.V. Alex.

As coisas tem estado monótonas desde que eu destrocei a alma de Lúcifer.

Eu encontrei um colar lindo no meio das coisas da minha mãe. Eu coloquei-o em volta do pescoço, nós viajamos para a França.

Estamos hospedados num hotel de luxo com vista para a Torre Eifel, eu coloquei um confortável vestido branco e fui andando pelo hotel. Comecei a brincar distraidamente com o colar. A parte do meio virava, então de repente eu estava literalmente no meio do nada.

Felizmente sendo filha do meu pai eu aprendi a bater, sou arqueira, espadachim, eu nasci pra matar. E sendo meia bruxa eu posso tirar poder da natureza. Deixar os espíritos me guiarem.

E eu sempre ando aramada. Sempre.

Por um tempo, eu sentei e escutei. Então eles me indicaram o caminho.

Antes de sair da floresta eu me virei e disse:

—Obrigado.

P.O.V. Bash.

Eu vi a moça sair da floresta, ela estava de pés descalços e olhava em volta com franca curiosidade.

—O que?

—Milorde?

—Sabe quem é ela?

—Nunca vi. De onde é que ela veio?

—Não sei, mas pretendo descobrir.

Antes que eu pudesse me levantar ela entrou na taberna onde eu estava.

—Eca. Tudo aqui tem um cheiro estranho.

Um dos soldados a agarrou, ela pisou no pé dele, deu uma cabeçada na cabeça dele e roubou-lhe a espada. Apontando-a para ele.

—Eu não to afim. E eu não tentaria nada se fosse você.

O soldado tentou avançar sob ela, e a garota facilmente cortou a cabeça dele.

—Eu avisei. Mais alguém?

Eu vi a garota derrotar um contingente inteiro de soldados. E ficar com o vestido imaculadamente branco, sem um resquício de sangue e sem um fio de cabelo fora do lugar.

Ela foi até o balcão e perguntou:

—Por favor, onde fica o Grand Hotel de Paris?

O atendente perguntou:

—Nunca ouvi falar desse lugar.

—E a Torre Eiffel?

—Não existe Torre alguma em Paris.

—O cacete que não! É o cartão postal dessa cidade.

Todos ficaram chocados com o palavreado da Lady.

—E o arco do Triunfo? Sabe onde fica?

—Não há arco nenhum.

—Eu ao menos estou em Paris?!

—Sim madamoseille.

—Pelo menos isso.

—Madamoseille? Como é o seu nome?

—Alexandra Price Grigori.

—Como Lorde Daniel Grigori?

—É o meu pai.

—Que eu saiba ele está compromissado com Lady Lucinda Biscoe.

—É a minha mãe. Bom, mais ou menos. Sabe onde eles estão?

—No Palácio do Rei da França.

—E pra que lado fica?

—Pra lá.

A garota foi até o cavalo.

—Oi. Se importa se eu montar?

O cavalo branco como se respondesse á pergunta dela se sentou.

—Obrigado.

—Espere! Não passará pelos portões, não sem ajuda.

—E você vai me ajudar?

—Vou.

Montei no meu cavalo e fomos cavalgando até o Castelo.

—Leve os cavalos para a estrebaria.

Ela foi direto e reto até os pais.

—Oi pai.

—Pai?

—É. Oi mãe.

Lady Lucinda ficou chocada.

—Eu... eu não sou sua mãe! Eu ainda sou casta!

—Eu sei. Nessa vida pelo menos.

—O que?

Lorde Grigori arrastou a menina para longe da multidão.

P.O.V. Daniel.

—Ai pai!

—Como sabe sobre as vidas de Lucy?

—Eu já disse! Você é meu pai e ela é minha mãe.

—Impossível, a maldição...

Ela abriu as asas. Eram brilhantes como as minhas.

—Acredita agora? 

—Como? A maldição será quebrada um dia?

—Será. Você sabe?

—Sei o que?

—Sobre a mamãe. Sobre o que ela é.

—Ela é a alma que encaixa na minha.

—Então não.

—Não? O que eu não sei sobre Lucy?

—Você vai saber. Quando o dia chegar, quando a hora chegar, você saberá.

—E que dia seria esse?

—Eu nasci dia 25 de dezembro de dois mil e dezessete. Ás quatro horas da manhã.

—O inverso do horário canônico.

—Eu sei. Eu sou uma contradição ambulante.

—Melhor voltarmos. Como vou explicar isso para sua mãe?

—Não vai. Eu vou. Do meu jeito.

Ela olhou ternamente para Lucinda, disse:

—Oi mãe.

Então, ela tocou seu rosto. 

—Inacreditável. Incrível! Um milagre.

—Lucy... o que aconteceu?

—Eu vi.

—O que? O que você viu?

—Tudo. É verdade. É tudo verdade. Lucinda Price.

—O que?

—Vai ser o meu nome. Lucinda Price.

Saber que a maldição será revogada e que eu poderei ficar com Lucy, que terei uma filha com ela. Me fez sentir ainda mais cheio de alegria e esperança.

—Vai precisar de trajes apropriados e um banho.

—Eu acho que sim.

Eu a levei e a deixei sob os cuidados das criadas de Lucinda.

—Lucinda...

—Tudo bem. Eu estou pronta, eu sempre estive. 

—Pronta? Pronta pra que?

—Eu mataria mil vezes e morreria mil vezes por você. E por ela. 

Ela me levou para fora, fora das vistas de todos.

—Faça algo por mim?

—Claro. Qualquer coisa.

—Cuide dela, proteja ela. Ela é a nossa esperança. Eu te amo Daniel. Vejo você logo.

—O que?

Então ela me puxou para um beijo e logo ela queimava.

—Lucy... não.

P.O.V. Bash.

Ela voltou usando um lindo vestido também branco, mas este era encrustado de cristais. Seus longos cabelos negros estavam lindamente penteados e enfeitados com uma tiara.

—Papai? Papai, cadê a mamãe?

O jovem Lorde Grigori negou com a cabeça.

—Não. Oh, papai eu sinto muito.

Os dois choravam.

—Nós a veremos outra vez e na próxima vez, ela vai fazer um elixir, um elixir que a manterá viva para sempre assim nunca mais terão que se separar.

—Com licença, mas onde está Lady Biscoe?

—Ela morreu. Estava doente.

—Lamento.

—Não mais do que nós.

—E o que foi feito do corpo?

—Eu a enterrei.

P.O.V. Francis.

Eu a vi, tem algo de especial nela. Eu notei desde o momento em que Bash a trouxe para dentro do Castelo, mas quando ela adentrou o salão usando aquele lindo vestido repleto de cristais ela ofuscou todas as outras Ladies, Duquesas, Marquesas e até mesmo a própria Rainha Mary.

Ela soltou os cabelos e o simples ato de fazê-lo a deixava ainda mais bela. Havia algo de divino nela, ela não era deste mundo.

—Diga-me Bash, onde a encontrou?

—Ela saiu da Floresta Sangrenta. Ilesa, não estava com medo, não estava se quer assustada. Ela saiu de lá descalça e com aquele simples vestido branco.

—Ela ao menos disse seu nome?

—Disse. Alexandra Price Grigori. Ela é filha do Lorde Daniel Grigori.

—Sempre o achei belo demais, educado demais, perfeito demais. E pelo jeito é hereditário. Quem é a mãe?

—Lucinda Price.

—Outra Lucinda?

—Ela chamou Lady Biscoe de mãe. Vi ela tocar-lhe a face e logo Lady Biscoe estava chorando, em prantos lágrimas de alegria.

—E como ela fez?

—Eu não sei.

Eles caminharam em nossa direção, era como se flutuassem.

—Majestades, minha noiva acaba de... falecer. Ela estava doente e pedimos sua permissão para nos retirarmos.

—Claro.

—Obrigado Majestades. Meu Príncipe, com sua licença.

Ouvi-a sussurrar para o pai:

—Um Príncipe de verdade?! E esse ai parece mesmo saído de um livro de conto de fadas.

Lorde Grigori deu risada.

Ela era sempre tão... autêntica. Sempre tão... Ela.

Passado o período do luto eles retornaram á Corte e ela estava ainda mais esplêndida.

O meu pai contou uma piada e todos riram, bom quase todos.

—Não me acha engraçado Milady?

—Não. Não acho. Não me entenda mal, mas eu realmente não achei graça e nem metade das pessoas que riram. 

—O que disse?

—Ninguém realmente te acha engraçado, eles só riem porque você pode mandar decapitá-los se não rirem.

—E você não teme que eu a mande decapitar?

—Pareço estar com medo? Sem ofensa, mas eu tenho mais medo dela do que de você.

—De mim?

—Sim. Rainha Catherine de Medici, especialista em venenos, podre de rica, mas eu sei o seu segredo. Eu consigo ouvi-la, ela está aqui. Está nos ouvindo.

—Ela quem?

—Como você pode ser tão cruel? A criança não teve culpa do que houve naquele dia, não tem culpa do que aqueles crápulas lhe fizeram e ainda assim você a tem como refém. Mas, não mais. Nunca mais.

Ela abriu uma passagem secreta e foi lá pra dentro. Quando voltou trazia consigo uma jovem, mas ela estava usando um vestido esfarrapado, seu cabelo estava desarrumado.

—Olhe. Olhe para essa mulher querida Clarissa, a mulher com a coroa na cabeça... pois essa mulher é a sua mãe. Ela te trancou, te manteve presa naquela gaiola com a ajuda de Nostradamos, um homem escolhido por Deus. Um Profeta do Senhor. Mas, Deus me mandou... me mandou pra te ajudar.

—Você é um anjo.

—O que você está dizendo?!

—A verdade. Três coisas que não podem ser escondidas por muito tempo o sol, a lua e a verdade. Venha, Princesa, permita que eu a trate como merece.


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